Classe Tamandaré: oficiais bancam o projeto do CPN contra ‘puxadinhos’ de outros fornecedores
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
“O que me parece é que os concorrentes não estão entendendo que a primeira opção da MB é o projeto do CPN. As propostas de navios de projeto do próprio estaleiro são a segunda opção e precisam ser muito boas para que a MB abandone o projeto do CPN”.
Foi com essas palavras que um oficial do setor do Material da Marinha do Brasil (MB) resumiu para o Poder Naval, no último fim de semana, o clima tenso – de “estica-e-puxa” – que existe, hoje, nos bastidores do Programa Classe Tamandaré (ex-Programa da Corveta Classe Tamandaré).
Entre os estaleiros europeus, ao menos três – Naval Group (França), TKMS (Alemanha) e Navantia (Espanha) – sondaram a MB sobre a possibilidade de ela vir a aceitar projetos de navios já fabricados que desfrutam de boa reputação, mas que diferem, consideravelmente, do projeto da Classe Tamandaré definido pelo Centro de Projetos de Navios da Marinha (CPN) – e precisam, por conta disso, ser adaptados à concepção do CPN para a embarcação.
Sediado no Rio de Janeiro, o Centro de Projetos está subordinado à Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha (DGePEM).
A concorrência da Classe Tamandaré como um todo está lançada à confusão por causa de algumas indecisões e mudanças de responsabilidade da MB na organização do certame, e também das interpretações errôneas de alguns dos estaleiros interessados na fabricação dos quatro navios Tamandaré.
A disputa visava, a princípio, a construção de “corvetas”, mas essa classificação foi eliminada (1) diante da tonelagem definida para a embarcação pelo CPN – 2.790 toneladas (mais apropriada à de uma fragata leve) –, e (2) da possibilidade de a Marinha aceitar projetos estrangeiros, acima das 3.000 toneladas.
Gowind – O representante, no Rio, de uma indústria naval europeia, confidenciou ao Poder Naval, que a empresa que tenta fazer a Marinha aceitar um projeto estrangeiro já pronto é o Naval Group (antiga DCNS) – “parceira estratégica” no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).
De acordo com essa fonte, os franceses estão tentando vender uma versão da conhecida classe Gowind 2500, recentemente exportada para a Marinha do Egito.
Na primeira quinzena de novembro passado, durante uma conferência de imprensa em Dubai, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que os Emirados Árabes Unidos encomendaram duas corvetas Gowind.
Os navios serão construídos pelo Naval Group em cooperação com o Abu Dhabi Shipbuilding (ADSB), uma indústria naval local.
A compra das Gowind inclui uma opção para mais dois navios.
De acordo com o portal de notícias Navy Recognition, elas não devem ser equipadas com o sistema de gerenciamento de combate SETIS, do Naval Group, e sim com o Thales Tacticos – que a Marinha das Filipinas acaba de rejeitar para as suas duas fragatas leves polivalentes, de 2.600 toneladas, em construção na Coreia do Sul. O gerenciador de combate desses navios será um equipamento tipo ICMS (sigla de Integrated Combat Management System) desenvolvido pela companhia sul-coreana Hanhwa.
Ficha resumida da versão da Gowind 2500 contratada pelos Emirados Árabes Unidos:
- Deslocamento: 2.600 toneladas (inferior ao do projeto classe Tamandaré do CPN);
• Velocidade máxima: 25 nós (igual à do projeto do CPN);
• Tripulação: 80 pessoas, incluindo o destacamento do helicóptero (maior que a especificada no projeto do CPN); e
• Alcance: 3.700 milhas náuticas a 15 nós
Segundo uma fonte do Poder Naval, o projeto da Gowind 2500 precisará incorporar muitas melhorias para fazer frente ao da classe Tamandaré definido pelo CPN.
Derivações – O grupo alemão ThyssenKrupp Marine System (TKMS) ainda não entregou ao setor de Material da MB a sua proposta relativa à classe Tamandaré.
Em abril do ano passado, os alemães aproveitaram a mostra de armamentos LAAD, que aconteceu no pavilhão de exposições do Riocentro, para apresentar aos chefes navais brasileiros uma fragata de 3.100 toneladas, pertencente à conhecida classe MEKO oferecida ao mercado em vários deslocamentos.
Essa nova unidade, seria semelhante ao navio que os alemães estão propondo para o programa de Plataformas Estratégicas de Superfície (PES) da Armada da Colômbia.
Representantes da indústria naval alemã ficaram irritados com um texto publicado neste blog que atribuiu a oficiais da Marinha envolvidos na concorrência do Programa Tamandaré a opinião de que o projeto das MEKO 100 é inferior ao projeto concebido pelo CPN.
Segundo eles, o diretor-geral do Material da Marinha, almirante de esquadra Luiz Henrique Caroli, conheceu a MEKO quando comandou a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL, no Líbano, e gostou muito do desempenho da embarcação.
MEKO 600 – A inclinação da TKMS por oferecer à MB “derivações” dos seus navios é antiga, e bem conhecida.
No fim dos anos de 2000, quando a Marinha lançou o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER), estipulando entre os navios almejados “fragatas de 6.000 toneladas”, a ThyssenKrupp logo tentou interessar a Força Naval brasileira em uma versão dos navios Classe 124 (“Sachsen”), de 5.800 toneladas – no Brasil apresentados como MEKO 600.
“Eles (TKMS) consideram que, por dar nomes diferentes, como foi o caso da Meko 600 e agora das Tamandaré, será um produto novo”, diz uma fonte. “Na verdade, entendo que não. Para mim, é só uma derivação”.
Uma terceira empresa europeia que acena para a MB com uma embarcação que representa um “puxadinho” (derivação) da fragata leve classe Tamandaré, concebida pelo CPN, é a espanhola Navantia.
Nesse caso, o navio tomado como parâmetro é o do tipo AVANTE 3000, também conhecido como classe 2400, de 2.419 toneladas, que parte do mercado internacional trata como corveta mas, em termos técnicos, dada a sua configuração, pode ser qualificado como um navio-patrulha oceânico – classificação recebida, por exemplo, na Armada da Venezuela, onde é chamado de Patrullero Oceánico de Vigilancia.
O 2400 espanhol seria oferecido ao Brasil em uma versão mais pesada e bem artilhada que seu modelo original.
Datas – Um “cronograma tentativa” da Marinha prevê que a fragata Tamandaré comece a ser construída – dentro ou fora do país – no prazo de 13 meses, isto é, em abril de 2019, e fique pronta em março de 2024.
O segundo navio da classe, já batizado de Jerônimo de Albuquerque, deve ter sua construção iniciada – obrigatoriamente no Brasil – em abril de 2020, e encerrada em setembro de 2024.
O terceiro, Cunha Moreira, começaria a ser fabricado em janeiro de 2021, e ficaria pronto em junho de 2025.
A quarta e última plataforma desse primeiro lote seria o Mariz e Barros, com início de produção previsto para julho de 2021, e entrega à Esquadra até o fim de dezembro de 2025.
