Aspirações do Estaleiro Goa Shipyard Limited em relação ao Projeto das Corvetas classe Tamandaré
Por Rodney Lisboa
Especial para o Poder Naval
Ontem, dia 2 de maio, Shekhar Mittal, Contra Almirante (Ref.) da Marinha indiana e atual Chairman Managing Director (CMD) do estaleiro Goa Shipyard Limited (GSL), proferiu a palestra “Brasil-Índia um diálogo de Indústrias Navais” para os membros do SINAVAL (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore) com sede na cidade do Rio de Janeiro.
Durante sua apresentação, Mittal teve a oportunidade de apresentar aos presentes sua visão acerca da parceria continuada que se busca estabelecer entre a indústria naval indiana e sua congênere brasileira.
Na ocasião do evento o CMD da GSL fez uma breve abordagem sobre o estaleiro vinculado ao governo da Índia, destacando seu histórico de 60 anos. Operando sob o controle administrativo do Ministério da Defesa indiano, o GSL se destaca como maior estaleiro exportador de navios da Índia, exibindo uma incomparável expertise no cumprimento de prazos e orçamentos.
Responsável pela construção de mais de 200 navios de superfície para a Marinha e Guarda Costeira indiana, o GSL possui uma carteira de clientes privados e de governos estrangeiros, a se destacar Myanmar e o Sri Lanka, além de manter negociações em andamento com diferentes países.
Reconhecido como um Research & Development Unit pelo governo indiano, o GSL realiza pesquisas e conduz programas de desenvolvimentos de várias plataformas promovendo a integração de diferentes sistemas de armas.
O estaleiro sediado na cidade de Vasco da Gama, localizada no estado de Goa junto à costa ocidental da Índia, foi contratado pela Marinha indiana para equipar com o sistema de mísseis Brahmos duas Fragatas de 4.000t da classe “Teg”, enquanto outras 12 embarcações destinadas à contramedidas de minagem devem ser construídas pelo GSL para a Força Naval da Índia.
No Brasil, o GSL está participando do processo de seleção internacional do parceiro que deverá auxiliar a indústria naval brasileira na construção da classe “Tamandaré” de quatro novas Corvetas. Projeto original da Marinha do Brasil, a Corveta Classe Tamandaré representa a evolução natural do exitoso programa de criação da Corveta Classe Barroso.
Conforme destacado pelo Almirante Shekhar Mittal, o GSL identificou significativas semelhanças entre o programa de construção naval e de desenvolvimento da indústria de Defesa da Marinha do Brasil com seu congênere da Marinha Indiana. Segundo ele, ambos países buscam assegurar às suas Marinhas o suprimento garantido e soberano de modernos meios navais e de pacotes de sistemas e armas embarcados.
Shekhar Mittal salienta que esta possibilidade de parceria seria uma grande oportunidade para que os dois países possam atuar conjuntamente, seja no mercado brasileiro e sul americano, como também no mercado indiano. Ele enfatiza que o GSL busca estabelecer uma relação de longo prazo com o Brasil, constituindo uma parceria que apenas se inicia com o contrato das Corvetas. Para Mittal, diferente do que ocorre com outros estaleiros estrangeiros, o GSL tem a intenção de trabalhar lado a lado com os estaleiros brasileiros e não operar um estaleiro próprio no país. Conforme palavras proferidas por ele: “A estrada que estamos abrindo aqui entre as indústrias dos dois países, trafega igualmente nas duas direções. Produtos e serviços de alto valor agregado virão da Índia pra o Brasil e também daqui para lá.”
Convidado a participar do evento realizado na SINAVAL, o site Poder Naval teve a oportunidade de arguir o CMD do GSL sobre algumas questões relevantes relacionadas à parceria pretendida:
Poder Naval: Em sua opinião, qual é o principal diferencial entre o GSL e os demais estaleiros na concorrência dos escoltas da Marinha do Brasil?
Shekhar Mittal: O GSL é líder mundial na construção de Offshore Patrol Vessels (OPVs), dispõe de um produto competitivo e tem a característica de promover o lançamento de um novo produto a cada dois anos. Além disso, o perfil do nosso estaleiro e de nossos produtos é compatível com as demandas da Marinha do Brasil, fato que favorece uma forma ideal de negócio seja nesse processo (construção das Corvetas) ou para prospecção de novos projetos. É importante destacar que o intercâmbio entre a Marinha do Brasil e a Marinha da Índia, gerado em virtude dessa parceria, ocasionará um desenvolvimento profissional mutuo.
PN: O projeto brasileiro da classe Tamandaré é tão ou mais complexo que os Naval Offshore Patrol Vessels (NOPVs) da Marinha indiana?
