Porta-aviões HMS Queen Elizabeth passa em testes com helicópteros
O navio-aeródromo HMS Queen Elizabeth retornou a Portsmouth no final de fevereiro, depois de 25 dias. Durante esse tempo, ele visitou Gibraltar, realizou testes de voo de asas rotativas e encontrou-se com a RFA Tidespring para seu primeiro Reabastecimento no Mar.
56 equipes de voo, analistas e engenheiros do Air Test and Evaluation Centre (ATEC) do MOD Boscombe Down estiveram a bordo do porta-aviões no último mês com dois helicópteros de teste Merlin Mk2 e dois Chinook Mk5. Apenas oito meses depois de sua primeira saída ao mar, o HMS Queen Elizabeth já realizou com sucesso 1.000 aterrissagens em seu convés de voo em uma variedade de condições climáticas e marítimas. Os Chinooks e os Merlins voavam uma média de 10 horas por dia, reunindo dados sobre como a aeronave operava operando a partir do navio. Os Chinooks executaram 450 aterrissagens no convés enquanto os Merlins fizeram 540. O QinetiQ Group processará essas informações nos próximos meses e fornecerá os Limites Operacionais de Helicópteros do Navio (SHOL) que especificarão em que condições helicópteros podem voar nos navios-aeródromo QEC no futuro.
Na maior parte do tempo, o navio esteva no Atlântico para aproveitar a grande variedade de condições meteorológicas disponíveis. (O AIS confundiu a muitos, tendo mostra o navio como estando no Mediterrâneo ao largo de Malta durante as duas últimas semanas). No clima mais extremo do Atlântico, o navio foi testado e as aeronaves voaram até seus limites. Os testes correram muito bem, embora estivessem dentro de uma escala de tempo comprimida (a data de partida planejada original do navio foi adiada por alguns dias).
O Piloto de testes da RN e comandante de destacamento da equipe de testes, o comandante Matt Grindon disse: “Estamos aprendendo sobre os padrões de vento no convés, este é um novo projeto de navio e a maneira como o vento se move no convés e afeta o vôo é algo que nos concentramos nesses testes. Embora a turbulência seja normal, um dos meus pilotos a descreveu como a “Mão de Deus” agarrando e empurrando você para o navio, o que obviamente exige uma grande demanda de energia para impedir a descida da aeronave, o que nos dá uma visão interessante.”
Os testes ajudaram a justificar o projeto do navio, em particular, as ilhas gêmeas únicas que ajudam a reduzir a turbulência do vento sobre o convés. É encorajador notar que a equipe de testes informou que o navio pode ser liberado para operar aeronaves em uma gama muito mais ampla de condições do que o esperado. O Commander Air, Cdr Mark Deller disse: “O navio resistiu bem, o convés é bom e, conseqüentemente, as aeronaves se comportaram bem, então todas as notícias são boas.”
Royal Marines de Lima Compay, do 42 Commando se juntaram ao navio para um exercício inicial no envio de tropas para terra. As “Estações de Assalto” foram convocadas pela primeira vez, as tropas foram processadas de seu alojamento, através do navio, recolhendo armas e munição em um processo cuidadosamente orquestrado, no hangar e depois no convés de voo para simular o lançamento em terra por helicóptero. Estes são os primeiros passos no caminho para declarar a Capacidade de Operação Inicial (IOC) no papel de Landing Platform Helicopter (LPH) e as evoluções mais complexas de LPH estão planejadas para este outono.
Enquanto fazia o caminho de volta para Portsmouth, o primeiro teste de Reabastecimento no Mar (RAS) foi realizado com o novo navio-tanque de apoio RFA Tidespring. Um cabo foi passada para o navio-tanque a partir do convés do QE, mas a evolução foi abandonada devido às condições. O mau tempo normalmente não previne o RAS, se realmente for necessário, mas, ao mesmo tempo em que se realiza um teste inicial com duas novas plataformas, é sensato não correr riscos desnecessários. Os QEC são equipados com 4 pontos de reabastecimento, 2 de cada lado e os navios-tanque da classe Tide possuem sondas duplas, de modo que o diesel e o combustível de aviação podem ser transmitidos simultaneamente, reduzindo o tempo necessário para o reabastecimento.
Na chegada a Portsmouth, o QE atracou no Princess Royal Jetty com sua proa apontando para o sul pela primeira vez. Isso permitirá que a manutenção seja realizada a bombordo do navio. Eventualmente, o navio irá girar 180º para que seu lado de boreste fique adjacente ao molhe, o que permite melhor acesso às equipes de engenharia por meio dos elevadores de aeronaves. O navio será equipado com auxílios de aterrissagem adicionais e outros equipamentos necessários para suportar aeronaves de asa fixa antes de ser enviado aos Estados Unidos no verão, quando os primeiros jatos F-35B Lightning irão pousar a bordo.
FONTE: www.savetheroyalnavy.org