Caso essas previsões possam ser cumpridas (o que não será fácil), fica claro que o ápice da produção dessa nova série de embarcações acontecerá no período de julho de 2021 a julho de 2024, quando todas as quatro estarão em diferentes estágios de fabricação.
Os chefes navais brasileiros não descartam a possibilidade da classe Tamandaré ser ampliada por meio da fabricação de mais quatro navios.
Nunca vi tanta especulação sem a MB ter recebido ainda as propostas …
Fontes da MB, fontes da DCNS, fontes da Industria alemã ….
É isso aí.
nao sei ate onde eh “especulacao”, ou se a MB esta usando isso como forma de “pressionar” os fornecedores…
E a grana?
O processo é simples, as empresas preparam as suas propostas.
A MB analisa estas propostas a luz de uma matriz provavelmente já definida.
Ganha a melhor proposta.
O melhor navio de custo beneficio.
Não adianta ficar especulando.
A MArinha quer que seja executado o projeto CPN, e pelo visto nenhuma empresa vai fazer isso .Todas vão acabar oferecendo projetos próprios , o que me parece mais lógico ,ja que as empresas não tem conhecimento pratico do projeto CPN ,ficando assim ,mais dificil sua execução
Quanto ao Projeto do CPN cabe os seguintes questionamentos: – É um navio nunca antes construído, ou seja, um protótipo, já que ele é bem diferente da CV Barroso, quem bancará estes risco de não dar certo ?, as empresas ?, – Se o primeiro navio tem que ser entregue em 04 anos após o contrato e considerando que a construção de um navio destes dura 30 meses, qual empresa vai assumir o risco de fazer toda a engenharia descritiva e detalhada do projeto em apenas 18 meses ??; No meu entender as empresas estão optando pelos seus projetos adaptados… Read more »
Muitissimo bem colocado!
Bastante lucido e coerente o seu comentário, a MB devia saber disso tudo que você elencou. Natural que os estaleiros ofereçam seus próprios projetos, o risco é muito menor para não dizer quase zero, afinal eles já existem, não são projetos de papel como a Tamandaré. Os estaleiros tem como controlar os custos e os prazos do contrato, coisa que seria muito mais difícil no projeto do CPN. A tendência é que os estaleiros peçam muito mais $$$$$$$$$$$$$$$$ pelo projeto do CPN, afinal o mesmo é um projeto de papel e estranho a eles, o risco fica todo em cima… Read more »
Tbm penso assim…Na minha opinião ,todas as empresas vão acabar entregando propostas de projetos proprios
Concordo!
Em termos técnicos julgo que a MEKO e imbatível!
Tb creio ser o melhor projeto… Torço por esse!
Disso não tenho duvidas rs …..
A Fincantieri apresentou a Corveta que o Qatar comprou: https://www.navyrecognition.com/index.php/news/naval-exhibitions/2018/dimdex-2018/6044-dimdex-2018-fincantieri-unveils-qatari-navy-air-defense-corvette-design.html
Ela lembra um pouco a Tamandaré
E a Tamandaré lembra:
Vídeo dela na Dimdex hoje
https://www.youtube.com/watch?v=ha5x2DJ60Es
Sim, eu tinha visto.
.
Gostei muito do conceito dos caras.
Acho que uma lembra a outra porque saíram da mesma prancheta. Foi uma subsidiária da Fincantieri que detalhou o projeto Tamandaré, não foi??
Ela parece uma mini-fremm….mas parece ser interessante; pena que a MB quer um projeto já construído.
http://www.naval.com.br/blog/2017/08/25/malasia-lanca-ao-mar-seu-primeiro-lcs-gowind/
Bardini,
Esse projeto vendido ao Qatar não serve para a Fincantieri, pois, por ora, ele é apenas de “papel”, ou seja, não possui unidade em operação.
Quanto a versão modificada da Gowind que foi vendida à Malásia, presume-se que o preço será impeditivo.
Ter capacidade técnica para atender aos requisitos da MB a grande maioria, senão todos os interessados têm. Resta saber qual deles apresentará o melhor projeto pelo melhor preço.
Em momento algum falei nesse projeto para a MB.
Engraçado. . O Jornalista especulou sobre as Gowind 2500, mas parece que fez de conta que essa versão alongada da Gowind (que vendeu 6 Navios, podendo chegar a 12 Navios com o programa 15 to 5) não existe: . O projeto é modular e os franceses tem condições de fazer uma “Gowind BR” que atenda os requisitos do NAPIP, ou alguém duvida disso? O Naval Group tem condições de cumprir os prazos de construção, se… Pagarmos em dia, claro. . Se os alemães ficarem de brincadeira, oferecendo a P. da MEKO A100 e o Naval Group for idiota o suficiente… Read more »
“John Paul Jones 12 de Março de 2018 at 19:33 O processo é simples, as empresas preparam as suas propostas. A MB analisa estas propostas…” Acho que não é tão simples. Certamente as empresas ficam tentando sondar qual é o real interesse da Marinha, se é o menor preço, se está disposta a pagar mais por algum tipo de produto, o que os outros estão pensado propor, fazem um monte de vazamentos seletivos para tentar enganar os outros concorrentes a respeito de suas intenções, etc, etc. Até a entrega das propostas será um período de muito diz que me disse.… Read more »
O jogo é esse Nilson, aqui, nos EUA e na Europa…… Não é um simples projeto, mas algo concebido para durar décadas….
Nilson, é isso que a MB vem dizendo desde o começo, mas os foristas aqui ficam viajando em teorias mil. Esse projeto foi feito para a atender as necessidades da MB e não de outra marinha, de preferência para ser construído no Brasil, para ser relativamente barato, de mais fácil manutenção, e para ser um navio longevo. Sem falar que para algum estaleiro levar, vai ter que ser bem melhor que o Fincantieri pois esse tem estaleiro aqui, conta com a boa vontade da MB e participou do projeto.
Corveta ou fragata leve, menos de três mil toneladas ou mais de três mil, desdentada ou super armada, no padrão comercial ou naval, feita sob medida ou adaptada de outros modelos, nada disso importa. Fatalmente elas serão pouco ou quase nada dadas as necessidades da MB. Tudo um imenso quiproquó …
Alex Barreto Cypriano me desculpe, mas o “imenso quiproquó” está no artigo e não no processo! O Programa é até bem simples: ou o projeto do CPN ou, alternativamente, um projeto “próprio”, desde que seja melhor e no mesmo patamar de preço. Da Classe Tamandaré não vai sair um navio muito diferente, com maior tonelagem ou melhores armas, o orçamento é o limite. O que parece estar acontecendo é que os estaleiros, nas suas sondagens, estão nivelando por baixo, apostando no viés “preço” e a MB quer qualidade por este preço. Eu considero, s.m.j., que este é o jogo, o… Read more »
Você tem razão, Hélio. Talvez eu devesse ter dito um imenso regatear. A MB pode tentar conseguir mais por menos, mas os concorrentes também…
A CCT é um combatente equilibrado de deslocamento e preço estimado módicos e, como se sabe, há a tendência de aumentar o preço de aquisição por parte dos construtores. A FFG(X), com vinte unidades a construir, está estimada entre 750 e 950 milhões de dólares… Isso deve ter aumentado as espectativas de ganho não setor, daí as tentativas de empurrar algo abaixo dos requerimentos pra MB.
