Como é caçar um submarino a bordo de um P-3AM da FAB?
A capacidade de detecção e identificação de submarinos é de grande importância para a atividade de patrulhamento marítimo da Força Aérea Brasileira.
Desde a desativação dos S-2 Tracker (designados P-16 na FAB), em 1996, a Aviação de Patrulha não realizava missões antissubmarino (ASW).
A entrada em operação da aeronave P-3AM permitiu a retomada destas missões, além de incrementar a capacidade de busca e salvamento, defesa do meio ambiente e controle da pesca ilegal na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil.
Os P-3AM da FAB frami totalmente modernizados e equipados com modernos sensores eletrônicos e armamentos.
A operação eficiente dos sensores embarcados no P-3AM demandou ações de ensino e pesquisa. No nível de pós-graduação, o Laboratório de Guerra Eletrônica do ITA (LAB-GE) atendeu a esta demanda, através de várias ações: inclusão no currículo do CEAAE de tópicos de ASW, orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) em ASW (SONAR, Detector de Anomalia Magnética e Fusão de Dados), aquisição de software de simulação multifásica e do Treinador de Sistemas Acústicos – SONAR Mk-X.
O treinamento permitiu aos instrutores empregar o simulador SONAR Mk-X em atividades de ensino abordando tópicos de acústica submarina de interesse da ASW, tais como: SONAR passivo, SONAR ativo, CT-FM SONAR, SONAR paramétrico, determinação de profundidade, Efeito Doppler, assinatura de alvos ativos, assinaturas FFT de alvos passivos, formação de feixes, varredura de feixe, espalhamento volumétrico e cavitação.
Em 2014, operação com submarinos nucleares dos EUA, França, Reino Unido
Os P-3AM do Esquadrão Orungan (1°/7° GAv) realizaram, nos dias 16 e 17 de julho de 2014, missão antissubmarino (ASW) na costa brasileira com a participação de quatro submarinos estrangeiros. Ao todo foram realizadas três missões de seis horas cada, com o emprego de três tripulações completas e duas aeronaves P-3AM, sediadas na Base Aérea de Salvador (BASV).
Participaram do exercício os submarinos nucleares: USS Dallas – Classe “Los Angeles”, pertencente aos Estados Unidos; Amethyste – Classe “Rubis”, da França; HMS Ambush – Classe “Astute”, da Inglaterra e o submarino convencional Pisagua – Classe “Angamos”, do Peru. As embarcações estavam no País para comemoração do centenário da Força de Submarinos (FORSUB) da Marinha do Brasil.
Foram realizadas manobras de acompanhamento, em que a aeronave localiza e consegue acompanhar o submarino submerso com a utilização de sonoboias (uma espécie de boia com equipamento eletrônico para captação de sons emitidos por submarinos e de transmissão, via rádio, das informações captadas) e manobras de ataque simulado com a utilização do sensor de detecção de anomalias magnéticas (MAD).
Assista no vídeo abaixo como é uma operação de guerra antissubmarino feita pelo P-3AM.
Ouça alguns sons captados pelas sonoboias do P-3AM
Uma das funções dos militares que trabalham no P-3AM é a de operador de sistemas acústicos. O objetivo dele é detectar embarcações submersas. Mas nos fones de ouvido também se ouve a vida marinha. Ouça abaixo alguns ruídos enviados pelas sonoboias.
Som de Baleia
Som de Golfinho
Som de Camarão
Poxa como evoluíram os sistemas e tal. Facilitou demais em comparação aos sistemas antigos como na outra matéria. E junto a isso os subs tbm evoluíram.
E conseguiram captar o som algum submarino neste treinamento?
“Foram realizadas manobras de acompanhamento, em que a aeronave localiza e consegue acompanhar o submarino submerso com a utilização de sonoboias (uma espécie de boia com equipamento eletrônico para captação de sons emitidos por submarinos e de transmissão, via rádio, das informações captadas) e manobras de ataque simulado com a utilização do sensor de detecção de anomalias magnéticas (MAD).”
Leia novamente esta parte do texto amigo William.
Neste tipo de treinamento participa um submarino amigo que sempre é localizado e acompanhado, se não perderia a validade o treinamento.
