A desconhecida cordilheira no litoral brasileiro que pode virar a maior reserva marinha do Atlântico
Por João Fellet – Da BBC Brasil em Brasília
“Uma floresta tropical no fundo do mar” – é assim que o biólogo capixaba João Luiz Gasparini descreve a cordilheira submersa na costa do Espírito Santo, que logo poderá se tornar uma das maiores reservas marinhas do mundo.
Dona da maior variedade de espécies que vivem em recifes entre todas as ilhas brasileiras, a cadeia é composta por cerca de 30 montes submarinos de origem vulcânica entre a cidade de Vitória e a ilha de Trindade, a 1.200 km do continente.
Em entrevista à BBC Brasil, o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa, disse que nos próximos 45 dias o órgão deverá entregar ao presidente Michel Temer um decreto para a criação de uma unidade de conservação em torno da cordilheira e de outra reserva no arquipélago São Pedro e São Paulo, mais ao norte. “A partir daí, só depende do presidente.”
Segundo Costa, a reserva na cadeia Vitória-Trindade teria cerca de 450 mil quilômetros quadrados – área equivalente à da Suécia. O estudo que embasou a proposta diz que ela seria a maior área marinha protegida do Atlântico. Na quarta-feira, o governo federal convocou consultas públicas para discutir a criação das unidades.
A proteção da cordilheira é uma demanda antiga de pesquisadores, que a consideram essencial para a manutenção de estoques pesqueiros em águas vizinhas e um dos melhores laboratórios naturais do mundo. A cadeia ganhou visibilidade global em agosto de 2017, quando um estudo baseado na formação de sua fauna foi capa da prestigiada revista científica Nature.
Casca do ovo
Coautor do artigo, João Luiz Gasparini descreve o espanto de sua primeira visita a Trindade, em 1995. Logo após desembarcar na ilha, diz ter encontrado numa poça de maré uma espécie que jamais havia sido catalogada pela ciência – um peixe azulado com uma mancha amarela no topo. “De cara percebi que existia ali um universo fantástico para ser explorado”, ele diz.
O animal – batizado Stegastes trindadensis – integra o grupo de 13 espécies de peixes recifais endêmicas (restritas ao local) registradas na cordilheira até agora. Somando-as às que também habitam outras regiões, a lista alcança 270 espécies de peixes recifais – 24 delas ameaçadas de extinção -, uma das mais altas taxas de diversidade entre todas as ilhas do Atlântico.
Também habitam a cordilheira cerca de 140 tipos de moluscos, 28 de esponjas, 87 de peixes de mar aberto, 17 de tubarões e 12 de golfinhos e baleias.
Para Gasparini, há muitas outras espécies a descobrir. “A gente ainda mal arranhou a casca do ovo da biodiversidade da cadeia Vitória-Trindade.”
Ele e outros sete pequisadores devem iniciar neste sábado (27) uma expedição que pretende furar essa casca. A bordo do Paratii 2, barco que levou o navegador Amyr Klink à Antártida, a equipe tentará ultrapassar pela primeira vez o ponto no fundo do mar a partir do qual a temperatura cai drasticamente, variação conhecida como termoclina. Até agora, alcançaram no máximo 80 metros de profundidade.
Abaixo dessa zona, sobre montes mais distantes da superfície, esperam encontrar espécies distintas das vistas até agora. “Os recifes mais profundos são o novo éden, a próxima fronteira para quem quer fazer mergulho científico no mundo”, diz Gasparini.
Mergulho desafiador
Há muitos anos pesquisadores tentam chegar às águas frias da cordilheira, mas a distância entre a costa e os montes submersos mais fundos torna a missão complexa.
Navios da Marinha costumam levar três dias para chegar a Trindade, onde o Brasil mantém uma base militar. E para mergulhar até as profundezas com segurança, é preciso contar com equipamentos caros.
