Concepção feita pela DCNS (atual Naval Group) para o futuro navio-aeródromo brasileiro

Concepção feita em 2014 pela DCNS (atual Naval Group) de um navio-aeródromo para o Brasil

Concepção de navio-aeródromo de propulsão convencional oferecido ao PRONAE da MB

Por Roberto Lopes*
Especial para o Poder Naval

Nem o descomissionamento do porta-aviões São Paulo (A-12) um ano atrás, nem a trágica perda no mar, em 2016, de um caça AF-1 do Esquadrão VF-1, nem a drástica redução do plano de modernizar os jatos Skyhawk A-4KU da Força Aeronaval – confirmada a este jornalista pelo próprio Comandante da Marinha, Leal Ferreira, em agosto passado –, nada disso pesa no sentido de amortizar, na cúpula da Marinha do Brasil (MB), sua determinação em possuir um novo navio-aeródromo – e, dessa vez, um fabricado no país.

Conforme resumiu, recentemente, o colaborador do Poder Naval, Luiz Monteiro, “a MB pretende manter sua aviação de asa-fixa. Lutou muito por isso e entende ser viável no planejamento de longo prazo”.

O programa do futuro porta-aviões brasileiro vem sendo delineado nas salas da Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha (DGePEM), sediada no Rio de Janeiro.

O momento atual é o de explorar ideias e possibilidades. Os chamados Requisitos de Estado Maior (REM) e Requisitos de Alto Nível de Sistemas (RANS) serão definidos posteriormente.

O almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira tem ouvido muitas sugestões dos seus especialistas, inclusive a de sua Força negociar uma participação da indústria naval francesa na empreitada.

Esta presença se daria de duas formas (complementares): pela compra dos planos de construção (sem incluir as instalações nucleares) do NAe Charles De Gaulle, da Marine Nationale, e pela contratação de uma assessoria técnica, possivelmente da empresa Naval Group (antiga DCNS), que fabricou o navio.

PA Charles De Gaulle

Custo-benefício – A legislação francesa proíbe a transferência de equipamentos nucleares sensíveis (como o reator naval do Charles De Gaulle) para outros países, mas, segundo o Poder Naval pôde apurar, nem a ideia de um NAe brasileiro de propulsão nuclear está, nesse momento, liminarmente afastada. Até porque a MB se prepara para incorporar um submarino de propulsão nuclear.

Mas a definição acerca do tipo de propulsão não é assunto para agora. Possivelmente para daqui a dez anos, ou um pouquinho antes, em algum momento da metade final da década de 2020.

O que já se sabe: o custo de construção de um navio-aeródromo de propulsão nuclear costuma ser cerca de 50% maior do que o da fabricação de um de propulsão convencional.

O investimento em um navio desse tipo com propulsão convencional – como o Charles de Gaulle – é de cerca de 3,5 bilhões de dólares.

Já um navio-aeródromo de propulsão nuclear não sai por menos de uns 5,25 bilhões de dólares.

Um navio-aeródromo sem catapultas, dotado de rampa “ski-jump”, mas com aparelho de parada, custaria por volta de 2,8 bilhões.

O navio de assalto anfíbio da Classe Juan Carlos I (classificado como de Projeção Estratégica), de 27.000 toneladas, equipado com doca alagável, sai por cerca de 1,5 bilhão de dólares (preço pedido à MB pelo Naval Group para fazer a remotorização e algumas outras reformas do NAe São Paulo…).

Em termos de relação custo-benefício, o que se estima é que o investimento em um porta-aviões moderno precisa ser, forçosamente, diluído ao longo dos 55 anos previstos para a operação do navio.

Outra decisão que parece já agora bastante amadurecida na cúpula da MB: nosso próximo porta-aviões não precisará ser um monstrengo de 55.000 toneladas (mais de duas vezes o tamanho do porta-helicópteros Ocean, comprado pela MB), conforme o Naval Group já mencionou, de forma insistente, para os militares brasileiros.