Abraço.
Muita água pra rolar e a competição será acirrada pois há vários participantes e não somente as três citadas na matéria. O projeto da Ficantieri que o Qatar adquiriu é muito interessante também, por exemplo. A corveta selecionado pela Marinha de Qatar tem um comprimento de 107 metros, uma largura máxima de 14,70 metros, um casco de 4,20 metros para um deslocamento de carga total de 3250 toneladas. Sua velocidade máxima é de 28 nós, sua faixa de 3500 milhas náuticas (a 15 nós). O sistema de propulsão será do tipo CODAD. Terá uma resistência de 21 dias. O complemento… Read more »
Mas pelo que entendi essa corveta ainda não existe, só existe o projeto. Então, estaria fora das regras do processo.
A Classe Tamandaré também não existe somente o projeto. Não sei dizer se estaria fora das regras do processo pois essa corveta da Ficantieri terá seu corte de aço em junho de 2018. Se puder confirmar isso que um projeto novo estaria fora do processo…Acho estranho. Afinal os projetos existentes, segundo o texto, não estão sendo muito bem aceitos pela MB devido aos tais “puxadinhos”. Enfim…
Pelo que está no link http://www.naval.com.br/blog/2017/12/20/corveta-tamandare-saiba-mais-sobre-o-rfp-apresentado-pela-mb/ , a primeira opção dada ao concorrente é construir o projeto da Tamandaré. . E: “Na segunda opção a Marinha do Brasil abre a oportunidade da proponente ofertar um projeto de sua propriedade intelectual, o qual será denominado NAPIP (Navio de Propriedade Intelectual do Proponente). Porém, nesta segunda opção, caberá a empresa atender as seguintes condições exigidas pela Marinha do Brasil para aceitação do NAPIP: O proposto deverá atender ou superar os requisitos/capacidades do projeto desenvolvido pela MB, com relação aos sistemas, subsistemas, sensores e armamentos previstos no projeto de concepção da força. A… Read more »
O processo me parece meio confuso. O que a MB quer?? Corvetas segundo o projeto da CCT ou fragatas leves? Parece que ela não sabe e jogou uma isca para ver o que vem. Nesse caso, as indústrias ficam sem referência sobre o que apresentar, além e abrir espaço para várias decisões “ad hoc” a cargo de quem está comandando o processo.
Com uma especificação pouco clara, sobra espaço para decisões obscuras, viradas de mesa, articulações de bastidores, etc.
As especificações são extremamente claras: Ou é a Corveta que projetaram ou é coisa melhor, na forma do NAPIP.
Pelo contrário EduardoSP, o programa é bastante claro e tem suas regras também bastante claras, os concorrentes é que parecem estar se perdendo ou talvez seja especulação ou muita rádio corredor.
Eduardo, a Tamandaré é para alguns uma fragata leve, já para outros é uma corveta. Isto depende muito de como cada marinha classifica cada navio.
Muitissimo mais “facil” a obtencao de uma Meko 600… Nao foi assim com as Niteroi? E nao deu tao certo?
Agora, perdoem a ignorancia deste pobre escriba… mas nao entendo o pq da MB insistir no Tamandare! Quer arriscar em um projeto proprio? Faça como a FAB fez: Crie uma Embraer!
Já tem. É a EMGEPRON que está no programa.
É um processo de capacitação da engenharia naval nacional, começou com as Inhaúma, evoluiu com a Barroso (infelizmente só se construiu uma), agora evoluiu mais com a Tamandaré, se der certo pode evoluir para fragatas. O projeto é nosso (completado pelos italianos), após muito suor e lágrimas. Mas não temos quem construa. Então, vejo uma virtude em aproveitar o projeto, uma das críticas mais comuns aqui no blog é exatamente contra a paralisação de projetos no meio do caminho.
Certo também está John Paul Jones 12 de Março de 2018 at 19:40. Os construtores vão cobrar mais caro para construir a Tamandaré, porque não é projeto deles, vão ter que embutir uma boa margem de risco. Deve ter sido também por isso que a Marinha permitiu a proposta NAPIP, poderá fazer a comparação do custo extra embutido na construção do projeto Tamandaré Tamandaré.
As vezes, acho que estamos em um loop temporal. Estou lendo a história das corvetas inhaúma ou Tamandaré? As mesmas discussões e o final, já sabemos. Depois de falências e atrasos, teremos um navio caro e problemático.
Ficantierre é o armador. Penso assim!
Mini Fremm para a Marinha.
Até torço por isso.
Quem sabe no futuro as escoltas de 6kt sejam as irmãs maiores….
Gosto do estilo delas.
Mas as italianas!!
Concordo com essa ideia.
Pelo que eu entendi, a MB quer emplacar um navio de projeto nacional, que lhe garanta mesmo que de forma limitada uma “autonomia tecnológica”. Só resta saber uma coisa, quanto mais caro esse navio de projeto nacional vai custar, do escolher um projeto já pronto como os ofertados?
Num link de 2014 havia a previsão de economia de US$ 240 milhões, caso se comprasse um projeto estrangeiro pronto. Mas tudo são especulações, os valores reais só conheceremos a partir da entrega das propostas. E caso apareça tal economia, parece-me que no processo subsequente veremos se o governo preferirá gastar mais para fazer o projeto nacional ou gastar menos para fazer um projeto estrangeiro, dentre outros critérios de análise.
Vai dar Tamandaré construída pela SAAB, pode anotar.
é corveta ou fragata agora fiquei confuso, alguém me explica ?
Originalmente seria apenas corveta. Mas com a mudança na concepção do processo seletivo a Marinha aceitará propostas de até 4.000 toneladas, que poderão então ser classificadas como fragatas (fragatas leves).
Tomo, o projeto Tamandaré tanto pode ser classificado como corveta ou fragata leve.
Xeeee, esse corretor me quebra as pernas, leia-se romp no lugar de tomo, rsrs
Construção ou aquisição de corvetas para defender o que? Entregaram o pré-sal e a petrobras. É gastar dinheiro com gente que faz de conta que defende a nação. Acaba com essa porra e distribui o dinheiro com a quadrilha que tomou conta do planalto.
Comentário patético. O Brasil é infinitamente maior que qualquer petrobrás ou pré-sal. O pré-sal nunca foi e nem será metade da “revolução anunciada”, e a costa brasileira possui muito mais riquezas, conhecidas e desconhecidas, do que somente o pré-sal. Seu pensamento demonstra que não compreende a grandiosidade deste país, e ainda trata da petrobrás como se fosse alguma pérola. Não esqueçamos: trata-se da empresa a qual não só nos presenteou com um escândalo monstruoso de corrupção como ainda nos deu a grande vantagem de vender gasolina mais barato na Argentina que aqui. A construção das corvetas é essencial para a… Read more »
Excelente comentário.
Esse apego de “O Petróleo é nosso”, “as estatais são do povo”. Só beneficiam as elites dos amigos do rei. O apego a certos partidos politicos e ideologias só beneficiam a quem interessa mantermos no atraso em estamos.