Desta vez, a missão será facilitada pelo Paratii 2, veleiro cedido aos pesquisadores por meio de uma parceria e capaz de ficar três meses no mar sem reabastecer. Os cientistas portarão ainda rebreathers, aparelhos que reciclam o gás carbônico exalado, permitindo que o mergulhador passe até seis horas embaixo d’água. Em sites de vendas no Brasil, um rebreather novo sai por até R$ 33 mil.
A viagem – que contará com pesquisadores da California Academy of Sciences e das universidades federais do Espírito Santo, Pará e Paraíba – deve durar 20 dias.
Chefe da expedição, o biólogo capixaba Hudson Pinheiro, que faz seu pós-doutorado na instituição californiana, diz que as eras glaciais ajudam a explicar a biodiversidade da região.
Naqueles períodos, enquanto os habitats costeiros eram afetados pela redução do nível da água, os montes submarinos ficaram expostos como ilhas, tornando-se refúgios para a vida marinha.
Conforme o nível do mar subiu nos últimos 10 mil anos, muitas dessas espécies permaneceram isoladas e se adaptaram aos novos ambientes, agora submersos. Mesmo assim, a cadeia jamais perdeu a conexão com o continente, pois muitas espécies costeiras usam os montes como trampolins, deslocando-se pela cadeia de uma extremidade à outra, no meio do Atlântico.
Hoje ao menos dez desses montes têm entre 30 e 150 metros de profundidade.
O elo da cordilheira com o continente, diz Pinheiro, é o que torna a formação brasileira única no mundo. Há outras cadeias montanhosas de origem vulcânica no meio do oceano, como o Havaí. Mas, como estão distantes do continente, o deslocamento das espécies nessas áreas é limitado.
Outra explicação para a riqueza da fauna na cordilheira é variedade de algas calcárias, um tipo de planta marinha responsável pela formação de recifes naturais. Há na cadeia 16 espécies dessas algas, que criam nichos e habitats para centenas de outras espécies.
Pinheiro é um dos principais entusiastas da criação da reserva marinha. Hoje, diz ele, a área está ameaçada pela pesca comercial e pela mineração.
Há na região relatos sobre a ação de barcos com redes presas a grandes rodas, do tamanho de pneus de caminhão, que são arrastadas sobre os recifes.
Outro tipo de pesca que preocupa os pesquisadores é a feita com espinhel, quando anzóis são enfileirados para capturar peixes maiores. Tubarões são muito vulneráveis a esse método de captura; como geram poucos filhotes, podem ser rapidamente aniquilados.
A BBC Brasil pediu uma entrevista com o presidente do Sindicato das Indústrias da Pesca do Estado do Espírito Santo (Sindipesca) sobre a atividade pesqueira na região, mas não obteve resposta.
Não só barcos brasileiros atuam na cordilheira. Parte da cadeia Vitória-Trindade fica em águas internacionais, por onde transitam barcos estrangeiros. Segundo os pesquisadores, há relatos de que esses barcos também estariam pescando no mar territorial brasileiro, o que é ilegal.
Em nota à BBC Brasil, a Marinha disse realizar patrulhas regulares na cordilheira para inspecionar e apreender embarcações irregulares.
Outro temor dos pesquisadores é a mineração submarina. Segundo um estudo no site do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) já concedeu duas licenças para a exploração de bancos de rodolito (crostas de alga calcária e outros organismos) e recifes de corais na cadeia Vitória-Trindade.
A atividade durou três anos, e o material extraído foi usado como fertilizante em plantações de cana-de-açúcar. No site do DNPM há registro de novos pedidos de licença na região.
O DNPM não respondeu um pedido da BBC Brasil sobre a mineração na cadeia Vitória-Trindade.
Segundo Pinheiro, a atividade destrói formações que levam milhares de anos para se desenvolver e põe em risco muitas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.
O pesquisador diz esperar que a criação da reserva ponha fim à atividade e que a proibição da pesca em partes da cordilheira ajude a repor estoques de peixes em áreas vizinhas sobrexploradas – o que, para ele, também seria benéfico para pescadores.