A equipe da DGePEM calcula que a embarcação deverá ter suas dimensões mais próximas das medidas do De Gaulle: 261,5 m de comprimento (o Ocean tem 203,4 m), 64,3 m de boca (o Ocean tem 35 m), 9,43 m de calado (o do Ocean é de 6,5 m), e deslocamento de 42.500 toneladas (o do porta-helicópteros britânico é de 21.500).

Maquete do caça Saab Sea Gripen da MB na LAAD 2015

Poder de combate – As fontes ouvidas pelo Poder Naval sobre o assunto indicam que o importante é que o NAe seja capaz de embarcar 24 aeronaves de alto desempenho, tais como o Boeing Super Hornet, o Dassault Rafale ou o Gripen Marine.

E que, de quebra, leve também um pequeno destacamento de alerta aéreo antecipado, configurado por até três E-2D Hawkeye ou outras aeronaves com essa capacidade.

Especialistas como o colaborador do Poder Naval Luiz Monteiro entendem que, mesmo sem porta-aviões, a MB não está impedida de já na próxima década, possuir aeronaves de alto desempenho, com capacidade de pouso e decolagem em navios.

De acordo com esse raciocínio, a princípio esses aviões da Força Aeronaval operariam em navios de outras marinhas, a fim de manter a capacitação dos pilotos. Até que seu futuro navio-aeródromo entre em operação, nos anos de 2030.

Monteiro, que é engenheiro naval, observa:

“Se os estudos de exequibilidade já iniciados definirem que o futuro navio-aeródromo da MB será de propósitos múltiplos, com doca alagável e capacidade de operar aeronaves de pouso vertical e decolagem curta [caso do espanhol Juan Carlos I], na década de 2020 deve começar a introduzir, aos poucos, aeronaves como o F-35B.

Na hipótese de concluir que o melhor seria operar um navio-aeródromo CATOBAR (Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery), deverá nos anos de 2020, introduzir aeronaves como o Rafale M, F/A-18 E/F, ou o Gripen M.

Isso permitirá que a MB possua aeronaves de alto desempenho, plenamente capazes de responder a qualquer conflito ou missão que venha a surgir, operando desde base em terra, até a incorporação do futuro NAe, cerca de uma década depois”.

LHD Juan Carlos I (L61)

*Com informações do colaborador Luiz Monteiro.

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Fila

Submarino nuclear, porta aviões… Muito muito muito legal e tudo, mas cuidado com a megalomania. Olha o que está acontecendo na Royal Navy…

Ferreras

Uma conclusão indireta que se chega… A parceria Brasil França deve estar sendo proveitosa para o Brasil pois se considera novos projetos!

Wellington

Que esse sonho se realize em ter um Nae com caças de ultima geração e que perpetua por um bom tempo!

TEREU

o NAE tem que ser catobar…e no máximo 50.000 toneladas…e até entendo ser nuclear em vez de convencional… já que a MB está construindo um reator multiproposito…

usar o gripen navalizado…já que gastou um monte para adquirir a tecnologia e o direito de produção…

Ozawa

Com a devida venia mas “lutou por isso” não é o suficiente para “manter isso” … Lutou por isso nos idos anos 1960, quando os mares eram outros e a luta sobre os mares também. Hoje, e num horizonte visível “responder a qualquer conflito ou missão que venha a surgir, operando desde base em terra, até a incorporação do futuro NAe”, parece-me, com a repisada venia, um esforço retórico para justificar uma possibilidade implausivel com recursos materiais e financeiros jamais possíveis … Desculpem-me as vozes adversas mas é lamentável essa posição da MB. É recalcitrar contra os aguilhões da realidade… Read more »

Bardini

“A equipe da DGePEM calcula que a embarcação deverá ter suas dimensões mais próximas das medidas do De Gaulle: 261,5 m de comprimento (o Ocean tem 203,4 m), 64,3 m de boca (o Ocean tem 35 m), 9,43 m de calado (o do Ocean é de 6,5 m), e deslocamento de 42.500 toneladas (o do porta-helicópteros britânico é de 21.500).” . Acho que a equipe do DGePEM deve (ou pelo menos deveria) estar focando em outro parâmetro (extremamente importante) de medidas para o futuro NAe: O Dique Almirante Regis. . Outro ponto é que essas dimensões do Charles de Gaulle,… Read more »

Gonçalo Jr.