SM: O projeto é bastante complexo mas existem projetos tão ou mais complexos que este. Nosso objetivo é estudar suas particularidades e aprimorá-lo incorporando inovações e firmando acordos com diferentes segmentos da indústria local para viabilizá-lo.
PN: Quais os riscos do GSL em construir navios de projeto de um outro país?
SM: O design é indiferente. Seja um projeto concebido por nós ou elaborado por terceiros, é nossa incumbência analisa-lo e viabilizá-lo conforme estabelecido nos compromissos contratuais.
PN: Quais os planos do GSL para o Brasil e América Latina, para além das Corvetas da Marinha do Brasil?
SM: Nossas pretensões dependerão da performance do projeto destes navios (Corvetas classe Tamandaré). Temos por objetivo torná-lo uma referência para outros mercados. Particularmente nesse caso, por ser esta parceria defendida tanto pelo governo quanto pelo Ministério da Defesa indiano, é significativo perceber que as oportunidades governamentais são maiores que as oportunidades de negócios, embora a importância corporativa a ela relacionada também seja expressiva.
Baixe a apresentação do Goa Shipyard Limited clicando aqui.
Eu dou risada quando leio algo como “o exitoso programa de criação da corveta classe Barroso”.
Porque o exitoso programa representa UMA belonave, que levou 14 anos para ser construída…
A construção da Barroso foi exitosa porque o desempenho do navio é muito bom, inclusive realizando missões no Líbano. O tempo de 14 anos para a construção foi por falta de dinheiro.
Tendo custado muito mais que o valor orçado, com 14 anos de construção, eu tenho certeza que é uma ótima belonave, e em relação à isto eu não faço reparos. O problema é que não se pode considerar exitoso um programa que, apesar de ter legado uma ótima belonave, demorou tanto tempo e custou tão caro. Fazer isto é passar a mão na cabeça dos responsáveis e dizer para a classe política: – olha, sem problemas, cortem os orçamentos dos programas militares já iniciados, passem a tesoura! Não tem problema, a gente acaba com um programa exitoso de uma única… Read more »
Olá Fabio. Creio que o êxito de um projeto está em atender aos objetivos. Se o objetivo é cumprir prazo, o programa foi um fracasso. Se o objetivo era o orçamento, tem que fazer a avaliação do custo em função do desembolso (eventualmente, para um projeto caber no orçamento, tem que esticar o prazo). Se o objetivo era um barco que atendesse á especificação, o projeto teve êxito. Se era absorver uma determinada tecnologia, tem que avaliar. Um programa pode ter um ou vários objetivos. Ter êxito em um objetivo e fracassar em outro. Ou fracassar em tudo.
O Rafale era considerado um sucesso tecnológico e um fracasso comercial. Depois das recentes vendas ao exterior, se tornou um sucesso comercial. As Niteroi foram um sucesso de cronograma e preço, mas um fracasso em relação ao número original projetado, mas um sucesso de operação. O AMX foi um fracasso comercial mas um sucesso operacional. O fusca e a kombi foram sucessos comerciais (riso).
Tudo o que é militar no Brasil não anda a contento, somente por falta de dinheiro????
Ah, tá.
É, e mesmo depois de quase uma década e meia, ainda saiu torta, não? Rsrsrs.
Saiu não, o navio é capaz. Tanto é que a classe Tamandaré é baseada nela.
A Barroso ficou torta? Não foi a Inhaúma?
Quanto à notícia em si, eu não acho que a India tenha condições técnicas de fabricar nada que valha a pena, nessa concorrência.
Pangloss, você baixou a apresentação do estaleiro? você sabe quais navios de guerra a Índia tem produzido?
Galante,
Nos slides fica claro que a Goa Shypiard produziu OPVs.
E que outros estaleiros indianos que cuidam de submarinos, fragatas e destroyers.
Portanto, a Índia tem sim experiência em navios de combate de grande porte, ainda que uma experiência recente se comparada com outros países mais tradicionais na área.
Porém a GOA, pelo que li, é especializada em OPVs e navios menores.
Lamentável os comentários inoportunos e isentos de real conhecimento…obrigado pelos esclarecimentos Galante.
Para quem quiser saber mais sobre a Barroso:
http://www.naval.com.br/blog/2008/08/19/finalmente-a-barroso/
http://www.naval.com.br/blog/2015/12/27/as-corvetas-classe-inhauma-e-barroso/
“Para o GLS o Brasil é muito maior que apenas a concorrência das 4 corvetas”
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É uma ótima leitura da situação…
Certamente, quem levar o contrato e entregar o que foi assinado, vai estar extremamente bem posicionado em outros contratos que surgirão.
