Comando da Marinha ordena ao CON estudo de novo sistema de salvamento de submarinos
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
O Comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, determinou que o Comando de Operações Navais (CON), atualmente chefiado pelo almirante Paulo Cézar de Quadros Küster, assuma os estudos para a aquisição pela Força, a partir do ano que vem, de um novo sistema de salvamento submarino.
Devido às dimensões continentais do país, a MB deve optar por substituir os préstimos do antiquado navio de salvamento submarino Felinto Perry (K-11) não por uma embarcação desse tipo mais moderna, e sim por um sistema aerotransportado, composto por ROV (Remotely Operated Vehicle) de intervenção subaquática (robô submarino apto a interagir com o casco do submersível naufragado), e contêineres dotados de uma cápsula de transferência de tripulantes resgatados sob pressão – a chamada TUP (Transfer Under Pressure) – e de uma série de outros equipamentos, como câmara de descompressão.
A substituição do Felinto Perry, que está equipado com um sino de resgate de submarinos (desenvolvido há mais de 20 anos), foi examinada, entre os meses de fevereiro e março passados, por um grupo de trabalho formado pelo Comando da Força de Submarinos (ForSub), em consequência do trágico desaparecimento do submarino argentino San Juan, ocorrido a 15 de novembro de 2017.
No início deste ano, o diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Jr., recebeu a oferta de um sistema aerotransportado concebido pela empresa escocesa JFD (James Fisher Defense), especializada em equipamentos de mergulho para fins comerciais e em sistemas subaquáticos de uso militar.
A proposta foi levada ao almirante Bento pela LOGSUB, representante da JFD no Brasil.
O sistema de salvamento aerotransportado custa cerca de 50 milhões de dólares, mas a Marinha poderia começar adquirindo apenas o ROV, por aproximadamente 10 milhões de dólares.
A maior preocupação dos oficiais da ForSub é com os treinamentos de salvamento que envolvam o submarino brasileiro de propulsão nuclear Álvaro Alberto, previsto para entrar em operação por volta do ano de 2029.
Flexibilidade – Em novembro do ano passado (oito dias depois do naufrágio do San Juan), ouvido com exclusividade pela reportagem do Poder Naval, o diretor da LOGSUB, comandante (da reserva) Armando Repinaldo, explicou:
“A atividade de salvamento de submarinos na MB está em uma encruzilhada, pois o nosso Navio de Socorro e Salvamento (NSS) Felinto Perry apesar de bem mantido e ainda operativo (atendeu com presteza a chamada da Marinha Argentina para o ARA San Juan) tem quase 40 anos de idade e o sistema de salvamento por meio de um Sino de Resgate de Submarinos (SRS) não é o mais adequado para o treinamento com um submarino de propulsão nuclear.
Explicando melhor, o SRS é um veículo de resgate que fica permanentemente conectado a um sistema de içamento a bordo obrigando o NSS a estacionar sobre o submarino sinistrado usando um sistema de Posicionamento Dinâmico (DP). (…)
Com o advento dos submarinos nucleares, que não pousam no fundo do mar como os convencionais por razões técnicas, as marinhas que operam estes meios desenvolveram mini-submarinos ou veículos de resgate independentes, que não são conectados ao NSS seja por cabos de içamento ou umbilical, o que permite a conexão em treinamento com um submarino nuclear sem estar pousado no fundo e sem o risco do submarino perder a sua cota e ficar fundeado pelo sino de resgate. (…)
Atualmente, o NSS Felinto Perry operando com um sistema fixo a bordo não terá a flexibilidade de atender com a devida rapidez um sinistro em Salvador, por exemplo, pois o seu transito até esta região não será inferior a 5/6 dias contando a sua mobilização.
Hoje em dia, as marinhas que operam submarinos oceânicos ou nucleares operam sistemas de resgate aerotransportados, facilmente mobilizáveis e utilizando navios de oportunidade ou distritais na região do sinistro”.