Gostaria de algum comentário a respeito da colaboração francesa tanto nos subs convencionais quanto nuclear. Se tudo está indo a contento, se a colaboração está rendendo o esperado pela MB sem percalços e cumprimento estrito do que foi contratado.

Pergunto isso devido a um assunto que no Poder Aéreo foi posto a público pelo Brigadeiro da Reserva da FAB, Quirico onde ele pontuou que em relação aos Mirage IIIE/D a FAB não obteve tudo o que acordado em contrato se comparados aos norte americanos com o F-5 à época.

Renato de Mello Machado

Os caras não estão brincando. Um Opalão nuclear! Como disse no post sobre os dilemas da administração Leal Ferreira na Aviação Naval.Para quem está fazendo um sub nuclear, um PA nuclear é café pequeno.

Roberto Bozzo

Os franceses seriam o caminho “natural” para a MB obter um NAe, já que os possíveis fornecedores seriam os franceses, britânicos, americanos e chineses, portanto as opções são poucas. Já que a MB insiste no tema, por que então não negocia a reformulação da esquadra toda com os franceses ? Algo como 12 Belharra e 6 FREMM-ER, 3 Brave mais o NAe, com financiamento a perder de vista, com construção em parte local, em parte na França, e ponto final. Deixando o NAe “pro final” da pra esperar o desenvolvimento do Gripen Naval. Particularmente adoraria que a MB tivesse um… Read more »

Thom

Surreal!
Nuclear, mds. Acordem pra vida.
Podem sonhar no momento, mas sonhar bem longe, em um porta aviões sem catapultas e que não ultrapasse os 3 bi (triplica isso por 3, pois aqui tudo é mais caro).
Parece que esqueceram da PEC do teto de gastos e qual a “pasta” que mais sofre cortes.
No lugar de investir em subs e navios de patrulha oceânico, querem investir num projeto que custara mais de 10 bilhões, ora, se quer construir no Brasil, claro que querem ter em mãos a tecnologia do navio e isso dobra ou triplica o preço inicial.

Dumont

Uma leitura apressada do parágrafo sobre custo benefício pode sugerir que o CDG opera com um reator. De fato são dois e o modelo é derivado dos reatores da classe Triomphant. A decisão de adoção deste par de reatores foi em muito baseada na custo efetividade, não só pela utilização de reatores já existentes mas também pela opção de adoção de um par (e não três reatores), o que impactou positivamente em espaço e tonelagem do barco. Algumas fontes consideram porém, a potencia instalada no CDG insuficiente… de fato ele é mais lento que seus predecessores convencionais (vel max limitada… Read more »

Wagner Figueiredo

Fácil de resolver..só vender uns 5 estádios da copa e pronto.. teríamos dois porta aviões..hehehehe..

Bardini

A MB está fazendo um estudo de um navio que vai para a água daqui 15 anos ou mais (2035) e vai operar na MB por mais de 50 anos (2085). Pode falar a babaquice que quiser. Pode falar que é “megalomania” e o cacete, mas os caras tem mais é que analisar todas as alternativas na mesa, do mais caro ao menos caro, do mais eficiente ao menos eficiente.
.
O quadro de possibilidades está sendo montado.
Tem alguma coisa de definido?
Não.
Já bateram o martelo?
Não.

Ricardo Carvalho

Vejo um estilo Chinês de trabalhar, indica-se a meta de longo prazo para o qual apontam os esforços e orientam o debate. Permite por exemplo, debater sobre investimento em pesquisa para desenvolver catapultas eletromagnéticas. Arriscado em termos de retorno, como toda a pesquisa, mas com impacto geopolítico semelhante ao Programa Nuclear ou ao Programa Aeroespacial. Não vejo obstáculo se a proposta do PA for incorporar tecnologias do século passado, mas cuidado com a megalomania, temos soberania para uma proposta de tecnologia nacional para PA nuclear com catapultas eletromagnéticas? Mesmo sendo leve ou intermediário?

