Marinha do Brasil descarta compra dos OPVs classe River Batch 1
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
A Marinha do Brasil (MB) descartou a possibilidade de ficar com os três navios-patrulha oceânicos (NaPaOc) classe River Batch I que estão sendo desativados na Marinha Real e foram oferecidos à Força Naval Brasileira.
Consultado anteontem por um e-mail do Poder Naval acerca de informações que circulavam nos meios eletrônicos do Reino Unido dando conta da compra dos navios pela MB, o Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM) respondeu, no começo da noite desta sexta-feira (23.02), de forma breve: “Em atenção à sua solicitação, a Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha, não confirma as informações apontadas no questionamento”.
Este articulista apurou que a Marinha não chegou nem mesmo a elaborar um requerimento de detalhes sobre a classe de navios – construída na metade inicial dos anos de 2000 –, ou preparar uma “visita técnica” para concluir sobre as condições atuais dos navios.
As embarcações foram descartadas, de forma rápida, após a chamada “análise de conveniência” da compra das unidades.
Apesar de os barcos da classe River original, de 1.700 toneladas de deslocamento, serem unidades consideravelmente novas, a avaliação acerca delas foi fortemente prejudicada pela falta de um convés de voo no projeto da embarcação.
Na Marinha do Brasil, a avaliação de um meio se inicia no momento em que ele é oferecido à MB.
Depois vem a análise de conveniência para a Força. Em seguida o requerimento, por parte da MB, de detalhes sobre o navio e a visita técnica para apurar suas condições reais.
Só depois disso é que vem a etapa da negociação do preço e das condições de pagamento.
No caso dos classe River ofertados, a MB, na tarde de ontem, sexta-feira, entendeu, após análise da conveniência, que as unidades não atendem aos requisitos que ela define como indispensáveis para este caso, e descartou a aquisição.
Não seria mais viável comprar mais 2 unidades da classe Amazonas, do que pegar esses?
Acho que essas três unidades sao muito parecidas com as da classe amazonas, entao não seria muito difícil adapta-las e só espero que a MB volte a tras e compre porque com tao pouco dinheiro que ela tem não pode perder essas oportunidades ja que sao relativamente novas
Pode ser que nesses próximos 5 anos surja opção melhor, com convôo. Mas talvez não. E nesse caso, daqui 5 anos, comentaremos: ah, se tivesse comprado as River em 2018…
De que adianta convoo para operar a partir de Belém, Salvador ou Natal que não tem helicopteros, pois helicoptero da MB no litoral só no RGS ou RJ.
Uma pena.Mas eles sabem o quê estão fazendo.
Achei pré matura a decisão, se todos navio patrulha tiverem que ter angar não haveria helis suficiente para todos.
Helicóptero é muito mais fácil a reposição que um navio.
Os Distritos Navais, se tiverem interesse nos navios, podem entrar com recurso interno pedindo revisão do Parecer?? Seria uma forma de amadurecer o assunto dentro da instituição.
Uma pena, mas acho que o bolso falou mais alto, espero que quando o HMS Clyde for oferecido seja melhor apreciado pois não vai ter a desculpa da ausência de convoo.
Bom eu soube que a Regia Marina( Marinha italiana) irá aposentar todos seus navios de patrulha ate 2025, Comandanti class,Sirio class e Cassiopea class. As vezes é por isso que a MB não quer esses navios
Rennany Gomes, também acho que o que mais pesou foi o bolso, creio que depois da aquisição do Ocean , que a MB teve que fazer com seus próprios recursos, não sobrou absolutamente mais nada no bolso da mesma, paciência, bola para frente, melhor a MB já ir juntando algum $$$$$$$ desde agora para quando surgir a oportunidade de um dos waves ela ter algum $$$$$$$ no bolso caso ela chegue a conclusão que a compra seja interessante
Augusto L, não sei não, a cassiopeia class de quatro navios foi construída no final década de 80 e entraram em operação na marinha Italiana em 89, 91 e 92 e usaram técnicas civis em sua construção, não creio que a MB esteja interessada nessa classe quando a mesma terá mais de 30 anos quando derem baixa
Walfrido ,posso estar errado mas Belém têm sim helicopteros, “base Aeronaval de Val-de a-cães”!
Os olhos da MB estão vidrados nas Type 23
Segundo alguns comentaristas ingleses no Twitter, os OPV classe River serão vendidos para o Brasil, inclusive o HMS Clyde, que será desativado em 2019.
Verdade Marcos.
Eles sabem que os chilenos também estão muito interessados nelas.
