Prosub: Estaleiro de Construção recebe as seções do primeiro submarino convencional
No dia 8 de fevereiro, a Marinha do Brasil e a empresa Itaguaí Construções Navais encerraram o processo de transferência das seções do primeiro submarino convencional, o “Riachuelo” (S40), para o Estaleiro de Construção do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), localizado no Complexo Naval de Itaguaí, Rio de Janeiro (RJ).
Em 14 de janeiro, as seções de vante (S4, S3 e 2B) já integradas, pesando 619 toneladas, com 39,86 metros de comprimento e 12,30 metros de altura foram transportadas por um veículo especial de 320 rodas, por um trajeto com cerca de cinco quilômetros, percorrido em 11 horas. A segunda seção (2A), com 370 toneladas e 18 metros de comprimento, foi transferida em 4 horas, no dia 4 de fevereiro. A última seção (S1), com aproximadamente 190 toneladas e 14 metros de comprimento, teve sua movimentação concluída no dia 8 de fevereiro, em 3 horas.
O processo exigiu um planejamento de meses que incluiu, entre outras ações, a adequação de trechos da rede elétrica em relação à seção de maior altura e interrupções pontuais do tráfego na BR-493.
A entrega de todas as seções no Estaleiro representa o início de uma nova fase na construção. A integração das seções e dos diversos sistemas e equipamentos permitirão o lançamento ao mar do Submarino “Riachuelo” no segundo semestre de 2018.
FONTE: Marinha do Brasil
Ótima noticia! Por favor, pessoal do Naval, coloquem informações sobre o andamento das demais unidades da classe SBR!
Em qual fase estão os outros 3? E o nuclear?
Artur, leia aqui:
http://www.naval.com.br/blog/2018/01/14/os-100-anos-da-forca-de-submarinos-e-o-prosub-ultima-parte/
Se os editores pudessem trazer posteriormente como é todo o processo de soldagem e montagem final, eu ficaria muito agradecido!
E que seja este o início de uma nova era, mesmo sabendo como são as coisas no nosso país, o que não pode é eternamente estarmos gastando dinheiro em transferência de tecnologia, fazer menos da metade do que foi previsto e deixar o conhecimento se esvair, para depois de 20 ou 30 anos recomeçar toda a seara de novo.
É mais longo que achava. (Foi o que ela disse hehehehe).
Muito bom, que venha os outros.
A MB está trazendo todas as boas notícias de 2018!
Até agora, só motivos pra ficar feliz.
O custo de aquisição e operação de uma versão nuclear equivale ao custo de quantos submarinos na sua versão convencional ?
A terceira foto da uma noção do tamanho do monstro!
Imagina quando for o nuclear. Muito legal poder ver o andamento do projeto.
Luiz Monteiro o seu off topic merece uma postagem própria só pra discutirmos ele apropriadamente,
Luiz Monteiro,
Só pra avisar que apagamos seus comentários aqui, como sugerido, para concentrar o assunto do HMS Ocean em duas novas matérias que colocamos no ar após suas informações.
Obrigado!
A imagem das seções do submarino prontas para integração ficou impressionante, e mostra a magnitude da embarcação.
Fico orgulhoso de ver a nossa marinha avançando no programa S BR. Parabenizando toda trilogia por seu distinto profissionalismos, e também ao nosso querido Almirante Luiz Monteiro, o senhor como sempre abrilhantando esse espaço.
Olha o tamanho desse bichão, o maior da sua classe.
Alguém poderia explicar a diferença nos tamanhos dos scorpenes? Pq o Scorpene brasileiro tem 75 metros em vez dos pontuais 65 metros?
Marcos Aryeh, o S-BR não tem 75 metros
Ótima notícia, o bichão é imponente, eu sempre fui contra o Scorpene não por ele em si mas por acreditar que seria mais vantajoso comprarmos 8 ou 12 unidades do Type 214 pelo preço, mas isso são águas passadas, agora eu estou na torcida para que a marinha possa incorporar os quatro já contratados no prazo e quem sabe contratar mais quatro unidades, eu tenho ouvido conversas que um contrato para mais duas unidades está sendo analisado . Off : gostaria de pedir aos editores do poder naval que fizessem uma matéria sobre a classe Type 216 e se possível… Read more »
Numa conta básica o Riachuelo já está com 71,86m.
Galante, seria possível uma materia comparando nossos subs Alemães com os Scorpenes? abraços.
Japaman, já fizemos essas comparações em 2008/2009, durante a disputa pelo contrato da Marinha, é só procurar no campo busca do blog.
Onde marco para curtir?