Quem não investe em tecnologia, educação e empreendedorismo não chega a lugar algum.
Quando vou abastecer no posto BR, sempre explico pro frentista que o petróleo é nosso, mas ele insiste em cobrar pela gasolina suja e batizada da Petrobrás.
Veja bem. Na minha opinião, o nacionalismo nada tem a ver com a esquerda. Eu sei que nas redes sociais, os de esquerda, como são antiamericanos, defendem o “nacionalismo” e os chamados de direita defendem o liberalismo econômico. Me considero de centro direita. Defendo o nacionalismo. Dizer que estatais são más ou que os escândalos corroboram a tese da privatização para mim não cola. Se assim fosse, poderíamos acabar com as prefeituras, hospitais públicos, a presidência da república. Corrupção em uma empresa pública significa que dinheiro público foi desviado. Vender a empresa significa que o bem público foi entregue aos… Read more »
DAGLIAN!!!! por favor, onde assino????
Patético é vender a idéia que o só os outros países sabem fazer e que tudo que vem de fora é melhor: “E eu espero que a MB ainda consiga um projeto superior à Tamandaré, e que esse projeto sirva de referência ou catapulta para um projeto estrangeiro já consolidado”. Por que estão vendendo a Embraer?; por que estão vendendo a Petrobras (descobriu o pré-sal e desenvolveu as tecnologias para explorar o seu petróleo?). A ÍNDIA que tem 70 anos de independência é a 3ª economia do mundo; a CHINA tem 68 anos de independência e é a 1ª economia… Read more »
Errado.
Não é “vender a ideia”, eles sabem mesmo.
A China não é a primeira economia do mundo e a Índia não é a terceira.
O Brasil é escravo do “nacionalismo” (estatismo).
PIB Paridade Poder de Compra (PPC), em bilhões de US$, 2016: http://www.funag.gov.br/ipri/index.php/o-ipri/47-estatisticas/94-as-15-maiores-economias-do-mundo-em-pib-e-pib-ppp
No Brasil, o pobre acha que é classe media, o classe média acha que é rico e o rico acredita que é norte americano ou europeu. 195 anos de independência e continuamos elaves, acredito que em parte por esse pensamento.
Errado de novo.
1) PIB não mede riqueza.
2) O metodologia do PPC é uma piada.
3) Ser rico é objetivo e depende do saldo da conta bancária. Pabblo Vittar não é mulher.
Economia “grande” apenas por ter muitos cidadãos. São pobres do mesmo jeito. Melhor viver em Luxemburgo que é pequeno e tem poucos habitantes.
Digite no google “bônus demográfico”.
Excelente comentário Daglian!
Gostaria de saber como se entrega um poço de petróleo. O pré-sal continua no mesmo lugar e é propriedade da União. A União recebe pelo direito de exploração e royalties como sempre foi. Vamos tentar entender as coisas antes de dar opinião.
Tiram o petróleo, pagam royalties de 1% e embolsam 99% do valor de um petróleo já descoberto e com técnicas de exploração desenvolvidas pela Petrobrás. 99% entregue a empresas estrangeiras é o que? Quem defende essa idéia deve fazer parte da sociedade de traidores e pilantras.
tiram o petróleo e injetam a
Errado
Só o royalty varia de 5 a 10% do BRUTO.
A isso se soma as participações especiais e o próprio valor pago na concessão.
No final, o governo fica com uns 12% do BRUTO. Isso é dinheiro limpo, sem custos e sem risco.
Quando a Petrobras pega dinheiro no mercado financeiro, ela paga juros e assume o risco.
Quem defende estatal nunca administrou uma padaria.
Por que a estatal norueguesa arrematou campos do pré-sal? Por que a Noruega usa o dinheiro ganho com a estatal do petróleo para investir em educação, saúde e até pagar aposentadorias de seus cidadãos? Por que a Arábia Saudita contrata empresas estrangeiras de petróleo para extrair o óleo e as remunera com 5% do valor bruto e fica com 95% restante?
Na Noruega tem estatista sem noção tb. Burrice não é uma exclusividade brasileira. Não é assim que funciona na Arábia Saudita, se informe. Quem cuida de mim e da minha família sou eu e não o governo. Fica a dica, eu me esforcei um pouco e consegui todas as coisas que sonhava ter. Faça o mesmo.
Levaram o pré-sal pra onde?
rsrs
Colocaram o poço nas costas e saíram correndo. O PM estava fora de forma e não conseguiu acompanhar.
O negócio é muito simples mas pelo jeito tem funcionário querendo ficar bem na foto com o chefe do estaleiro que representa, querendo empurrar “frankensteins”.
A Marinha que uma coisa muto simples:
– Está da Classe Tamandaré, me passa o orçamento, mas se você tiver algo melhor aproximadamente pelo mesmo preço manda proposta também.
Simples né? Pois é mas, tem gente dentro dos estaleiros que bagunçam tudo e por isso vão acabar dando “um tiro no pé”
Minhas apostas, Gowind 3100 ou Tamandaré pela Fincantieri.
Bem simples. Não apresentou algo equiparável ou superior ao projeto do CPN, elimina da concorrência. Acho que e previsível que as propostas francesas, alemãs e espanholas serão mais caras que as sul coreanas, chinesas, russas etc. Paga quem pode. Eu, sinceramente, se os alemães não vierem com uma boa proposta (Meko 200), espero que dê o projeto sul coreano (caso também ofereçam algo bom, o que acho mais provável). Enfim, acho , acho, acho…isso tudo é mais pra ter assunto pra discutir. Tem que esperar as propostas chegarem. O que sei é que nenhum desses estaleiros querem perder uma venda… Read more »
Felipe, a MB quer é a Tamandaré.
Sim Ádson. Mas, conforme noticiado antes, se vierem propostas boas, dentro dos parâmetros da Tamandaré ou superiores, a MB pode aceitar.
Dependendo das ofertas, vou até de TYPE 54A
A China tem 2 TYPE 54A para comissionar em 2018. Imagina que louco se eles oferecessem esses 2 navios como entrada?
Não sei não, mas:
a) a MB não sabe exatamente o que quer, se é que quer,
b) já se enrolaram, sozinhos diga-se de passagem, ao privilegiarem o navio de papel do CPN.
Fora isso e o navio da Northrop, aquele baseado nos cutters da USCG????
Não se pode dizer que seja exatamente um design de papel.
A MB sabe o que quer: Alguém para construir o navio que o CPN projetou.
Mas a MB abriu o contrato para ofertarem coisa melhor, se possível. Se surgir uma oferta melhor, ótimo. Se não surgir, é a Corveta do CPN.
.
Aquele Cutter Foge dos requisitos do NAPIP.
E a empresa nem na concorrência está.
Maurício, repito o que disse acima: essa “confusão” está mais no artigo do que no Projeto Tamandaré em si. Como bem disse o Bardini, as cartas estão na mesa e estão abertas: ou o projeto do CPN ou um projeto que a MB julgue melhor, tudo dentro do orçamento já definido. Ou seja: a MB sabe muito bem o que quer!
Eu gostei muito dessa atitude da MB, que interpreto como uma tentativa de captura de uma oportunidade.
