O Prosub e o submarino nuclear brasileiro SN-BR
O objetivo principal do Programa de Desenvolvimento de Submarinos é construir o primeiro submarino de propulsão nuclear da Marinha do Brasil
O acordo de parceria estratégica realizado entre o Brasil e a França em 2008 para a cooperação de longo prazo na área de defesa, incluiu o desenvolvimento e produção de submarinos Scorpene modificados (S-BR), a construção de uma base de submarinos e de um estaleiro moderno.
O acordo garantiu o desenvolvimento da parte não-nuclear do projeto submarino nuclear brasileiro, parcerias industriais, transferência de tecnologia e formação de pessoal.
O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) empregará muitos sistemas e tecnologias empregados nos S-BR da classe “Riachuelo”, por isso a construção dos submarinos convencionais é importante, para dar experiência e escala de produção de equipamentos que serão comuns aos dois tipos de submarinos.
Muitos dos sistemas e equipamentos dos S-BR e SN-BR estão sendo nacionalizados e produzidos por empresas brasileiras.
Concepção do Projeto do SN-BR
No período de 2010 a 2012, um grupo de 31 engenheiros, sendo 25 oficiais e 6 funcionários civis, recebeu capacitação teórica voltada para o projeto de Submarinos com propulsão Nuclear, ministrada pela Empresa DCNS (atual Naval Group) na França.
Até 2018, prevê-se que mais de 400 engenheiros, da MB e da AMAZUL, deverão se incorporar ao Corpo Técnico de Projeto do SN-BR, originalmente formado pelo grupo que recebeu capacitação na França.
A Autoridade de Projeto do SN-BR é da Marinha do Brasil e a elaboração do projeto começou em julho de 2012. A captação do corpo técnico tem sido feita por intermédio de concurso de domínio público, pela empresa AMAZUL, criada a partir da EMGEPRON.
Características do SN-BR
O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro SN-BR terá um diâmetro de 9,8 metros (o S-BR tem 6,2m), para poder acomodar o reator nuclear brasileiro, um reator de água pressurizada, também referido pela sigla PWR (do inglês pressurized water reactor).
O SN-BR terá 100m de comprimento, deslocamento de cerca de 6.000 toneladas e será movido por propulsão turbo-elétrica com 48 MW de potência, equivalentes a 650 carros de 100 HP ou ao fornecimento de energia a uma cidade de 20.000 habitantes.
Neste sistema, o reator nuclear fornece o calor para a geração de vapor, o qual aciona duas turbinas acopladas a dois geradores elétricos, um dos quais dedicado principalmente a gerar eletricidade ao motor elétrico de propulsão, e outro para o fornecimento de eletricidade aos demais sistemas do SN-BR.
A previsão inicial para a conclusão da construção do submarino com propulsão nuclear era 2023, se não faltasse dinheiro e não ocorrecem percalços técnicos graves. Tratava-se de um cronograma ambicioso para um projeto complexo, com êxito que também dependeria da consultoria dos engenheiros franceses, cuja participação é limitada no tempo de abrangência do contrato, o qual corresponde ao prazo previsto para conclusão do submarino nuclear.
A montagem eletrônica, o carregamento do reator compacto e os testes de mar deveriam consumir, talvez, mais dois anos, com a entrada em serviço do primeiro submarino em 2025. No ano passado (2017) a Marinha mudou o cronograma de entrega do SN-BR para 2027 e, levando em conta os prazos de testes, a entrada efetiva em operação deverá ser ao fim da década de 2020. O planejamento de longo prazo da Marinha contempla uma frota de seis submarinos nucleares SN-BR, que se somarão aos 15 convencionais S-BR.
O Labgene, em Aramar
O submarino nuclear brasileiro SN-BR é um projeto dual. Por um lado, o domínio da tecnologia de construção do reator vai permitir que, no futuro, o Brasil tenha uma plataforma de armas mais ágil na proteção das águas territoriais. Por outro lado, habilitará o País a construir pequenas centrais nucleares de energia elétrica.
