Royal Navy vai atualizar sistema de propulsão dos destróieres Type 45
O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou um contrato de £ 160 milhões com a BAE Systems para atualizar o sistema de geração de energia e propulsão instalado nos destróieres Type 45 (classe Daring) da Marinha Real.
O Projeto de Melhoria de Energia (Power Improvement Project – PIP) aumentará a resiliência da classe Type 45, instalando fontes adicionais de geração de energia em cada navio. Entregue como um grande projeto de conversão, o PIP substituirá os dois geradores existentes por três unidades maiores capazes de fornecer a propulsão dos navios.
O contrato foi concedido à BAE Systems, em colaboração com os serviços da BMT Defense e Cammell Laird. O trabalho de conversão física será conduzido no estaleiro da Cammell Laird em Birkenhead, Merseyside, sustentando mais de 100 empregos altamente qualificados.
O contrato do PIP cobre o projeto e a integração da solução técnica, o fornecimento de equipamentos e a instalação física em todos os seis destróieres Type 45.
O contrato faz parte do Projeto Napier, que foi criado em 2014 e se baseia no trabalho realizado na primeira vertente do projeto, conhecido como Plano de Melhoria de Equipamento, que trata da confiabilidade dos equipamentos existentes.
O diretor de apoio à organização de equipamentos de defesa e suporte do MOD, Neal Lawson, disse: “Este contrato demonstra nossa capacidade de colaborar efetivamente com a indústria e estou extremamente satisfeito com a forma como a equipe da DE&S trabalhou rapidamente para atender aos requisitos.
“O PIP garantirá que a frota de Type 45s altamente sofisticados possa continuar a ser desdobrada com sucesso em operações globalmente, protegendo os interesses do Reino Unido em todo o mundo”.
O Power Improvement Project demonstra como o MOD está cumprindo o compromisso descrito na última Análise Estratégica de Defesa e Segurança, para fornecer uma solução robusta para os problemas de energia e propulsão observados no Type 45.
Espera-se que a primeira conversão de classe seja concluída em 2021, com acompanhamento dos navios concluídos durante o início dos anos 2020. O programa depende da disponibilidade de navios para realizar a conversão, equilibrado com os compromissos operacionais atuais e futuros da Royal Navy.
FONTE: Ministério da Defesa do Reino Unido
Me parece que foi um erro grosseiro de Projeto, na área de propulsão e geração de energia.
Na verdade o projeto se baseou nas especificações prometidas pela nova turbina WR-21, que não atendeu os requisitos, especialmente em climas quentes.
E o gozado, que éra para ser algo top, pois a Propulsão elétrica integrada ( IEP ) deveria fornecer suplemento energético para todos os sistemas do navio assim como para ambos os propulsores elétricos, sem caixas de redução e coisas que limitam velocidade/desempenho e aumentam a assinatura acústica.
Algum erro de cálculo aconteceu ou foi navalhada mesmo, a ponto de ser necessário aumentar em 50% os geradores para garantir tal suplemento.
Levando em consideração a evolução das armas, algo já deveria sair do projeto original para suprir Rail gun’s ou lasers por exemplo…mas pelo jeito.
Lamentável não!!
Ou ainda talvez o problema tenha sido porque o conjunto gerador/propulsor não tenha atingido às especificações de desempenho projetadas. Nunca vamos saber o que de fato ocorreu.
Yes, mister! A Rainha também comete erros.
Olha o tamanho da 45..ja achava a 23 grande..enorme ..e coisa lindinha do papai…so acho que falta mais armas nela..um canhao atrás..e uns na laterial..igual a fremm italiana..mais é linda.
Wagner,
A FREMM italiana que tem mais de um canhão médio é a versão GP, que conta com apenas 16 células VLS. Não dá para comparar com a Type 45, que tem 48 células VLS, além do canhão médio.
Ou ainda talvez o problema tenha sido porque o conjunto gerador/propulsor não tenha atingido às especificações de desempenho projetadas. Nunca vamos saber o que de fato ocorreu.
