FREMM Antonio Marceglia

FREMM Antonio Marceglia

O construtor naval italiano, a Fincantieri, lançou a Fragata FREMM Antonio Marceglia para a Marinha Italiana, durante uma cerimônia no estaleiro integrado de Riva Trigoso em Gênova no dia 3 de fevereiro.

A cerimônia de lançamento da fragata Antonio Marceglia, oitava de uma série de 10 escoltas FREMM – Multi Mission European Frigates, teve lugar hoje no estaleiro integrado de Riva Trigoso (Gênova) na presença do Ministro da Defesa da Itália, Roberta Pinotti e, em nome do Chefe da Defesa, o general Claudio Graziano, o chefe de gabinete da Marinha Italiana, o almirante Valter Girardelli “, afirmou um comunicado à imprensa.

Os 10 navios FREMM foram encomendados à Fincantieri pela Marinha Italiana no âmbito de um programa de cooperação italo-francês sob a coordenação da OCCAR (Organização Conjointe de Coopération sur l’Armement, organização internacional de cooperação em Armamentos).

A madrinha da cerimônia foi a Sra. Silvia Marceglia, sobrinha de Antonio Marceglia, agraciado por Medalha de Ouro por Valor Militar.

O presidente da Fincantieri, Giampiero Massolo e o presidente executivo, Giuseppe Bono, foram anfitriões de Giovanni Toti, governador da Região da Ligúria, além de várias autoridades civis e religiosas.

Após o lançamento, as atividades de montagem final continuarão no estaleiro naval integrado de Muggiano (La Spezia), com a entrega prevista para 2019. O navio Antonio Marceglia, como as outras unidades, apresentará um alto grau de flexibilidade, capaz de operar em todas as situações táticas. Com 144 metros de comprimento com uma boca de 19,7 metros, o navio terá um deslocamento em carga total de aproximadamente 6.700 toneladas. O navio terá uma velocidade máxima de mais de 27 nós e providenciará acomodação para uma tripulação de 200 pessoas.

O programa FREMM, que representa o estado da arte da defesa europeia e italiana, decorre da necessidade de renovação das fragatas da classe “Lupo” (já desativadas) e “Maestrale” (perto do limite operacional), ambas construídas por Fincantieri na década de 1970.

Os navios “Carlo Bergamini” e “Virginio Fasan” foram entregues em 2013, o “Carlo Margottini” em 2014, o “Carabiniere” em 2015, o “Alpino” em 2016 e o “Luigi Rizzo” em 2017. O programa italiano foi totalmente implementado com a opção exercida em abril de 2015, em relação à construção do nono e décimo navio, cuja entrega está programada após 2020.

A Orizzonte Sistemi Navali (51% Fincantieri, 49% Leonardo) atua como contratante principal para a iniciativa na Itália, enquanto a Armaris (Grupo Naval + Thales) é a contratante principal da França.

Esta cooperação aplicou a experiência positiva adquirida no programa italo-francês anterior “Orizzonte” que levou à construção para a  Marinha Italiana das duas fragatas “Andrea Doria” e “Caio Duilio”.

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Ivan BC

Lindo navio!

Fellipe Barbieri

Sonho de consumo, por mim se usava os 2 bilhões do projeto das fragatas Tamandaré para comprar 2 unidades da classe FREEM quem sabe até três unidades, uma compra de prateleira sem maiores bananices … Depois a marinha poderia pedir mais três unidades conforme o governo fosse mandando a grana . Compra três agora, mais três la por 2021 ou até antes, e quem sabe em 2030 possamos estar com oito fragatas FREMM . Depois de garantir seis ou oito FREEM poderíamos ir atrás de um Juan Carlos novo para subistituir o Ocena lá por 2030/32 . Imaginem em 2030… Read more »

Fabio Jeffer

Será que não daria pra nossa marinha encomendar umas quatro

Jr

Sonho de consumo, tanto ela quanto aquele belo navio de apoio logístico que esta do lado dela na segunda foto

Wellington Góes

Apesar de achar que as FREMMs francesas têm um desenho mais limpo (stealth), o desenho italiano é mais atrativo, na minha opinião.

