Classe Tamandaré: estaleiro Navantia abandona concorrência
O site espanhol Infodefensa.com noticiou que o estaleiro espanhol Navantia decidiu retirar-se do programa Tamandaré da Marinha do Brasil por causa da carga de trabalho que o estaleiro vem tendo com projetos em todo o mundo.
A empresa alega que não está disposta a arriscar sua reputação por não ser capaz de dar a atenção necessária para um cliente, devido ao número de programas que vem aumentando nas últimas semanas.
A Navantia agora está prestes a iniciar a construção de cinco fragatas para a Armada Espanhola, mais dois BAM e um submarino já em produção. Ela também assinou contrato para cinco corvetas para a Arábia Saudita, dois navios de logística para a Austrália que já está construindo e tem pendente contratos de nove fragatas também para a Austrália, pelo menos, 20 para a Marinha dos Estados Unidos e outros 15 para o Canadá, bem como dois LHD para a Índia, além de outros programas em que está bem posicionada como o PES colombiano.
Em resumo, Navantia está bastante ocupada e decidiu deixar de fora o programa de navios classe Tamandaré do Brasil.
A Navantia foi convidada pela Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM) para apresentar seu projeto em dezembro passado, juntamente com outras 11 empresas: BAE Systems Ltda, Chalkis Shipyards SA, Damen Schelde Naval Shipbuiding BV, Fincantieri SpA, Grupo Naval BR, Posco Daewoo Brasil, Rosoboronexport Joint Stock Company, SAAB AB, Thyssenkrupp Marine Systems GmbH, Wuhu Shipyard CO Ltd e Zentech Brasil Serviços Técnicos Ltda.
A classe Tamandaré
A classe Tamandaré é um novo navio de combate de superfície (escolta), equipado com os mais recentes sistemas de armas antinavio e antiaéreos. Serão corvetas ou fragatas leves de 2.790 toneladas de deslocamento, medindo 103,4 metros de comprimento, 12,8 metros de boca e uma velocidade máxima de 25 nós.
A aquisição da classe Tamandaré é uma das prioridades da Marinha do Brasil juntamente com o Programa de desenvolvimento de submarinos (Prosub).