Radar Thales Sea Fire para fragatas FTI entra em produção
Limours (França), 9 de maio de 2018 – A Thales tem o prazer de anunciar que o primeiro radar Sea Fire para o futuro programa de fragatas de médio porte (Frégates de Taille Intermédiaire/BELH@RRA) da Marinha Francesa está agora em produção. O Sea Fire é um radar multifuncional totalmente em estado sólido com uma antena de painel de quatro fases. Ele é projetado para funções que vão desde a autodefesa do navio até a defesa aérea estendida, fornecendo proteção contra ameaças aéreas e superfície convencionais, assimétricas e emergentes.
A Agência Francesa de Aquisição de Defesa (DGA) concedeu o contrato FTI para desenvolver e construir cinco fragatas de 4.000 toneladas para o Naval Group em abril de 2017. A primeira dessas cinco embarcações será entregue em 2023 e entrará em serviço ativo em 2025.
O conceito de radar Sea Fire é o culminar de três anos de pesquisa avançada em novas tecnologias e arquiteturas de radar, conduzidas com o apoio da DGA. Ele é adaptado aos requisitos em evolução e às novas ameaças enfrentadas pela Marinha Francesa, particularmente mísseis supersônicos. Este radar digital está na vanguarda da inovação tecnológica e se beneficia de toda a experiência em Big Data e segurança cibernética da Thales. Desenvolvimentos subsequentes de software melhorarão ainda mais o desempenho e a confiabilidade operacional do produto em todo o seu ciclo de vida.
O primeiro radar será instalado para testes de qualificação nas instalações da DGA em Saint-Mandrier em 2019. A Thales entregará os 4 painéis do primeiro radar Sea Fire ao estaleiro Naval Group em Lorient em 2020 para o programa FTI.
FONTE: Thales
Uma pergunta aos conhecedores, qual a razão/benefícios nessa proa “invertida”? Ela já foi adotada nos Zumwalt (não lembro de outros modelos) e agora aparece nas FTI.
É uma tentativa de inovação de design retro futurista, para ajudar no marketing. A promessa é que as características marinheiras são melhoradas, mas isso ainda tem que ser comprovado.
Galante, existe algum benefício reconhecido acerca do retorno do design de ‘esporão’ trazer ganhos em relação à diminuição de RCS ou alguma quantidade crível de economia de material? Também não havia entendido o retorno à esse desenho.
Que eu saiba não tem muita influência no RCS, mas pode ajudar a cortar as ondas (wave piercing) com mais facilidade.
Galante, essas FTI são especializadas ou de emprego geral?
É… mas isso é apenas uma característica. Aposto que fura ondas melhor do que o meu Optimist furava hehehehe. Ainda não me convenci que esse design traz vantages suficientes para justificar isso. Enfim… pode ser basicamente marketing mesmo.
Galante, o “esporão” dá o beneficio de melhor hidrodinâmica mesmo sem ondas. A água quando cortada pela proa tem a tendencia de levantar e ser atirada para o lado, isso com grande esforço mecânico, já com o “esporão” a frente da proa a água sobe sem ser atirada para os lados já diminuindo o esforço, e quando desce desce logo atrás deste “esporão” dividindo-se nos dois lados da quilha propiciando uma pequena força de elevação na proa, de graça, com isto tendo uma pequena melhoria no aproveitamento da propulsão, e volto a dizer, de graça.
Creio que seja melhorar as características stealth da embarcação pois o primeiro navio moderno a ter a proa nesse formato foi o Zumwalt.
Obrigado.
Pelo visto a tentativa de se equipar as marinhas com escoltas da classe de 6.000 toneladas em números suficientes para a padronização falhou. Depois da RN, que encomendou 5 fragatas de emprego geral (Type 31) com a possibilidade de mais encomendas, agora é a Marine Nationale que percebeu que não terá todas as FREMMs que deseja.
As FTI vão ser multimissão, praticamente FREMMs reduzidas.