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A MB vai gastar dinheiro para instalar um Estaleiro de outro país aqui. Que seja feita uma prospecção, para definir as parcerias e acordos que poderão dar mais frutos no futuro.
Exatamente.
Minha opinião é que deveriam trabalhar um Barroso melhorada com relação as capacidades AAe. Um segundo passo, com o estabelecimento de massa crítica, aí sim uma fragata, na ordem de 4k a 5k ton denominada Tamandaré. Não tem como dar um passo maior agora, mas pode-se fazer algo. É o famoso conceito Hi Low mix, sem reinventar a roda.
Wellington, não entendi.
A questão pra você é que o nome Tamandaré deveria ser reservado para fragatas?
Porque o que descreveu como “Barroso melhorada com relação as capacidades AAe” é, em resumo, o projeto da corveta classe Tamandaré.
Na prática, Nunão, a Tamandaré é um outro navio, uma outra classe, então não é uma Barroso melhorada. Isto daí é papo para enganar desavisado (não que você seja). Então, partindo desse princípio, o melhor era, na minha opinião, continuar no projeto da Barroso, apenas com melhorias/instalação de sistemas AAe com instalação de uns três/seis silos VLS. Opções é que não faltam no mercado, inclusive os mesmos que já foram selecionados às Tamandarés. A Tamandaré seria, então, este mesmo novo projeto, só que maior. Para daí sim substituir as cansadas Niterói. Resumindo, continua-se com o mesmo projeto da Barrosa, para… Read more »
Wellington, para instalar lançadores verticais, é preciso de espaço interno, não se faz milagre. E este espaço interno para realocação de compartimentos e geração de espaço para o VLS foi conquistado, em parte, com o aumento da boca, mantendo-se as linhas do casco e o comprimento. Outra parte se conquistou “retificando” a linha do convés de proa, que era mais inclinada na direção da superestrutura. Esse aumento da boca, combinado ao do comprimento do convoo, também deverá permitir operar o Sea Hawk, o que amplia a capacidade antissubmarino (ASW) do navio, frente ao emprego do Super Lynx (que, por exemplo,… Read more »
Tudo que tu colocaste, Nunão, só comprova que as Tamandarés não são, ou serão, uma Barroso melhorada, mas um novo projeto e que, pelo visto, tem sérios problemas de identidade, rsrsrs. Não é nem uma Corveta, muito menos uma Fragata. A MB não está em condições de fazer muita firula, este projeto de uma “Corveta Tamandaré” não emplaca, seja porque os estaleiros internacionais tem projetos próprios, seja porque o próprio projeto, enquanto Corveta, não tem atrativo mercadológico nenhum. Além de caro, para o tamanho de uma corveta, é mais dispendioso ainda de operacionalização (muito tripulante para uma pequena corveta). Então… Read more »
“Não é nem uma Corveta, muito menos uma Fragata.” Wellington, A classificação é o que menos importa, cada marinha tem a sua. Poderia ser tranquilamente chamada de fragata. O que importa é o navio cumprir o que se espera dele com custos operacionais também especificados. “…porque o próprio projeto, enquanto Corveta, não tem atrativo mercadológico nenhum. Além de caro, para o tamanho de uma corveta, é mais dispendioso ainda de operacionalização (muito tripulante para uma pequena corveta).” O valor estimado é compatível com o porte do navio e seus sistemas, até onde sei não difere muito de valores reais (não… Read more »
Mas o erro da MB é justamente pensar em um “HiLowMix”! . Essa Corveta é vista como o “Low”, que está sendo construído como alternativa “barata”, para fazer volume neste momento de desespero… . Se fizessem como a FAB, e buscassem adotar um projeto baseado em apenas um casco, na casa das ~4.500t variando daí as versões necessárias, teríamos um navio que não seria muito mais caro que essas corvetas, teríamos maior escala na classe, seria um meio capaz de crescimento ao longo das décadas e com maior capacidade Offshore… É muito mais racional do que fabricar um “Low” sonhando… Read more »
Infelizmente, nosso complexo de colônia nos impede de ver qualquer coisa positiva em algum produto que não seja de origem europeia ou norte-americana.
Este preconceito é tão forte que até o produto projetado é feito no Brasil é desprestigiado.
Concordo! Mas com certeza tem algo a mais por trás disso, sempre tem.
O Poder Naval publicou outras matérias com o estaleiro indiano Goa. O governo indiano não encomenda nada deles. Depois que o estaleiro adquirir experiência e entregar vasos para países como o Brasil será avaliado pelo governo indiano.