Normalmente, os navios da classe IKL-209 em uso na ForSub cumprem uma rotina de exercícios no espaço marítimo que vai do litoral paulista ao litoral capixaba. Apenas de forma ocasional esses barcos realizam uma travessia mais longa, ao Nordeste ou à parte central da costa argentina.
Mas o advento dos submarinos oceânicos de ataque tipo Scorpène, no início da próxima década, e o próprio Álvaro Alberto, vão conferir à Força de Submarinos brasileira a capacidade de operar em regiões distantes da costa brasileira, o que exigirá que essa flotilha da Esquadra esteja minimamente preparada para ser mobilizada e intervir em uma situação de emergência.
O sistema de salvamento submarino aerotransportado poderá, então, ser embarcado em uma aeronave de carga tipo Hércules C-130 (ainda não se sabe se o KC-390 também terá essa capacidade), e levado a um ponto da costa para ser embarcado, por exemplo, em um dos novos navios de Apoio Oceânico recentemente adquiridos pela Força – os AHTS de fabricação indiana, de 2.000 toneladas, comprados a uma empresa da Escandinávia.
Meses atrás, a Armada Argentina designou um dos seus rebocadores classe Neftegaz, de 2.720 toneladas (comprados à Rússia em 2016) para operar como navio-mãe de submarinos, e o remeteu à área de buscas do San Juan. Caso esse navio obtenha confirmação de algum vestígio do barco sinistrado, ele também poderá receber em seu convés (muito semelhante ao dos navios de Apoio Oceânico brasileiros) um ROV de salvamento submarino.
Pronta, tá aí, pra quem criticava a MB…
Se não me engano existe uma empresa nacional que fornece este sistema, não seria mais vantajoso para a MB ? Os custos de aquisição sendo idênticos ainda ainda seria mais vantajoso pela lingua e pela facilidade de manutenção.
As máquinas dos meios são alemãs. MTU ou MAN. A gente não precisa falar alemão por conta disso.
Roberto,
Tem veículos subaquáticos controlados e autônomos sendo desenvolvidos aqui, mas, até onde sei, ainda não com a capacidade desse tipo usado em resgates de submarinos.
Esse é o sistema da imagem da matéria. É um sistema compartilhado entre França, UK e Noruega:
1-https://www.youtube.com/watch?v=K3A0PVk4prM
2-https://www.youtube.com/watch?v=lSGZWeGhOew
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Não seria interessante criar uma associação na América do Sul e comprar um sistema desses em conjunto?
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Se alguém por aqui precisar, fica a disposição, já que é aerotransportado. Se o Brasil comprar um sistema só pro seu uso e der algum problema na América, o sistema brasileiro também seria colocado a disposição de qualquer jeito, como no caso argentino. Compartilhar a conta do custo não seria interessante?
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Ainda tem a questão do fortalecimento de laços e parcerias…
Olá Bardini. Eu acho que seria excelente esse trabalho colaborativo. Talvez a MB até viesse a arcar com os custos de aquisição, mas eu imagino o compartilhamento dos custos de manutenção e o treinamento de equipes das diferentes marinhas. Em muitos casos, os custos de manutenção e custeio são muito maiores do que o de aquisição.
Acho a idéia do Bardini excelente, porém não creio que até o meio de aquisição pode ser negociado com os nossos vizinhos
Bardini,
O que penso é o seguinte :
Em teoria sua idéia é ótima, sem dúvida.
No entanto não vejo como esse compartilhamento de custos, seja de aquisição e/ou manutenção do sistema possa funcionar com o histórico de dureza e mal pagadores que nossos vizinhos possuem.
Na verdade, com exceção do Chile e Colômbia, eu não compraria em conjunto nem uma balsa salva-vidas com os demais.