FONTE: BBC
Uma maravilha. Essa foto da Ilha da Trindade é linda.
Excelente matéria.
“Há na região relatos sobre a ação de barcos com redes presas a grandes rodas, do tamanho de pneus de caminhão, que são arrastadas sobre os recifes.” . “Outro tipo de pesca que preocupa os pesquisadores é a feita com espinhel, quando anzóis são enfileirados para capturar peixes maiores. Tubarões são muito vulneráveis a esse método de captura; como geram poucos filhotes, podem ser rapidamente aniquilados.” . “Não só barcos brasileiros atuam na cordilheira. Parte da cadeia Vitória-Trindade fica em águas internacionais, por onde transitam barcos estrangeiros. Segundo os pesquisadores, há relatos de que esses barcos também estariam pescando no… Read more »
Uma pena que o GF nunca deu e nem entende a importância das Unidades de Conservação, principalmente na ZEE do mar territorial. Sou engenheiro ambiental e sanitarista e digo que a lei 9.985/ 00 que rege sobre as SNUC não passa de um belo compêndio, que na prática é totalmente ignorada. Essas unidades contribuem para a preservação de variedades de espécies biológicas/genéticas e garantem a manutenção in situ de recursos naturais ou não. Mas como política ambiental nesse país apenas existem nos livros didáticos, nada mudará e é bem capaz que a Cordilheira de Trindade seja entregue de bandeja ao… Read more »
Bardini, não há navios de patrulha disponíveis em número suficiente para cobrir toda a área.
Você já navegou até lá Galante? Até a Ilha da Trindade?
Hein?
Patrulha?
Que patrulha?
A MB está no Líbano participando de coalizão da ONU.
A MB comprou Ocean, Sirocco, que podem servir para ações humanitárias.
Patrulha de quê?
Pois é…
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Dos números do plano de reaparelhamento dito “megalomaniaco” de uma década atrás, o que mais fazia sentido era o número Navios de Patrulhas.
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A MB precisa de uma imensidão deles. Nosso litoral imenso e riquíssimo, sofre com o descaso do dono.
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E ainda pleiteamos aumentar ainda mais nossa EEZ. Mal e porcamente cuidamos do que temos, mas queremos muito mais.
Agora, cá entre nós… Precisamos mesmo comprar essa “Corveta” para ir lá botar ordem na bagunça?
Já fui até lá sim, Bob Santana, mas não pisei na ilha, fiquei a bordo do navio. A visão é espetacular! Quem sabe um dia volto lá, mas para visitar a ilha.
Já postei algumas vezes, para somar aos três Amazonas precisamos pelo menos mais 9 NPaOc, talvez 10. Seriam 2 Belém, 3 Natal, 2 Salvador, 3 Rio, 2 Santos e 2 Rio Grande. Rio e Natal teriam 3 cada justamente por Trindade, Noronha e São Pedro. Isto tudo fora os NPa 500 que seriam uns 5 por Distrito.
O Brasil precisaria de uma encomenda de 12 NPaOc como aquela da Austrália, no mínimo.
Galante
Prefiro 12 Amazonas no mínimo
Seria ótimo e manteria um padrão
Abraço
A criação de uma reserva, deve resguardar o Direito de exploração de minerais estratégicos. O Brasil não pode abrir mão desse Direito, se o fizer, estará comprometendo gerações futuras!
Tai um boa oportunidade de se elaborar um projeto com a necessidade e quantidade de navios patrulhas para toda a costa brasileira, lembrando que não é somente essa área a ser protegida. Não basta somente o presidente sancionar a lei mas juntamente com o congresso aprovar a compra dos meios necessários para o fazê lo. A ora é agora!
Concordo com 12 ou mais, nada de OPV, tem que ser Amazonas ou AHTS Classe MO ?
As AHTS Classe MO atenderiam essas áreas ?
http://www.naval.com.br/blog/2012/09/29/por-dentro-do-amazonas/
Ei-lo:
http://www.naval.com.br/blog/2015/09/03/ahts-bos-turquesa-pptz-um-otimo-npaoc/
Nonato 1 de Fevereiro de 2018 at 23:21
Hein? Patrulha? Que patrulha?