O Labgene será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil. Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe), o que representa menos de 10% da capacidade de Angra 1, o suficiente para movimentar um submarino e alimentar sistemas elétricos, de renovação do ar etc.
O Labgene, além de unidade nuclear de geração de energia elétrica, será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as situações de operações possíveis para uma planta de propulsão nuclear. Por isso mesmo, apesar de ser construído em terra, procura reproduzir em tamanho o reator que equipará o futuro submarino de propulsão nuclear.
Desde o início do programa, há mais de 30 anos, a Marinha tem investido na construção de componentes do projeto em parceria com empresas privadas, como o vaso do reator, condensadores, pressurizadores, turbogeradores de propulsão, entre outros.
O índice de nacionalização do projeto é superior a 90%, com grande arrasto tecnológico para toda a indústria brasileira. O Labgene já começou a ser construído nas instalações da Marinha em Aramar, em Iperó, São Paulo. Será formado por um conjunto de prédios que abrigarão as turbinas, o pressurizador, o combustível, e contará com área para embalagem de rejeitos, entre outros.
Atualmente, em Aramar já existem diversas instalações construídas ao longo dos anos, com destaque para uma planta de testes de turbinas e sistemas a vapor – nunca é demais lembrar que um reator nuclear gera calor num sistema fechado, que transfere a energia térmica para outro sistema que transforma água em vapor, a qual movimenta turbinas para geração de eletricidade. Máquinas pesadas para produção de diversas partes dos sistemas para o labgene também estão instaladas e operando em Aramar.
O planejamento é que a planta nuclear esteja pronta e comece a fazer os testes em meados de 2021, segundo a última atualização da Marinha.
Um submarino nuclear, sem que lance mísseis, mesmo que não seja de cruzeiro, sei lá, é muito estranho.
Quanto conhecimento em jogo. Que assim seja. Sucesso.
Douglas, o SN-BR lançará mísseis pelos tubos de torpedo, como os submarinos nucleares de ataque dos outros países, não tem nada de estranho.
Será que com esse reator com algumas modificações daria pra equipar um futuro porta aviões nuclear?
Por exemplo do projeto Poseidon ,o Amazonas.
De onde tirou a ideia desta tal “Projeto Poseidon”? Não existe tal coisa. Isso é viagem na maionese total, Edson.
Mas, respondendo sua pergunta, sim. É possível modificar os sistema de propulsão para equipar porta-aviões.
Não sabia disso, obrigado!
Submarinos de ataque apenas recentemente, com o advento de mísseis anti-navio lançados por tubos de torpedo, começaram à lançar mísseis. Antes eram apenas torpedos e eventualmente minas, para não falar da parafernália de coleta de inteligência, claro.
O desenho do casco do nosso submarino nuclear vai ser um casco alongado do scorpene, um casco parecido com o barracuda ou um casco diferente desses dois modelos?
Em Iperó, a coisa caminha muito bem. Acredito que não vamos ter problemas de combustível ou do próprio reator.
Os percalsos são mais orçamentais, o que acho de um relaxo imenso do governo, pois verba tem, basta fazerem as coisas como devem ser feitas.
Agora 15 SBR e 5 SnBR é um luxo hein! Quase inimaginável!! Espero que alcancemos tal marca…
Até algum maluco inventar algo que passe a ver entre os oceanos…..kkkkkk. Seria o fim né!!
Assim como o número de Gripens é muito pequeno para um país continental, 20 submarinos também é muito pouco, basta lembrar que a Alemanha perdeu mais de 700 submarinos na segunda guerra. Se o Brasil almeja um assento permanente na ONU, precisa aumentar o percentual do PIB investido nas forças militares.
Se fizeram um modelo com testes de mar, então deve ser esse mesmo, a menos que existam modificações necessárias ao longo do caminho, mas acredito que vá ser esse formato já definido.
O ProSub é a oportunidade de ouro para conseguirmos atingir esse patamar tecnológico nuclear, cujas tentativas de obtenção vêm se arrastando há décadas (ouço desde menino, espero ver os frutos acontecerem). Votos de sucesso a todos os envolvidos!!!