Quem aqui prefere este radar ao Artisan 3D nas Tamandaré levanta a mão!
?️?️
O Artisan será produzido aqui pela BRADAR com transferência de tecnologia…
Assim eu prefiro o radar britânico
Pq não comprar un radar Thales, via Omnisys?
Qndo você fabrica sob licença, além de não aprender nada muito além daquilo que você está fabricando, paga-se 2 vezes pelo mesmo equipamento que poderia ser comprado de prateleira. Paga-se para o dono do equipamento e, é aqui que realmente dói no bolso, paga-se pro néscio que vai fabricar sob licença. Perceberam o risco???? Nenhum dos esquemas apresentados, Thales/Omnisys, ou “…será produzido aqui pela BRADAR com transferência de tecnologia…”, nos favorece. Talvez o francês do ponto de vista da manutenção seja um pouco melhor, mas é só. Vai que isso vira a “komboza” dos radares… O outro esqueçam, nem pensar,… Read more »
Que venha qualquer um dos dois. Eu quero é que os sul coreanos ganhem a licitação e invistam muito dinheiro no AMRJ! ?
Também. Mas a disputada é boa. Não imaginava que o Brasil tinha vários estaleiros aptos a construir navios desse nível de tecnologia.
Italianos, Chineses, Sul coreanos e Holandeses. Espero que venha com excelentes propostas, não esquecendo a Naval e o os indianos.
Estava lendo o PDF do Radar Kronos Quad da Leonardo, parece ser muito bom. Será usado nas PPA e tem função anti misseis balísticos, o que achei um exagero para as PPA, mas se vão instalar devem ter seus motivos.
Ele é compacto (1500×1750 mm) e por sermos os primeiros clientes poderíamos negociar valores mais atraentes.
Desculpem, faltou o link:
http://www.leonardocompany.com/en/-/kronos_dual_band
Ali diz: Anti Tactical Ballistic Missile Defence.
Acho que devem ser mísseis com uma trajetória mais baixa. Não deve ser fácil pra um radar desses travar em um míssil e trocentos mil km de altitude.
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É uma combinação, entre 4 antenas de banda X e quatro de banda C.
Se não me engano, o FCS-3A dos japoneses também faz essa combinação.
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O Sea Fire junta tudo.
É um baita de um radar: http://www2.thalesgroup.com/press/Web/eventsZip/zip20160913094651/Press%20datasheet/datasheet-sea-fire-eng.pdf
Sim, o Sea Fire junta tudo num só e é um baita radar (na teoria, ainda não esta operacional); e, assim como o Kronos eu considero um exagero nas PPA (apesar de, talvez, usarem o Kronos 2000 mas o vídeo que vi no youtube não especificar) o Sea Fire é um exagero para as Belharra.
E sim errei, é ATBM não anti balistico mesmo…. mas, ainda assim, muito interessante.
Sim, o Sea Fire junta tudo num só o que pode trazer problemas, se tiver que fazer a manutenção nos trm’s da banda X, por exemplo, todo o radar pára, pelo que percebi no Kronos é que, por serem sistemas separados facilita a manutenção. Além de que “tudo junto” deve ser mais caro do que os dois separados. Mas, ainda assim, acho um exagero as capacidades dos dois para os meios utilizados pois tanto o PPA quanto a Belharras não serão os combatentes principais. E o PDF da Leonardo é bem completo, com as medidas da placa do radar, mas… Read more »
É sim errei, é ATBM e não balístico mesmo…
Mas aí eu acho que tu tens que ver quem esses navios estão substituindo, pra julgar se é capacidade de mais ou não. . A FTI vão substituir as La Fayette (que nunca foram mais do que uma Fragata de Patrulha), serão combatentes de segunda linha. Só que esses navios vão obrigatoriamente ter que fazer número com as FREMM, já que os franceses não vão ter o número de FREMM que pretendiam no começo do programa. . O conceito do PPA já é diferente. Os italianos vão substituir desde Patrulhas a Corvetas e Fragatas, o que muda é a quantidade… Read more »
PPA Light, Light+ e FULL:
Bardini,
O Sea Fire opera na banda S. Ele não se presta, por exemplo, a DT de canhão AA, daí precisar de um radar DT dedicado.