“…ou o projeto do CPN ou um projeto que a MB julgue melhor, tudo dentro do orçamento já definido.”
Eis o cerne da confusão.
O projeto do CPN é tudo menos livre de incertezas, técnicas e financeiras, por outro lado encaixar os designs estrangeiros existentes no orçamento e nas especificações pretendidos pela MB dificilmente eliminam essas incertezas.
A MB antes de bater as nadadeiras pelo seu projeto, deveria isso sim procurar reduzir os riscos técnicos e financeiros.
Navegar em águas misteriosas deveria ser deixado ao Jack Sparrow.
Esse NAPIP está p/ a MB assim como os 65% de conteúdo nacional estavam para a Petrobras.
???
O que está claro é que de qualidade de vaso (aço), motorização, desempenho e armamentos, a gowind é o pior barco apresentado até agora. Malásia tinha “outra$ intençõe$” nos negócios com o naval group (haja vista que compraram um scorpene que não é capaz de mergulhar), e o Egito comprou pra ter direito a FREMM e ao Mistral (produtos do naval group que prestam). Dos estaleiros estrangeiros, segundo um passarinho da marinha me disse, é o que tem mais chance por causa disso. Deus nos guarde desse OPV malfeito e bombado. A MEKO (até a 80, se fosse apresentada a… Read more »
“O que está claro é que de qualidade de vaso (aço), motorização, desempenho e armamentos, a gowind é o pior barco apresentado até agora”
.
AHAHAHAHAHAHA…
.
Cara… Tu não sabe nem o que é aço.
Claro. Você que sabe tudo. Vamos até alterar o sentido das palavras para que as tuas alegações façam sentido.
Off Topic, mas interessante
Vão afundar 2 Perry Class…
https://www.google.com/amp/amp.timeinc.net/thedrive/the-war-zone/19179/two-of-the-navys-youngest-perry-class-frigates-are-set-to-be-sunk%3fsource=dam#ampshare=http://www.thedrive.com/the-war-zone/19179/two-of-the-navys-youngest-perry-class-frigates-are-set-to-be-sunk
Teste
Deixem de ser idiotas e baba ovo dos estrangeiros,
se a marinha projetou a tamandaré e por que aprendeu com as barrosos e esse o projeto especifico que se necessita.
E por isso que o Brasil nunca vai ser grande , nunca da um paço pra frente nos seus projetos feitos sobe medida para suas necessidades por que o seu povo tem sempre a síndrome de vira lata que só presta os produtos estrangeiros estrangeiro.
Da nojo ler as baboseiras que vocês falam!
Qual motivo dessa revolta? Sabe dar sua opinião com respeito e com modo certo de falar não?
Igualzinho a Inhaúma. Vamos pagar mais caro por um navio ruim só pra satisfazer o seu ego.
As Inhaúma foram um sucesso. Os marinheiros orgulhosos com seu navio nacional, mas rezando pra não vir uma onda mais forte e emborcar água. Tem que combinar com o inimigo pra ele atacar só em tempo bom.
Claro, afinal eu contribuinte vira latas, gosta de pagar mais caro por um projeto de papel que não sei se vai dar certo ou não, e pior se der errado a MB tá ferrada. Na minha opinião a MB tinha que lançar um rfp com os requisitos que ela deseja na corveta ou fragata e só aceitar propostas de corvetas e fragatas que já estejam em operação em pelo menos uma marinha, ou seja, que já esteja testada e aprovada, mesmo que tivesse que pagar um pouco mais caro, o risco de algo da errado era zero
As Inhaúma saíram com muitos erros, a Barroso foi bem melhor, a expectativa é de que a Tamandaré seja melhor. É uma oportunidade de colocar um projeto em prática e manter a tecnologia de projeto no país. Será que os primeiros navios construídos pela Rainha eram perfeitos?? Ou ela foi aprendendo com os erros dos projetos anteriores?? Estamos muito atrasados em relação aos poderosos, mas acho que podemos tentar melhorar. E essa é uma oportunidade. Se a diferença de preço não for exagerada, acho que é melhor construir o projeto da Marinha e aprender com os novos erros, que certamente… Read more »
Desculpe mas há um erro nesse raciocínio. Se as Tamandaré forem uma mera evolução da Barroso, já podem ser consideradas navios ultrapassados. Se incorporarem 30 anos de tecnologia, há o mesmo risco de ser um fracasso.
Jr, a Tamandaré já é um projeto testado, já foram lançados e incorporados sete navios que acumularam a expertise para o projeto é construção desta classe. A coisa começou com a construção de duas Niterói, passou pelo projeto é construção de cinco protótipos quase simultaneamente, as Inhaúmas, protótipos estes com muitos erros, e com a correção destes erros na Barroso. Desta saga criou-se sim a expertise para a evolução da Barroso, sim evolução, isso que a Tamandaré é. Chamar a Tamandaré de navio de papel é passar recibo de incompetência, é não ter visão do que somos e podemos ser… Read more »
Qndo é mesmo que a Barroso foi comissionada???? Depois de qnto tempo sendo construída????
A construção naval, a arquitetura de sistemas navais, deram várias voltas de lá até agora.
A MB não.
Então falar em “aprendeu com a Barroso”, soa datado, velho, obsoleto.
que venha as MEKO.
o Brasil teve que comprar o projeto francês das canhoneiras de 500Ton… ou o Brasil eh incapaz ou preguiçoso mesmo… pois tal canhoneira eh tao simples… agora vem dizer que tem um projeto próprio de fragata e que nao aceitam projetos estrangeiros… síndrome do vira lata… nao somos capazes de produzir algo de bom, com qualidade mas também nao aceitamos produtos top de países desenvolvidos… se continuar assim, na próxima década a marinha da Bolivia sera maior e melhor equipada que a MB… se nao somos capazes, qual o problema de comprar um projeto ja pronto e testado por países… Read more »
Na minha humilde opinião, eles deveriam pensar em 4 fragatas, já que nossas atuais já deveriam ter sido aposentadas. Então constrói 4 fragatas de 4T, e futuramente compra mais umas 5 usadas! Corveta deixa lá para depois!
Sim, quem sabe no processo aparecem fragatas de 4 Ton por preço acessível, aí a dúvida da Marinha vai ser grande. Mas sinceramente acho que vai ter que comprar é corveta, o $$ mal vai dar para 4 corvetas…
O projeto é nosso, quem irá pagar seremos nós, os fabricantes que não aprovarem o projeto que abdiquem ou façam como foi definido. Se estes citados querem empurrar algo diferente pelo requisitado pela Gloriosa Marinha Brasileira, que a MB procure outros fornecedores por exemplo a Coreia do Sul, Rússia ou outro grande grande. Tenho certeza que não irão deixar passar este volume de vendas. Saindo um pouco do tópico, me lembra até as montadoras,que remetem para cá carros já defasados ou fora de sua linha de fabricação, onde o que venderem aqui é lucro líquido, pois, os custos do projeto… Read more »
Essa Fragata escolhida pela Malásia, baseada na Gowind 2500, porém maior, com 3.100 toneladas é bem interessante.
