HMS Ocean: extrato de inexigibilidade de licitação
DIRETORIA DE GESTÃO DE PROGRAMAS DA MARINHA
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 1/2018
CONTRATADA: Secretaria de Estado para Defesa do Reino Unido da Gran-Bretanha e da Irlanda do Norte;
VALOR: R$ 381.081.500,00 (Trezentos e oitenta e um milhões, oitenta e um mil e quinhentos reais);
OBJETO: Aquisição por oportunidade do HMS OCEAN;
ENQUADRAMENTO: Art. 25, caput da Lei 8.666/93; Rio de Janeiro, 08/02/2018;
VA PETRONIO AUGUSTO SIQUEIRA DE AGUIAR (Diretor) Ratifica o enquadramento legal de inexigibilidade de licitação, nos termos do art. 26 da Lei 8.666/93.
FONTE: Diário Oficial da União (DOU) de 09 de Fevereiro de 2018
Se vier os 3 phalanx vai ser a melhor compra de oportunidade do século
Agora vai !!!
Na minha opinião enquadraram incorretamente a despesa. Deveria ser Dispensa de Licitação, com base no art. 24, XIX, da Lei 8.666/93, e não Inexigibilidade.
A venda do HMS OCEAN tem sofrido muitas críticas, aparentemente ele fará muita falta e tinha muito a dá.
Caixero nem fala, acabei de discutir com um Britânico em um fórum, ele jura de pé junto que o amigo dele no MOD disse para ele que a venda para o Brasil do Ocean tinha “caído”
Venha querida!
Marcos Aryeh, mesmo sem os phalanx já é o melhor negócio do século, com eles é praticamente um assalto aos cofres do Reino Unido! 🙂
Jr, qual fórum de lá de que participa?
Marcos Aryeh 9 de Fevereiro de 2018 at 13:12
os Phalanx não vem segundo a Janes, informada pela Royal Navy.
“Gilberto 9 de Fevereiro de 2018 at 13:53
Na minha opinião enquadraram incorretamente a despesa. Deveria ser Dispensa de Licitação, com base no art. 24, XIX, da Lei 8.666/93, e não Inexigibilidade.”
Gilberto, em sentido contrário, entendo que é caso de inexigibilidade, pois o objeto e fornecedor são únicos, o que inviabilizaria a licitação. Dispensa seria, por exemplo, quando há vários objetos possíveis, mas se escolhe um deles sem licitação, apenas mediante o devido procedimento. Por exemplo, a Tamandaré será dispensa, pois podem ser vários objetos, ou mesmo um objeto único (o projeto nacional) com diversos fornecedores possíveis.
Aquele sistema de defesa naval holandês goalkeeper CIWS de 30 mm não seria melhor?
Nilson,
O seu entendimento está correto de acordo com o Art. 25, Caput e Inciso I da Lei 8666/93, pois existe apenas um HMS Ocean o que gera uma inviabilidade de competição.
A vinda ou não dos Phalanx é o menor dos detalhes, isso pode ser substituido por vários outros armamentos de custo de manutenção menor.
Com relação ao extinto NAE São Paulo / A-12… Por que a Marinha do Brasil não investe na construção de umas 4 ou 5 plataformas fixas {em alto mar} de pouso, decolagem e controle marítimo (não sei se já existe)… Já que graças a Deus não atacamos ninguém, poderíamos usar pra fiscalização, controle e até como porta aviões.
PS. Me perdoem a ignorância! Mas qual seria a possibilidade?
John Kuallquer, plataformas fixas são alvos fáceis para mísseis e torpedos, por isso as bases aéreas são muito mais vulneráveis a ataques que navios-aeródromos (porta-aviões).
E os aviões baseados em porta-aviões precisam que o navio se movimente para gerar vento no convés de voo para a decolagem, por isso sua ideia não faz sentido.
Eu acho John que usar ,ou construir algumas base no litoral com fácil acesso e pertencente a força aeronaval além de ficar mais barata com radares potente daria uma alerta é tanto e seria mais fácil de operar.Quanto aõ ocean e uma embarcação e tanta e vai dar uma capacidade defensiva maior que o sâo Paulo poderia dar.e já sinto as type-23 num outro pacote.Ainda mais se o maduro engroçar ,o Reino unido vai desejar o Brasil bem armado.Eu disse e digo que a Inglaterra é mais aliada do Brasil que os EUA,lembre-se que ela ajudou o Brasil a criar… Read more »
John Kuallquer, isto é válido em uma área com ilhas disputadas ou canais com grande movimento e perigo de piratas, neste nosso litoral de mar aberto não teria finalidade. A Malásia tem 3 navios mercantes convertidos em bases para este tipo de ação, o Bunga Mas Lima 5, o Bunga Mas Enam 6 e o Tun Azizan, normalmente um fica apoiando operações na costa da Somália contra ataque de piratas contra as embarcações malaias. Tem hangar para dois Sikorsky S-61 SeaKing modernizados e leva uma equipe de fuzileiros navais com espaço e equipamento para treinarem e praticar esporte, uma necessidade… Read more »
Ahhh! Agora entendi! Muito obrigado, pessoal!