Existem muitos submarinos na América do Sul… . Sistema de salvamento, muito pouco. . Não vejo empecilho em se criar uma organização de salvamento em conjunto com países amigos. Não é algo que deve lidar com informação sensível. É salvamento. Se deu problema, todo o mundo vai saber. Também não seria um investimento absurdo. Se um sistema aerotransportado custa 50 milhões de dólares, dá pra diluir essa conta em algo bem aceitável, quem sabe até comprar mais de um sistema. Faz-se um treinamento anual, entre as Marinhas que compartilham o sistema e boa. . É como eu disse, talvez seja… Read more »
Somente resta saber se os “navios de oportunidade” terão os necessários sensores para varrer o fundo a procura do SB sinistrado e o devido apoio de saúde…
Nao existe nenhum fornecedor nacional que fabrique ROV no Brasil.
Tudo é importado.
OK, agora entendi o enfoque dado pelo articulista, dias atrás, ao novo navio de salvamento submarino vietnamita: http://www.naval.com.br/blog/2018/05/27/salvamento-submarino-vietnamitas-investem-em-navio-de-4-000-tons/ . O preço estimado do vietnamita, conforme tal artigo, é U$ 200 mi. Começarmos pelo ROV de U$ 10 mi, e depois irmos comprando os demais itens do pacote, até chegar aos U$ 50 mi, com capacidade de aerotransporte, parece viável. Construir um novo navio, tudo indica ser inviável. . Ficou claro também que é melhor o sistema ser aerotransportável, devido à extensão de nosso litora, e não “pregado” em um navio, que sempre demorará a chegar. Fica a curiosidade se o… Read more »
Quando o Felinto Perry foi enviado para ajudar nas buscas pelo San Juan o que mais me chamou a atenção foi a demora da viagem. A primeira coisa que comecei a conjeturar era a necessidade de pelo menos outro navio do tipo em algum porto no Nordeste pois o velho Felinto demoraria demais para chegar lá caso um de nossos subs por lá se acidentasse. Fico feliz que a marinha busque por um sistema de resgate aerotransportado, porém gostaria que o Felinto continuasse na ativa pois ele pode ter alguma serventia em treinamentos de resgate.
Apesar de concordar que o Felinto não seja veloz, vale lembrar que a MB, quando opera seus submarinos, só o faz com o Felinto disponível e próximo, pelo o que sei. Assim, ainda que uma maior velocidade seja algo positivo, não é exatamente o maior problema dele. Ele demorou para chegar à Argentina pois foi algo completamente inesperado e uma situação emergencial. Penso que, atualmente, se a Marinha fosse realizar alguma operação da ForSub no Nordeste, ela esperaria que o K-11 estivesse próximo para, só então, operar. Portanto, não acredito que o maior problema deste meio seja sua velocidade, mas… Read more »
Daglian,
Você não acha estranho uma força de submarinos “depender” de um meio como o Felinto Perry para poder operar?
por exemplo, no caso do San Juan o FP estava se deslocando há uma velocidade media de 10 nós (acompanhado pelo Marine Traffic), ele não conseguiu obviamente chegar a tempo a área de operações. Um Scorpene desloca a 20 nós, na minha simples visão seria um gargalo nas operações ter que esperar por um meio tão lento para poder operar em “segurança”.
“Um Scorpene desloca a 20 nós”
Antônio, só um reparo: isso é velocidade de pico, submerso, por poucas horas. A velocidade de deslocamento do Scorpene e seus derivados (assim como de submarinos convencionais em geral) para áreas de patrulha é bem menor.
Nunão,
Grato pelo “reparo”.
Concordo que é um gargalo, mas é o que a Marinha pôde adquirir e operar. No futuro, e como estamos vendo, a MB tentará melhorar neste aspecto. Tecnologias são substituídas ou evoluem, e é natural que cedo ou tarde o Felinto se tornasse, de certa forma, obsoleto.
Neste sentido, a futura operação do submarino nuclear forçará a nossa marinha a modernizar-se neste âmbito, e isso será positivo.
Sem dúvida Daglian,
Acredito que a Marinha faz muito bem em tirar lições do caso San Juan, e evoluir nesse sentido.
