Submarino canadense HMCS Chicoutimi retorna de desdobramento histórico de seis meses na Ásia-Pacífico
O submarino de classe Victoria da Marinha Real Canadense, HMCS Chicoutimi, retornou a sua cidade natal em Esquimalt em 21 de março, após um desdobramento de 197 dias na região da Ásia-Pacífico.
Sua comissão foi histórica, pois marcou a primeira vez em quase 50 anos que um submarino canadense operou na região.
O HMCS Chicoutimi operou com marinhas parceiras, como a Marinha dos Estados Unidos, a Força Marítima de Autodefesa do Japão, a Marinha Real Australiana e a Marinha Francesa durante seu tempo na Ásia-Pacífico. Como parte de sua comissão, o HMCS Chicoutimi visitou Yokosuka, no Japão, fortalecendo ainda mais o relacionamento entre os dois países.
“Estou incrivelmente orgulhoso do trabalho feito pelos submarinistas a bordo da HMCS Chicoutimi. Sua dedicação e profissionalismo consistentes são uma inspiração”, disse o vice-almirante Ron Lloyd, comandante da Royal Canadian Navy. “A vantagem que os submarinos podem trazer para um espaço de batalha não pode ser subestimada. Eles são furtivos, letais e persistentes. Eles são um ativo estratégico importante que as Forças Armadas canadenses trazem para a mesa ao trabalhar com nossos parceiros e aliados em todo o mundo”.
O desdobramento do HMCS Chicoutimi foi a operação mais longa da classe Victoria até hoje. Antes disso, a mais longa comissão da classe Victoria foi uma patrulha do Atlântico Norte de 101 dias pelo HMCS Windsor em 2015. O HMCS Windsor está mais uma vez em comissão, apoiando atualmente as operações da OTAN no Mar Mediterrâneo.
Um dos destaques do desdobramento do Chicoutimi foi a participação no USN-JMSDF Annualex – um exercício bilateral de três semanas que foi realizado com a inclusão do Canadá, pela primeira vez, em 2017.
O Chicoutimi visitou o Havaí, Guam e o Japão durante a comissào. A visita a Yokosuka, no Japão, foi a primeira de um submarino canadense desde a visita do HMCS Grilse, em maio de 1968.
O submarino e a tripulação realizaram dois períodos de descanso e manutenção, no Japão e no território norte-americano de Guam, apoiados por equipes de manutenção da RCN Fleet Maintenance Facility, com sede em Esquimalt. Esses períodos refinaram ainda mais os processos para atividades de manutenção e suporte desdobrados.
O HMCS Chicoutimi é um dos quatro submarinos da classe Victoria (orinalmente classe Upholder Type 2400 na Royal Navy) na RCN. O Chicoutimi junto com o HMCS Victoria e o HMCS Corner Brook são baseadas na Canadian Forces Base (CFB) Esquimalt, enquanto o HMCS Windsor é baseada na CFB Halifax na Nova Escócia.
Os Type 2400, os últimos submarinos convencionais produzidos pelo Reino Unido no final da Guerra Fria, foram transferidos para o Canadá em 1998.
Isso mostra que treinamento e doutrina bem empregados fazem a diferença mesmo quando o equipamento é inferior aos dos outros!
Esse SSK do Canada não deve nada a ninguém, os nossos 4 SBRs patrulharão o leito submarino da costa brasileira, enquanto que o nosso SNBR patrulhará o leito submarino de todo o Hemisfério Sul de forma discreta.
Espero que tudo corra bem e isto se confirme.
Esses SSK tinham tudo para ser referência no mercado. Contudo com o fim da Guerra Fria foram sumariamente desativados e após longo periodo vendidos ao Canadá, onde apresentaram toda sorte de problemas. Felizmente conseguiram superá-los e atingir um grau operacional satisfatório
Inclusive, durante o trânsito em sua viagem de ferry para o Canadá, um deles teve problemas com um incêndio e chegou a ficar a deriva, sendo socorrido pela Guarda Costeira Britânica.
O Canadá, na década de 90, chegou a analisar a construção de submarinos de propulsão nuclear. Na época, recebeu propostas de ingleses – Classe Trafalgar- e de franceses – Classe Amethiste. Independente de qual fosse escolhido, o reator nuclear seria canadense.
O Programa foi postergado indefinidamente e, no final da década, compraram esses 4 submarinos.
É uma pena que desistiram dos submarinos nucleares pois tais vetores são importantes para o Canadá que, como membro da OTAN, precisa manter o Atlântico Norte livre.
Como o texto especifica, 3 dos 4 submarinos são baseados no Pacífico e apenas um é baseado no Atlântico. Durante a guerra fria os 3 submarinos que a marinha canadense possuía da
classe “Oberon” estavam todos baseados no Atlântico, mas, com o fim da URSS e a diminuição
considerável da marinha russa o Pacífico ganhou mais importância.
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Submarinos de propulsão nuclear para o Canadá exigiriam muitos recursos para a pequena marinha canadense, que conta com apenas 4 submarinos convencionais.
Não há referência de fonte do texto, se for do Naval mesmo, há um pequeno erro que pode ser a falta de aspas… Se for canadense o texto, pode fazer mais sentido, mas ai falta a fonte.. . O trecho é; “Como parte de sua comissão, o HMCS Chicoutimi visitou Yokosuka, no Japão, fortalecendo ainda mais o relacionamento entre nossos dois países”, quem são “nossos países”? Claro que são Canadá e Japão, mas nossos só faz sentido se for um texto canadense ou se estiver entre aspas sendo citação de alguém… Se o texto for brasileiro, recomendo mudar para algo… Read more »
Valeu Theo Gatos, corrigido. Abs!
Uma fez fiz uma visitacao a um submarinho em Vancouver e perguntei se era nuclear, e a resposta foi que na Columbia Britânica não poderia atracar, pergunta: A restrição ao Sub nuclear é nacional ou somente da BC? Alguem sabe me informar?
Guilherme…
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tenho lido sobre submarinos de propulsão nuclear da US Navy visitando a Nova Escócia
no Atlântico então com certeza não é proibitivo em todo o Canadá e quanto à Columbia Britânica só se a proibição é mais recente pois já foi visitada por submarinos nucleares da US Navy no passado.
abraços
Obrigado
Interessante essa primeira foto. Parece que está faltando algumas placas de borracha no submarino
Está faltando sim e acontece com praticamente todos os submarinos que as possuem e
estão sempre testando e/ou projetando novas maneiras de evitar ou reduzir significativamente tais perdas.
“Canadá que, como membro da OTAN, precisa manter o Atlântico Norte livre.” Esse é trabalho para a US Navy. A marinha canadense é a irmãzinha pequena. Eles estão melhor equipados para SAR, vistorias migratórias, de pesca e etc. Não muito diferente da MB.
Te submarino é fruto do péssimo planejamento da RN, como é que fazem o comissionamento de um submarino em 1990 e vendem em 1998.
Eles foram encomendados e construídos durante os anos 80 em plena guerra fria para substituir os submarinos da classe “Oberon” que também tiveram um razoável sucesso de exportação, mas, com o fim da URSS e uma consequente redução de gastos militares decidiu-se que apenas submarinos de propulsão nuclear seriam adquiridos e os 4 submarinos que chegaram a ser construídos tornaram-se supérfluos.