As PatNav – Patrulhas Navais são realizadas todos os meses, compreendendo 120 horas de navegação pela área de responsabilidade do Distrito Naval… segue-se a comissão de Inspeção Naval em regresso para a sede do NPa…
Eu vi amigos misturando as bolas lá em cima… – As aquisições de oportunidades dos meios Bahia e HMS Ocean nada tem haver com a Patrulha Oceânica. Enquanto que o orçamento da Patrulha sair somente dos cofres da MB, a coisa vai continuar do jeito que está. Os Ministérios da Justiça, Meio Ambiente e até mesmo a Secretária de Segurança Publica tem que tirar os Escorpiões dos bolsos e contribuírem para a aquisição de Patrulhas de 500t e NaPaOc, Como disse o Galante, a MB necessita de 12 NaPaOc para se somar aos 3 Classe Amazonas. E a Patrulha de… Read more »
Há algum sitio radar nestas ilhas ?
Radar ? Para quê ?
Mais uma atribuição da Marinha Brasileira, proteger esse tesouro!
Muita coisa errada neste país. Deputados, juízes e funcionários do Legislativo e do Judiciário ganhando salários estratosféricos, que tornam-se em muitos milhões ao mês, e a Marinha não tem navios patrulha suficientes. VERGONHA.
Vergonha é, também, constatar que em quase todas as aduanas, geralmente, há apenas um ou dois fiscais e nenhum soldado ou policial, enquanto que no Uruguai, que é um país equivalente a metade do RS e com PIB bem menor que o do RS, as aduanas são cheias de soldados armados e vários fiscais.
Tem muito dinheiro indo pelo ralo.
Não tem essa de “não precisamos de NaPOc”.
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Precisamos de um mix de navios equipar os Distritos.
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Navio Patrulha de menor porte. Cobrindo a região mais interna e movimentada da ZEE.
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Navio Patrulha de grande porte. Cobrindo a região mais externa da ZEE e as demandas por SAR no meio do Atlântico. Também poderia cobrir missões no Exterior: Soft Power e cooperação militar.
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Rebocador de Alto Mar. Esse sim, poderia ser baseado em um AHTS…
Bardini ( 1 de Fevereiro de 2018 at 23:40 );
Creio que precisamos de algo mais pesado nesse caso…
Tipos como a ‘Macaé’ ou o ‘NPa 500 BR’ não teriam as características mais adequadas para ir tão longe…
Já temos as ‘River batch II’… Embora prefira algo mais pesado ( e com um hangar ), esta OPV já serve… Pois que abracemos ela de uma vez e mais delas venham…
Então, eu penso no seguinte: . Um Navio Patrulha pequeno, poderia cobrir a parte mais próxima a costa, por um custo sustentável pelos Distritos. É a região mais movimentada. É uma embarcação que poderia-se ter em maior quantidade pelo custo (aquisição, tripulação, manutenção e etc). Não precisa ser essa “Corveta” baseada em um projeto da década de 60 que o CPN projetou. . Para ir mais longe, precisamos de um Navio Patrulha de grande porte, com características em especial: – Capacidade de operar e dar suporte para UAV e/ou Helicóptero. – Foco na facilidade de operação de Embarcação de Casco… Read more »
“Bardini em 02/02/2018 às 15:27”
Bardini,
Sei que vc tem uma certa “birra” com o NPa 500BR, embora até hoje eu não tenha conseguido entender objetivamente os motivos, e tbém sei que não é o único a não gostar do projeto.
Mas essa de chamar de “corveta” o NPa 500 BR eu não entendi. É por causa dos itens opcionais?