Miguel

Como é bonito um país fabricar seu próprio equipamento bélico, agregando conhecimento e gerando empregos em seu território. Diferente de um grandão bobo do hemisfério Sul, que embora tenha estaleiros, siderúrgica e parque industrial diversificado adora comprar refugo dos países centrais.

Roberto Bozzo

Maravilhosas estas FREMM italianas… o que nunca entendi é por que os franceses fazerem o hangar para apenas um heli, enquanto os italianos acomodam dois; sei que tem o “compromisso”, etc, mas acho um desperdicio de espaço nas francesas. Apenas uma opinião.

Burgos

Senhora Fragata !!!
Pena que um tal de 9 dedos estragou as negociações dando asilo político pra um tranqueira que fez um monte de m*#•a
Por lá.
Como sempre o Pais todo patio pela burrice de um !!!
Fazer o que né ?!

Burgos

*Pagou quer dizer

Jr

Burgos, não sei se seria uma boa assinar com os Italianos na época, certeza que teria os mesmos supostos “VICIOS” do prosub, quando os chefes da antiga finmeccanica estavam sendo julgados na Itália pelo suposto pagamento de propina na Índia o nome do Jobim apareceu no processo, chegou até a sair em alguns veículos de comunicação sobre isso, procuraram ele e o mesmo disse que era um absurdo, que não fazia sentido os italianos pagarem propina para ele de um contrato que não foi assinado, enfim, ou o Italianos pagaram e não levaram, ou ofereceram e não chegaram a pagar

Jr
Rafael Oliveira

Burgos, até parece que a Itália iria vetar uma venda de bilhões de dólares por causa do Cesare Battisti. Dinheiro dá as cartas no mundo.

Mercenário

Ainda acho esse arranjo inicial com 16 células VLS muito pouco para um navio de 6700 tons.

Ozawa

A versão italiana das FREMN deveria chamar-se “Più- Bella”!

A única ressalva estética desse Michelangelo naval é seu infeliz número de amura! Terminaram uma obra-prima dessas e parece ter faltado paciência e recursos aos escultores navais italianos para finalizá-la com uma assinatura visual digna da sua beleza … Que rabisco insosso e patético! Essa FREMM merecia algo ao estilo americano, japonês e pasmem: mesmo brasileiro (!), com alfanuméricos em efeito de sombra e volume!

willhorv

É que o “Ralo” é sabido, ele existe em todas as esferas envolvendo órgãos públicos e no final os impostos se esvaem….
Mas que, se as FAAs fossem mantidas por um % do PIB, recursos não faltariam…
Poderíamos sim, ter até duas esquadras montadas com 6 destas cada uma….
Um dia quem sabe o Zé povinho acorda…tá difícil crer, ainda mais com as intensões de voto para presidente neste ano.
Algo surreal…inacreditável e lamentável!

willhorv

Em tempo….a versão oferecida ao Canadá é linda de mais…
Armada como a Italiana….
Quer mais o quê?

Rafael

Alguém sabe quanto custa essa Fragata FREEM Italiana ? Não seria muito melhor a MB comprar umas 3 dessas fragatas ao invés de escolher 4 fragatas leves ?

Fellipe Barbieri

willhorv : de fato a versão oferecida aos canadenses é fantástica, se eu não me engano cada uma estaria sendo oferecida por US$ 1 bi naquela versão, mas as das versões “comuns” seriam 35% mais baratas .

Jr

A fincantieri foi eliminada da concorrência canadense, pois não apresentou a tempo a proposta. Eles junto com o Naval Group apresentaram uma proposta alternativa separada da concorrência com preço fixo para o Canadá, proposta essa negada pela marinha canadense. Os três grupos que continuam concorrendo no Canada são Bae Systems, Navantia e Damen

FERNANDO

Uauuuuuuuuuuuuuu, que navio.