Eles pagaram U$ 466 mi por navio. Os navios possuem até sonar rebocado. E todos com construção na Malásia e transferência de tecnologias, já inclusos no preço.
Os alemães terão que oferecer as Meko A200 por um preço competitivo para brigar com uma oferta francesa desta gowind 3100.
Se os concorrentes insistirem em corvetas menores como a Meko A100, a MB optará pela Tamandaré. Minha opinião.
Considerando os preços recentes da MEKO 200 e a situação financeira atual da thyssenkrupp, acho improvável eles não estourarem o orçamento, até por isso diz-se que ofereceram a MEKO 100. A Gowind 3100(?), a Sigma 10514 LRP, a Daegu e um projeto da Tamandaré feita pela Fincantieri são as que vejo como mais promissoras. Fiquei surpreso com o preço das Sigma se manterem o valor da oferta feita ao México acho difícil de não levar.
A Sigma do México é pouco mais do que um NPaOc.
Adson,
Então a Gowind 2500 também pode ser considerada pouco mais do que um OPV, leia-se L’Adroit, patrulheiro da marine nationale.
Essa especificação para grandes estaleiros seguir, me parece uma situação assim:
– Ir a um fabricante de caminhões, como a Mercedes ou Scania, e dizer que quer comprar um pequeno lote de quatro caminhões, porém com o motor e instrumentos do fabricante, mas, a suspensão e a carroceria devem seguir um projeto seu. E o preço deve ser o de mercado.
O comentário do oficial é lógico: o projeto Tamandaré envolveu tempo, dinheiro e suor brasileiro para se projetar um navio que atendesse as necessidades, expectativas e especificações da MB. Lógico que ele seja o plano A, e o projeto “de prateleira” dos estaleiros, que precisaria ser adaptado para se encaixar nas especificações da MB, o plano B.
Até por uma questão de inteligência, os estaleiros não deveria descartar o projeto Tamandaré pois isto poderia ferir egos dentro da MB onde muita gente deu o sangue para viabilizá-lo.
Só lembrando que se nenhum dos fabricantes se interessar pelo negócio (míseros dois a três bilhões de dólares divididos em 16 anos e ainda semeando um concorrente local) a MB fica com seu projeto classe Tamandaré no drive. São empresas, não serviçais do Brasil.
A quem interessa a redução da MB à uma guarda costeira artilhada?
A quem interessa uma marinha que não sai do cais?
Corrigindo meu comentário: onde se lê 16, leia-se 6.
Srs A discussão sobre projetado aqui ou fora, fabricado aqui ou fora tem algumas questões básicas: Projetado o quê? Fabricado o quê? Pelo que se deduz das especificações do Projeto Tamandaré, o que será projetado e fabricado aqui será o casco, sendo todo o resto: motores, armas, radares, sistemas de controle, etc. importados. Ora, o design de cascos de navios de superfície não mudou grande coisa desde a IIGM (aliás, os navios da época tinham melhor desempenho e agüentavam danos maiores) e, a não ser que tenham ido para a cova todos os que trabalharam nas MK10 e na Barroso,… Read more »
“Pelo que se deduz das especificações do Projeto Tamandaré, o que será projetado e fabricado aqui será o casco, sendo todo o resto: motores, armas, radares, sistemas de controle, etc. importados.” . Radar certamente será o Artisan 3D nacionalizado pela Bradar. Alça óptica é da Ares. Lançador de Torpedo é da Ares. Chaffs/Flares são da Ares. MAGE é o Defensor. Sonar, chuto que será o Kingklip da Thales, via Omnisys. Lançadores e Mísseis MAN SUP. Talvez o Sea Ceptor seja nacionalizado no futuro, dando continuidade a parceria com a MBDA. Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma, SIGP (Propulsão e auxiliares,… Read more »
A encomenda do radar Artisan 3D deveria ser pendurada na encomenda da RN, para tirarmos proveito da economia de escala deles. Já chega a FAB, com seu complexo de quintal. A Bradar que arrume um radar de navegação pra nacionalizar. Pro sonar vale o mesmo, não é pq há uma boca de porco da Thales no Brasil, que temos a obrigação de alimenta-la. Aliás a lista inteira deveria ser assim, comprarmos tudo aquilo que possamos aproveitar a economia de escala do fabricante original. Os tempos estão por demais bicudos pra se bancar sobrepreço pela falta de escala, somente para justificar… Read more »
Com o devido respeito o que um casco da II guerra mundial tem em relação a um navio atual é que ambos flutuam. Tudo é diferente. Nem o aço é igual. Mudaram perfis, solda, compartimentação, absolutamente tudo.
Processo de fabricação então nem se fala. Nem os estaleiros nacionais, que pararam na década de 70, fabricam como na II guerra mundial.
Srs
O que interessa para qualquer produto é o seu custo e o que ele pode oferecer quanto a sua eficácia (desempenho, custos operacionais, etc.). Os materiais e métodos de fabricação são, apenas, recursos para se atingir o desejado quanto a eficácia, buscando-se os menores custos. Não são qualidade em si do produto.
Em que um casco de hoje tem melhor eficácia do que um casco da IIGM, e qual é a redução em custo frente aos daquela época?
Pode esclarecer, por obséquio?
Sds
Comentário perfeito. Só acrescentaria que, a considerar os precedentes, o programa atrasará por falta de orçamento, e acabará reduzido a uma fração do originalmente imaginado.
pangloss, se seguirmos os precedentes, o navio vai ter medo de mar grosso, vai ficar amarrado no cais a maior parte da vida útil, vai dar baixa precoce e servir de alvo. Tudo em nome do orgulho nacional.
perfeito!!!
Na verdade, não. O precedente da Tamandaré é a Barroso, bastante elogiado dentro da NB por suas qualidades marinheiras.
Que veio da Inhaúma. Um projeto ruim com 30 anos de idade. Não tem nenhuma das inovações da tecnologia naval desse período. Quando der baixa daqui a cinquenta anos será como usar um navio a vapor hoje.
Esperando ver as propostas dos outros estaleiros.
Bardini. O link e a imagem do navio da fincantieri é bem interessante!
Transparece que os construtores internacionais, embasados no histórico brasileiro de compras militares, acreditam que ao final poucas unidades serão de fato adquiridas. Logo, o esforço financeiro, intelectual e de pessoal necessário para a construção de um projeto sem paralelo em seus portfólios talvez não compensará financeiramente, basta ver que os mesmos estaleiros apresentaram ‘derivações’ para uma concorrência muito maior da marinha norte-americana. A questão reside no risco da proposta. Ao contrário dos colegas, não acho que seja algo simples. Em minha opinião a MB complicou sim a licitação ao prever essa dualidade de projetos. Agora, os licitantes não têm segurança… Read more »
Rafael, estão todos tranquilos, pois o salário está garantido e o dinheiro é nosso.
Em menos de dez anos, o almirante vai pra reserva, é condecorado e o pepino fica.
Você tem razão. Deviam lançar os requisitos e que cada empresa apresente o seu projeto. Estão reinventando a roda para lançar um navio que terá no máximo incríveis…. 4 unidades, afinal, não temos continuidade em nada. Isto vai encarecer ainda mais a brincadeira.
