Estação Antártica Brasileira entra na fase final da reconstrução
Mais de 200 funcionários trabalham na construção da nova estação, prevista para março de 2019
Taciana Moury / Diálogo
A nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) está crescendo rapidamente. A construtora está aproveitando os meses de verão na região para continuar com a quarta e última fase. Um incêndio em 25 de fevereiro de 2012 destruiu toda a estação brasileira. Oficiais da Marinha do Brasil (MB) e de outras agências do governo brasileiro vêm monitorando a reconstrução desde o início de 2016.
Segundo o Capitão (R) Geraldo Gondim Juaçaba Filho, um assessor especial em reconstrução da EACF, a montagem do bloco ocidental e de telecomunicações isoladas, clima e unidades de Frequência Muito Baixa, serão concluídas até 31 de março de 2018, final do verão antártico. “Os blocos técnicos do leste, assim como as outras unidades isoladas, não serão montados até o próximo verão, no período de outubro de 2018 a março de 2019, quando tudo terá que ser concluído”, disse ele.
A estrutura que está sendo montada na Antártida foi fabricada na sede da construtora. Correspondeu à terceira fase da reconstrução, concluída de março a novembro de 2017. “Os pilares, estruturas e contêineres que compõem os blocos, bem como os módulos isolados, o depósito de materiais perigosos e de mergulho, salvamento e lavagem de sedimentos. Os módulos foram todos montados e testados antes para sua posterior desmontagem, catalogação e envio para a Antártida no navio Magnólia, um navio fretado pela empresa para transportá-los até o local da instalação”, explicou o capitão Geraldo.
A MB mantém quatro oficiais de engenharia no local como supervisores, juntamente com outros 15 membros de serviço que compõem o pessoal militar do Grupo da Base Antártica. O Ministério do Meio Ambiente do Brasil também forneceu dois inspetores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, e o contratante tem 212 funcionários mais a tripulação do Magnólia. “Os oficiais navais supervisionam a construção na sede da empresa, bem como na Antártida, mas os inspetores do Ministério do Meio Ambiente reforçam a inspeção na Antártida”, disse o Capitão Geraldo.
Segundo o capitão Geraldo, o projeto de construção deve atender a especificações exclusivas. Algumas questões, disse ele, foram tratadas no início da reconstrução. “A Antártida é muito isolada – às vezes leva 45 dias de viagem por navio para uma carga de materiais pré-fabricados para chegar ao local de montagem”, disse ele.
Reconstrução feita em etapas
O projeto de construção de US$ 99,6 milhões foi planejado para quatro fases distintas e consecutivas: duas fases de fabricação e pré-montagem na sede da empresa e duas fases de montagem na Antártida. Na primeira fase de pré-montagem, de março a novembro de 2016, todas as fundações do prédio principal foram pré-montadas e um modelo em escala realista foi construído.
Durante o verão, de dezembro de 2016 a março de 2017, a segunda fase, o início dos trabalhos na Antártida, foi concluída. Fundações foram assentadas e um local de trabalho com acomodações para 72 pessoas foi montado, com uma plataforma e um guindaste para facilitar o descarregamento de materiais do navio fretado pela empresa.
“Até agora, essas fases foram se desdobrando como planejado”, disse o capitão Geraldo, acrescentando que a quarta fase está prevista para ser concluída em março de 2019. “Mas na Antártida, nem sempre é possível garantir prazos. O que determina o ritmo de trabalho é o clima e a distância dos armazéns. Mesmo durante o verão antártico, ventos fortes e tempestades de neve podem interromper o trabalho por dias e peças ou equipamentos danificados em trânsito podem levar semanas para serem substituídos”, explicou.
MB apoia pesquisadores durante reconstrução
Em um comunicado à Diálogo, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) do Brasil informou que a pesquisa brasileira na Antártida continuou após o incêndio e foi realizada no laboratório dos Módulos de Emergência Antártica, e em um recipiente com temperatura controlada para experimentos biológicos. “Nas últimas operações [2016, 2017 e 2018], foi apenas por razões de segurança durante a reconstrução que atividades de pesquisa na área da estação foram suspensas ou realocadas para embarcações polares oceanográficas e campos polares, ou mesmo para bases militares estrangeiras”, declarou o MCTIC.
