Fragata Constituição

Fragata Constituição - F42

Fragata Constituição F42

A Fragata Constituição (F42), terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, completou 40 anos de incorporação à Marinha do Brasil.

A Constituição foi a quarta de uma série de 6 fragatas da classe Niterói (Vosper Mk.10) encomendadas em 20 de setembro de 1970 como parte do Programa de Renovação e Ampliação de Meios Flutuantes da Marinha..

Foi a terceira unidade da classe Niterói a ser construída pela Vosper Thornycroft Ltd., em Woolston, Hampshire, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 13 de março de 1974. Foi lançada e batizada em 15 de abril de 1976, tendo como Madrinha a Sra. Stella de Oliveira Campos, esposa do Embaixador do Brasil na Inglaterra Dr. Roberto de Oliveira Campos.

Entre 31 de outubro e 15 de dezembro, realizou suas primeiras saídas para o mar a fim de realizar a provas de casco, maquinas e sistemas a cargo do estaleiro construtor. Nessa ocasião foram navegadas 3.175,5 milhas e feitos 14,5 dias de mar.

Em 10 de março, iniciou as provas finais de aceitação. Depois de realizar as provas de mar, foi aceita e incorporada em 31 de março de 1978. Naquela oportunidade, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Heitor Alves Barreira Júnior.

Características do navio quando foi incorporado:

  • Deslocamento: 3.200 ton (padrão), 3.800 ton (carregado).
    Dimensões: 129.2 m de comprimento, 13.5 m de boca e 5.9 m de calado.
    Propulsão: CODOG (Combined Diesel or Gas) com 2 turbinas a gás Rolls-Royce Olympus TM3B 28.000 shp cada; 4 motores MTU 16V956 TB91 de 3.940 bhp cada, acoplados a dois eixos e dois hélices Escher-Wyss passo variável.
  • Eletricidade: 4 geradores diesel de 1.000 kw cada.
  • Velocidade: máxima de 30.5 nós.
  • Raio de ação: 1.300 milhas náuticas a 28 nós (turbinas Olympus) ou 4.200 a 19 nós (4 motores diesel).
    Armamento: 2 singelos do canhão Vickers Mk 8 de 4.5 polegadas/55 calibres (114mm); 2 singelos do canhão Bofors L/70 de 40 mm; 4 lançadores de mísseis superfície-superfície MM 38 Exocet; 2 lançadores triplos de mísseis antiaéreos de defesa de ponto Sea Cat; um morteiro duplo de foguetes SR-375 BOROC de 375mm, 2 lançadores triplos STWS Mk 1 de torpedos A/S de 324mm, 2 lançadores de foguetes Schermully e 2 lançadores de foguetes iluminativos Rocket Flare.
    Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo Plessey AWS-2, com o IFF Mk 10; 1 radar de vigilância de superfície ZW-06; agulhas giroscópicas Sperry Mk-19; 2 radares de direção de tiro Orion RTN-10X; MAGE FH-5 radiogoniômetro HF D/F; Decca RDL-2/5 e CDL-160 radiogoniômetro VHF; e sonar de casco EDO-610E.
  • Sistema de Dados Táticos: CAAIS, com Link 11.
    Aeronaves: 1 helicóptero Westland SAH-11 Lynx.
  • Código Internacional de Chamada: PWCO
  • Tripulação: 209 homens, sendo 22 oficiais e 187 praças.

Conheça mais sobre a história da fragata Consituição no site NGBNavios de Guerra Brasileiros, clicando aqui.

Fragata Constituição (de emprego geral) logo após o lançamento na Inglaterra. À direita, uma das fragatas antissubmarino em acabamento
Fragata Constituição F42 – Foto Vosper Thornycroft
Fragata Constituição F42 em provas de mar na Inglaterra em 12 de abril de 1978

 


 

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Karl Bonfim

“Fragata Constituição
completa 40 anos
de incorporação”

Isso até pode parecer poético, mas não é!

Karl Bonfim

Mas falando sério, que beleza estas quarentonas!

Mateus

E ainda dá um pau em muita fragatinha da região.

Leandro Costa

São navios lindos demais.

Espero que, com sua eventual aposentadoria pelo menos uma permaneça como museu.

CRSOV

Por um lado motivo de alegria ver um navio alcançar essa durabilidade e ainda em operação e por outro lado ver que países com economias muito menores e com muito menos riquezas a preservar e proteger estão a cada ano ampliando e modernizando suas respectivas marinhas de guerra !!

Carlos Miguez - BH

É , em minha humilde opinião, a fragata mais bonita já construída no mundo.
A Marinha do Brasil poderia fazer um “up-grade” ao estado-da-arte, pois o maravilhoso projeto permite, que a colocaria em disponibilidade por mais 40 anos; e sem passar vergonha.
O 1º passo seria trocar as turbinas pelas GE LM-2500.

Bob Joe

Concordo, como o Minas Gerais era o mais belo dos Collosus.

Karl Bonfim

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
São essas fragatas
Que navegam e que passam
Num doce balanço
A caminho do mar…
Lá lá lá
Lá lá lá…

Realmente seria de partir o coração, ver uma dessas fragatas atingidas e afundando com misseis e torpedos, numa operação misselex da Marinha. Mas que venham novas e mais belas fragatas para substitutas…

W. Rodrigues

Sou leigo sobre assuntos militares, embora eu seja um entusiasta. Acompanho o site a anos, embora eu nunca tenha comentado. Gostaria de fazer uma pergunta de leigo:
É óbvio que essas fragatas precisam de um sucessor, mas mesmo assim, elas, com a devida manutenção e talvez modernização, ainda são “adequadas´´ para o cenário da América do Sul?