Gabriel Oliveira

Sei lá essa de porta aviões nuclear é irreal,chega a ser delírio baseada na nossa condição financeira atual.Acho que um porta aviões modesto com Sky jump e uma dúzia de F-35 B seria muito mais realizável do que isso.

Guizmo

Mas e o básico? O feijao com arroz? Teremos algum dia?

Guizmo

Isso é uma piada. Nem aquele navio patrulha que o Souto tem fixação, o Maracanã, consegue ser terminado….vai pensar em PA, ainda mais nuclear!

Bardini

Eu seria mais conservador, ao pensar o próximos passos da Força de Superfície:
comment image

Humberto

Wagner Figueiredo 16 de Fevereiro de 2018 at 21:58
Dificil achar algum otário pagar o que foi gasto, e se conseguir vender, dá para comprar no máximo um fragata moderna.
Se é para chutar o balde, o caminho mais natural seria comprar um dos PA Ingleses, do jeito que a coisa anda para eles, dentro de 15 a 20 anos estão vendendo um deles. Lembro que tinha uma conversa que tentaram vender o segundo PA para o Brasil quando estávamos na bolha do Brasil Putencia.

Alex Barreto Cypriano

Isso: a gente compra o direito intelectual e o casco à PAN CDG, só que sem o N de nuclear, e a França consegue o dindim pra fazer o replacement do PAN CDG com um improved PAN CDG ou PAN CDG II…
Brasileiro é tão bonzinho!
😀

Jr

Não seria melhor pegar esses 5 bilhões disponíveis caso tivéssemos, e comprar 6 fragatas de 6000 toneladas, pegar os 3,5 bilhões que é mais ou menos quanto vai custar 24 caças navalizados e comprar 2 navios de apoio logístico, caças minas e mais submarinos ( no caso desse último , tendo em vista que já e estamos gastando uma FORTUNA pela transferência de tecnologia, qualificação de pessoal e construção de infraestrutura)

Luiz Monteiro

Prezados,

O texto do Roberto me pareceu bem claro e o Bardini foi perfeito. Não há qualquer definição.

A MB pode concluir que o melhor seria operar um NDM de 27.000 toneladas de deslocamento, com doca ou um navio-aeródromo de dedicação exclusiva que poderá chegar até 45.000 toneladas.

Não vejo megalomania em se estudar possibilidades.

Grande abraço

Rennany Gomes

O Plano Bardini de reestruturação da frota é o mais plausível diante da atual situação orçamentaria, mas como é a atual não a futura, e o futuro só Deus sabe, vamos torcer para a projeção do almirantado se concretizar.

Alex II

A PEC do Teto de Gastos Públicos tão incensada pelos defensores do atual governo corrupto (enquanto satanizam o outro governo corrupto) já jogou uma pá de cal nisso. Pura fantasia.

Rennany Gomes

Saiu frota mais queria dizer esquadra.

cadu

Desculpem se estiver falando bobagem, mas tal vez, não seria mais negócio buscar uma parceria/compra do projeto dos espanhóis para futuramente construir duas embarcações? Afinal a classe já existe, sendo construída uma lá e outra cá. Talvez fazendo pequenas modificações para as necessidades da nossa marinha.

Rennany Gomes

Mas
PS: Os moderadores não poderiam possibilitar a “correção” do post pros foristas?

Marcos

Projeto por projeto, dá para pensar até em uma Base Lunar.

Tico

Bardine 16 de Fevereiro de 2018 at 22:03
Perfeita colocaçao

Robsonmkt

O Charles de Gaulle teve o início de sua construção lá em 1989 (wikipedia). Sabe-se lá em que software foi projetado, mas duvido que seus arquivos originais sejam compatíveis com qualquer coisa de hoje, restando as plantas de papel (e deve ser muito papel!). Além disso, há outra questão: se nem fragatas produzimos mais, produzir um Porta Aviões no Brasil aonde? AMRJ? Itaguaí? Estaleiros privados? Gosto da ideia de voltarmos a ter um PA e se pensar isso a longo prazo. Sei que politicamente isto somente seria aceitável pelo governo federal se fosse produzido aqui, gerando empregos no Brasil. Mas… Read more »

Gabriel2

Provavelmente será financiado com dinheiro de banco francês igual nosso submarino nuclear, um país que quer ser potência usando o dinheiro dos outros…francamente de fato estamos conseguindo as coisas mas é de massacrar o orgulho de qualquer povo como isto está sendo feito.