Meio de superficie para patrulha costeira para mim, é um meio do paleolitico….visão limitada, velocidade limitada, se arrasta até o plot captado a não mais de 40 kmda raio…o mundo mudou e falta apenas solucionar a etapa da missão relacionada a abordagem para inspeção. . Meio aereo com um seasprey 5000 cobre 370 km de raio enquanto um barco cobre 30 km….embora cubra somente 4 a 6 horas de missão na media contra 24 hs do navio….. . Ja um Dirigivel, cobriria 24h/7 dias ininterruptamente, bem parecido ao navio na persistencia do navio, com uma visão igual a do avião.… Read more »
Todas as nossas forcas precisam de meios de patrulha em grandes quantidades, nao so pelo tamanho de todo o territorio terrestre, aereo e maritimo, como pela situacao de inseguranca e abandono. Os meios de patrulha nao precisam terem alto custo, muito pelo cintrario, Naopcs de ate 70 milhoes, jipes de 200 mil dolares como o komodo da Insonesia(segundo a wiki…) o qual o marrua poderia ter como exemplo e uma forca area de patrulha que poderia usar ate o jf17 chines, deixando o Gripen como meio principal. A situacao do pais e de baderna justamente pela absoluta falta de vigilancia,… Read more »
Parte da cobertura por radar, poderia ser fornecida pela IACIT.
http://www.iacit.com.br/sites/default/files/Radar%20OTH.pdf
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Precisamos de uma Navio barato e eficiente para realizar abordagens e resguardar a parte mais interna da ZEE. Função policial… Sem maluquice de “ir a Guerra”.
Algo nesse conceito: https://www.youtube.com/watch?v=O3iVLg4k7eI
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Um Navio Patrulha maior poderia embarcar um helicóptero equipado com radar.
Uma combinação de baixo custo:
Podeira também embarcar um UAV, como o FT-200 ou o ScanEagle.
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Navio Patrulha maior faria o controle “regional”. O menor, exerceria um controle mais “local”.
@FABIO PEREIRA BUENO FILHO
Creio que em uma situação de necessidade, até o Brasil (um país bonzinho e tolo) iria se desfazer de qualquer tipo de acordo que ameace nosso futuro/existência, inclusive os tratados de não proliferação de artefatos nucleares.
Até mesmo as reservas indígenas se bobear!
Concordo com o Carvalho 2008…opto pelos dirigíveis..até porta dirigíveis..com um helicóptero ou tucano em cima do bicho…kkkkk..olha..se sonhar da pra fazer
Nunão. Eu tenho medo desses itens ditos “opcionais”… Eles não fazem lá muito sentido na minha visão de necessidades da MB. . Radar diretor de tiro, MAGE, Sistema de Combate e lançadores para Mistral, por exemplo… Pra que??? . Precisamos de navio barato, em todos os sentidos. Navio para cobrir o descaso com a Patrulha de nossas águas. . Um Macaé naquele época que foi contratado, custava coisa de R$ 40 e não sei quantos milhões, sendo que não tinha tudo isso de armamento no pacote. Imagina o tamanho da mordida que vai ser se resolvem comprar e manter esses… Read more »
“Nunão. Eu tenho medo desses itens ditos “opcionais”… Eles não fazem lá muito sentido na minha visão de necessidades da MB” Bardini, As referências aos opcionais são, principalmente, para impressionar clientes de exportação, não se impressione com eles. A tradição da MB é equipar seus navios-patrulha de 200t e 500t com um canhão de 40mm duas metralhadoras de 20mm, radar de navegação (e busca) comercial e, no caso dos de 500t, um terminal Sicomta e uma alça optrônica básica. E só. Não faz sentido, baseado em como a MB equipa há décadas sua dúzia e meia de navios-patrulha atuais dessa… Read more »
Assim, se esse navio sair, é muito mas muito melhor que nada…
https://www.marinha.mil.br/emgepron/sites/www.marinha.mil.br.emgepron/files/fichatecnica/lt_500_br_3.pdf
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O meu questionamento é: Precisamos de tudo aquilo ali?
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Não seria mais vantagem ter algo mais simples e barato de comprar, operar e manter, deixando os “frufrus” para um navio maior e mais capaz, como o NaPOc?