O comunicado de imprensa do MCTIC também indicou que a pesquisa realizada faz parte da 36ª Operação Antártica (XXXVI OPERANTAR), que começou em outubro de 2017. “Esta operação tem cerca de 250 pesquisadores envolvidos nas atividades de campo da Antártica, abrangendo diversas disciplinas. As universidades brasileiras e institutos de pesquisa executam importantes projetos antárticos nos campos da biologia, clima, glaciologia, geologia, arqueologia e medicina, entre outros.”
A MB auxilia um grande número de pesquisadores durante o projeto de construção com o navio de apoio oceanográfico Ary Rongel e o navio polar Almirante Maximiano, além de duas aeronaves. Segundo o capitão Geraldo, os navios apóiam cerca de 160 pesquisadores espalhados entre 22 projetos em 13 campos. “A pesquisa é realizada a bordo dos navios usando equipamentos de laboratório e materiais orgânicos”, explicou ele.
Segundo o MCTIC, a pesquisa do Programa Antártico Brasileiro tem impacto direto nas ciências básicas e aplicadas no Brasil. “A nova estação foi projetada para abrigar um número maior de laboratórios com equipamentos mais modernos e maior especificidade de uso por área, e proporcionará à comunidade científica a oportunidade de realizar atividades em um amplo campo científico”, informou o comunicado de imprensa do MCTIC.
FONTE: dialogo-americas.com
A marinha se dedica de coração ao projeto antártico brasileiro, o que é louvável. Pena que os cientistas e universidade que se beneficiam do esforço são os primeiros a atacarem a instituição com toda força. É a perfeita fábula do escorpião e do sapo.
Na verdade é a liberdade de pensamento e expressão. Cabe à Marinha refletir sobre as críticas e adotar mudanças, caso as julguem pertinentes, se não, vida que segue.
Liberdade de expressão é expor uma opinião. Aceitar sorridente os benefícios. xingar e ofender em seguida é cinismo mesmo.
Críticas do outro lado não são aceitas, nem nunca são motivo de reflexão.
Olá Zeabelardo. Conheço alguns pesquisadores que estavam desenvolvendo pesquisas na antiga estação. Nenhum deles jamais critico o apoio da MB. Aliás, a FAB, o CNPq e o MEC (além da FINEP e do BNDES) também apoiam o program de pesquisas na Antértica. Eu mesmo ganhei uma pedra de lá de presente que foi usada para avaliar o grau de contaminação do solo ao redor da base. Leio mais críticas à MB aqui no blog de colegas entusiastas do que da comunidade científica envolvida nos trabalhos de pesquisa na Antártica.
“Nenhum deles jamais critico o apoio da MB. ”
Sofisma. Realmente, não criticam o apoio. só detonam a marinha como um todo. Vamos primeiro diferenciar crítica de ataque. Eles atacam a marinha com intuito de destruí-la. Eu critico a marinha com intuito de melhorá-la.
Digamos que a universidade tivesse que dar uma contrapartida, por exemplo, um curso para militares em seu campus. Ou o uso de laboratórios por militares.
Caro Zebelardo, Eu mesmo já trabalhei com pesquisadores militares na universidade onde leciono no desenvolvimento de transdutores piezoelétricos. Isso há mais de 20 anos.
Quero ver entrar fardado em campus principal pelo portão da frente.
Particularmente sobre o programa antártico, sugiro a página do CNPq (Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR)) e a página da MB (PROGRAMA ANTÁRTICO BRASILEIRO). Evitei colocar o link para não ter o risco do comentário ficar preso. Mas você conseguirá chegar nas páginas usando os títulos que mencionei. Um caso interessante de colaboração entre militares e a universidade é a UFF.
Infelizmente, no caso da UFF e com isso incluo o INEST. Acho que a única coisa que funciona como deveria na UFF são as exatas e as biomédicas.
A marinha deveria marcar o próximo seminário na USP.
Como será a recepção?
