Hmeem (P6702)

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) incorporaram o segundo OPV da classe “Arialah”, o Hmeem (P6702) que vai operar com a Critical Infrastructure and Coastal Protection Authority (CICPA) do país.

O Abu Dhabi Ship Building (ADSB) recebeu um contrato para os dois navios em dezembro de 2013. Trabalhou em parceria com a Damen Shipyards, que construiu os dois navios em seu estaleiro Damen Galati na Romênia. Após o trânsito da Romênia, os dois OPVs foram transporatados pelo estaleiro da ADSB na área industrial de Mussafah, em Abu Dhabi, para a instalação e integração de sistemas de combate antes da entrega.

Os OPVs da classe “Arialah” de 67 metros comprimento serão capazes de desempenhar uma série de funções, incluindo segurança marítima, aplicação da lei, patrulha offshore e busca e salvamento. Uma característica fundamental dos navios é o casco distintivo “sea axe” (machado marítimo), que oferece resistência ao avanço excepcionalmente baixa para possibilitar uma navegação superior e altas velocidades sustentadas em altos estados do mar.

A Damen desenvolveu o projeto do “sea axe” em parceria com a Universidade de Delft, a Marinha Real da Holanda, a Guarda Costeira dos EUA e o Instituto de Pesquisa Marítima dos Países Baixos. De acordo com a Damen, o design combina um casco escalonado e um fundo em V profundo com o “sea axe” para eliminar a aceleração vertical e reduzir o choque com a água à medida que a embarcação “corta” as ondas.

A CICPA especificou uma abrangente suíte de sensores, armas e sistem de comando, com integração pela Thales Nederland. Além de fornecer seu sistema de gerenciamento de combate TACTICOS, radar de vigilância SMART-S Mk 2 de banda E/F , sistema eletro-ótico (EO) Mirador, radar de direção de tiro STIR 1.2 EO Mk 2/EO, ESM Vigile e Altesse Communications.

Os navios classe “Arialah” estão armados com um canhão avançado BAE Systems 57mm Mk 3, duas estações de canhão Leonardo MARLIN 30mm em ambos os bordos, e um único lançador para 11 mísseis antiaéreos Raytheon Mk 49 Mod 2 Rolling Airframe Missile a meia nau. Os navios também têm lançadores de despistadores de mísseis Rheinmetall MAS, para protenção “soft-kill”.

Os navios possuem um convoo na popa e levam embarcações de interceptação rápida  com seu equipamento de lançamento e recuperação a meia-nau, em ambos os bordos.

OPV Arialah
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Tiago Jeronimo Lopes

Se possível seria interessante um post falando dos tipos de cascos e as vantagens e desvantagens de cada um deles.

Luiz Floriano Alves

Eis um projeto a ser melhor observado no seu desemponho nestas marinhas. É inovador e precisa ser bem avaliado para não se incorrer no erro de condenar um bom e promissor Patrulheiro. Fica aquele comentário clássico: não estaria muito armado para um NaPA? Ou seja: será melhor ter as armas e não serem necessárias ou correr o risco de não dispor dessas armas, numa situação de conflito?

BILL27

armamento nunca é demais

Bardini

“Fica aquele comentário clássico: não estaria muito armado para um NaPA?”
.
Já viu onde ficam os EAU?

Ivan

Kkkkk… 😉
Olha o mapa:
comment image

Vitor

Esse casco ja possui experiencia no Brasil com embarcacoes estrangeiras trabalhando para a Petrobras.

Nao sei se para a condicao de mar Brasileira seja uma boa solucao, porem sao muito velozes e cumprem para o que foram propostos.

Gabriel

Esse tipo de navio que devia ser nosso prioridade…uns 20 desses dai!

Ivan

Gabriel,
Acredito que você observou o mapa acima, colado e complementando o comentário do amigo Bardini.
Segue agora um mapa simples da wikipédia para ajudar a formar uma ideia do Oceano Atlântico, lembrando que a parte de que nos interessa seria o terço final sul do Atlântico Norte e o Atlântico Sul:
comment image
.

Ivan

Se preferir navegar um pouco através de um mapa mais completo, sugiro este link:
https://www.google.com.br/maps/@11.2760944,-11.5820923,3z
.
A comparação entre o Golfo que interessa aos EAU e o Oceano que nos interessa é esclarecedora.
Nem tudo que é bom para Emirados é bom para o Brasil.
.
Forte abraço,
Ivan, o ‘mapento’.

Gabriel

Eu tinha meio que em mente que operar em mar aberto não é para todo tipo de casco, mas reitero a necessidade do Brasil ter um numero robusto de navios de patrulha oceânica, um pouco menos armados se for o caso….o principal desafio diário do Brasil é policiar a área marítima, missões de busca e salvamento. Eu na verdade defendo a criação de uma Policia Hidroviária Federal autônoma vinculada ao ministério da segurança pública , de forma que a marinha se ocupe apenas das missões inerentes a defesa. No meu pensar na democracia quem exerce papel de policia em primeiro… Read more »

BILL27

Imagino que o preço deste navio seja bem salgado

Delfim

Enquanto no BR se acha 30mm como armamento principal de OPV ótimo, lá no EAU é secundário.
.
De acordo com o wiki, https://en.wikipedia.org/wiki/Arialah-class_offshore_patrol_vessel , cada missão dura no máximo 21 dias. é pouco. Tanto em tão pouco navio custa alguma limitação. Dados como deslocamento, alcance e velocidades máxima e de cruzeiro não são divulgados.

Ivan

Questão interessante para debate: A proa deste patrulheiro, em forma de machado, que está sendo utilizado por barcos de patrulha de diversos tamanhos oferecidos pelo Damen Shipyards Group da Holanda. . Na Widipedia: “The axe bow is a wave-piercing type of a ship’s bow, characterised by a vertical stem and a relatively long and narrow entry (front hull). The forefoot is deep and the freeboard relatively high, with little flare, so that the bow profile resembles an axe. The bow cuts through the water, and is less affected by passing through waves than a bow with more flare, making this… Read more »

Zorann

Esta Damen, estava olhando, tem uns navios lindos…

Bardini

Esses Stan Patrol são um sonho de consumo, para os Distritos Navais: http://products.damen.com/en/ranges/stan-patrol/stan-patrol-6211

Bardini

A Vard também tem navios interessantes: https://vardmarine.com/wp-content/uploads/2015/07/VARD-7-055.pdf