É bem por aí, as WR-21 não atenderam o esperado delas.
Uma dica de um texto em inglês é que o defeito estaria no intercooler: . Controversy erupted in 2016 when it was revealed that due to issues with the Northrop Grumman intercooler on the WR-21 gas turbines in the warm climate of the Persian Gulf, the vessels were not operating as originally envisioned. As a solution, this multimillion-pound refit adding additional power generation capacity is planned. The project will improve “resilience” in the Royal Navy’s Type 45 Destroyer power and propulsion system by replacing the existing two diesel generators, fitting an additional diesel generator and modifying the high voltage system… Read more »
E também como seria esse negócio de 2 turbinas – 3 geradores – 2 motores, quando o original eram 2 turbinas – 2 geradores – 2 motores. Será que um dos três geradores vai ficar sempre parado resfriando, enquanto os outros dois funcionam??
Sem entender do riscado. O problema não é o calor em si, mas a densidade do ar. Quanto mais quente, menos denso e menor o desempenho em qualquer motor turbo. O Intercooler ao diminuir a temperatura do ar, aumenta a densidade e consequentemente a potência da turbina.
O intercooler é um trocador de calor. Logo em um ambiente quente, sua capacidade de trocar calor com o ambiente diminui. O ar comprimido fica mais quente, diminui a densidade e a potência gerada.
O gerador extra deve compensar a perda de energia.
Obrigado. Ou seja, para ver se eu entendi: em lugares quentes, terão que usar os reforçados geradores a diesel para substituir a energia que é gerada a menos nas turbinas devido à ineficiência do intercooler.
Type 45 imponente demais! Esse sistema de mastro integrado além de deixar tudo organizado e o visual limpo, tem uma altura e tanto para o radar, excelente.
O gerador extra é para se manter a demanda energética, uma vez que o navio sofria de pane elétrica por falta de geração, ocasionada pela perda de potência dos intercoolers. O sistema IEP gera energia de forma individual e conforme a necessidade, para consumo por todo o navio.
A plena capacidade, em climas quentes, ocorriam as falhas ou apagões dos sistemas. Uma coisa inadimissível numa nal desta categoria….
Também acho pouco armados…talvez o suficiente para dissuazão em paz….mas Aster 15/30…duvidoso nos dias de hj.
Pouco armados?
48 células de VLS (com espaço adicionais), 8 mísseis antinavio, canhão médio e 2 phalanx. Só não instalaram lançadores de torpedo, pois os navios são especializados AAW, mas para ASW podem contar com um Merlin embarcado.
Quanto à propulsão, estão pagando o preço pela inovação (sistema IEP), que sempre agrega risco ao projeto.
Não é a quantidade, e sim o alcance limitado dos Aster frente a mísseis e bombas planadoras modernas.
O fato de não possuírem torpedos embarcados limita também a defesa contra os torpedos pesados dos subs, uma vez que estamos caminhando para torpedos anti-torpedos, como por exemplo uma evolução do MU90.
Claro que se comparados com o que temos, se torna um cruzador de batalha.
Um dia as Tupe 45 vão vir para a MB
Tupe = Type
As Type-45 e o trenó do papai noel fazendo patrulhas ASuW !
Correndo o risco de dizer bobagem. Os dois geradores diesel tem potências diferentes: um de 1-2MW pra gerar eletricidade pra carga hotel do vaso em curso ou no porto, outro com 7-8MW pra gerar eletricidade pros motores dos hélices em velocidade de cruzeiro (abaixo de 18 nós). As duas turbinas de 21 MW produziriam a eletricidade necessária pra grandes velocidades até full speed (19 a 30 nós). Suponho que, danificados os geradores principais ou as turbinas (inclusive os tais mal afamados intercoolers recuperadores), ainda assim o vaso poderia navegar em cruzeiro e não parar completamente no mar. Daí suponho, novamente,… Read more »
A melhoria no desempenho térmico é tão significativo que é extremamente positivo fazer o retrofit das turbinas atuais para o sistema de recirculação de calor. Já fiz uma intervenção nesse assunto e vejo que os marujos de S.M. levam a tecnologia muito a sério. Diversos fabricantes estão disponbilizando esses retrofits para seus clientes.