Eu acho que a gente pode ir com cautela em relação ao SN-BR. Tenho quase certeza absoluta de que ele não será perfeito, assim como todos os ‘primeiros’ de qualquer coisa inovadora. E isso é absolutamente normal. Aposto que será um barco que nos servirá durante várias décadas, mas conforme for sendo utilizado, vai se aprendendo cada vez mais para que quando formos construir um próximo, ele seja ainda melhor. É um processo natural que Marinhas mais abastadas muitas vezes aprenderam com custo em vidas sendo que estamos colhendo boa parte desse aprendizado forçado e, espero claro, que não tenhamos… Read more »
6 Nucleares e 15 convencionais?
Como diria minha mãe: “Que os Anjos passem e digam Amém!”
O nosso sub nuclear não terá lançadores verticais de misseis, correto? O mesmo será feito pelo tubo de torpedos, pelo que foi dito.
Pergunta:
Isso gera alguma restrição? Como alcance dos misseis e etc? Sim ou não?
Abraços
Não gera restrição, porque você pode lançar um Tomahawk ou o MdCN (Missile de Croisière Naval ou míssil naval de cruzeiro), versão naval do míssil SCALP pelo tubo de torpedo.
http://www.naval.com.br/blog/2012/10/27/dga-testa-com-sucesso-missil-de-cruzeiro-mdcn-lancado-por-submarino/
No futuro o Brasil poderá desenvolver um míssil de cruzeiro baseado no Matador desenvolvido para o sistema Astros do EB.
“Pergunta:
Isso gera alguma restrição? Como alcance dos misseis e etc? Sim ou não?”
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http://www.mbda-systems.com/product/ncm/
Show! Obrigado!
Vale salientar que os submarinos de ataque britânicos e franceses não utilizam lançadores verticais de mísseis apesar de serem capazes de lançar o Tomahawk e o SCALP naval.
Os submarinos de ataque Sea Wolf também não têm lançadores verticais e lançam Tomahawks.
Tendo ou não lançadores verticais, a norma no Ocidente é que mísseis antinavios sejam lançados dos submarinos pelos tubos de torpedos. Os lançadores verticais são carregados exclusivamente com mísseis cruise de ataque terrestre (LACM).
Nenhum sub americano ou russo ainda carrega mísseis balísticos?
André Bueno, submarinos nucleares de ataque (SSN) têm função diferente dos submarinos nucleares portadores de mísseis balísticos (SSBN), esses últimos chamados de submarinos estratégicos.
Os americanos começaram fazendo primeiro os SSN, os franceses começaram fazendo SSBN.
O Brasil segue o mesmo caminho dos americanos e britânicos, construindo SSN, pois nosso país abriu mão de ter armas nucleares, por isso a Marinha do Brasil não terá SSBN.
André,
Sim. Tanto russos, como chineses, como americanos, franceses e britânicos têm submarinos SSBNs que lançam mísseis balísticos (os SLBMs). Estes obrigatoriamente têm que ser por lançadores verticais.
Muito grato Galante e Bosco.
Mais fácil o Brasil ter um SSGN do que um SSBN…
Excelente matéria, como muitas do blog. Parabéns aos editores, vocês nos presenteiam com conhecimento.
Quanto ao reator desenvolvido pela MB, o próprio governo deveria acompanhar seu desenvolvimento mais de perto pois ele traria independência para a construção de novos sitios pelo território nacional, mais próximos aos centros consumidores, economizando com linhas de transmissão.
Esta conta toda do desenvolvimento não deveria ser debitada da MB.
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Como produto secundario voce tem a capacidade de reatores nucleares nacionais para usinas eletricas civis.