Se ficar difícil achar o submarino entrega a posição, pois é importante que seja treinado o acompanhamento e posteriormente a tentativa de evasão do submarino, a FAB tenta acompanhar o sub. e a MB tenta se esconder, faz parte do jogo do treinamento de guerra.
É …. seria interessante ouvir o som de um submarino …. alguém tem aí algum som para postar??
Soh passei pra dizer que os P3 deveriam ser da MB. Daqui a pouco, nessa bagunça operacional, a MB comeca a operar tanques de guerra, a Fab helicopteros de ataque, e o EB submarinos… kkkk
Kkk… Concordo
Do jeito que as coisas estão não duvido que daqui a pouco ninguém vai operar mais nada por falta de recursos humanos e financeiros, e tudo que irá sobrar é uma GCN “Guarda Civil Nacional” formada por sabe se lá quem . Mas não duvido nada a FAB começar a operar submarinos, e eles seriam baseados em Anápolis e seriam modernizados pela Embraer junto com a Volkswagen, talvez aí a FAB se mova e comece a correr atrás de um tanque para REVO . POIS É, o Brasil é o país onde se cava a cova sem ter o defunto… Read more »
Felipe,
Leia na história o porque da FAB fazer a patrulha Marítima, herança da 2GM. A RAF também era responsável com seus Nimrods, não sei se os P-8A encomendados serão da RAF ou da Royal Navy.
A FAB já tentou passar a Aviação de Patrulha para a MB, mas, esta declinou pois seria mais um custo , então, deixa estar, por que mexer naquilo que está funcionando?
Mas a FAB já opera helicópteros de ataque ‘-‘
Mas a FAB já opera Heli de ataque, os Sabres
Muito legal esses sons.
“Blindmans Bluff 10 de Março de 2018 at 17:30
Soh passei pra dizer que os P3 deveriam ser da MB. Daqui a pouco, nessa bagunça operacional, a MB comeca a operar tanques de guerra, a Fab helicopteros de ataque, e o EB submarinos… kkkk”
A MB, através do Corpo de Fuzileiros Navaias, ja opera blindados como os Piranha, Clanfs e os carros de combate leves SK-105 Kurrassier;
A FAB opera helicõpteros de ataque, na forma dos AH-2 Sabre;
O EB não opera submarinos, mas opera vários tipos de embarcações, como lanchas, voadeiras e barcaças de transporte, principalmente na Amazônia.
Uma pergunta o Mansup ou outro missil como o Exocet poderia ser usado pelos P3AM ou só pode mesmo o Harpoon?
Muito interessante e didática a matéria. Deveria ser sempre assim. Inclusive bem multimídia com os sons.
Só faltou sons de submarinos.
Achei esse camarão muito barulhento e estranho.
Parece mais o motor de um navio.
Mas os operadores ficam “ouvindo” sons?
Não é possível apenas visualizar os gráficos?
Porque barulho deve ter muito.
Imagine mil camarões… O submarino passa e não dá para ouvir o submarino…
Já deveria estar no automático. Só mostrar o que for sim de submarino.
A não ser que um submarino passe emitindo um som de camarão para despistar…
Gosto do barulho do camarão na frigideira.
Nonato,
Hoje o operador de sonar seleciona na tela o som que ele quer ouvir e o isola e só ouve o que ele selecionou. Ele escolhe na tela uma determinada “trilha” que representa um contato. Mesmo havendo o reconhecimento automático do contato a confirmação manual, ou melhor, orelhal, é necessária.
Existe algum projeto de Sonoboia nacional?
Que eu saiba não, mas se fossem tentar fazer, o problema seria escala. Sonoboia não é um produto simples nem barato, mas o custo só vale a pena se forem produzidas aos milhares.
Srs
Sonoboias recuperáveis seriam uma solução mais econômica que a atual. Se elas, também, fossem passíveis de deslocamento próprio (UUV’s), também seria uma tecnologia nova interessante de ser implementada, pois seria algo novo no mercado.
Sds
Nos exercícios simulados, o P3AM opera sem mísseis e torpedos para evitar qualquer disparo acidental?
Cade o ARA SAN JUAN, se ate camarão acharam pq não acham o sub ara
tudo tecnologia que para nada serve,dinheiro desperdiçado, se fosse bom assim teriam achado o ARA
Marcelo, os sensores do P-3 e de outras aeronaves antissubmarino são feitos para detectar um submarino em movimento e em águas relativamente rasas, algo muito diferente de um submarino parado e grandes profundidades, sem produzir ruído.