Não vão liberar o comentário?
Paciência, prezado Bavaria Lion.
Hoje estou sozinho aqui cuidando da “lojinha”.
Valeu Poggio. Abraço.
Na minha opnião, a MB deveria dar prioridade à patrulha e aos submarinos. Deveria ter a aviação de patrulha sob seu controle, investir em NaPaOc e garantir a continuidade do PROSUB.
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Para os que torcem para as Tamandarés, quanto mais demorar, pior. Teremos outro governo ano que vem e sabe lá oque pode acontecer.
Na minha opinião o BRASILEIRO nunca aprende. Fica sempre tentando reinventar a roda. Me desculpem os que são a favor do projeto nacional, mas eu considero uma grande perda de tempo e um ralo de dinheiro. Ficamos sonhando com um projeto nacional para lá sabe quando -pois a propria marinha admite que os prazos podem sofrer atraso- e a valores que só Deus sabe quanto vai custar ou alguém aqui realmente acredita que quando formos construir aqui no Brasil vai ser mantido o mesmo preço da primeira unidade fabricada fora. E ainda quando estiver pronto, já terá muito de suas… Read more »
“E ainda quando estiver pronto, já terá muito de suas caracteristicas defasadas tecnologicamente ”
Poderia explanar sobre quais seriam ???
Pelo que entendi até agora da discussão da galera, a MB contratou um projeto e depois na hora da RFI abriu o leque para o que vier pronto e já operacional, desde que mais equipado e por um preço razoável. Penso que as regras são dela e ela vai assumir o que pediu. O Bardini mencionou a Corveta da Fincantieri para a Marinha do Catar apresentada justamente ontem na DIMDEX 2018, em Doha. Pesquisei e notei que ela tem um deslocamento um pouco superior (3.250 ton) que a apresentada no site (até 3.100 ton). Só notei que ficou pouca coisa… Read more »
Esse navio do Qatar, vai operar dentro de um contexto bem específico…
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É quase tão bem armado quanto uma FREMM de Emprego Geral.
Vai ser equipado com ASTER-30. E o LPD dos caras vai ter um SMART-L, para detecção de “long range”.
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O que a MB quer é são 4 Corvetas Emprego Geral Quebra-Galho…
Então que assumam o que pretendem e comprem 4 cascos SIGMA.
O problema desse projeto é que o alcance esta abaixo do que a marinha deseja, que é de no mínimo 4000mn, das projetos próprios o que mais se enquadra nos requisitos técnicos e que parece ter o melhor preço é o Sigma 10514 lpr, a Gowind 3100(?) parece ser um pouco superior tecnicamente mas é mais cara.
Cara… Se os Franceses ofertarem a Gowind, será em uma “versão BR”, que atenda o requisitos da MB e o quesito preço.
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Preço de pacote fechado, que outra Marinha comprou é ILUSÃO. Isso vale para MEKO, Chineses, Russos e etc…
Obs: o aumento no deslocamento FULL deve se dever também aos armamentos que a compõem, claro. Por favor, comentem para esclarecer esse aspecto.
Acho que não, pois se for observar os navios russos, com em média de 80 metros de comprimento ou 2,5T, são mais poderosos que nossas fragatas!
Douglas, olhe os requisitos das Tamandaré, os russos não enquadram, a não ser se formos utilizar nossos novos navios só no rio Paraguai, no rio Amazonas, na Lagoa dos Patos, na Baía da Guanabara e na Baía de Todos os Santos e abdicar-mos de utilizá-los no Atlântico..
Penso que algumas das participantes, como as citadas no texto, já tenham descoberto alguns ERROS no projeto desenvolvido na CPN e ENGEPRON. Não devem oferecer nada em cima da planta original ou simplesmente colocar um preço absurdo. Tem muita gente na corporação com orgulho acima da sanidade.
O Projeto foi a três mãos: CPN, ENGEPRON e Vard/Ficantieri, ou seja, tem todo o know how da Fincantieri. Não possui “erros” no projeto.
A marinha precisa de meios que atendam suas necessidades e ponto, ninguém foi obrigado a entrar na concorrência, entrou porque quis, sabendo das condições e exigências. O projeto da Tamandaré é brasileiro, o responsável se der problemas devido a erros de projeto é a própria marinha, mas considerando que o casco dela é uma evolução da Barroso, creio que isto não iria acontecer. Se seguirmos essa linha de comprar qualquer coisa que tá bom, poderíamos comprar algumas dezenas de Amazonas.
A partir do momento que o estaleiro faz uma proposta dizendo que pode fabricar as tamandarés usando o projeto do CPN, qualquer problema devido a erros do projeto será dele e não mais do CPN, por isso que os estaleiros devem cobrar os olhos da cara pera fazer o projeto do CPN, eles não são bobos, sabem que os riscos vão cair para cima dos ombros deles caso algo de errado aconteça, então já vão puxar o preço bem para cima para que no pior da hipóteses não tenham prejuízo nessa concorrência
“E ainda quando estiver pronto, já terá muito de suas caracteristicas defasadas tecnologicamente ”
Poderia explanar sobre quais seriam ???
Os erros do passado sempre se repetem no Brasil. Nosso país vive um infantil sonho de ser potencia, mas que na realidade nunca se concretizará pois a nossa realidade diária é muito diferente da pintada e esplanada aos quatro ventos…… No cerne do meio militar, esse infantilismo fica mais evidente. Militarmente somos atrasados, temos poucos centros de excelência e vivemos viajando em meios fabricados aqui para sermos independentes, mas ao custo de uma realidade cada vez mais falida e sem meios…… – Sonhamos com um fuzil nacional: projetamos e fabricamos, mas que mais ninguém quer, pois fora do país existem… Read more »
Meu copo é meio cheio e não meio vazio. Faço críticas aos políticos que limitam os orçamentos militares restringindo assim a continuação dos projetos, mas no meu entender conseguimos lançar seis Niterói mesmo com poucas verbas, conseguimos expertise com as MK10 e projetamos e construímos quatro Inhaúmas mesmo com todas dificuldades técnicas e orçamentárias, aprendemos com os erros desta classe e reprojetamos e com verbas a conta gotas do GF nasceu a Barroso, compramos um projeto de canhoneira francês que após poucas unidades e detectadas suas diferenças projetamos outra mas mais uma vez nada de verba do GF, projetamos um… Read more »
Se a SAAB for malandra, pega o projeto da CPN e segue a risca do jeitinho que está, afinal ela não produz nada dessa tonelagem em termos de meio de superfície. De quebra ainda poderiam levar o projeto para si e vender à outros países. Se prevalecer a lógica dá SAAB ou Ficantieri, que salvo engano, já possuem uma fragata leve muito semelhante à Tamandaré.
A vantagem da SAAB, é que ela tem muitos sistemas que são interessantes para a MB…
Aparentemente, pelo edital, a SAAB não pode nem participar sozinha da concorrência.
E muito dos sistemas que ela tem o Brasil já escolheu de outro fabricante (radar, míssil antiaéreo, etc)
Não pode participar sozinha?