Caro Zeabelardo. Já recebemos oficiais da MB, da FAB, das polícias militares fardados…. a MB tem uma unidade de pesquisa nuclear dentro da USP junto ao IPEN na qual a segurança é feita pelos fuzileiros (uniformizados e armados). A entrada de viaturas militares em minha universidade é normal. Aliás, temos um evento em minha universidade sobre segurança que recebe militares de diversas instituições (inclusive estrangeiras). Em meu departamento, é normal recebermos visitas de pesquisadores militares fardados do ITA.
Eu vejo pessoal da Marinha no campus da USP (Butantã) com frequência, sempre que vou à biblioteca da Engenharia Mecânica/ Naval. E também vejo quando passo em frente ao IPEN e ao CTMSP (e qualquer um que vá nessa direção, que é a mesma do Hospital Universitário, tem que ser muito desligado pra não reparar no grande letreiro da Marinha do Brasil na sua entrada). Muitos estudantes, professores e funcionários da USP também já devem estar mais do que acostumados com isso. Os únicos que podem estranhar são os que nunca saem de suas unidades, por um lado, ou da… Read more »
Olá Nunão. Também ocorre o contrário sem nenhum estranhamento. Dentro do ITA e IME trabalham diversos pesquisadores civis. Uma ex-aluna minha (civil) foi bolsista de pós-doutorado no CTA por dois anos. Aliás, o ITA estava com um concurso para professor aberto sem restrição se o candidato é civil ou militar.
Lembro de um congresso sobre FEB que teve na UFRJ, se nao me engano, uns 8 ou 9 anos atrás. Militares do EB, muitos fardados, juntos com acadêmicos civis em plena cooperação e respeito como deve ser. Parece que se de um lado parte da academia é refratária ao meio militar, o mesmo ocorre por uma parte dos militares e de seus simpatizantes, que generalizam os acadêmicos. Tá na hr de superar esse revanchismo. Os acadêmicos militares e os acadêmicos civis compartilham diversas características e podem cooperar muito bem pelo progresso do Brasil!
Zeabelardo, cuidado. Entendo sua indignação, porém por exemplo a Escola Politécnica da USP é a escola de engenharia da marinha. Os oficiais da MB se formam lá regularmente há anos, e não há qualquer tipo de preconceito com eles por serem militares. Não sei como isso funciona em outras áreas.
Igual. Não existe maior preconceito contra uma pessoa por ser militar do que por ser gay, mulher ou negro. Se ocorrer casos, são isolados e relacionados a presença de alguém preconceituoso, não devido uma cultura institucional.
Acho que o amigo está se precipitando no comentário. De fato há animosidade contra os militares, mas pelo pessoal de ciências humanas. A comunidade científica e os que estudam e lecionam ciências exatas tem outro tipo de percepção. Vamos dizer que o estrago causado pela maldita ideologia foi menor do nosso lado da força.
Sim, e mesmo assim muitos estudantes de humanas se interessam pelo assunto o suficiente para participarem do Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional, que é feito regularmente e sempre acontece em uma das três academias militares em sistema de rodízio. Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil podem participar e submeterem trabalhos nesse sentido. O pessoal de humanas que reclama das FFAA é aquela galera que espera seguir carreira política ou que pretendem virar militantes, não são acadêmicos sérios.
Teria algum exemplo para dar de ataques cometidos por instituições universitárias contra a Marinha? Não me lembro de visto nada a respeito.
Algumas universidades não permitem que a polícia militar entre no campus para evitar uso disseminado de drogas.
Tem lugar que estão tentando proibir policiais militares de entrarem armados em sala de aula.
A turma esquerdista pediu o fim da polícia militar.
E o problema deles não é com a polícia militar. É com os militares.
Caro Nonato. Pelas coisas que já li e das experiências que tive em outros lugares, eu também defendo a unificação das polícias civil e militar em uma polícia estadual e comunitária, similar à que vi no Japão, por exemplo. Quando comparamos os dados sobre a violência urbana brasileira com a de outros países, a primeira conclusão é que nosso modelo não está funcionando. Portanto, devemos avançar para algum outro modelo que pareça funcionar melhor do que o nosso. Não é nada contra a PM ou ideológico. É uma conclusão pragmática.