Sabem é interessante a Itália e a França, eles desenvolvem um projeto e vão fazendo pedidos pequenos no transcorrer dos anos.

Aqui é o inverso, se faz ma licitação em bilhões de dolares, muito mais para se deviar dinheiro do que realmente para aparelhar a Forças
Armadas.

Vejam, se durante o governo Dilma, ela tivesse escolhido uma proposta de fragata, e tivesse comprado uma fragato por ano, talves duas,
estariamos hoje com pelo menos 10 fragatas novinhas em folha

Fernando "Nunão" De Martini

“Sabem é interessante a Itália e a França, eles desenvolvem um projeto e vão fazendo pedidos pequenos no transcorrer dos anos.” Fernando, acho que você está enganado. O programa FREMM já nasceu com grandes pedidos de vários navios, tanto pela Itália quanto pela França. Os franceses reduziram encomendas planejadas (de 11 para 8, se não me engano), os italianos exerceram opções de compra, mas os contratos bilionário já previam de início várias unidades pra cada país. Você pode estar se confundindo com as confirmações de contratos mais específicos, dentro de planejamentos plurianuais, e com os pagamentos que são distribuídos no… Read more »

Bardini

Uma FREMM para a MB seria mais ou menos assim:comment image
.
Navio pra MB ir até 2070+ sendo relevante…

Fernando "Nunão" De Martini

“Bardini em 06/02/2018 às 10:16”

Bardini,

O que me lembro de maquetes de FREMM propostas pela Fincantieri ao Brasil, que vi em feiras como a Laad, eram configurações como essa, com canhões de 40mm nos bordos, junto aos lançadores de mísseis mar-mar.

jagderband#44

bico de pato

Mercenário

Nunão,

Essa versão trazida pelo Bardini deve ser caríssima, pois já conta com 32 células VLS.

Ademais, vale destacar que a versão GP italiana tem um número maior de canhões, comparada com a versão especializada em ASW.

Fernando "Nunão" De Martini

Mercenário,

Essa maquete seria, digamos, o “X-tudo” da kombi de lanches, mostrando tudo que dá pra colocar no meio do “pão-FREMM”. É para o futuro cliente salivar. Mas, na hora de ver o preço, talvez seja o caso de pensar se ele realmente vai digerir bem tantas fatias de bacon, ou se um pouco menos bastaria, assim como as fatias adicionais de queijo.

Tomcat3.7

Bardini , tem canhão a rodo neste navio/maquete da foto hein, mas é um beleza.

Marcelo Andrade

ah, 6 dessas por aqui “Tudo pela Pátria”!!!

Roberto Bozzo

Li certa vez que marinha italiana utilizou o espaço reservado para mais lançadores VLS para aprimorar o espaço reservado ao pessoal, portanto as FREMM italianas só podem receber até 32 VLS (infelizmente perdi o HD com o link), isto é correto ?

Luciano

Bardini 6 de Fevereiro de 2018 at 10:16

Nesta configuração, seria necessário ter os canhões de 25mm para ameaças assimétricas tendo os de 40 mm? Além disso, eu nao percebi os lançadores de torpedos.

Fernando "Nunão" De Martini

“Nesta configuração, seria necessário ter os canhões de 25mm para ameaças assimétricas tendo os de 40 mm?” Luciano, Na metáfora do “X-tudo” que mencionei acima, metralhadoras de 25mm me parecem porção extra de maionese quando já se tem armas de 40mm. Eu acho que bastaria um par ou dois de .50 para o que eventualmente escapasse dos canhões de 40mm e passasse do limite mínimo de engajamento destes. “Além disso, eu nao percebi os lançadores de torpedos.” Eles não são expostos, ficam atrás de portinholas. Provável herança francesa do projeto (fragatas francesas “embutem” os lançadores de torpedos ASW na superestrutura… Read more »