Tico

E digo mais, se é pra sonhar, sonhar com F-35C, afinal desenvolver gripen naval pode ficar tão caro quanto adquirir e operar o F-35.

Jr

Bardini, gostei muito do seu plano, ele é bem pé no chão e exequível até mesmo com a pec do teto dos gastos em vigor

Luiz Monteiro

Prezado Cadu,

A matéria explica exatamente isso. Diz que a MB estuda um navio como o Juan Carlos I. O estudo contempla a escolha de um LHD/LHA (NPM).

Me parece que alguns dos leitores só leram a parte que dispõe sobre o “teto máximo do estudo”: Um navio CATOBAR de 45.000 toneladas.

Para deixar claro, a MB pode decidir por um navio semelhante ao Juan Carlos I, ao Cavour, ao Vikrant, ou ao CDG. Ou seja, qualquer um destes.

Não há nada definido.

Grande abraço

Mauricio R.

Pelo amor de Deus, os franceses novamente…
A tecnologia dos caras nem obsoleta é, mas pra lá de velha.
E não pensem que do outro lado do canal a coisa melhora muito.
Ou na ensolarada Itália.
Tecnologia de ponta tem quem está sempre construindo, não quem só faz de vez em qndo.

jorwagne

Boa noite a todos!…..sou leigo no assunto, mas não ficaria mais viável dar R$ 1,5 bilhões e reformar o São Paulo? . E ter um Nae com os aviões que JÁ estão modernizados, e aguardar os Gripen m??

Marcelo

O futuro da Marinha está numa força com OPVs de 90 metros, equipados com UAVs para patrulhamento do mar, vindo necessariamente uma redução para 15.000 integrantes altamente treinados e só, não haverá dinheiro para esquadras cinematográficas, nem fragatas de 6000 toneladas, nem porta aviões, nem seus penduricalhos navais que serão inúteis e muito caros de manter (navios tanques, escoltas armados com defesa de área, guardas aéreas, caças, tripulações de 2500 pessoas), parece que não entendem, pois vem ai a automação e a inteligencia artificial para derrubar tudo o que conhecemos hoje e tornar desnecessário a guerra convencional…..

Ozawa

Eu penso que estudo de possibilidades é necessário quando há necessidades. Essa reclama necessariamente aquela. Inexistindo sequer a possibilidade (material e financeira) e muito menos a necessidade, ou se não, muitas outras necessidades anteriores, isso não é estudo de possibilidades mas simples conjecturas, ou na melhor das hipóteses um brainstorming. Numa alegoria doméstica seria o mesmo que analisar as possibilidades de aquisição de um veículo zero numa casa sem mobílias básicas. Mas eu não comprei o veículo! Só estou analisando as possibilidades … E mesmo quando tiver as mobílias necessárias (num futuro ainda incerto) também não é certo que teria… Read more »

Bardini

Luiz Monteiro,
.
Se me permite a pergunta…
Qual opção você enxerga mais vantagens e pq?
.
Ter dois Navios de Propósitos Múltiplos (ex: Juan Carlos)e o VF-1 equipado com F-35B.
ou
Ter um NAe STOBAR (ex: Vikrant), com VF-1 e VF-2 equipados com Gripen M.

El Cabron

Para colocar o tema na mesa, se em vez de seguirmos a linha de Nal, transformássemos o arquipélago de Trindade e Martin e São Pedro e São Paulo em bases aeronavais, a lá China?? Considerando que nossos objetivos militares primordiais não incluem ataques, então poderíamos abrir mao da mobilidade e me parece que o custo de implantação-manutencao seria inferior. Projeção de poder e suporte temos o Ocean… É só uma discussão filosófica.