Mimimi dos diabos!!!
Isso, lastimavelmente, somente vai parar qdo o Estado for desaparelhado…
Olá Aldo. Apenas por curiosidade, todas as pesquisas que foram realizadas na base antiga foram custeada com recursos públicos. Eu não lembro de nenhuma fundação privada ter financiado uma única pesquisa. Agora uma piada… se você desaparelhar as pesquisas lá na Antártida, os pesquisadores vão morrer de frio.. riso.
Aparelhamento gramsciano. É quando partidários de uma ideologia se infiltram em instituições públicas com o intuito de desvirtuá-las e usá-las para fins políticos.
Foi o que aconteceu com as universidades brasileiras.
Tenho a impressão que tu não anda frequentando a universidade pública. Aqui na UFRGS, no programa de pós-graduação em Relações Internacionais temos diversos militares, um programa institucionalizado para recebe-los e livre expressão. Aliás, o pensamento é bem diversificado.
Mas cada um espalha a versão que quiser. Tu ainda não deu nenhum exemplo concreto. Só fica nesta abstração.
Para aqueles que ficam chorando e dizendo que o Brasil não compra material chinês, essa base está sendo construída por uma empresa chinesa. Eles levaram essa…fiquem felizes, dinheiro para os chinas!
É uma estação construída pelos Chineses e será a mais moderna e tecnológica da Antártica. É uma pena que para isso foi preciso de uma fatalidade com perdas humanas. contudo, parabéns a todos os envolvidos nesse grandioso projeto.
O projeto da estação foi concebido pelo Estudio 41 de Curitiba. Os conceitos de modularidade, habitabilidade são brasileiros. Os Chineses ganharam a licitação internacional para a construção e montagem, o que exigia conhecimento em construção em lugares inóspitos. Os módulos poderiam ser construídos no Brasil e montados pelos Chineses, sim, mas não sei se o custo seria vantajoso.
Por isso a matéria elude o nome da companhia construtora 😉 A base toda vai ficar pra China, já que o Brasil não tem recursos pra manter atividade de pesquisa constante na região. Vai perder o lugar.
Caro Alex. O problema de financiamento para pesquisa está atingindo todas as áreas de pesquisa no Brasil, não apenas o ProAntar, o que pode ser uma consequência direta da fusão do antigo MCTI ao MInComunicações.
O avantajado da estação pressupõe altíssimos investimentos em pesquisas. É isso mesmo? Ou vão inaugurar a estação e depois abandoná-la?
Olá Paulo. Não posso dizer sobre o futuro, mas vários pesquisadores brasileiros e estrangeiros desenvolviam várias pesquisas na antiga estação. Eu lembro do trabalho de um colega que monitorava toda a contaminação ao redor da base, além de outros que conheci que avaliavam a biologia na região. O maior custo na pesquisa é sempre salário e bolsas, o que em geral são garantidos pelas instituições de origem (universidades e institutos onde os pesquisadores têm vínculo). O custo de equipamentos era geralmente pago pelo CNPq e pela FAPESP, com a vantagem do equipamento ser comprado e mantido lá. O maior gargalo… Read more »
Posição do navio para quem gosta de ficar na internet perseguindo avião, este programa persegue navio.
Interessante que o navio Magnólia usa bandeira da República de Kiribati, é um país soberano composto por dezenas de ilhas, atóis e recifes espalhados por uma vasta área ao centro do Oceano Pacífico, abrangendo da Micronésia à Polinésia.
. http://www.marinetraffic.com/pt/ais/details/ships/shipid:3442872/mmsi:529912000/vessel:MAGNOLIA
“Esquerdinha” de Universidade só se preocupa com um tipo de Militar. Aquele que atrapalha no consumo do cigarrinho do capeta: Polícia Militar…
O resto é baboseira.