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Deveria existir um projeto de implementação disto, afim de conseguirmos coisa de 10% de nossa matriz energetica como nuclear
Olá Carvalho2008. Para o Tesouro, tanto faz se os recursos saem do MinDef ou do MinMinasEnergia (ou mesmo do antigo MCT). Contudo, em temos tecnológicos e estratégicos, se o programa é da MB então ela o mantém dentro de suas prioridades (que é equipar o SN10). O reator terá uso civil e provavelmente servirá para a construção de pequenas usinas nucleares onde for necessário e economicamente viável. Por outro lado, se ele fosse um programa da Eletronuclear (que administra Angra) por exemplo, talvez o reator seria muito maior e ainda, com o risco de toda a tecnologia ser vendida junto… Read more »
A parte mais crítica e vital para o sucesso ou não, do futuro submarino nuclear brasileiro está aí, em Aramar. É a única parte que não tem assistência técnica francesa. As demais tecnologias a serem empregadas no SSN são tecnologias que os franceses já testaram, logo não deverão apresentar grandes problemas. Quando o reator nuclear entrar em operação e gerar a potencia que dele se espera, sem problema algum, podemos ficar descansados, quanto ao sucesso do SSN brasileiro. Pena que pouco, ou quase nada se fala, sobre o andamento do cronograma do Labgene. Vamos aguardar.
Senhores, eu ainda tento entender o porque depois de tantas décadas o Brasil ainda quer ter um submarino nuclear, será que há algum plano de desenvolver a tecnologia para aplicar num futuro porta aviões onde no nosso caso justificaria o custo? Os EUA já deram baixa em dezenas de nucleares e depois de sessenta e tantos anos nunca tivemos, perdemos a vez mais uma vez não? Não temos mesmo a intenção de projetar poder frente a outros países então vejo que seria mais importante investimentos em defesa da nossa costa com barcos de superfície. Será que estou errado em se… Read more »
Olá Camargoer. Na verdade, a CF veda que empresas privadas explorem energia nuclear, no Brasil. Tanto que para privatizarem a Eletrobrás, eles vão ter que tirar a Eletronuclear do controle dela. Artigo 21: XXIII – explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas… Read more »
Sim Roosevelt, você está totalmente errado. O submarino é considerado a arma definitiva, a única arma verdadeiramente “stealth” ou furtiva. Depois da invenção do submarino de propulsão nuclear, os navios de guerra de superfície ficaram quase que completamente obsoletos diante dele. Lembre-se que na Guerra das Malvinas, a ação de um único submarino nuclear inglês obrigou a Armada Argentina a ficar nos portos. É preciso mobilizar uma grande força-tarefa com dezenas de navios, aeronaves e submarinos para caçar um único submarino. E se for de propulsão nuclear, mesmo que seja localizado, dificilmente poderá ser neutralizado, porque ele consegue escapar dos… Read more »
!5 convencionais e 6 nuclear,e muita pretensão duvido que seguem nestes números ainda mais no Brasil,que vira é mexe cortam dispesas,vamos torcer que eu esteje errado.Devamos ir formando a tripulação destes submarinos agora pelos cálculos uns 1000 pessoas.E claro que conto o pessoal que vá se aposentando,instrutores enfim a intendência.Só espero que não fiquem sonhando com Porta-aviões ai a coisa não se sustenta,pois um bom numero de submarino,é uma boa frota de superfície,defenderiamos as nossas costas e ninguém se atreveria a atacar nem as grandes potências.
Caro Rafael.
Deixo uma noticia de 2003 sobre o Brasilsat e um link para a chamada pública da Telebras.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1711200310.htm
http://www.telebras.com.br/inst/?page_id=7258
Ronaldo, a previsão de 15 S-BR e 6 SN-BR é até o ano 2047, ou seja, há tempo de sobra. De qualquer forma é uma previsão otimista e como todos os planejamentos, sempre haverá ajustes.
Nosso amigo Ronaldo Leão, já falecido, costumava usar uma ilustração muito simples mas eficaz para comparar a mobilidade de um submarino de propulsão nuclear e um submarino convencional.
Imagine que o mar territorial brasileiro é equivalente ao tamanho de uma banheira, o submarino convencional S-BR conseguiria cobrir uma área equivalente a uma tampinha de refrigerante, enquanto o SN-BR poderia se deslocar em alta velocidade por toda a banheira, sem precisar usar esnorquel e arriscar revelar sua posição.
Com a meta de 15 S-BR mais seis SN-BR bem delineada, acho que não há mais necessidade de preocupações abaixo da linha da água.