Eu acompanhei pelo Marine Traffic o deslocamento do FP para a área de buscas do San Juan, e fiquei imaginando uma missão de resgate na região Norte da nossa costa por exemplo, ou seja, muito tempo para conseguir chegar a área de resgate.
Espero muito que a Marinha consiga um meio mais moderno, aerotransportado.
Então Daglian chegou a hora da MB fazer isso e começar os estudos e pesquisas para modernizar este meio de resgate e não esperar que precise deste meio e não ter pra dai sim começar este processo pra fazer a aquisição, dou os parabéns a MB por iniciar logo e não ficar esperando milagres pra tomar uma atitude.
Me parece meio ilógico operar um meio que é m conhecido e utilizado justamente por sua discrição e sigilo com “escolta” de navio de resgate, ainda mais agora que passaremos a operar submarinos oceânicos, quiçá nucleares, cuja função é permanecer submerso e indetectável por semanas a fio.
Bom Dia Daglian
Desculpe a ignorância, esta proximidade não facilita a localização dos subs por adversários? E antes que me crucifiquem, isto é um exercício intelectual.
Olá Marcelo Baptista, Apesar de não ser especialista em absolutamente nada e somente um interessado no assunto, e aproveitando o comentário do Marcos R. na mesma linha, eu acredito que sim, este fator compromete de alguma forma o sigilo das operações dos submarinos da Marinha. O grande problema é que, no momento, simplesmente não há outra opção viável (financeiramente) além do Felinto, e não se operam submarinos sem algum meio de resgate (novamente, basta vermos o caso do ARA San Juan). Então aí vem o problema da MB: não operar quaisquer submarinos, ou operar os atuais, mas contando com certa… Read more »
Devemos lembrar que na ocasião, o K11 navegou rumo Sul com severos ventos contrários, o que impactava em muito o desempenho, devido ao convôo de proa, que age como um verdadeiro “bloqueador” aerodinâmico. Na ocasião, salvo falha de memória, ele navegou não acima de 6,5 kn. Ou seja, em aplicação “real”, o problema do “deslocamento” se mostrou um limite operacional importante, desta forma, se faz necessário, como a MB bem definiu e a matéria retratou, a adoção de um sistema aerotransportado, podendo ter a aquisição e manutenção compartilhada pelos países sul-americanos que detém frotas de submersíveis: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia… Read more »
ANTES tarde do que nunca!
QUE a MB gaste o que for preciso, mas dê segurança e esperança aos homens da ForSub.
“O sistema de salvamento submarino aerotransportado poderá, então, ser embarcado em uma aeronave de carga tipo Hércules C-130 (ainda não se sabe se o KC-390 também terá essa capacidade)”
Qual seria a dificuldade p/ o KC-390 fazer o mesmo, se este tem maior altura interna e maior capacidade de carga que o C-130? Me parece que o autor está criando uma dúvida sem sentido.
Tive inicialmente a mesma impressão, mas vendo o texto, ele está correto. Ele não tem como afirmar que o KC 390 pode transportar, pois quem pode afirmar, são os fornecedores. Ele foi honesto e não entrou nos achismos. De repente poderia ter escrito de outra forma, mas não dá para escrever que possivelmente ou que acredita que possa ser transportado pelo KC 390.
Abraços
Ele como jornalista e ainda especializado no tema, não só poderia como deveria procurar as dimensões do sistema e cruzar c/ as dimensões já amplamente divulgadas pela Embraer, eu mesmo tenho um pdf bem detalhado do KC-390, concluindo algo como ‘baseado em suas dimensões deve / não deve ter problemas em transportá-lo”. Quem trabalha c/ informação deve se dar ao trabalho ( desculpe o trocadilho ) de dá-las de maneira mais completa possível, ele não é um mero comentarista como nós. Aproveitando isso ( trabalho pela metade ) tem acontecido c/ frequência no jornalismo, o cara vai comentar um jogo… Read more »
Caro Luciano, concordo plenamente.
Brazil ….