Nonato

Interessante.
Na crise europeia, a Itália estava em crise.
Mas não se vêem notícias negativas na área da defesa.
Já Inglaterra e França…

Nilson

Uh, que vontade de ver um x-tudo sendo deliciado pelos nossos marinheiros…

Dalton

” não se vêem notícias negativas na área da defesa. Já Inglaterra e França…” Inglaterra e França tem que lidar com propulsão e armamento nuclear…os britânicos já iniciaram projeto para substituir seus 4 SSBNs…e estão construindo SSNs da classe “Astute”. Os franceses estão construindo novos SSNs também e na próxima década começarão a preocupar-se em substituir seus SSBNs também. . Os franceses possuem um NAe de propulsão nuclear e uma ala aérea respeitável, com 3 esquadrões de caça e ataque constituída de Rafales M, para embarcar sempre 2 esquadrões e os britânicos já comissionaram 1 NAe de propulsão convencional e… Read more »

Cronauer

Linda, Linda, linda!

Nilson

Dalton 6 de Fevereiro de 2018 at 14:43 “propulsão nuclear…Os italianos estão livres de coisas como essas, sorte deles !” Muito bem explicado, ficou claro que os franceses e ingleses têm que se virar para manter os combatentes de superfície, pois os porta-aviões e subnuc exaurem grande parte dos recursos. E nós estamos querendo entrar nesse clube, daremos conta?? De qualquer forma, na minha opinião, o ProSub (parte nuclear) tem que continuar, mesmo lentamente, somente fazendo de cada vez o que não depende de etapa anterior, passo a passo. Temos que virar essa página que o país vem arrastando desde… Read more »

Dalton

Nilson…
.
a marinha brasileira aspira apenas SSNs…ou submarinos de propulsão nuclear de ataque…a maior dor de cabeça para franceses e britânicos…
são os enormes SSBNs…duas tripulações para cada um…e os caríssimos misseis intercontinentais.
.
A marinha brasileira possuir um esquadrão de SSNs…4 a 6 unidades não me parece um “bicho de 7 cabeças” ainda mais na década de 2030
para diante.
.
abs

Almeida

Taí uma marinha de médio porte muito bem equipada! 2 Horizon, 10 FREMM, 4 Type 212, 2 NAe VSTOL, 3 LPDs, 7 PPAs etc.

Porém, acho o armamento destas FREMM abaixo do esperado para um navio deste porte. 32 VLS no mínimo, de preferência 48. Mas eles tem as Orizzonte né…

Luciano

Fernando “Nunão” De Martini 6 de Fevereiro de 2018 at 12:49

Obrigado, Nunão. Realmente, sandubão! No caso das .50, eu normalmente vejo em reparos simples, mas utiliza-se em torres automatizadas no caso de embarcações grandes? Qto aos lançadores….eu imaginem que estivessem embutidos para aumentar o efeito stealth, porém, na listagem de equipamentos e armamentos da imagem eu n vi referência. Mais uma vez, obrigado pela atenção.

Fernando "Nunão" De Martini

Luciano, creio que me expressei mal. Quando me referi a um par ou dois de .50 não quis dizer reparos duplos, e sim singelos. No caso da classe Niterói, por exemplo, foram instalados dois “pares” de reparos singelos, no convés B do Boroc e sobre o hangar. Na Barroso, apenas um “par”, próximo ao paiol de bandeiras, um reparo singelo em cada bordo.

Reparos automatizados com metralhadora .50 e controle via COC seriam o ideal, mas reparos singelos de .50 operados manualmente dão conta do recado e são muito mais baratos. Dependeria do custo-benefício.

Mercenário

Almeida,

As “orizzonte” são apenas duas. Ademais, concordo contigo quanto ao número de células VLS, relativamente pequeno, pois se trata de um navio de quase 7000 tons.

Bardini

As FREMM dos italianos são muito bem armadas para o contexto do mediterrâneo…