Um complemento, estes 3 navios auxiliares da Malásia são bons como bases estacionárias contra pirataria no litoral da África ou Sudeste Adiático, eles não são navios de guerra.
Um navio Bunga Mas conseguiu recuperar um navio sequestrado por piratas e mostrou seu valor em 2011, segundo a Marinha da Malásia manter um navio destes como base fixa é muito mais barato do que a solução anterior de mandar uma fragata, que além de ser cara de operar não tem a menor necessidade neste tipo de operação.
. https://en.m.wikipedia.org/wiki/Operation_Dawn_8:_Gulf_of_Aden
Aina hoje a amizade entre o reino Unido e o Brasil me emociona. É a velha amizade entre o carrasco e o condenado.
Eu chuto que se chamará Pará
Estados não possuem amigos ou inimigos eternos, apenas possuem interesses.
Alexandre Galante 9 de Fevereiro de 2018 at 16:50
“”E os aviões baseados em porta-aviões precisam que o navio se movimente para gerar vento no convés de voo para a decolagem, por isso sua ideia não faz sentido.””
Eu não sabia disso…interessante!
Fiquem calmos, logo o Brasil compra o Charles de Gaule da França, mais 1 década e estará aqui no Brazil.
NPh Espírito Santo 70
“Ivan BC 9 de Fevereiro de 2018 at 18:12
Fiquem calmos, logo o Brasil compra o Charles de Gaule da França, mais 1 década e estará aqui no Brazil.”
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A propósito, li em algum lugar que o descomissionamento do CDG é previsto para 2040, e que os franceses já pretendem iniciar os gastos com os estudos para construção do seu substituto (ou seja, com 22 anos de antecedência…)
Bem vindo a MB, OCEAN. Agora é ficar “secando” as type 23, talvez chega antes de 2020… fica a torcida… pelo menos 4 para substituir as type 22!
“BMIKE 9 de Fevereiro de 2018 at 19:06”
Quero 6, se possível 7! rsrs
A Inglaterra não “gosta” do Brasil, países tem interesse e afinidades por estratégia. O Reino Unido não gostaria de um Brasil apoiando militarmente a Argentina nas Malvinas. O Reino Unido sabe que o Brasil declara que as Malvinas são de soberania Argentina por questão de politica de boa vizinhança, o Reino Unido sabe que o país que menos tem interesse (o mais a perder) em um conflito e militarização do Atlântico Sul é o Brasil, pois uma corrida armamentista por esta banda forcaria ao Brasil a ter gastos triplicados nas defesas. O Reino Unido sabe que todas as questões das… Read more »
Sem maiores elucubrações a inexigibilidade é inequívoca. Só gostaria de ver a justificativa deduzida para o preço de aquisição (com o que vem no pacote), o que deverá ser feito pelo Comando da Marinha força do art. 26, p. único, III, da Lei Geral de Licitações.
Já temos uma plataforma dessas no Atlântico, a saber a ilha de Fernando de Noronha. Se houvesse interesse, porém com muita dificuldade financeira, tem a ilha de Trindade e Martins Vaz que talvez tenha espaço pra um aeródromo.
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O investimento, porém, é proibitivo.