Help USA ….
Seja pelo advento do Álvaro Alberto, seja pelo sinistro do San Juan, seja pela fadiga do vetusto, embora brioso, Felinto Perry, seja pela evolução técnica do resgate submarino, seja pela dimensão abissal da plataforma continental ou do Atlântico Sul, seja por tudo ou parcialmente isso, o estudo, posterior eleição, e eventual aquisição, são convenientes e oportunos, mais ainda, ou exclusivamente, por tratar-se da nossa “ultima ratio” naval: a Força de Submarinos . . .
A marinha não cogitou AUV, ao invés de ROV? A tecnologia é mais avançada.
Essa matéria responde o meu questionamento no outro tópico. ???
O ROV evidentemente pode ser transportado pelo KC390, pois este tem maior capacidade volumétrica interna que o Hercules, além de maior payload. Mas lembremos qto tempo o ROV aguardou no cais esperando as adaptações do navio que iria opera-lo. Acredito que deveria haver mais de um meio, talvez um por Distrito Naval, pronto a receber o ROV, sendo este meio tb apto a varrer o fundo em busca do SB porventura sinistrado.
Complementando o seu comentário o estudo a ser iniciado pela MB, com relação aos equipamentos que serão adquiridos, têm de ser compatíveis com o KC-390 e não com o C-130.
E compatíveis também com os meios e trajetos entre os principais aeroportos e portos, e com os navios de oportunidade que possam ser disponíveis em cada região.
Muito bom! E muito provavelmente já estava previsto , o plano da MB é possuir uma força de submarinos em Estado de Arte com todo o instrumental inerente…vamo que vamo, está dando certo gente!
O “Felinto Perry” K 11, provavelmente terá ainda pelo menos 10 anos de vida o que significará pelo menos 40 anos na função de navio de salvamento de submarinos e deverá dar baixa nessa função , diferentemente do que ocorreu com seu predecessor o “Gastão Moutinho” K 10 que com a chegada do “Perry” teve sua designação mudada para navio auxiliar e novo indicativo, U 20 e passou os 8 anos restantes de vida na Base Naval de Aratu.
Lendo a matéria, entendi que o sistema de salvamento por Sino, como o que temos no Felinto Perry, necessita que o submarino diesel-elétrico esteja pousado no fundo do mar para que o resgate por este sistema possa ser efetuado. Se o meu entendimento estiver correto, pergunto : 1 – Um submarino muito resumidamente nada mais é que um casco cilíndrico sob pressão. Assim, como um cilindro pode pousar no fundo do mar e não tombar para um dos lados ? Pergunto isto porque para efetuar o resgate imagino que o acoplamento entre o Sino e a escotilha do submarino precisa… Read more »
O custo total do sistema é o mesmo valor que estava sendo proposto por cada IKL209 naquele negócio que ia ser feito com a Argentina………
Lendo a matéria, entendi que o sistema de salvamento por Sino, como o que temos no Felinto Perry, necessita que o submarino diesel-elétrico esteja pousado no fundo do mar para que o resgate por este sistema possa ser efetuado. Se o meu entendimento estiver correto, pergunto eu : 1 – Um submarino muito resumidamente nada mais é que um casco cilíndrico sob pressão. Assim, como um cilindro pode pousar no fundo do mar e não tombar para um dos lados ? Pergunto isto porque para efetuar o resgate imagino que o acoplamento entre o Sino e a escotilha do submarino… Read more »
É isso mesmo…há muitas limitações para esse sistema, a posição do submarino sinistrado, profundidade, correntes marinhas, condições do mar na superfície…continua sendo válido em caso do sinistro ocorrer em condições ideais e próximo a costa.