E o bicho tá começando botar moral !!!
Países vizinhos do Brasil !!!
Morram de inveja !!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Vão se rasgar mais ainda de raiva quando Nphm (ainda não se sabe o nome) chegar ao Brasil em Agosto/Setembro desse ano.
Brincadeiras a parte !!!
Vamos cumprir nossa missão que é a negação do uso do nosso mar através da projeção de nossos meios através de Patrulhas, operações e outros.
Parabéns, fico cada vez mais apaixonado pelas questões de defesa, devido à qualidade das matérias, dos editores e dos comentaristas técnicos (não leigos igual a mim) do Poder Naval.
A segunda foto resolve a dúvida dos que achavam que o que estava sendo transferido era apenas o casco oco, como visto, ele já vem totalmente recheado lá da UFEM.
Quem sabe alguém consegue um flagrante da transferência de alguma seção entre a Nuclep e a UFEM??
“Quem sabe alguém consegue um flagrante da transferência de alguma seção entre a Nuclep e a UFEM??” Nilson, Se seu interesse nessas imagens seja ver como são as seções de casco resistente “ocas” quando entregues pela NUCLEP à UFEM, há diversas matérias com fotos. Seguem algumas: http://www.naval.com.br/blog/2017/06/02/nuclep-entrega-nova-secao-e-conjunto-do-submarino-tonelero/ http://www.naval.com.br/blog/2017/07/27/nuclep-entrega-secao-2b-do-futuro-submarino-tonelero/ http://www.naval.com.br/blog/2016/04/07/nuclep-entrega-a-secao-s3-do-submarino-sbr-2/ Sobre fotos do processo de transferência de uma instalação à outra, de fato não me lembro de ter visto, mas é certamente menos impressionante que a das seções já unidas e equipadas que vão da UFEM ao Estaleiro, pois nessa primeira transferência da NUCLEP à UFEM o trajeto é curto, pois… Read more »
EITA BIXÃO BONITO !!!
Logísticas da MB esta de parabéns, Operação delicada., deve ter criado os suportes/dispositivos para o deslocamento.
Os setores de Logísticas das FFAAs trabalham juntos ou cada um cuida do seu quadrado?
JapaMan 9 de Fevereiro de 2018 at 13:01
Galante, seria possível uma materia comparando nossos subs Alemães com os Scorpenes? abraços.
Olá amigos
Acho que atualizar este info grafico
http://www.naval.com.br/blog/2008/12/02/scorpene-marlin-versus-u214-o-duelo-tecnico/
com as informações dos nossos U209 e do Scorpene com a configuração S-BR seria uma boa.
Assim teríamos uma melhor ideia dos ganhos e/ou perdas de capacidades.
Obrigado pelo ótimo trabalho.
Abraços.
É esse tipo de coisa que me dá orgulho de ser brasileiro, e não Neymar, Carnaval… Acho que estou nadando contra maré, rsrs. Tem uma reportagem na armada chilena, com scorpene, da pra ter uma provável visão dos compartimentos, alerta de spoilers! https://youtu.be/YTltIsXY49E
Ao colega chileno Glasquis que tinha dúvidas a respeito do estágio da montagem das seções; na segunda foto se vê que está tudo lá dentro já.
está ótimo espero que não haja mais atrasos,a base ficou legal,o estaleiro pelas fotos é de primeira com pontes pesadas a estrutura perfeita não para se construir 4 mas muitos mais inclusive para as nações amigas.Com a vinda do ocean,e penso nas type-23 ,as modernizações de 3 Niterois .Só poderia melhoras se em ver da Tamandaré resolve-se por uma fragata leve a meko.
Realmente incrível, vai ser um senhor dos mares aqui na América do sul!
*Uma pergunta meio “noob”, mas alguém poderia me dizer de onde vem o nome “Riachuelo”? Achei que ficou um nome muito bacana para o S-40.
eu gostaria de ver algum desses 4 sbr com o leme em x ou uma mistura do x com a + igual Israel e EUA.
“*Uma pergunta meio “noob”, mas alguém poderia me dizer de onde vem o nome “Riachuelo”?”
Batalha Naval do Riachuelo, 11 de junho de 1865, Data Magna da Marinha.