Fernando "Nunão" De Martini

El Cabron, Atualmente, a cada semana vem a discussão sobre pista de pouso em Trindade. Peço que dê uma olhada em matérias recentes sobre o HMS Ocean (não tem erro, é só ver ae tem foto do navio na chamada), ler as dezenas ou centenas de comentários que o assunto está debatido e redebatido à exaustão neles. Quanto ao “arquipélago” de São Pedro e São Paulo, são rochedos muito pequenos, sujeitos a maremotos e terremotos devido à sua posição junto a sobreposição de placas tectônicas. Não tem chinês que resolva isso, fora os obstáculos ambientais (que incluem Trindade, onde até… Read more »

Djalma

[IRONIC MODE ON]
Olá turma, bem vindos de volta para a nossa aula, vamos relembrar: as lições da 2° guerra e da guerra das malvinas.

Se Hitler atende-se ao pedido da marinha alemã de mais submarinos para isolar as ilhas britânicas e destruir os comboios aliados …, mas ele preferiu encouraçados pesados.
Já nas malvinas, a simples presença do submarino nuclear, amedrontou os navios argentinos…

O que aprendemos turma??? Isso mesmo turma! Quanto maior o navio, mais fácil para ele ser afundado, ou seja, invistam pesado na força submarina!!

Augusto

Jr 16 de Fevereiro de 2018 at 22:49

Pensamento preciso. O almirantado segue delirando em megalomanias de NAe, sem ter o básico do básico.

Luiz Monteiro

Prezados, Eu achei que estivesse claro para os senhores, mas vejo que mesmo o pessoal antigo aqui no site ainda não assimilou o planejamento da MB. Desta forma, relembro a todos. A prioridade número 1 é o PROSUB, que vem sendo executado. A prioridade número 2 são os navios escolta. Neste objetivo, a MB já lançou o Programa Classe Tamandaré e dará continuidade com aquisição de outros navios escolta. Os escoltas serão a grande prioridade, junto com os submarinos na próxima década. A terceira prioridade é o navio-aeródromo, que poderá ser de propósitos múltiplos ou de dedicação exclusiva. Pode ser… Read more »

Luiz Monteiro

Prezado Bardini, Vejo vantagens e desvantagens em ambos. O JCI permitiria uma melhor flexibilidade. Dois navios destes permitiriam a MB substituir quase toda a parte anfíbia da Esquadra e, em parte, o vácuo deixado pela desincorporacao do NAe São Paulo. A desvantagem é que este navio opera um número limitado de aeronaves de alto desempenho, entre 12 e 16, e só existe a opção do F35B. O Vikrant opera um número maior de aeronaves de alto desempenho, cerca de 24, e temos pelo menos 4 opções de aeronaves (Rafale M, Gripen M, F/A18 e Mig 29 – segundo os fabricantes,… Read more »

fabio Souto.

Prezado Luiz Monteiro sobre as fragata classe Niteroi, a MB vai aproveitar
as fragatas que não serão revitalizadas? sobre escoltas usadas a MB pretende
comprar esses navios?

obrigado.

fabio Souto.

Nunão voçe sabe se a fragata Niteroi esta operacional ?

Luiz Monteiro

Prezado Souto,

A MB vai revitalizar 3 FCN. Pelo menos 2 FCN, que não serão revitalizadas, passarão a realizar missões de PatNav.

A fragata Niterói dificilmente permanecerá em operação. O navio esta bastante desgastado e muitos sensores e equipamentos foram retirados para instalação em outros navios da classe.

A MB está atenta às compras de oportunidade de navios escolta, mas, no momento, não existem navios em bom estado disponíveis para aquisição.

Abraços

fabio Souto.

obrigado Luiz Monteiro

Rodrigo Tavares

Voltaram os “devaneios”

Flavio

O que mais me impressiona é como nós não sabemos interpretar textos.

Em nenhuma parte está escrito que a MB já definiu sobre seu futuro porta aviões. Está escrito que está estudando as possibilidades.

Aí vem alguns dizer que é megalomania. Ou não sabem ler ou são mal intencionados.

Quando a MB decidiu o PRONAE com um navio CATOBAR com mais de 55.000 t, eu falei que era megalomania. Mas esse novo programa nem começou!

Se decidirem por uma LHA espanhol, vou achar ótimo. Se decidirem por um De Gaulle, vou achar megalomania.

Vamos aguardar para julgar