Ele também não se presta a iluminar alvos para mísseis guiados por radar semi-ativo.
Ele não é assim “junta tudo” não. rsrss
Pois é… Esqueci do canhão.
Não sei se seria viável este radar nas “corvetas” Tamandaré, do ponto de vista prático e financeiro. Seriam 4 antenas fixas em um mastro consideravelmente volumoso, que poderia acabar sendo um peso excessivo a depender da altura. Devemos lembrar que a Tamandaré será uma fragata leve, com pouca margem de estabilidade. Do ponto de vista financeiro, pesa no bolso por serem literalmente 4 radares, e não apenas 1 antena rotativa. Alivia, por outro lado, por descartar a necessidade de um radar DT dedicado, mas como, a princípio, a classe Tamandaré deverá ter apenas um DT, o saldo ainda fica favorável… Read more »
Eu faria o seguinte: NS100, Kingklip e CAPTAS-2, tudo via Omnisys/Thales…
Me parece muito bem equilibrado, embora o sistema de combate integrado da Saab com o Sea Giraffe 4A também me agrade muito. Você já deve conhecer:
https://saab.com/naval/decision-superiority/combat-management-systems/navalcombat/
Os italianos não fizeram esse tipo de mudança na proa dos seus futuros PPA… Eles vão utilizar esse conceito: http://gotlandsbolaget.se/wp-content/uploads/2015/09/HSC_GotlandiaII.jpg
Legal. Castelo de proa fechado. Me parece bem melhor desse jeito, sinceramente.
Não era disso que eu estava falando. Essa não a novidade.
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Veja o bulbo:
Mas eu também… Falei proa.
Não especifiquei.
É, bastante interessante. Parece que aproveitaram o bulbo para realmente melhorar navegabilidade, mas ainda não tenho como saber exatamente quais são os benefícios dessa ‘outra proa’ mas é algo que vai valer à pena pesquisar.
Muito tarde esse lançamento, os americanos já tem o AEGIS há mais de 30 anos e só agora os franceses conseguiram um, e como disse o Bosco, o sea fire não é tudo-em-um, é meia-boca, diga-se de passagem. Daqui a mais 40 anos, quando estivermos fabricando o Artisan 3D, onde estarão os países de 1º mundo? Talvez em outra galáxia…
AEGIS é outro papo…
Para uma missão onde um AEGIS seria necessário e um Sea Fire não daria conta, os franceses usam Smart-L.
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Esse Sea Fire é de outra categoria. E não tem nada, absolutamente nada, de “meia-boca” nele.
Na categoria dele estão outros radares europeus, de desenvolvimento recente: Kronos dual band da Leonardo/Selex, TRS-4D da Airbus, O Sea Giraffe 4A da SAAB.
Fora do Tópico: O mesmo site que diz ter dado o furo de reportagem do nome do Atlântico, quando, na verdade, o Roberto Lopes já havia informado isso há vários meses atrás que este seria o novo nome do Ocean, agora está repetindo o que o Roberto Lopes escreveu há alguns meses atrás: A TKMS irá oferecer uma evolução das corvetas Meko A100, com cerca de 3.200 toneladas. Roberto Lopes, mesmo que o site dos __________________não te deem os créditos, eu faço questão de te parabenizar. Parabéns pelos dois furos de reportagem. COMENTARIO EDITADO. SOLICITAMOS NÃO USAR O ESPAÇO PARA… Read more »
A questão da proposta da TKMS merece uma matéria pois a empresa alemã se uniu à um estaleiro catarinense ( Oceana) e à EMBRAER