Para saber mais, sugiro a leitura:
http://www.naval.com.br/blog/2014/06/11/11-de-junho-aniversario-da-batalha-naval-do-riachuelo-data-magna-da-marinha/
http://www.naval.com.br/blog/2015/06/11/os-150-anos-de-riachuelo-e-suas-licoes-parte-1/
http://www.naval.com.br/blog/2015/06/24/os-150-anos-de-riachuelo-e-suas-licoes-parte-2/
http://www.naval.com.br/blog/2015/12/14/artigo-de-editor-de-forcas-de-defesa-esta-na-nova-edicao-da-navigator/
Antes do futuro S40, o nome foi dado a um encouraçado e a dois outros submarinos:
http://www.naval.com.br/ngb/R/R017/R017.htm
http://www.naval.com.br/ngb/R/R018/R018.htm
http://www.naval.com.br/ngb/R/R019/R019.htm
Nao tem video das ultimas secoes.
Agora é só ir no Senai contratar uns soldadores, eletricistas e encanadores e partir para a galera…
Exato, mesmo porque todo o trabalho até agora foi feito com cola, clipes e grampeador…
Ótima Nonato !
Aposto com vc que vários dos empregados nesse estaleiro tem o diploma do SENAI. Eu mesmo tenho dois e me orgulho demais de ambos.
Certamente os trabalhadores desse projeto estão muito orgulhosos em ver os resultados alcançados.
O problema aí é manter uma escala para que o conhecimento adquirido não se perca.
Muito obrigado Nunão!
Poxa Nunão, sou formado em instrumentação e controle de processos industriais pelo SENAI em Santos, 90% dos formados da minha turma saíram empregados em empresas de tecnologia, hj alguns se destacam em empresas do setor petroquímico e de tecnologia, um no INPE e dois na Embraer. O antigo CAI (curso de aprendizagem industrial) foi o passo inicial na formação de varios engenheiros, tenho muitos amigos que fizeram Mecânica Geral e são referências em suas áreas hj. Aprender a soldar em um curso 60% ou mais prático aos 15, 16 anos te capacita a crescer muito na profissão. Nonato exagera (sei… Read more »
Olá Mazzeo. Também fiz curso técnico (não no SENAI) e depois de alguns anos (juntando grana), larguei o emprego e foi fazer o curso superior. Da minha turma de graduação, os melhores alunos tinham todos feito curso técnico. O mesmo acontece hoje. Muitos dos melhores alunos fizeram cursos técnicos, inclusive SENAI.
Formação técnica te dá uma base de experiências imprescindível Camargoer, sempre me pautei nisso desde que fiz o CAI. A formação técnica é em alguma medida desvalorizada aqui, só curso superior da “status”. Nenhum formado na minha turma tinha dificuldade em resolver problemas de campo, fomos moldados a procurar soluções inventivas, algo que é meio negligenciado na maioria dos cursos superiores de tecnologia. Falta de Mão e obra qualificada é um problema enorme na nossa construção naval, e cíclico, vejam todas as matérias sobre a construção naval no Brasil (como a série excelente sobre a construção do Monitor Parnaíba feita… Read more »
E onde foi que eu zoei com o Senai? Tá difícil…
Nunão, apenas uma brincadeira, não leve tudo como pedradas (sei que recebe muitas)
Sou um defensor do fórum e do excelente trabalho de vcs, especialmente da capacidade de difundir o assunto defesa para interessados sem acesso a outros meios.
Aproveitei para comentar algo que julgo imprescindível que é a manutenção da capacidade técnica de construção de meios navais, não apenas sua compra, para não repetirmos a história de pagarmos para aprender e termos que pagar novamente no futuro pois abandonamos o passado.
Se achou que fui desrespeitoso, aceite minhas desculpas.
Arre, não tô reclamando de pedrada nenhuma, eu só zoei com o Nonato, pra variar. Bom Carnaval a todos!
Prezado Nunão,
Obrigado. Era para excluir mesmo.
Grande abraço.
Ainda bem que um pequeno mal entendido foi resolvido com polidez e educação, esse espaço comparado com o resto da internet é um oásis em meio a um deserto de grosserias.
Nossos scorpenes são maiores que a versão chilena
Nunão, percebe como é ruim ser mal interpretado? Eu vivo levando pedradas aqui… Mas brincadeiras à parte, eu aproveitei o teor do texto que dá a entender que agora é só unir as seções, como se tudo já estivesse instalado e faltando “soldar”, claro e “integrar” os sistemas, que já estão instalados nos seus respectivos lugares. Depois é jogar na água, futuro local de trabalho do Riachuelo. Por falar nisso, motores, etc já estão instalados nas seções? Já falei isso em outra matéria, mas não entendo como juntam as seções. Há orifícios nas seções para colocar uma peça metálica e… Read more »
“Eu vivo levando pedradas aqui…” Comigo você pode ficar tranquilo, que em você eu só jogo bolinhas de papel. “Por falar nisso, motores, etc já estão instalados nas seções?” Motores sim, a maior parte dos etc também. “Há orifícios nas seções para colocar uma peça metálica e depois solda?” Não que eu saiba. Não é assim que funciona solda. Grosso modo, há partes estruturais e chapas que serão soldadas com precisão de forma que, quando pronta a solda, é como se uma longarina (exemplo de elemento estrutural longitudinal) de cada seção se unisse para formar uma só, o mesmo para… Read more »
“Há uns 30 anos, o Senai era referência em formação técnica industrial”
Sim, tenho primos que cursaram Senai mais ou menos 30 anos atrás e se tornaram ótimos profissionais, e mais tarde montaram suas próprias empresas.