Parabellum

Como fragata, dá para levar mais quanto tempo? Não seria interessante transformar alguma(s) em patrulha oceânico? Proa alta, desprovida de parte do armamento especializado e turbinas, e também parte da tripulação, daria mais conforto e seria ideal ao 5DN

Sérgio Araujo

Será que elas aguentam mais alguns anos? Seria bem legal ver esses navios durarem mais 10 ou 15 anos, provando que o casco é de alta qualidade.

Ádson

Sem as Olimpus, sem o cano de 4,5″, sem sonar, sem BOROC, sem Exocets, sem mísseis ati-aéreos, sem lançadores de torpedo. Equipada com um L/70 na proa, duas 20mm e duas 12.7mm, uma lançador de de foguete iluminativo, radar de navegação, radar de direção de tiro e duas lanchas semi-rígidas . Tá aí, mais vinte anos operando.

Ádson

Menos de tudo, menos equipamento, menos manutenção, menos velocidade, menos consumo, menos tripulação. Resumindo, menor custo.

Ronaldo de souza gonçalves

adoraria vê-las de patrulhas ,mas sem despela-las apenas diminuir uma coisa aqui outra ali,diminuir a tripulação,mas simplesmente ela não dá para esperar as type26 que vem talvez daqui a cinco anos.devemos emcomendar uma por ano é ir transformando cada uma e fazendo a troca,talvez a russa que é bem armada é e mais em conta. É no fritar dos ovos estaremos com boas escoltas,e boas patrulhas em espaço de poucos anos é claro se as type vir estaríamos com uma frota de superfície muito forte.Quanto a reforma-las acho que elas estariam muito velhas para se gastar muito dinheiro nelas,para operarem… Read more »

Ádson

Ronaldo, já foi explicado aqui umas duzentas vezes por que a steregushchy não nos serve.

Rogers Cabral dos Santos

Foram 5 anos de bom convívio no “Urso”. Belo navio…..

Léo Barreiro

Desculpa a pergunta… Não seria possível construir novas delas com meios mais modernos? Tipo mantendo o desenho original, mas atualizando os recursos mecânicos e eletrônicos?

Não que eu queira isso, mas o que a diferenciaria das demais atuais?

Marcelo Carmo Santos

Também acharia interessante, caso fosse possível, claro. Bom, é um pensamento que tenho. Não tenho tanto conhecimento técnico a respeito.

Angelo Chaves

A classe Niterói é realmente muito bela.

Daniel

É lamentável a falta de capacidade da marinha em se programar e se organizar para fazer navios que substituiriam a classe Niterói. Décadas de descaso, incompetência e tempo desperdiçado.

Modestino

Tive a honra e a felicidade de passar seis anos nesse Navio espetacular… Navio com Alma muito forte. Ao elo que nos une… Ao URSO!!!!

Marcelo Carmo Santos

Que bacana!

JagderBand44

Ela usa alumínio na superestrutura? Sabemos dos problemas dos britânicos nas Malvinas/Falklands devido ao uso do alumínio nas Type 21.

Dalton

jagder… . usa sim…mas…até os cruzadores da classe “Ticonderoga” usam bastante alumínio, seria impossível para eles por exemplo ter todo aquele volume interno utilizando aço que pesa mais, seria necessário um navio bem maior. . O alumínio tem sido um pouco demonizado e pelo que sei o afundamento das T-21s em 1982 nada teve a ver pelo fato de terem superestruturas de alumínio…entretanto alumínio pode contribuir mais para se ter rachaduras que necessitam manutenção mais fequente, que é o caso dos “Ticonderogas”, mas, aparentemente as fragatas classe “Niterói” não apresentaram tais problemas pelo que o Galante uma vez escreveu aqui.… Read more »

Burgos

Dá -lhe URSO MANCO !!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKK

Luiz Floriano Alves

A US NAVY deu baixa de seus navios com superestrutura de aluminio. O problem é que o Al na presença do ferro e de alta temperatura entra em ignição, liberando grande quantidade de calor. Isso que detonou as fragatas VT perdidas nas Malvinas/Falklands. A RN não incorre mais neste processo construtivo. Tampouco a NAVY que deu baixa em navios novos, saidos do estaleiro.

Dalton

A US Navy ainda tem no seu inventário 22 cruzadores da classe “Ticonderoga”…e vários
terão sua vida útil estendida para além de 2030.
.
De uma classe de 27 unidades apenas os 5 primeiros foram descomissionados muito novos ainda, cerca de 20 anos de serviço, mas, isso não teve nada a ver com o fato de terem superestrutura de alumínio e sim que não foram equipados com “VLS” e não valia a pena
moderniza-los.

Luiz Floriano Alves

Ainda sobre o aluminio nos barcos de guerra:
Aluminum is also harder to maintain, and the United States Navy has opted for steel deckhouses in the construction of new destroyers. The British, on the other hand, have built eight Type 21 frigates, including the Antelope and the Ardent, each containing about 800 tons of steel and about 130 tons of aluminum.(Trecho de artigo no N.Y. Times.)
Tmbém temos que destacar que barcos americanos, exprimentais, LCS, tiveram problemas de corrosão nos cascos de aluminio. Junto aos ejetores de agua, no sistema de propulsão, onde se manifesta grave processo de corrosão.