Praticamente só Fincantieri tem como concorrer sozinha, pq tem um estaleiro aqui.
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O que impede a SAAB de ter o AMRJ como parceiro?
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Sistema de combate. Radar diretor de tiro. Consoles. Sistemas de Comunicação. Integração de todos os Sistemas. Por aí vai…
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Não lembro de nada escrito no preto e no branco, dizendo que o radar é o ARTISAN 3D. Mas o lobby por ele é grande.
“Para termos uma ideia, as proponentes devem possuir habilitação jurídica, capacidade econômica de acordo com a envergadura do programa, estar regulamentada no Brasil e principalmente apresentar capacidade técnica, na qual deverá comprovar vasta experiência na construção de navio militares com mais de 2.500ton nos últimos dez anos.” Que eu saiba nem a SAAB e nem o AMRJ cumprem esse requisito de ter fabricado navio militar com mais de 2500t. . No mais, disse “sozinha” no sentido de não precisar de um “main-contractor”. A DCNS, a BAE, a TKMS, a Daewoo, a Navantia e etc podem participar sozinhas, na acepção que… Read more »
Rafael Oliveira,
Se pensarmos nos sistemas e armas, a BAE tem o diferencial de ser a fornecedora do radar Artisan, do canhão BAE Bofors de 40mm e, ainda, do Sea Ceptor, através da MBDA, empresa da qual possui 37,5% das ações.
É bastante coisa, para uma empresa que tem o know how e recentemente forneceu meios para a MB (Amazonas). O problema é que, como se trata de empresa privada, talvez não tenha no preço um atrativo.
Recomendo a todos a leitura da revista TD atual que trata da Tamandaré. O CPN fez o projeto básico, baseado na experiência da MB com a Barroso, Inhaúma e Niterói. A Vard Niterói (Fincantieri) fez o detalhamento do projeto e o alterou radicalmente, trazendo o projeto para o século XX. O casco é bem diferente, com melhor hidrodinâmica (o da Barroso era uma mistura do inepto da Inhaúma com o da Niterói). Eliminaram o tanque de combustível compensado (aquele que quando acaba o combustível tem que encher de água do mar para equilibrar o navio – e depois jogam essa… Read more »
O projeto que a MB tem em mãos não é ruim. Pode ter surgir coisa melhor? Tomara… Mas não é qualquer porcaria que supera isso:
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Elaboração do Projeto: CPN
Selecionou-se a VARD (Fincantieri)
O projeto SEGUIU as normas RINAMIL 2011
Elaboração dos Planos: VARD (Fincantieri)
Aprovação dos Planos: CPN
Certificação dos Planos pela sociedade Registro Italiano Navale – RINA
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A ÚNICA crítica pessoal que faço a esse projeto, é no tocante ao tamanho do Navio. Deveriam ter feito logo uma Fragata, na casa das 4.000 toneladas, para substituir todas as FCG, FCN e CCI.
Se se levar em conta as limitações operacionais devido aos efeitos do estado de mar em vasos de pequeno comprimento e deslocamento, uma fragata de 4000 toneladas é muito melhor que uma corveta de 2500-3000 toneladas. De toda forma, melhor, mesmo, seriam vasos com 6000 ou mais toneladas. A propósito, não existe diferença apreciável nas probabilidades de mar aberto grosso entre o norte e o sul do Atlântico. Um vaso projetado pra navegar e operar no oceano aberto ao norte, faz o mesmo no ao sul.
Pois é aí que eu quero chegar. Creio que a Fincantieri já tem uma perna na frente nessa corrida, pois o detalhamento do projeto feito pela Vard Niterói fez a Tamandaré, como o Bardini disse lá em cima, parecer com uma mini FREMM, que vem a ser o sonho da MB no PROSUPER, ainda não esquecido de todo.
Quero dizer, dando Tamandaré e depois quem sabe um dia a FREMM, então ficam parecendo e serão mesmo navios de uma família só.
Quantos aos sistemas de armas, é o cliente que manda. E a MB tem seus padrões a seguir.
Rafael, Concordo com vc, já escrevi isto em resposta a um pôster anterior. Só continuo afirmando que é sim um evolução não só da Barroso mas de toda a produção das Niterói em diante. Ou seja, As Inhaúmas são fruto do aprendizado das Niterói, a CV2 (Barroso) é fruto do aprendizado com os erros e acertos do projeto CV1 (Inhaúma), e a CV3 (Tamandaré) é o aperfeiçoamento da Barroso, uma melhoria em aspectos de seu casco ensinados pela Barroso e a melhoria de seus sistemas, trazendo-os para o século XXI, mesmo lembrando que a Barroso foi incorporada em 2008 e… Read more »
É praticamente um navio novo…
Ádson, talvez a diferença entre as nossas opiniões seja apenas semântica, mas, ao ler a reportagem que citei, nota-se que a Fincantieri alterou bastante o casco (e um monte de detalhes internos, como corredor central mais largo, arranjo geral com circulação mais eficiente – o que numa emergência é importantíssimo, etc). Então é difícil dizer que se trata de uma mera evolução da Barroso. E apesar da Barroso ser nosso navio mais moderno, ele é um projeto do século passado que não se compara com as corvetas desse século dos grandes estaleiros mundiais (compare a Barroso com a Gowind, Sigma… Read more »
Fincantieri alterou bastante o casco (e um monte de detalhes internos, como corredor central mais largo, arranjo geral com circulação mais eficiente – o que numa emergência é importantíssimo, etc).
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O projeto foi bastante alterado. Teve de atender as normas como RINAMIL e Marpol…
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É praticamente um navio novo.
Sim, concordo plenamente.
Aliás, não sabia que a Barroso não era nem certificada Marpol. Isso corrobora ainda mais o atraso do projeto.
neste ponto concordo, mas ainda acho que é uma evolução. Um novo navio, mas que sai sim do acumulo de experiências mais a “sapiência”, rsrs, da Ficantieri.
Falam da Gowind, mas e a FTI????
O navio é uma paulada, quase do tamanho da FCN, mais largo e deslocando 4250ton.
Não sabia que a participação da Fincantieri tinha sido tão grande, mas um argumento que me faz achar que tem grandes chances de levar esse certame, todos tem bons navios a oferecer, o diferencial vai ser preço e offsets oferecidos. Minha torcida pessoal é pela Tamandaré ou Sigma pela relação custo/benefício, mas se a previsão apocalíptica de a marinha não ter outra concorrência para as fragatas de 6000t estiver sendo levado a sério pela marinha, preferiria a Gowind 3100 ou Meko 200.
Roberto Bozzo 13 de Março de 2018 at 13:46 Entendi seu questionamento. Ressalto que não posso hoje dizer quais seriam estas, pois o que pretendi dizer – e talvez tenha expressado de forma inadequada – é que estes meios se entrarem em 2024 em operação, algo que não acredito nem um pouco, conforme todo o avanço tecnológico que esta sendo desenvolvido e ainda estão por serem, muito provavelmente esta já poderá e eu acredito que estará atrasada em muitos quesitos. Se viessemos a adquirir no mínimo 16 unidades, como era o planejamento original do números de corvetas em meados de… Read more »