O Brasil tem excelentes projetos de navios patrulhas, o que falta é o interesse no GF. Não sabem como dois estaleiros sendo responsáveis por construir os navios, daria sobrevida as essas empresas e segurança de trabalho para dezenas de pessoas. Mas…
Uma pena . .e erro de avaliação ao meu ver .. duvido q tais unidades custariam mais q 30 mi de libras .. nossa costa e bem pequena pra dizer o contrario ..pena .. mas sendo uma pouco ”inocente” , parece ser aquele tipo de noticia q era vinculado ao OCEAN quando a MB tb ” descartou” por um momento .. me leve a crer q a ”oferta” simplesmente ainda n existe .. afinal apenas 1 foi pra reserva ..veremos , mas caso de fato for ”real” a falta de interesse .. seria bom a MB reavaliar tal ”oferta” ,um… Read more »
Amigos, O convoo é fundamental para operações distantes do litoral, onde a capacidade de poder levar consigo um vetor aéreo embarcado se torna essencial para ampliar a consciência situacional da própria embarcação. Qualquer meio aéreo operando de um convoo, tem seu alcance operacional bastante estendido, posto o vaso levar a aeronave a distancias maiores, além de servir de ponto de reabastecimento e oferecer um ponto de pouso móvel para helicópteros baseados em terra. Deslocar-se para o navio e operar diretamente deste, também garante uma reação mais rápida do meio aéreo em qualquer situação em alto mar. Definitivamente, não é possível… Read more »
Decisão acertada.
É melhor pegar esse dinheiro e dar para 2 estaleiros nacionais construírem OPVs, pelo menos 2 em cada estaleiro. Seja um projeto próprio ou seja a classe Amazonas.
Assim vamos treinando a indústria naval brasileira para construir embarcações maiores como fragatas de 6 mil T e porta-aviões.
Essa classe river batch 1 não atende às necessidades da marinha…nem comporta helicóptero!
“É melhor pegar esse dinheiro e dar para 2 estaleiros nacionais construírem OPVs, pelo menos 2 em cada estaleiro. Seja um projeto próprio ou seja a classe Amazonas.”
Que dinheiro?
Essas eventuais compras de River Batch I não estavam no orçamento, então não existe esse dinheiro.
Fui nessa postagem do NavyLookout e encontrei esse comentário:
“The Brazilians must be laughing all the way to the bank”
KKKKKKKKKKKKKKKKK
Coitado dos ingleses, estão perdendo tudo aos poucos.
Seria possível adaptar um convôo, a exemplo do HMS Clyde?
São excelentes navios.
Albion
Bulwark
Type 23
3 River
Clyde
Da pra melhorar nossa marinha e garantir uma boa operação pelo menos ate 2030 por um preço certamente bem pequeno.
Parabellum …..Acho q da sim .. ao menos ao q suporte um ”ESQUILO”.. ou futuramente H-145M da vida ….problema e ”custo” e se realmente vale a pena ..mesmo assim mesmo pra MB vejo como no minimo exagerada ”descarte” de tais navio por essa deficiência (se é q pode ser considerado uma ) .. veja bem .. A ”River” è um ”Patrulha” .. e mesmo na MB veja o exemplos da Classe Bracuí .. ou mesmo Macaé .. vantagem da River e ”tempo no mar” .. Fato das atuais ”Amazonas” contarem com tais capacidade de contar com ”heliponto” n significa q… Read more »
“Marcos 24 de Fevereiro de 2018 at 17:38”
Marcos,
A RN estará recebendo 5 novos OPV’s em substituição/acréscimo aos 4 atualmente operados, logo, a tua afirmação de que estão “perdendo tudo” não procede neste caso.
O que muitos lá defendem é a manutenção desses meios que serão desativados pela RN, para atuação junto à Border Force.
Interessante Galante.
Se de fato isso for verdade, o que os ingleses dizem, falta só as Type 23.hahahaha
Nada como um pouco de pesquisa:
NUMC X NUPA
(http://www.navalanalyses.com/2014/11/comandanti-class-and-sirio-class.html)
E se os franceses oferecessem esse navio:
(https://en.wikipedia.org/wiki/Flor%C3%A9al-class_frigate,)
valeria a pena desistir das “River” B-1????
PS: É o único navio francês que eu gosto.
E o que custaria uma adaptação doe um terraço para pousar o helicóptero. Temos exemplo de adaptações que deram certo.
