Classe Tamandaré: Planejamento alocou R$ 2,5 bilhões de reais em março para capitalização da Emgepron

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Concepção da corveta classe Tamandaré (CCT)

Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré
Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré

Valor indicado anteriormente no orçamento 2018, na capitalização da empresa para viabilizar programa de construção das corvetas, era de 1 bilhão de reais

O Diário Oficial da União publicou em 29 de março modificação das fontes de recursos para a capitalização da Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), destinada ao Programa da Corvetas classe Tamandaré (CCT).

A mudança adiciona mais R$ 1,5 bilhão ao montante original aprovado no Projeto de Lei Orçamentária para 2018 (PLOA 2018) divulgado em dezembro de 2017 (clique aqui para acessar matéria a respeito), que inclui, entre outros programas das Forças Armadas, os recursos para capitalização da Emgepron para o início da construção das corvetas classe Tamandaré.

Abaixo, imagem da página do Diário Oficial da União de 2 de abril de 2018, com a Portaria de 29 de março que traz o valor de 2,5 bilhões de reais para a capitalização da Emgepron para o programa das corvetas.

 

Entrega das propostas – O dia 18 de maio, última sexta-feira, marcou o prazo final para entrega de propostas dos estaleiros concorrentes para a construção de quatro navios de escolta, com os quais será dado início ao “Programa de Construção do Núcleo do Poder Naval”.

A divulgação da Short-List está marcada para o dia 27 de julho e a definição do vencedor está marcada para o dia 28 de setembro de 2018.

Nota na grande imprensa – O programa da classe Tamandaré tem repercutido não só na mídia especializada em Defesa, mas também na grande imprensa. O jornalista Lauro Jardim, do jornal o Globo, publicou ontem a seguinte nota no seu blog:

“A indústria naval brasileira está em estado de excitação. A Marinha vai abrir uma licitação para a construção de quatro corvetas, no valor de US$ 400 milhões cada.

Os consórcios já estão se formando. Um deles reúne a Embraer, a ThyssenKrupp e o estaleiro Oceana. Outro, junta a Saab, Damen e o grupo Wilson Sons.”

A classe Tamandaré – A Corveta Classe “Tamandaré” (CCT) foi projetada pelo Centro de Projetos de Navios da Marinha do Brasil (CPN) sob o conceito “stealth” (furtivo), com suavização das linhas externas e uso de reentrâncias, cobertas por portas, para acomodação de itens como botes, lanchas e lançadores de torpedos. A CCT é uma evolução das classes “Inhaúma” e “Barroso”, e em relação a esta última, aproveitou a maior parte das linhas comprovadas do casco, diferenciando-se porém pela ampliação da boca (largura) em cerca de um metro e meio.

Como se pode ver nas ilustrações comparativas acima, o convés de proa teve seu desenho modificado, o que é visível especialmente na sua junção com a superestrutura do passadiço, encontrando esta um deck (convés) acima.

Comparado ao desenho da Barroso, na Tamandaré o convés de proa agora tem um alinhamento mais horizontal, o que aumentou o volume interno na área entre o canhão principal e a superestrutura, ganhando assim parte do espaço necessário à instalação de lançadores verticais de mísseis.

Na outra extremidade do navio, o convoo foi estendido até o espelho de popa para aumentar a área do convoo, o que, combinado à ampliação da boca do navio e consequentemente da largura do convoo, visa a operação de helicópteros de maior porte que o Super Lynx, como o Sea Hawk. A área do hangar também foi ampliada.

A CCT foi concebida para ser uma plataforma poderosa para missões diversas e para emprego contra ameaças aéreas, de superfície e submarinas. O navio pode ser configurado com vários sistemas e armas, como canhões de médio e grosso calibres, metralhadoras e sistemas de controle tático e conta, como já mencionado acima, com hangar e convoo para helicóptero orgânico.

 

Segundo o Centro de Projetos de Navios, “as Corvetas da Classe ‘Tamandaré’ (CCT) incorporam melhorias contínuas nos projetos já desenvolvidos pela MB, por meio de inovações tecnológicas e buscando corrigir deficiências encontradas nas classes anteriores mantendo os aspectos positivos. A nova classe de corvetas possibilitará o incremento do número de navios escolta em atividade na MB, permitindo a manutenção da atuação nos cenários atuais, adequando-se as novas tecnologias e as necessidades de capacitação para a moderna guerra naval.”

Características principais:

  • Comprimento total: 103,4m
  • Comprimento de linha d’água: 94,2m
  • Boca máxima: 12,9m
  • Boca moldada (linha d’água): 12,06m
  • Calado (carregado): 4,25m
  • Pontal: 9,3m
  • Deslocamento máximo: 2.790t
  • Deslocamento leve: 2.267t
  • Velocidade máxima: 25 nós
  • Tripulação: acomodações para até 136 pessoas
  • Propulsão: CODAD (4 MCP)
  • Capacidades operativas: ASup/GAA-GE/GAS/AAw/MIO

SAIBA MAIS:

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