Bardini,
Seria algo assim?
http://www.ejercitos.org/wp-content/uploads/2017/11/Patrullero-proyecto-OPV-93C.-Foto-Cotecmar.jpg
Pra mim, isso aí seria o ideal para um NPaOc…
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Acredito que para um NPa, poderíamos ir por esse caminho:
http://www.naval.com.br/blog/2017/09/26/singapura-lanca-ao-mar-quinto-littoral-mission-vessel/
Que lugar lindo!
Outro formação no nosso litoral é o Elevado do Rio Grande. Região extremamente rica e estratégica.
http://55ca7cd0-f8ac-0132-1185-705681baa5c1.s3-website-sa-east-1.amazonaws.com/defesanet/site/upload/news_image/2013/02/12000.jpg
Srs
Considerando a extensão da costa e da ZEE, o que precisamos é de meios aéreos para a patrulha, sejam VANTs, sejam aeronaves ou dirigíveis, possivelmente o uso dos três tipos de forma complementar.
Ficando no convencional, o policiamento da costa poderia ser feito por aeronaves de asa fixa para a localização e verificação de ilícitos como a pesca ilegal e por helis de maior alcance e/ou com capacidade de reabastecimento para a abordagem das embarcações irregulares.
NAPAs seriam necessários apenas para os casos em que uma embarcação se fizesse necessária, caso, inclusive que os AHTS MO seriam aplicáveis.
Sds
Tá. Aeronaves de Patrulha… Aí uma dessas aeronaves detecta um pesqueiro suspeito, operando na borda mais externa da nossa ZEE (isso quando se voa até lá), longe pra danar da costa e a trocentos quilômetros do Navio Patrulha do Distrito que está em operação (isso quando está). . Como a aeronave vai abordar o pesqueiro? Quantos horas ou dias levaria até que um meio do distrito pudesse chegar até o local? (Perceba que é “chegar ao local”, bem diferente de “abordar a embarcação suspeita”) Qual a vantagem de ter um AHTS mantendo no pau da goiaba, uns 12 nós velocidade… Read more »
RR,
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Esse de Singapura eu até acho interessante, mas não para o Brasil.
Acho que deveríamos mirar coisa beeeem mais simples e barata, pra realmente fazer um volume considerável perto da costa.
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Poderia até mesmo ser o NPa 500t BR do CPN, mas sem toda aquela parafernália para “ir a Guerra”.
Talvez um ou outro pudesse receber isso, mas todos? Não precisa…
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O Patrulha dos colombianos eu já acho interessante para nossas necessidades. Navio moderno com cara de Patrulha e etc. Realmente muito interessante como NaPOc.
Pois e .. pessoal ainda e contra as OPVs .. ao meu ver .. A classe Macae junto as Amazonas .. ja cobririam com folga uma patrulha de respeito nessa região .. problema e disponibilidade e numero de meios pra variar .. em todo caso ainda podemos contar com os bem uteis classe ”’Grajaú”.. seria interessante a MB manter sempre um navio de pesquisa nessa região .. talvez o ”Cruzeiro do sul ” … depois do ”Vital de Oliveira” ,talvez seja o q a MB tenha de melhor nessa área (tirando os navios em missão da Antártida ) …e sim… Read more »
“Alexandre Galante 2 de Fevereiro de 2018 at 0:17 O Brasil precisaria de uma encomenda de 12 NPaOc como aquela da Austrália, no mínimo.” “Renan 2 de Fevereiro de 2018 at 0:33 Galante Prefiro 12 Amazonas no mínimo Seria ótimo e manteria um padrão Abraço” Galante e Renan, concordo com a necessidade de doze ou treze NPaOc só não concordo que os novos sejam Amazonas ou os “australianos”. Um patrulheiro oceânico para a MB tem que levar em conta que nossa ZEE é enorme, nossa responsabilidade no salvamar, em relação a área, é maior ainda. Os dias de mar para… Read more »
Ádson, o que a MB deseja é esse NPaOc:
https://www.marinha.mil.br/cpn/content/navio-patrulha-oceanico-brasileiro
“BrunoFN 2 de Fevereiro de 2018 at 22:49”
FN, acho que das OVPs inglesas que vão ser descomissionadas só a Clyde nos serviria. É a unica que pode operar com heli.