Caro Bardini, concordo bastante com você sobre ninguém dar importância para a presença de um militar fardado em uma universidade. A PM tem acesso livre a qualquer campus universitário, assim como tem acesso livre ao estacionamento de um shopping center ou à pracinha em frente à igreja matriz (ou até de entrar fardado em uma igreja católica ou protestante e se sentar para ouvir o serviço religioso). Como o consumo de maconha não é crime, não existe uma razão para que um PM ou um segurança privado faça qualquer coisa se alguém estiver fumando maconha (ou bebendo uma lata de… Read more »
Aqui teve uma verdadeira guerra contra a PM, você deve ter ouvido falar do episódio do bosque…
Eles não podiam mais entrar no Campus, só a Federal. O falecido Cancellier estava liberando gradualmente a entrada, visando principalmente as festas e HH, que era onde tinha maior ocorrência de ilícitos.
Olá Bardini. Qual universidade? Existe um mito de que a PM não pode entrar em universidades federais, o que é uma bobagem. Uma vez perguntei a um amigo e vizinho que também era cabo da PM sobre isso e ele me disse que como o efetivo da PM é limitado, eles priorizam as áreas “quentes” da cidade, mas se tiver uma ocorrência dentro do campus, eles entrariam sim. Agora, a UFSCar proibiu festas dentro do campus devido ao vandalismo e depredação. Eram milhares de pessoas inclusive de outras cidades, que vinham paras as festas. O prejuízo era alto, sem falar… Read more »
A Federal pegou “estudante” com cigarros de maconha no bosque da UFSC. Quando os agentes foram levar um dos elementos do Campus, foram impedidos por estudantes… E aí virou uma Guerra. Chegou reforço da PM, rolou confronto com o choque, viraram carro e etc… Deu Greve o escambau.
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A PM não entrava mais no Campus depois disso… Até mudar de Reitor.
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http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/03/ufsc-promete-alterar-documento-que-permitia-entrada-da-policia-no-campus.html
Olá Bardini. Parece briga de família entre cunhados.. riso. O pior é que a PM acabou pagando o pato pela confusão da PF. Aqui em S.Carlos a gente até incentiva a PM a tomar um café e comer um pão-de-queijo dento da universidade. Depois que proibiram as grandes festas, o nível de depredação dos prédios caiu bastante. Na UNICAMP teve um tempo que as balanças analíticas dos laboratórios de química sumiam em plena luz do dia.
Camargoer, no tempo que eu fiz Unicamp, houve um sequestro de um estudante de química pego para refinar cocaína. Diz ele que foi solto porque convenceu os traficantes de que não tinha conhecimento para refinar a droga e era capaz de perdê-la rsrs. E eu lembro que tinha bastante aluno de química que fabricava lança-perfume na faculdade, mas não conhecia a história das balanças. A PM, apesar de eventualmente circular pelo campus, sempre foi hostilizada pelo pessoal dos cursos de humanas e artes e seus protestos pela liberdade de usar drogas e contra a opressão fascista. Isso falando da parte… Read more »
Olá Luis. Obrigado. Encontrei um artigo que mencionava essa questão de que a ausência de pena não podia ser tomada como descriminalização.
Nada a ver com o blog, mas já que o tema foi citado: consumo de maconha não é crime? Essa para mim é nova. Quando foi descriminalizado?
Olá Augusto. O código penal prevê penas para a venda de drogas, não para o consumo. Não existe pena prevista para o uso de drogas, apenas para o tráfico. Por isso há uma distinção entre usuário e traficante.
O Código Penal não trata de infrações penais afetas a drogas. Esse tema é tratado em legislação extravagante, especificamente na Lei 11.343/06, e o consumo é crime tipificado no art. 28 desse diploma legal.
Camargoer, apenas uma observação, consumo de maconha continua sendo crime, somente não é apenado.
Não houve descriminalização do consumo e sim despenalização.
Pessoal, a coisa está difícil. O assunto é Estação Antártica e foi parar em consumo de maconha? o que vocês andam fumando?
Olá Galante. O último edital do CNPq para projetos de pesquisa foi de 2013, quando foram selecionados 20 projetos, quando foram disponibilizados R$ 13,8 milhões. Temo que esta interrupção de mais de 5 anos tenha desarticulado a rede de pesquisas das universidades dentro do Proantar. Por outro lado, a partir da entrega da nova estação, irá se abrir uma nova janela de oportunidade para jovens doutores buscarem por financiamento nesta direção. Será muito provável que o CNPq lance um edital especialmente para a retomada das pesquisas na nova Estação.
kkkkkkkk o que vocês andam fumando?