É o que está postado no blog. Hoje o Goa tem saliva e PowerPoint. Comprar conhecimento de construtores navais italianos, espanhóis, alemães, franceses, ingleses e até coreanos faz sentido.
Que país ou para qual país o Goa entregou vasos de 2, 3 ou 4 mil toneladas?
“O governo indiano não encomenda nada deles.”
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O Governo Indiano é só o dono do Estaleiro.
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“Depois que o estaleiro adquirir experiência e entregar vasos para países como o Brasil será avaliado pelo governo indiano”
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????
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“É o que está postado no blog.”
Não. É só sua interpretação deturpada.
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“Hoje o Goa tem saliva e PowerPoint.”
Saliva e PowerPoint desde de antes do Windows existir…
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“Que país ou para qual país o Goa entregou vasos de 2, 3 ou 4 mil toneladas?”
Para a índia…
acredito eu que eles virão com um preço quase irresistível, pois é interesse do governo Indiano vender para o Brasil, (assim como dos outros governos) mas com um porém, por ser uma empresa do governo Indiano, eles tem facilidade de fazer ´´aqueles´´ malabarismos todos pra baixar o preço. minha aposta hoje fica entre Índia e Ficantieri… repito hoje!!! pq sabe com é, né?!
Não falta dinheiro, falta gestão.
Uma coisa que eu gosto em navios de países como Rússia, China e Índia é que não tem receio de colocar armamento. Os navios são bem armados! Até deck pra lançamento de minas o navio indiano tem!!
Não achei bem armado .TEm um canhão de 76 .2 Ciws e 4 lançadores de minas
4 lançadores de chaffs e não de minas
Veja o ppt
Bom, pelo interesse demonstrado, inclusive visitando e palestrando no Brasil, tudo indica que o Goa vai mesmo apresentar uma proposta para o projeto brasileiro da Tamandaré. Há mesmo uma pontinha em que parece haver interesse para futuras exportações, por se tratar de um produto diferente do que eles fazem. Vejamos o valor da proposta, e se for interessante, analisar com cuidado as suas condições para construir aqui no Brasil. . 29 de maio já está quase chegando, tomara que no dia seguinte já tenhamos a notícia de quantas (e quais) proposta foram apresentadas. . Interessante a expressão: “se o passado… Read more »
Mas fica uma dúvida, um requisito para concorrer é ter construído navio militar moderno de pelo menos 2.500 ton nos últimos dez anos. Eles cumprem esse requisito??
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Uma situação que me preocupa é algum construtor estrangeiro ganhar a concorrência, ter acesso ao projeto (podendo depois usá-lo para interesse próprio) e não conseguir entregar o produto. Como serão as garantias internacionais para permitir a indenização, caso tal situação limite ocorra??
Ops, perdão, o prazo para entrega das propostas é 18 de maio, ou seja, daqui 15 dias!!!
A Índia tem engenheiros saindo pelo ladrão e até onde sei, são excelentes engenheiros, tanto que mandaram uma missão com êxito a Marte, coisa que os europeus ainda não conseguiram. Então qualidade eles têm. Se houver bom preço, o estaleiro indiano um sério competidor.
Pangloss.
Foi a Inhaúma, não a Barroso. Na Barroso foram corrigidos os problemas. Desde já vou pedindo ao Alexandre Galante que me corrija se eu estiver errado.
A tortinha é somente a Inhaúma, o problema foi corrigido nas demais.
Na Barroso foi consertado o problema do caturro.
A India é uma democracia, potencia regional, aspirante a global, cresce a taxas de 7% , ou seja se queremos um parceiro à + fora dos EUA e UE, os Indianos tem muito mais haver com o Brasil que com a China e a Russia, deveriam ser a primeira opção.
Agora tomará que o estaleiro indiano tenha capacidade mesmo de entregar um bom navio no prazo e como a MB quer e o mais importante no preço.
Que besteira, o Brasil precisa firmar acordos que são bons para si, não ficar escolhendo quem é “democracia” (demagogia pura, os governos ocidentais são tão ou mais autoritários que os orientais). Ah de se lembrar que os maiores clientes da nossa industria bélica eram árabes, assim como também os dos EUA, que apontam como “autoritário” aquele governo que não é alinhado com suas politicas, ou será que a Arabia Saudita é democrática? Mas segundo muitos é a Turquia que é ditadura. Muito antes de agradar os governos de esquerda da Europa ou os EUA que embargam até seus aliados, o… Read more »
É verdade. Minha mente deturpada foi reler a postagem sobre o Goa. Eles tem encomendas de fragatas de 4 mil e entregas de offshore de 2,3 toneladas com o governo indiano.