“Fernando “Nunão” De Martini 2 de Fevereiro de 2018 at 22:56″
Então Nunão, é exatamente o que eu estou falando, apesar do que eu falo não tem valia, rsrs. Um NPaOc com convoo, hangar, 25 dias, 4000 nm, 22 nós max, 12 nós patrulha. Excelente. É preciosismo de minha parte, mas acho que os 25 dias deviam ter a possibilidade de ser estendidos para menos 35, isto para facilitar por exemplo uma comissão na África.
Ádson Ao meu ver , a unica chance de a MB obter alguma ”nova” OPV num curto , talvez ate mesmo no médio prazo , estão nessas OPVs da Royal Navy ( q são relativamente ”novas” 15 anos de uso ) .. embora tb reconheça q um OPV deveria ter um heli orgânico . ….n e o ideal mas tb nesse caso especifico n seria fundamental …e acho q essas 3 ”River” podem receber uma adaptação pra um heliponto .. ao menos pra algo q suporte um ”esquilo” ou mesmo um futuro EC-145 … embora tb duvide q isso valeria… Read more »
“BrunoFN 2 de Fevereiro de 2018 at 23:44”
Falando em “usados” estou sonhando com cinco ou seis Type 23.
Ola Colegas. Sobre as NaPaOc, eu tenho alguma dificuldade em entender a razão da MB não contratar a construção de outras da Classe Amazonas. Creio que a MB já os operou por bastante tempo para terem uma avaliação de seus pontos positivos e negativos. Pelo que lembro, a MB também adquiriu o projeto, não foi? Este projeto é bem novo e parece ajustado.
Srs Jovem Bardini Considerando a área total a ser patrulhada e a velocidade dos navios patrulha, a MB terá que gastar todo o seu orçamento e mais um pouco apenas com a patrulha da costa e da ZEE dado o número de navios necessários para um controle efetivo de toda a área. Acho que você terá que aceitar a ideia do dirigível com RIB. Jovem Ádson Esqueça a costa da África, principalmente a parte sul. Logo, ela será responsabilidade dos chineses que deverão implantar bases na região. Aos preocupados com o controle das ZEEs e o estabelecimento de restrições a… Read more »
camargoer…
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sem dúvida é falta de recursos financeiros…se o que se tem é mal aproveitado…aí é outra coisa, mas, já ouvi e não foi uma vez , das dificuldades encontradas para se manter navegando o
pouco que se tem.
abs
Control… . os EUA estão investindo em novos navios ou “cutters” para a Guarda Costeira e não em “dirigíveis com “RIB” e eventualmente um “Arleigh Burke” da US Navy que não esteja destinado para treinamento para eventual missão, deixa seu arsenal de mísseis em terra e dá uma ajuda também, ao menos até que haja LCSs em número suficiente e mesmo assim não conseguem fazer tudo…ninguém consegue dar fim à pesca ilegal e tráfico de drogas e armas. . Os chineses estão em expansão, mas, você coloca muito peso na presença deles pelo mundo, mais especificamente África, como se eles… Read more »
Olá Dalton. Concordo que a falta de recursos inviabiliza o reaparelhamento da MB, mas minha dúvida é outra. Se a MB possui o projeto e já acumula experiência na operação da Amazonas, então qual a razão dos estudos focarem um outro modelo? MInha dúvida não é sobre a construção em si, mas sobre o aparente abandono do projeto das Amazonas em benefício de um outro projeto de NaPaOc. Por que abandonar a classe? Quais os problemas que eles apresentaram que não poderiam ser sanados em um projeto revisado? Por que uma outra classe de NaPaOc?