Boa!
orégano…
Parabéns pela paciência camargoer.
É muito difícil discutir com quem (acha) que sabe. Fiz um ano do curso de História na UFG e tinha um tenente do exército que estudava comigo e aqui em Goiânia o quartel é perto da faculdade. Muitass das vezes ele chegava na sala fardado. Nunca foi desrespeitado, nem por professores nem por alunos.
Interessante que a fonte da matéria é um informativo do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM). No tocante ao PROANTAR há um interesse de Estado, isso desde 1983 ainda sob governo militar, acima de qualquer disputa ideológica, e não me parece que o altíssimo nível acadêmico, e muito menos castrense, envolvidos, perturbe a essência científica do projeto com discussões de aspirantes de grêmio acadêmico, onde impera a névoa da maconha que enlouquece as sensações e não a névoa glacial que solidifica as ações … Por outro giro, é reconfortante ver o avanço da reconstrução da EACF e sua reinauguração será, talvez,… Read more »
Olá Ozawa. O comunicado do MCTI pode ser encontrado no google em “Nova estação vai impulsionar pesquisas na Antártica, diz coordenador do MCTIC”.
O Brasil nunca se interessou em construir uma base no território continental antártico? Esta ilha fica distante do continente, muito ao norte, o que deixa o nosso país em uma posição vulnerável se comparado a países como o Chile ou até mesmo a Argentina.
Gustavo, o Brasil tem um modulo no Continente, 84°S, 79°29’39″W, desde de 2012, obvio não da para ver no Maps, mas você pode ver a região. Informação no site do INPE
Ficaria absurdamente caro construir uma base no território continental e até não faria muito sentido, a melhor solução é aquela que foi encontrada, ao invés de uma estação foi construído um modulo no continente. Bem menor e muito mais barato
A base dos EUA fica lá no meio do continente, sem contar outros países mais distantes que também tem base no continente e o Brasil que fica bem mais perto escolhe a base em uma ilha distante do continente e ainda não dá conta e perde um avião e a própria base, difícil…
Lindo! Que terminem o mais rápido possível e comecem pesquisas e etc!
Desde o começo do ProAntar que os cientistas que são destacados para a Antártica vem aqui nas Agulhas Negras (parte de Minas Gerais do Parque Nacional do Itatiaia) junto com os Fuzileiros Navais para fazer o treinamento básico, sobrevivência, aclimatação, etc em baixas temperaturas. Participei de algumas das primeiras missões como guia local. Pelo que eu vi existe muito respeito por parte dos cientistas civis com os militares e vice-versa. Mas também eles são das ¨exatas¨ e ¨sem frescura¨ o que pode explicar a boa parceria.
Gracas a Deus e à Lava-Jato quem levou a obra foram os chineses. Já imaginou se fosse construída pela Odebrecht, WTorre, Camargo Correia, OAS e quetais? Não teria nem preço nem prazo de entrega.
Nossa pensei que esta base nem tinha começado! Parabéns..tá bonita. Só espero que coloquem gente mais responsável e não a deixem queimar de novo. Gente! Cuidado com os nick/pessoas/MAV etc. Viróticos! São sugadores de energia e da inteligencia e bom senso. Sentem verdadeiro orgasmo praticando isso, O objetivo deles é este mesmo, causar indignação com os absurdos que “jogam” nos fóruns e assim, conseguirem abater nossos espíritos com tamanhas besteiras viróticas que alastram como um verme mimético, instalam-se em nosso sub consciente/efeito ciclete. Pessoas instruídas caem sistematicamente neste jogo, não resistem ao “ar inocente” que esses MAVs dão às suas… Read more »
Cadê os defensores do “governo focado em problemas realmente relevantes ligados à crise atual?”
