Scorpene

Submarino classe Scorpene “Tunku Abdul Rahman”, da Malásia

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

Em depoimento na manhã desta quinta-feira (22.02) no Senado das Filipinas, o Comandante da Marinha local, contra-almirante Robert A. Empedrad, questionado pelo senador Emmanuel Manny Pacquiao, declarou: “Senhor, temos muitas preocupações na Marinha. Mas para mim, o futuro da guerra naval é a guerra submarina. E acredito que se quisermos obter o respeito de outros países estrangeiros ou marinhas, devemos adquirir submarinos”.

Empedrad fez essa afirmação no momento em que sua Força está empenhada na obtenção de duas fragatas leves Tipo HDF-3000, de 2.600 toneladas, encomendadas, em agosto de 2016 ao estaleiro Hyundai Heavy Industries, da Coreia do Sul.

A esquadra filipina não possui submersíveis. Seus escoltas são antiquados, e a decisão de empregar os seus 7.500 fuzileiros navais no controle de territórios insulares (assediados por guerrilheiros) a fez investir em uma numerosa flotilha de navios de desembarque – 15 unidades de diferentes tamanhos –, que inclui um navio moderno, classe Makassar.

De acordo com a agência de notícias estatal Philippine News Agency, Empedrad lembrou aos parlamentares que o sucesso dos submarinos se deve à sua natureza furtiva, que os torna navios difíceis de serem detectados.

Sabi nga nila, mahirap kalabanin iyong kalaban na hindi nakikita (“Como dizem, é difícil conter um inimigo invisível”), resumiu o almirante para o senador Pacquiao. E acrescentou: “Estou certo de que outras marinhas poderosas poderiam respeitar a Marinha Filipina se nós tivéssemos o submarino, excelência”.

A Marinha Filipina desativou finalmente, em novembro de 2017,
o BRP Rajah Humabon PS-11, um destróier de escolta da Segunda Guerra Mundial, da mesma classe “Cannon” do Navio-Museu Bauru da Marinha do Brasil

Horizonte – O governo de Manila está prestes a importar uma classe de submarinos de ataque, de propulsão diesel-elétrica, durante a fase “2º Horizonte” do Programa de Modernização das Forças Armadas. Não se sabe ainda se dotados, ou não, de AIP (Propulsão Independente do Ar).

O processo de obtenção desses navios deve ter início neste ano de 2018 e estar concluído em 2022.

As indústrias navais consideradas favoritas para a obtenção dessa encomenda são as da Alemanha, da Coreia do Sul e (como alternativa mais distante) da China.

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