Me parece mais um remendo,do que um aprimoramento,mas os ingleses também fazem gambiaras,mas dão dados técnicos para parece normal e que não feito certo no projeto.
O bicho é grande mesmo! em altura e em largura. Como ele apequenou a type 23. Se fosse um vaso Chinês, uma propulsão chinêsa todos estariam detonando , dizendo que é chinguiling!! Mas é BAE Systems e se é ”Bayer é bom!”
HAHAHAHAHA
Esses problemas de propulsão nos Type 45 foi um verdadeiro fiasco da industria naval britânica!
Vergonhoso!!
Nilson 22 de Março de 2018 at 15:16 E também como seria esse negócio de 2 turbinas – 3 geradores – 2 motores, quando o original eram 2 turbinas – 2 geradores – 2 motores. Será que um dos três geradores vai ficar sempre parado resfriando, enquanto os outros dois funcionam?? Nilso, o Zé Abeleardo deu parte do problema e o Cipriano também, o que acontece é o seguinte: Em climas quentes, os motores perdem potência em função da quantidade de ar absorvida, a função do intercooler é justamente baixar a temperatura do ar aspirado pelos turbocompressores, aumentando o volume… Read more »
Obrigado por mais esta explicação, Juarez.
Triste. Esse navio, junto com o Orizzonte, foi o último barco inglês a me impressionar. Aposta numa precisa combinação de elementos, abaixo de 10k ton, e era temido por todos os players, em alguns casos melhor armado que todos os congraçados.
Porém esse problema é coisa de produto inferior. Estilo l’adroit. Estou triste.
A ex-RFA Green Rover (A268)do UK, atual KRI Arun 903 da Indonésia inclinou perigosamente durante um reabastecimento ao LPD KRI Dr. Soeharso 990 em mar aberto.
O navio replenish oiler de 11.500 tons foi lançado em 1968 e vendido a Indonésia em 1992, o problema foi na transferencia interna de combustível por defeito não notado pela tripulação nas bombas de transferencia interna que deveriam manter o navio equilibrado, ja foi divulgada nova foto com o combustível equilibrado e o navio em posição normal depois de reparos no cais.
. http://www.janes.com/article/78732/indonesian-navy-rover-class-tanker-lists-after-failed-replenishment-operation
Com alguma surpresa constato que várias fontes mostram no type 45 dois geradores diesel de 2MW (em vez de 1X1-2MW+1X6-8MW) e nenhum banco de baterias. Coisas estranhas neste IEP.
Uma notícia de meses atrás mas que põe algum sal no assunto: a degradação introduzida pelos intercooler recuperators não param a turbina, apenas reduzem sua eficácia de geração. Especulo que o problema é a baixa potência gerada no elo diesel (com 4 MW não supre a carga hotel, sistemas de combate e motor AIM em cruzeiro, o que teria demandado ao menos 8 MW — e o PIP restabelece esse patamar de potência) e a falta de um estoque de energia de emergência em banco de baterias.
https://www.defensenews.com/naval/2017/06/29/rolls-royce-claims-progress-on-fix-for-british-destroyer-s-propulsion-system/
A recuperação de calor utilizando ar tomado dos estágios de compressão e circulando na descarga para recuperar calor é um eficente meio de melhorar o ciclo das turbina de gás. Uma vez que esse calor recuperado ira produzir trabalho no fase de expansão na turbina. Unidades estáticas estão produzindo exelentes resultados (20% de redução no consumo de combustível). Já comentei esse tópico em outro local da trilogia. Tudo indica é que ao levar o sistema para uma sala de máquinas de navio, surgiram problemas de espaço ou, dimensionamento, causando essas falhas nas Type 45. A redução de potencia, por sua… Read more »
Luiz Floriano Alves – saiu na edição da nota acima, como uwno porte????