Dalton….. Indo de encontro ao que você explicou, tempos atrás vi uma reportagem sobre a MB treinando o resgate submarino , com o Felinto Perry e acho que o sub foi o Tupi, mas foi em Angra dos Reis, mar calmíssimo e pouca profundidade. Com relação ao San Juan, ele teria sido então perdido de qualquer maneira. A profundidade onde ele sinistrou supera em muito seu limite de mergulho ( e a de qualquer sub não científico), o mar naquela região sempre muito difícil, a ARA sem nenhum equipamento de resgate, etc. Não tinham a menor chance. Contar que um… Read more »
A reportagem que me referi foi aqui mesmo no Naval, em 2008 !
Segue o link :
http://www.naval.com.br/blog/2008/04/12/marinha-do-brasil-realiza-exercicio-de-socorro-a-submarino/
Mas…pode ocorrer…veja por exemplo o submarino USS Squalus , caso você não conheça.
.
Infelizmente há situações que não tem remédio…por outro lado…submarinos são
extremamente seguros desde que bem mantidos e bem tripulados.
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E embora seja bom ter uma boa capacidade de salvamento própria não é vergonha
pedir ajuda…os russos demoraram para pedir ajuda no caso do “Kursk”, mas, em
2005 pediram ajuda para um mini submarino sinistrado no Pacífico e os britânicos
responderam rapidamente salvando a vida dos 7 tripulantes.
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abs
Os SBR , assim como os IKL209, também não possui compartimentos estanques ? Será corredor livre , só com a antepara do compartimento de máquinas ?
Mk48,
Tem vídeo aqui mostrando o interior de Scorpene chileno onde se pode ver pelo menos duas portas estanques separando compartimentos à popa.
Você pode dar uma procurada no campo busca (digite Chile ou Scorpene).
Vlw Nunão.
Nunão,
Assisti o vídeo. Realmente só possui duas portas estanques na popa. O resto é corredor livre. Entendo as limitações de espaço, mas numa emergência, as portas estanques mostram seu valor.
Como disse em outro tópico, a MB já deveria analizar a substituição do Perry devido a entrada em serviço dos SBR. Aí está a confirmação do que falava. Sei que tem uma empresa nacional que está desenvolvendo ( ou desenvolveu) um USV nacional, denominado Blue Fish (se não me engano). Essa empresa Baiana deveria ser contactada pela MB para obter maiores informações desse USV que pode vir a compor esse novo sistema de resgate. Quanto a esse submarino de resgate, realmente seria interessante ou adquirir localmente (caso haja no mercado aparelho semelhante) ou nacionalizar. Se optarem pela sengunda opção, uma… Read more »
o Aerotransportado parece melhor pois um helicóptero levara pouco tempo para chegar aõ local provável do sinistro,mesmo um avião de carga igual aõ kc-390 que desloca a 850 km por hora pode fazer parte da viagem.Temos que ficar prerparados pois o tempo em caso de sinistro manda bastante.
Prezado Leonardo: entendo que o autonomous underwater vehicle (AUV) tem uma atuaçao limitada à capacidade de procura e identificaçao de naves naufragadas mas nao interage com o submersivel. Ja alguns ROV possuem capacidade de acoplar ao submarino (dependendo da posiçao em que estiver , etc) . Alguns sistemas de resgate – por exemplo aquele mobilizado pela marinha americana na tentativa de resgate da tripulaçao do ARA SJ – requerem meios bem maiores do que um KC390 (cuja capacidade certamente supera a do C130 qualquer letra). Assim me parece que um AUV poderia ser lançado da rampa do Kc390 e imediatamente… Read more »
Bem além do sistema aerotransportado de salvamento submarino, parece-me que será necessária a disponibilidade prévia de um meio de transporte marítimo para o dito sistema. Como exemplo um AHTS.
Parece-me razoável que ao menos um AHTS (ou três, como os mais práticos diriam) exista em cada um dos Distritos Navais (ou em alguns estratégicos), com capacidade para operar o tal sistema aerotransportado.
Salvo engano, ocorreu isto na operação de resgate do ARA San Juan, o aparelho chegou mas o navio capaz de transportá-lo e operá-lo ainda custou um tempo a chegar.
Olha os AHTS aí travies! Cadê o MO?