Sinto muito que o parecer seja contrário a aquisição, pois a MB de novas aquisições de aquisição, para voltar a ter a mobilidade, melhores condições de patrulha da nossa costa, e de variados navios, pois não se faz uma marinha só com corvetas, navio de transporte e desembarque, precisamos de variação e quantidade maior, e em condições de operar.
Uma pena, seriam ideal para aposentar as imperial e Bracuí, inclusive essas duas classes n têm capacidade de receber helicopteros!
Não entendo… Nenhum classe Grajaú ou Bracuí tem convôo (sendo esses o grosso dos patrulheiros da MB). O Macaé mesmo, raramente suspende com aeronave. Fora os Amazonas, nenhum patrulha tem convôo (não menciono os patrulhas fluviais). Dessa feita, esse papo de “não serve por que não tem convôo” me parece furado. Ou não foi oferecido, ou acabou “la plata”. Uma pena, seria mais humano para as tripulações dos patrulhas distritais, embarcar em um navio desse tamanho, que tem autonomia maior também. Agora é torcer para esses rumores serem falsos e que possam vir os novos-velhos vasos de guerra!
Nunes-Neto 24 de Fevereiro de 2018 at 17:16
Walfrido ,posso estar errado mas Belém têm sim helicopteros, “base Aeronaval de Val-de a-cães”!
Nunes-Neto, existe a Base Naval de Val-de-Cães, a aviação de helicopteros navais em Belém está em estudos, mas cortaram parte da verbe.
Vou postar esta informação do PlanoBrazil, não sei se pode, se não puder os editores podem apagar.
. http://www.planobrazil.com/aviacao-naval-marinha-corta-metade-da-verba-reservada-a-criacao-do-esquadrao-de-helicopteros-de-belem-mas-fab-pode-ajudar-com-cessao-de-hangar-para-a-unidade
Thom 24 de Fevereiro de 2018 at 17:21
“Eles sabem que os chilenos também estão muito interessados nelas.”
Só se forem quase de graça pois o Chile constrói seus próprios OPV de 1700 ton. com convoo.
Antigão , Macaé não têm convôo!
Walfrido, obrigado pela informação , quando era adolescente eu passava sempre na frente da Base e recordo de ter vistoum helicoptero esquilo, mas pode ser que esse estivesse ali só por causa de alguma missão!
Glasquis7, o Thom estava se referindo ao também interesse do Chile nas type 23 que é perfeitamente conhecido pela MB. Em nenhum momento o Thom disse que o Chile estava interessado na classe river
“Eles sabem que os chilenos também estão muito interessados nelas.”
Só se forem quase de graça pois o Chile constrói seus próprios OPV de 1700 ton. com convoo.
É lamentável que o Chile possa fazer isso e a MB não consiga.
Não deixa de ser engraçado como a marinha está mais preocupada em construir um porta aviões a médio prazo do que construir novas OPVs que seriam muito mais úteis. Palmas para o comando da marinha . . .
“Não deixa de ser engraçado como a marinha está mais preocupada em construir um porta aviões a médio prazo do que construir novas OPVs que seriam muito mais úteis.”
Daniel,
Só se 15 ou 20 anos daqui pra diante (ou seja, mais ou menos 2035) for considerado médio prazo, pois até lá o que se pode efetivamente esperar é planejamento, estudos e eventual projeto para um possível navio-aeródromo, e não construção. A não ser que outros programas bem mais prioritários, hoje em andamento ou prestes a isso, tenham sucesso mais rápido do que esse prazo.
Daniel, o Chile não tem Prosub. A MB tem outras prioridades.
Amigos, pergunta de leigo, então relevem se for muito tosca. Mesmo não tendo convoo, seria possível nesta classe, ou em qualquer outra com algum espacinho plano, se fazer adaptações para receber drones de médio porte para vigilância? Se sim, isto teria alguma eficácia na patrulha?
Sim, é possível, mas não de médio porte.
È uma pena mesmo poderíamos ter 3 patrulhas bons e por um bom preço,se for por falta de grana pedi um adiantamento por meirrellles ou pro temer sei lá para quem mais é ano eleitoral mesmo.Mas sei que eles vendem fácil para um Pais amigo torço pelo chile,ou Uruguai que seria interessante.mas espero que eles pelo menos levem em consideração em façam algumas reuniões são comprar de oportunidades e veem ai o oceam,e sabem que tem que liberar fragatas para grupo de proteção,e tem que ter patrulhar para cobrir a lacuna.
Olha um comentário que achei na postagem do twitter britânico:
“How come Brazil has all this money for their navy, and we don’t for ours?”