Mas ainda entendo que deveríamos pensar mais seriamente em ter alguns SSBN no futuro, ainda que sejam usados como SSGN como os americanos fazem com seus lançadores de Tomahawks submersos.
Referente ao SN-BR
Que tipo de torpedo esta previsto?
Qual o alcance?
Qual a a quantidade?
Sds
O sistema de armas será o mesmo dos Scorpene S-BR: torpedos F21 e mísseis Exocet SM39
Para saber mais sobre o F21, acesse o link:
http://www.naval.com.br/blog/2017/05/23/centro-de-armas-submarinas-da-marinha-recebe-mock-up-dos-torpedos-f21/
Valeu!
Camargoer,
Não notei que tivesse falado dos satélites Brasilsat. No caso deles, ok.
Já quanto ao geoestacionário, o que se pretende é uma concessão (grosso modo, aluguel) e não uma privatização (grosso modo, venda).
Há um programa no canal H2 sobre armas que diz:há uma nova arma na água na guerra anti submarina:Sea Hunter,que dispensa tripulação e pode ficar longo tempo em ação.Bem,depois dos caças suecos,o submarino.Bem,pode ser que o objetivo não seja bélico…
Realmente, com o Matador a bordo do SN-BR, a situação muda completamente para o Brasil. 300 km de alcance parece pouco, mas só a existência de tal arma num subnuc oculto nas águas do AS, já muda a geopolítica regional. o SN-BR bem que poderia ter um duto para cobertura da hélice.
Olá Rafael. Sobre o monopólio da União sobre o uso da energia nuclear, existe um Projeto de Emenda Constitucional (PEC 122/2007) para permitir empresas privadas (inclusive com até 30% do capital estrangeiro) a operarem usinas nucleares para produção de energia elétrica. Creio que o exemplo da Embraer mostra que algumas tecnologias devam estar sob restrito controle das forças armadas.
A pergunta que é difícil de ser respondida é se os comandos militares concordariam em correr o risco de perderem o controle sobre algumas tecnologias sensíveis.
Trathanius, o SN-BR não tem nada de exagerado, é uma interpolação do Scorpene, não tem nada a ver com o Barracuda. O Rubis não é humilde, é um submarino muito compacto que por conta disso teve problemas no seu sistema de propulsão nuclear.
Camargoer, essa PEC já tem dez anos e não há nenhum indício de que será sequer colocada em votação (muito menos agora), quanto mais aprovar.
Me corrijam se eu estiver errado, se não me engano, a Marinha tem no seu planejamento, operar seis SN-BR no futuro.
P.S:
Vou esperar deitado para ver isso, para não cansar minhas penas 🙂
“Bosco 20 de Fevereiro de 2018 at 17:11”
Bosco,
Salvo engano, nenhum dos atuais submarinos de ataque franceses lançam o MdCN, capacidade esta projetada para a nova classe Suffren (ou Barracuda), cuja previsão de entrada em serviço é no ano que vem (2019).
Olá Rafael. Como coloquei em meu comentário anterior, em termos de desembolso para o Tesouro, tanto faz se os recursos são alocados pelo MinDef ou outro ministério. Contudo, se os militares considerarem a tecnologia resultando do desenvolvimento do programa militar suficientemente sensível e estratégica, eles irão preferir manter o controle até para garantir que as prioridades da MB sejam mantidas. O histórico mostra que o contexto muda ciclicamente e talvez alguns não seja razoável correr certos riscos. Algumas coisas só são garantidas se mantidas sob restrito controle dos interessados.
Mercenário,
Beleza! Realmente!
De qualquer forma ele também não terá lançador vertical de mísseis cruise.
Nesse vídeo, na faixa do 1:00 minuto, é possível ver o modelo em escala que os franceses fizeram para testar o Barracuda, incrível a complexidade:
https://www.youtube.com/watch?v=dXRWGeMoHpM
Aliás… Essa é uma das melhores reportagens a respeito de submarino que já vi: https://www.youtube.com/watch?v=5voJLw1Y5Hs