Antunes Neto, se eu não me engano a China construiu algumas ilhas artificiais para monitorar a situação marítima da sua região. Mas, agora a minha dúvida é a seguinte: quantos radares precisaríamos para cobrir, fiscalizar e proteger todo o nosso território náutico?… Atualmente: como a marinha fiscaliza e protege as suas plataformas petrolíferas? E como ela combate a pesca ilegal?… Será que a construção de plataformas fixas (só para fiscalização) das já supracitadas bacias seria uma boa? — Muitíssimo obrigado! / não perguntarei novamente. Kkkk
Se juntar com a França e projetar o próximo porta aviões
Fabricação um lá na França
E um aqui no Brasil
Ae teremos uma esquadra
Abraço
Sou leigo. Talvez, por isso, não consiga entender porque o governo, durante a maior crise econômica desse país, vai gastar 381 milhões de reais na aquisição de um navio de desembarque anfíbio lph. A pouco tempo abandonamos o NAe São Paulo que, segundo o governo afirmou durante o processo de compra, teria um enorme potencial, depois de ser reformado. A reforma não foi concluída, gastaram uma fortuna com reparos e o navio passou a maior parte do tempo na doca, até virar lâminas de barbear. Um navio anfíbio é para apoiar um ataque anfíbio. Quem vamos atacar ? A gloriosa… Read more »
“A pouco tempo abandonamos o NAe São Paulo que, segundo o governo afirmou durante o processo de compra, teria um enorme potencial, depois de ser reformado. A reforma não foi concluída, gastaram uma fortuna com reparos e o navio passou a maior parte do tempo na doca, até virar lâminas de barbear” Alex, bom dia. A reforma completa do Nae São Paulo sequer foi iniciada, quanto mais concluída. O que foi feito durante os mais de quinze anos em que o navio esteve incorporado à Esquadra foram reformas e reparos pontuais, dentro do possível, e não cuataram fortunas (uma fortuna… Read more »
“… os franceses já pretendem iniciar os gastos com os estudos para construção do seu substituto (ou seja, com 22 anos de antecedência…)” . Nilson…não é bem assim. Para o novo NAe estar pronto por volta de 2040 ele precisará ser encomendado por volta de 2030, para ter sua quilha batida por volta de 2032 e torcer para que em 8 anos seja terminado e estar operacional sem maiores percalços como ocorreu com o “Charles De Gaulle”. . Então até 2030 o projeto deverá estar pronto e recursos reservados para ele, portanto, está se falando de uns meros 12 anos… Read more »
Alex…
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complementando o Nunão…não se trata só de “atacar” alguém, seja com o “São Paulo” ou com o “Ocean” e sim manter uma presença em nossas águas e dar à marinha uma capacidade de intervir em nosso próprio território, zonas portuárias, ilhas, plataformas de petróleo, etc utilizando o que acredito ser o melhor que temos que é o fuzileiro naval , mesmo contra chamadas ameaças internas e isso é algo que toda marinha deve ser capaz de fazer.
“Antunes Neto 9 de Fevereiro de 2018 at 21:50 Já temos uma plataforma dessas no Atlântico, a saber a ilha de Fernando de Noronha. Se houvesse interesse, porém com muita dificuldade financeira, tem a ilha de Trindade e Martins Vaz que talvez tenha espaço pra um aeródromo. . O investimento, porém, é proibitivo.” – Volta e meia surge a proposta do tal aeroporto em Trindade… Pior que o pessoal que sugere não se prestam a dar uma olhada antes em várias fotos da ilha. Além de ser pequena, praticamente apenas 4kmX2km, é totalmente carente de uma área nivelada, seu interior… Read more »
Farroupilha, você obteve em algum lugar o custo de construção de uma pista de pouso em Trindade?
Há algum estudo sério a respeito?
Prezado Alex, Complementando o complemento (rsrsrs)…. A MB deixou de gastar U$ 1 bilhão na reforma de um navio de mais de 50 anos de idade (comissionado na França em 1963, mas projetado no início da década de 50, por volta de 53) para comprar um Porta Helicópteros do final da década de 90 por pouco mais de U$ 100 milhões. Ressaltei a idade do Foch para deixar claro o quão defasado ele está como aeródromo. Suas catapultas e elevadores foram projetados para caças leves da década de 50/60 como o A4 ou Etandard. O navio simplesmente não consegue lançar… Read more »
Senhores, Pronto, com este termo, oficial adquirimos o HMS Ocean, para ser o nosso próximo navio capitânia, uma excelente compra de oportunidade pela MB. Com relação ao nome, aposto que será: NPhM G-41 ou G-50 (por ser um porta-helicópteros multi-propósitos): ESPÍRITO SANTO. Pelo que observei nos comentários anteriores, sobre o assunto, dos amigos foristas, a MB está reservando os nomes dos estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, para os navios mais importantes da esquadra, os próximos navios aeródromos (porta-aviões) A-13 e A-14 respectivamente. Já tivemos o NAe A-11 Minas Gerais, depois veio o NAe A-12… Read more »
Antunes Neto 9 de Fevereiro de 2018 at 21:50
Pois é Antunes Neto, a Italia e seus comandantes militares, durante a Segunda Guerra Mundial, também pensaram que as características do território remetessem a um imenso porta-aviões, até os ataques britânicos começarem, com porta-aviões de verdade.
