Prosub: entrega dos primeiros simuladores (PARTE 1)
Comissionamento dos dois primeiros simuladores para submarinos classe S-BR ocorrerá nesta semana
por Guilherme Poggio
A gerência do programa de submarinos da marinha do Brasil espera comissionar até o final desta semana os dois primeiros simuladores para submarinos classe S-BR. O Poder Naval esteve na área sul do EBN (Estaleiro e Base Naval) em Itaguaí ontem (4 de junho) a convite de Marinha e pôde presenciar “in loco” como andam os preparativos finais de mais esta etapa do programa.
Responsável pela capacitação pessoal com atividades submarinas, o CIAMA – Centro de Instrução Almirante Átilla Monteiro Aché, definiu que a EBN abrigará no futuro um conjunto de três prédios:
- Prédio dos simuladores dos submarinos convencionais;
- Prédio dos simuladores dos submarinos nucleares;
- Prédio administrativo.
No momento o programa concentra boa parte dos seus esforços na conclusão das instalações do prédio que abriga os simuladores de submarinos convencionais. Pelo cronograma, as instalações deverão ser entregues ao fnal do próximo mês (julho de 2018).
A obra civil em si deste prédio está praticamente concluída, faltando apenas serviços de menor envergadura. Porém, a movimentação na montagem e instalação dos equipamentos no seu interior é frenética. À frente desta empreitada está o capitão de fragata (RM-1) Silva do Mar, responsável pela supervisão da instalação e do comissionamento dos equipamentos.
Segundo informações dos oficiais que acompanharam a visita às instalações do EBN o prédio abrigará seis diferentes simuladores. São eles:
- Simulador de plataforma;
- Simulador baseado em computador;
- Simulador de superfície;
- Simulador tático;
- Simulador de controle de alagamento e
- Simulador de procedimentos de escape.
Em função do apertado cronograma de visitas o Poder Naval conheceu apenas os três primeiros da lista acima, que serão detalhados a seguir.
Simulador de plataforma – Também conhecido como simulador de imersão, ele simula os movimentos do submarino em relação aos seus três eixos. Na verdade, a capacidade do simulador vai além da capacidade normal de um submarino, podendo chegar até 40º em qualquer eixo. Foi dito que no interior do simulador (não houve acesso ao interior) está reproduzido atualmente apenas a metade de bombordo do compartimento de comando de um submarino classe S-BR. Uma mesa tática não funcional e um poço de periscópio falso completam o ambiente apenas para que os tripulantes tenham noção do espaço.
Expansão e simuladores das classes Tupi / Tikuna – O simulador de plataforma ocupa apenas parte do espaço disponível nesta ampla sala, que tem bastante espaço ainda livre para expansão dos equipamentos. Existe a possibilidade de trazer o simulador de plataforma dos submarinos classe IKL 209 1400 (classes Tupi e Tikuna) para o EBN. Esta, porém, é uma decisão que ainda não foi tomada pela Marinha, dentro de todo um conjunto de decisões relacionadas ao planejamento de trazer a manutenção e operação da atual frota de submarinos para o complexo de Itaguaí.
Nas próximas matérias o Poder Naval trará mais informações sobre os demais simuladores, bem como sobre outros avanços recentes do Programa Prosub que foram transmitidos pelos militares e civis que acompanharam a visita dos órgãos de imprensa especializada em Defesa.
Essa obra num todo é gigantesca! Parabéns marinha brasileira.
Prédio dos simuladores dos submarinos nucleares; no plural.
Sim Mateus. A Marinha entende que o Alvaro Alberto, primeiro submarino nuclear da MB, será basicamente um protótipo e que ele será seguido de outras unidades.
“À frente desta empreitada está o capitão de fragata (RM-1) Silva do Mar” – como diria o Macaco Simão este é um predestinado, rs.
kkkkkkkkkk pode crer …. mandar esta dica pra ele lkkklk,escuta nmos proximos dias
Mais uma peça do grande quebra-cabeças se encaixando.
Muito bom !
Sensacional. Aguardando a sequência…
Caro Poggio,
Sendo preciosista, na seguinte parte do texto;
“… uma mesa tática não funcional e um foço de periscópio falso completam …” e fosso e não foço.
Prezado Mazzeo, agradeço a sua observação, que não tem dada de preciosismo. Inicialmente eu havia escrito “poço do periscópio”, mas o termo militar correto é fosso. No final não saiu nem poço e nem fosso! 🙂
Poço é vertical. Fosso é horizontal. Então é poço do periscópio.
Fantastico! Nao sabia dos simuladores… Pensamento moderno da MB! Estao de parabens…
Vitor,
Apenas para esclarecer, em fevereiro já havíamos publicado matéria em que o andamento da instalação dos simuladores foi um dos diversos assuntos tratados
http://www.naval.com.br/blog/2018/02/22/submarino-riachuelo-coletiva-de-imprensa-e-mais-detalhes-sobre-o-inicio-da-integracao/
Mas antes dessa reportagem o tema também esteve presente em matérias especiais sobre o Prosub.
A atual classe Tupi também tem simuladores, então o tema é importante para a Marinha há tempos.
Aproveitando o preciosismo, no último parágrafo está escrito miliares e não militares.
Obrigado JP, foi corrigido.
Pra quem entende mais, no mapa do Google Earth, as águas do porto parecem serem mais escuras que as de fora, eles removeram terra para aumentar a profundidade? Ou era assim mesmo?
O fundo foi dragado, Jorge, isso fez parte do pacote ambiental do programa, pois a área tinha contaminações por empresas que antes ocupavam a região. Trataremos disso em outras matérias.
Ah faz muito sentido. Brigadão Nunão!
UMA pergunta de leigo: o simulador acompanhará, se atualizará qq mudança, qq evolução, no sub?
Sim, Aldo.
Mais detalhes na segunda parte da matéria, que acabou de ser publicada.
NUNÃO, gracias!