Estão preocupados.
Toda e qualquer assessoria de imprensa só informa, mas nunca afirma … Lemos no texto divulgado pela MB que “Em atenção à sua solicitação, a Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha, não confirma as informações apontadas no questionamento”, e, sinceramente, por ele não se conclui – incontroversamente – que a aquisição está “descartada”, conquanto não se possa também afirmar o contrário … Nem mesmo as citadas apurações subsequentes dirimem as incertezas. A mim, a MB está navegando no assunto, sensível que é, com as luzes apagadas e conforme as ondas, o vento e… Read more »
Que pena!
Galante, o fato de que a marinha chilena não tenha PROSUB, não quer dizer que ela não tenha problemas também. Eles, assim como nós, tem uma grande costa para patrulhar. Se eles estão construindo ou não, eu não posso lhe afirmar. Mas o fato é que de novo estamos discutindo na aquisição de “compras de oportunidade” em vez de fazê-las aqui. Você se lembra da matéria sobre as fragatas Niterói (F40 aos 40)? Sobre aquela parte de após todo o investimento que foi feito na compra de máquinas e treinamento tudo foi perdido porque não foi dada continuidade na construção… Read more »
E’ triste !!! Se os três patrulheiros não serão comprados, pelo menos o HMS Severn devem ser comprados. O HMS Severn, provavelmente, vai ser desmantelado e será vendido como sucata, pelo um valor ínfimo. O meu olhar, diz que se fosse uma proposta bem baixa + – £ 5 milhões, talvez a RN aceitasse . Eu sei que existe uma doutrina, mas, existem exceções. O HMS Severn, serviria como uma luva, para patrulhar nos rios da Amazônia. Se estou completamente errado, me desculpa. E se a MB olhassem com bons olhos? O sonho, e’ realidade !!! Deixo a todos um… Read more »
EM EPISÓDIOS ANTERIORES: Numa livre especulação daquela manhã do dia 19 de fevereiro, em Plymouth – Inglaterra, onde o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Luiz Henrique Caroli, representando a Marinha do Brasil, assinou o contrato de transferência do HMS “Ocean” junto às autoridades do Ministério da Defesa britânico, parece ter havido essa oferta de balcão: RN: “E aí, caro Almirante, quer levar também algumas OPV, classe River? Pacote embalado com três?” MB: “Teria umas quatro, tipo 23, sobrando num precinho camarada?” RN: “Caro Almirante, se eu der as tipo 23 a vocês depois do Ocean o povo… Read more »
Verdadeiramente espero ainda que a MB ainda adquira esses navios (se o preço deles for conveniente, claro). A ausência de convôo não impede a utilização dos meios como NPaOcs, basta designá-los com funções adequadas. O meio é limitado nesse sentido, mas o preço também será menor. No entanto, não há mágica, se não há dinheiro para isso, paciência, a Marinha faz o que pode.
Fernando “Nunão”, eu estava pensando em 10-15 anos que é mais ou menos o tempo que as Tamandaré devem demorar para ficar prontas (Espero!). Mais ou menos por aí, as Amazonas deverão passar por algum tipo de atualização, que será uma ótima oportunidade para padronizar equipamentos (o que geralmente é sinônimo de diminuição de custos) com um novo lote de OPVs. Acredito que com esse litoral imenso para proteger, seria muito mais inteligente por parte da marinha investir em novos navios patrulha do que em um porta aviões.
Muito bom, Ozawa! Quem diria que um dia nós estaríamos comprando a Royal Navy “inteira”? Kkkkkk
Acredito que a resposta ao e-mail não seja conclusiva. Repórter competente que é, o Roberto dá umas cutucadas para ver se apura alguma coisa. Ele acertou com o Ocean, é bom lembrar, usando o mesmo método.No meu modesto entendimento, helicóptero seria fundamental apenas se se tratasse de compra nova, não de oportunidade. Aí estão os Amazonas e, não recentemente, os navios de apoio oceânico, os primeiros sem hangar, os últimos, sem convés de voô.
Estes batch 1 não eram falhos e pouco armados para combate? Ou me enganei?
Acho que poderíamos ampliar a classe Amazonas.
Questão de logística.
Uma pena.
Mas prefiro ser positivo como um amigo em cima… acredito que dias melhores virão…
Willhorv 24 de Fevereiro de 2018 at 22:43
Não sei sobre falhas, mas é um navio patrulha, não de combate. O armamento que ele precisa não é nada extraordinário, e seu canhão de 20mm é suficiente.