Excelente notícia. Manter a bandeira brasileira fincada no continente gelado é importantíssimo. Imagino as dificuldades inerentes às uma construção desse tamanho lá. Imagine você, construir algo com várias camadas de tecido e, mesmo assim, sob um frio congelante. Não deve estar sendo fácil para os Chinas.
Poderíamos discutir aqui, que não é somente motivação científica o Brasil ter uma estação no continente gelado, é motivo de reivindicação territorial também. Gostaria de ver as dissertações aqui a este respeito, há países que reivindicam parte deste território, alguns tem tendo raio de alcance (chile, Argentina, Austrália) e outros não (russia, alguns da europa, eua).
EUA e Rússia não fizeram pedidos de território lá. Da mesma forma, eles não reconhecem nenhuma solicitação, de qualquer país feita.
Obrigado Tiger, algum tempo atrás eu havia lido que os eua tinham uma demanda territorial bastante grande neste continente!!! Menos mal então, e muito obrigado!!! abraços
Amigos, só para complementar o tema fugindo apenas pouco do assunto tratado:
Para o amigo Zeabelardo, cuidado. O Guarda Marinha, após sua chegada da Viagem de Ouro é ofertada a possibilidade de cursar Engenharia Mecânica ou Engenharia Naval na Escola Politécnica da USP. Até mesmo colegas Oficiais da Marinha Mercante também utilizam a Politécnica para complementar a sua formação. Também a mesma acolhe muitos alunos de Pós Graduação, assim como a UFF e a UFRJ. Porém com a USP realmente existe esta parceria regular com a Escola Politécnica.
Matéria recente do Jornal do Almoço sobre a estação antártica…
https://globoplay.globo.com/v/6548424/
O que aconteceu ao militar que estava sendo acusado de negligencia, porque fez com que a estação tivesse o incêndio?
Cheguei a ver fotos dele com as mãos enfaixadas numa cadeira de rodas.
Foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto.
Sei que o texto não é do próprio site, que vem de outra fonte, okay. Mas, qualquer texto sobre essa base brasileira na Antártica que não mencionar que foram os chineses os vencedores da licitação internacional e que, portanto foram eles que a ergueram, acho que, no mínimo, incorre em desonestidade intelectual a omissão deste fato.
Samuca, tem um monte de matérias no site sobre a licitação da estação, sobre a seleção da oferta chinesa, sobre a construção etc. Só não vê ou procura que
não quiser.
ué Samuca, quer dizer que qualquer texto então que trata da estação, mesmo que seja apenas para descrever algum trabalho que esteja sido desenvolvido lá, deve ter o trecho “made in China”?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ta de sacanagem né?
Isso foi amplamente divulgado, não tem que ser nenhum xerox homer para descobrir isso não.
É cada uma.
esteja sendo*
O navio de pesquisas oceanograficas prof. Besnard, foi especialmente projetado e fabricado para a USP e foi incorporado ao patrimonio desta universidade la pelos idos de 1960. Desde quando se iniciaram os estudos para a implantação de base permanente brasileira, visando desenvolvimento de pesquisas na Antartica e garantindo a soberania do Brasil neste inospito continente, a USP contribuiu com seu apoio integral, o que e incluiu o uso intensivo do prof. Besnard. Desde de 1956 a Escola Politécnica da USP, em parceria com a Marinha do Brasil, ministra cursos de engenharia naval cujo responsavel é um oficial da ativa. Quem… Read more »
Vamos ao feijão com arroz, a evidência de que sem dinheiro não se faz nada:
https://www.google.com.br/amp/ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-ameaca-pesquisa-do-pais-na-antartida,70002239045.amp
Bela noticia, espero que o cronograma seja seguido a risca e que tudo transcorra normalmente.
Off Topic: Fico apenas a pensar se as nossas Forças Armadas fossem mais ao estilo bolivariano do que ao nosso estilo nacionalista. Fico a imaginar os canalhas que governaram o Brasil com os militares lambendo os seus chinelos, não ia sobrar pedra sobre pedra, seria um “reich de mil anos de canalhice e vigarice”. Temos que agradecer que esse alinhamento nunca aconteceu. E temos que ficar atentos para que nunca aconteça.