“Rafael Oliveira 9:59” Rafael vou responder sua indagação de forma bem aproximada, usando o exemplo da Ilha da Madeira. Primeiro, Madeira tem mais de 40km de extensão e mais de 10 de largura nas partes mais estreitas. Ou seja, é muito maior que Trindade que tem cerca de 4km apenas de comprimento e que é recheado de montanhas. Segundo, mesmo muito maior que Trindade houve dificuldades de escolher um local em Madeira, para construção de seu aeroporto, tanto por topografia como por ventos perigosos. Terceiro, e agora falando de valores, no ano de 2000 (18 anos atrás) por mais de… Read more »
Um aeródromo em Trindade também já foi tema bastante discutido aqui, e sempre volta. Não estou com tempo de procurar os links das várias discussões anteriores, mas vai um resumo do projeto planejado décadas atrás e que já discutimos na Trilogia: A construção foi cogitada seriamente na virada dos anos 70-80 pelo então Ministério da Marinha (administração do Alte Maximiano, que correspondeu em boa parte ao governo Figueiredo). Elaborou-se um projeto para a construção de uma pista de 1300m e instalações de apoio, conjunto orçado na época em cerca de 200 milhões de dólares (para ter uma ideia, na época… Read more »
Edson Parro 10 de Fevereiro de 2018 at 11:38 “a Italia e seus comandantes militares, durante a Segunda Guerra Mundial, também pensaram que as características do território remetessem a um imenso porta-aviões, até os ataques britânicos começarem, com porta-aviões de verdade.” . Edson, permita-me fazer um acréscimo histórico. A maior parte da cobertura aérea da invasão da Sicília foi feita pelos esquadrões sediados na ilha de Malta, que tinham mais de 400 aviões em 10/07/1943. Malta fica a pouco mais de 100 km da costa da Sicília. Imagino que se somente tivessem cobertura de porta aviões os aliados não teriam… Read more »
Tomando o exemplo de Malta, imagino que do ponto de vista defensivo é bom Trindade não ter aeródromo, senão seria o primeiro alvo de invasores, que tomariam a ilha para fazer sua base em terra, ficando muito mais confortáveis do que apenas com uma força tarefa naval. Por outro lado, Fernando de Noronha é um risco defensivo, pela mesma razão.
Corrigindo antes que alguém o faça: Sicília foi a primeira invasão anfíbia massiva feita com sucesso na Europa ocupada pelo Eixo.
Farroupilha, Há uma grande diferença entre um aeroporto como da Ilha da Madeira e uma reles pista de pouso, como há nos PEFs da Amazônia, que é o que parece ser realizável na Ilha de Trindade. Um pista de no máximo 1km, talvez menos, apenas para aviões pequenos dedicados a pistas curtas. . Nunão, já acompanhei e até participei de alguns desses debates, mas nunca vi nada “conclusivo” sobre a viabilidade financeira ou não da pista. Como o Farroupilha disse que com o valor daria para comprar submarinos indaguei se ele sabia o custo. Mas é só uma ilação dele.… Read more »
Rafael, Sobre o assunto, veja neste link reportagem de 1983 assinada por Roberto Godoy a respeito de tudo o que se pretendia implementar em Trindade: http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R00056.pdf Lembrando que, comparado ao grandioso projeto do início dos anos 80, quando questões ambientais eram ignoradas ou contornadas de forma menos exigente que agora, atualmente até a construção de um pier, por parte da Marinha, é alvo de sérios questionamentos de preservação ambiental. Mencionei mais acima que houve várias discussões sobre pista em Trindade em anos anteriores, e acabei de achar uma das matérias que mais se debateu o assunto, no caso, foi no… Read more »
Complementando sobre o aeroporto de trindade,
Com o preço chutado de alguns ( 6 ou 8 … Mais?) Bilhões de um aeroporto lá, seria possível:
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> Fazer a reforma no São Paulo e terminar as reformas dos A4, mobilia-lo como deveria e bancar outras manutenções por um bom tempo;
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> Bancar boa parte de um porta-aviões classe Queen Elizabeth;
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> Bancar uns 4-5 patrulheiros no brinco.
…
Certamente os patrulheiros seriam bem vindos e mais úteis.
Att.
Que monstruosidade, ainda bem que não foi pra frente.
Rafael, mesmo para uma pequena pista não há espaço em Trindade, ela é toda escarpada, procure várias imagens e veja onde poderia ser feita tal pista, simplesmente não existe tal local, a não ser arrasando com parte da ilha. Pois além de espaço para pista, também é preciso se tirar as elevações da frente para aproximação de voo das cabeceiras. A solução seria estender uma pista mar adentro começando numa das restritas praias, e mesmo assim ainda tem o problema das cabeceiras. O exemplo de Madeira, que usei, foi justamente para não ficar no chute, mas sim ser o mais… Read more »