Quanto ao Senai e a formação técnica, hoje em dia não sei como está.
Há uns 30 anos, o Senai era referência em formação técnica industrial.
Inclusive na Alemanha, parece que os jovens nem se preocupam muito em se graduar.
Fazem cursos técnicos, vão trabalhar na indústria, e vivem bem.
Hoje em dia, me parece que em grande parte os IFs tem assumido esse papel de formação técnica.
Dilma criou o Pronatec, mas me parece que são cursos técnicos mais simples, não técnico industriais.
Acho que tipo curso de cabeleireiro, manicure e garçom já seria curso técnico.
“Há orifícios nas seções para colocar uma peça metálica e depois solda?”
Se soldam elementos de fixação provisórios, macaqueia as duas partes do casco, instala-se a “tartaruga” que tem o elemento de solda e que corre como em uma espécie de trilho.
Ao menos era assim nos IKL e no que vi na junção de anéis dentro da NUCLEP por fotos.
Aqui mesmo em matérias sobre o PMG do San Juan existem imagens do corte, mas não da soldagem.
Parabéns a Marinha do Brasil, e a todos os trabalhadores do complexo industrial naval de Itaguai.
Sucesso também na parte conclusiva de fabricação do Riachuelo a partir de agora.
Sinto-me honrado em ter pertencido à tripulação do já na reserva, e hoje como museu do S 22 RIACHUELO (classe OBRON de projeto inglês); sendo hoje parte integrante desta grande vitória da nossa marinha do Brasil.
Parabéns BRASIL ! Parabéns à marinha do Brasil !
Parabéns ICN. Rumo ao submarino nuclear. Rumo a uma força de respeito. DEUS NOS ABENÇOE NESTA TRAJETÓRIA.
Celso Bueno.
COGESN
Nonato
“Não acho complexo construir um submarino.”
“Submarino” é a construção humana “mais complexa” que existe. Dependendo do modelo, é claro, pode ser constituído de algo na casa de 900 mil peças. É a maior realização da história das máquinas.
Ops! Falha nossa.
Esqueci de referenciar a Fonte “científica” e “fidedigna” da minha informação.
http://www.naval.com.br/blog/2013/03/01/fabrica-de-componentes-do-submarino-nuclear-brasileiro-comeca-a-funcionar/
Olá Orion.
Creio que o LHC (o acelerador de partículas do CERN) seja a maior e mais complexa máquina construída. Em seguida, com certeza, os submarinos nucleares. Fico na dúvida se a terceira seria o foguete Saturno V ou um porta-aviões nuclear. No caso brasileiro, creio que os Scorpenes competem com a nova fonte de luz síncrotron (o Sírius) com a máquina mais complexa construída no Brasil.
Olá Orion.
Apenas por curiosidade, o preço do Sirius está orçado em R$ 1,5 bilhão de reias (uns 400 milhões de dólares) que é o mesmo preço de um Scorpene. Itaipu custou US 12 bilhões (uns R$ 40 bilhões de reais) para fazer a barragem e construir as 22 turbinas. Como não dá para separar o valor da turbina do que foi usado para construir a barragem, eu tenho alguma dificuldade para estimar o valor unitário. mas pelo que conheço da complexidade da unidade geradora, ela é mais simples do que um submarino Scorpene ou da fonte de luz Sírius.
Camargoer,
Sobre preços dos SBR e SNBR (os submarinos convencionais e nucleares do Prosub), não me lembrava dessa reportagem de link trazido pelo próprio comentarista Orion, e nela os preços divulgados à mídia na época da inauguração da UFEM, em 2013, eram de 500 milhões de euros para cada um dos convencionais e de 2 bilhões de euros para o nuclear.
http://www.naval.com.br/blog/2013/03/01/fabrica-de-componentes-do-submarino-nuclear-brasileiro-comeca-a-funcionar/