Marinha dos EUA restabelece a Segunda Frota para enfrentar ameaça russa
Diante de uma frota russa mais ativa e a crescente concorrência militar em todo o mundo, a Marinha dos EUA (US Navy) decidiu restabelece a 2ª Frota para administrar ativos do Atlântico Norte, de acordo com um memorando anunciando o comando obtido pelo site USNI News.
O memorando, assinado pelo Secretário da Marinha Richard V. Spencer no início da semana passada, aprovou o restabelecimento do comando em Norfolk, Virgínia, com base na recomendação do comandante do U.S. Fleet Forces Command, almirante Phil Davidson e endossado pelo Chefe de Operações Navais (CNO) almirante John Richardson.
“Como previamente informado pelo CNO, o restabelecimento da Segunda Frota foi direcionado para responder melhor às mudanças no ambiente de segurança”, diz o memorando.
“Comandante, a Segunda Frota exercerá treinamento e autoridades operacionais sobre navios, aeronaves e forças de desembarque atribuídos na condução de operações marítimas, conjuntas e combinadas em apoio aos Comandos Unificados e Aliados designados.”
O comando será criado no dia 1º de julho e terá um efetivo inicial de 11 oficiais e quatro militares alistados. A equipe acabará por crescer para 85 oficiais, 164 alistados e sete civis.
“Nossa estratégia de defesa nacional deixa claro que estamos de volta a uma era de grande competição de força, à medida que o ambiente de segurança se torna mais desafiador e complexo”, disse Richardson durante a cerimônia de troca de comando da Fleet Forces em Norfolk.
“É por isso que hoje estamos em pé com a 2ª Frota para lidar com essas mudanças, principalmente no Atlântico Norte.”
Embora o comando agora exista no papel, a Marinha ainda precisa trabalhar com detalhes específicos, como o posto do comandante e como as relações de comando e controle funcionarão com os comandos conjuntos dos combatentes. Em sua última iteração, a segunda frota era supervisionada por um três estrelas antes do comando se fundir com as Fleet Forces dos EUA em 2011.
Antes da tomada da Crimeia pelas forças russas em 2014, o papel dos navios de guerra americanos operando no lado americano do Atlântico era em grande parte no apoio a missões de ajuda humanitária e missões de auxílio a desastres e interdição de drogas nos EUA. A 2ª Frota foi fechada juntamente com o Comando das Forças Conjuntas dos EUA em 2011, e apenas anos mais tarde a Marinha e o Congresso começaram um esforço para restabelecer a 2ª Frota conforme a Rússia se tornava mais agressiva sobre, no e sob o Atlântico.
Em 2016, o agora comandante da Naval Forces Europe, almirante James Foggo III, colocou o conflito em termos duros quando declarou que os EUA e a Rússia estavam engajados na “Quarta Batalha do Atlântico”.