Logo, errei na pressa de classificar os indianos como construtores navais miúdos. São somente iniciantes.
Pensei que o blog estava moderando as ofensas e os ataques. Errei nessa também.
Esteves, Não encontrei nenhuma ofensa ou ataque nesse post, apenas algumas opiniões grosseiras e afirmações erradas de um ou outro comentarista, a não ser que você considere a resposta do Bardini falando em “interpretação deturpada” como uma ofensa ou ataque. Ou que outro editor do site tenha já apagado algum outro comentário com ofensa ou ataque, não estando mais no ar, e que por isso não vi. Os editores fazem o que podem, mas não é nossa função principal ser “bedel” de adultos que podem ser bem capazes de se comportar adequadamente. Temos coisas bem mais importantes pra fazer (embora… Read more »
Já agradeci a vocês por terem me recebido no blog. Também agradeço a paciência comigo que não sou especialista. Cada comentário por mais simplório colabora na formação e no convencimento pessoal sobre os assuntos postados que clareados serão ao término da edição. A internet é a morada da vaidade. Reconheço que às vezes comento sem ter pesquisado com mais apuro, mas é por pressa. Estando errado basta corrigir. Ou criticar. Ou comentar. Não há necessidade de diminuir. Ou ignorar. O blog não é delegacia de polícia. Penso que bronca é ferramenta de… O reply deve ser dirigido ao comentário. Não… Read more »
Creio que se a intenção é fortalecer a industria naval, a visão estratégica do estaleiro está corretíssima, além de se posicionar como referência para novos projetos militares, mostra grande interesse também pelo mercado civil, que é o que garante a sustentabilidade dessas empresas. O GSL, que é estatal, mostra grande competência na gestão dos projetos, que é justamente o que falta para a nossa industria e talvez até para os outros estaleiros concorrentes, entregar o que foi proposto, no preço e no prazo. Justamente por isso nem é questão de ter experiência nesse tipo de navio ou não, até porque… Read more »
Sem querer polemizar sobre os fundamentos de sua tese, apenas relembro que um requisito para concorrer, constante no documento diretor do certame, é ter construído navio militar moderno de pelo menos 2.500 ton nos últimos dez anos. Estou em dúvida quanto ao Goa, os navios que ele construiu são OPVs de 2.300 tons (para a Índia e para Sri Lanka), foi o que consegui encontrar na internet, pelo menos até agora.
Acho que a MB não vai recusar proposta por conta desse detalhe.
Também acho pequeno o detalhe. A preocupação é os outros concorrentes usarem para tentar “melar” o certame, apesar de no final ser dispensa de licitação. Mas, cabeça de juiz…
Gostei muito do portfólio da empresa,da proposta de construir uma relação de simetria e complementariedade com a Índia, possíveis joint adventures…estou inclinado a torcer pelos indianos na competição.
Também gostei, inclusive do fato de estarem iniciando construção de navios para contramedidas de minagem, que tanto estamos precisando. E gostei do preço que eles cobraram pelos dois OPV do Sri Lanka, US$ 150 mi.
Um vídeo amador sobre os destroiers que estão sendo construídos pelo estaleiro indiano, é impressionante!
https://www.youtube.com/watch?v=A05N8CrLzrs
https://www.youtube.com/watch?v=V-eujRNvg_o
https://www.youtube.com/watch?v=xlLdiKlFt1U
BAE Systems. E desenho animado.
Pegar o projeto das Tamandaré depois de toda explicação que li aqui sobre a evolução da Barroso e assinar com um estaleiro que ainda não entregou nenhum vaso com essa especificação e que está pendurado no governo indiano é estranho.
Pode servir de comparação. Pode ser útil na formação de preço. Até pra pechinchar, serve. Vai que flutua.
Muito estranho.
Caro Esteves. Cada empresa interessada em participar da licitação deveria mesmo apresentar sua proposta técnica publicamente (a proposta financeira é mais complicada). É preciso comparar as propostas das empresas interessadas. Não acho estranho uma empresa fazer uma proposta, fazer a sua apresentação e sua defesa técnica e ser ou classificada. Lembrando do FX, eram várias empresas iniciais, restaram algumas e depois de um longo processo, foi escolhida uma para negociar o contrato.
Maior fabricante de OPV’s do mundo ?
Para mim é uma boa referência.
Alexandre Galante, eu concordo com os comentários ! So me explica uma coisa ? Como e que uma nação se propõem a construir um navio de guerra (sabendo que o mesmo e super caro) e depois descobre que não tem dinheiro para faze-lo.