Olá.
Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. Não adianta misturar “alhos com bugalhos”.
O ARA San Juan naufragou, possivelmente devido a uma falha grave. Não dá para esquecer que submarinos são elementos discretos, quase “stealh”. E se ele estiver parado/inoperante a mais de 1000m de profundidade, mesmo a mais moderna tecnologia de veículos submarinos autônomos terá dificuldades para o encontrar.
Vida marinha emite sons. E se estiver a baixa profundidade, pode ser detectada. Nada de mais.
SDS.
Segundo o Bosco e outros experts em sensores,os aviões tem uma biblioteca de ruídos oriundos do oceano,alguns gerados pelo homem e outros da natureza.No caso do submarino argentino se eles produziram algum som ,como batidas no casco por exemplo,os sensores usados na busca teriam que ter esse ruído gravado,senão só estariam escutando meros ruídos.
Se estiver errado favor corrigir o comentário.
Olá.
Você está certíssimo.
SDS.
Orgulho de possuirmos novamente capacidade de contrapor à ameaça que tantas vidas nos tirou na IIWW. Matéria excelente. Mas um leigo fica com muitas duvidas: tendo em vista nossa imensa costa quantos esquadroes de Patrulha A/S seriam necessarios para a defesa? Quantos operaram na II WW? Quais armas nossos Orion operam para destruir os Subs? Qual alcance de detecção das sonoboiaa? (sons se propagam no mar por grandes distâncias, não? ) Como e quantas são necessárias para dar a exata localização do Sub, se é que seja possível? Dimensões da área guarnecida por um P 3? Continua…
Olá.
O Oceano Atlântico Sul não é um “hot spot”. Tirando a pesca ilegal, não há movimentação de embarcações “furtivas”.
Então, não existe uma razão evidente para que o Brasil tenha uma força considerável de detecção/combate a submarinos.
Se estivéssemos no Mar da China, o cenário seria outro.
SDS.
Control 11 de Março de 2018 at 8:18 Srs Sonoboias recuperáveis seriam uma solução mais econômica que a atual. Se elas, também, fossem passíveis de deslocamento próprio (UUV’s), também seria uma tecnologia nova interessante de ser implementada, pois seria algo novo no mercado. Sds :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::;;;; . Mestre Control, . Lembra aquele vídeo que postei sobre um AirShip Patrol? O conceito era exatamente este e são aqueles últimos quadros em que aparece o drone de hélices contrarotativas, que pousa e submerge seu hidrofone. . O airship carregaria 12 deles. . A época da composição do desenho, vi que cada sonoboia lançada… Read more »
Olhando assim da pra comprar 22 sonoboias de 5.000 dólares pelo valor de 1(um) míssil Hellfire,que mencionaram custar aproximadamente 114 mil doletas.
Rapaz eu nem sabia que camarão fazia barulho.Muito legal o post.
Toda a tripulaçao de um avião como o P-3 ou ainda um A-50 tem assentos ejetáveis?
Achei um excelente artigo explicando a última grande compra de sonobóias pra US Navy, onde fala os preços, os tipos sendo comprados e suas respectivas funções, muito esclarecedor:
http://www.militaryaerospace.com/articles/2016/10/sub-hunting-sonobuoys.html
Saudações o/
“Luciano 11 de Março de 2018 at 21:41
Toda a tripulaçao de um avião como o P-3 ou ainda um A-50 tem assentos ejetáveis?”
Não, Luciano. Nenhum membro da tripulação dos P-3AM possui assento ejetável. Nem mesmo os pilotos.
Obrigado, Flanker. É bem preocupante uma tripulação grande e especializada correr o risco de ser perdida num acidente ou ataque. Lembrei do EB-66C do filme “Bat 21”, onde um dos membros de uma tripulação de 6 ejeta.
Afinal de contas, qtos desses P3 estao em operacao ??? e quele tal problema de fading estrutural ?? ou serao somente das asas ??? a FAB vai ou nao efetuar esses reparos para extensao da vida das mesmas./???? e so pra encerrar, como esta a tal novela dos Harpoon…vem ou nao vem :??? Sds
Vida longa ao Orugan.