Classe Tamandaré: mais detalhes da proposta da Damen, Saab e Wilson Sons
Na feira RIDEX, que ocorreu entre 27 e 29 de junho no Rio de Janeiro, o ‘Consórcio Damen Saab Tamandaré’, do qual participam as duas empresas europeias e o estaleiro brasileiro Wilson Sons, apresentou informações sobre sua proposta baseada no navio Sigma 10514 para o programa das novas corvetas para a Marinha do Brasil, e o Poder Naval também apurou algumas características técnicas adicionais dos navios
Por Fernando “Nunão” De Martini
Esta matéria trata da proposta da Damen / Saab / Wilson Sons para o programa de obtenção das corvetas classe “Tamandaré” (CCT) da Marinha do Brasil (MB). Mas, antes de falar da proposta, vale a pena rapidamente relembrar alguns acontecimentos anteriores do programa para colocar a proposta no devido contexto: em 19 de dezembro do ano passado (2017), a MB lançou o Pedido de Propostas (RFP – request for proposal) para estaleiros estrangeiros interessados em construir as CCT em parceria com estaleiros do Brasil, com transferência de tecnologia para a construção dos quatro navios solicitados. Na ocasião (clique aqui para acessar matéria da época), foi informado aos presentes que as propostas poderiam ser respondidas para a construção tanto do projeto de propriedade intelectual da Marinha (desenvolvido pelo Centro de Projetos de Navios da MB e detalhado pela Vard, a partir da corveta Barroso, em serviço, e recebeu diversos e importantes aprimoramentos e modificações) tanto com um projeto de propriedade intelectual do proponente – NAPIP – desde que superasse as características do projeto da Marinha.
Em 18 de junho deste ano, nove propostas foram entregues em resposta ao RFP, entre elas a do consórcio formado pelo estaleiro holandês Damen Schelde Naval Shipbuilding (DSNS), pela divisão Saab Naval Solutions do grupo de defesa sueco Saab, e pelo Wilson Sons Estaleiros, do Brasil. O consórcio concorre ao programa CCT com uma proposta de NAPIP, uma versão modificada da plataforma Sigma 10514.
Nesta matéria, trazemos alguns detalhes da proposta do consórcio e de aspectos técnicos do navio, conforme pudemos apurar na recente edição da feira Ridex, realizada entre 27 e 29 de junho no Rio de Janeiro, evento ao qual o Poder Naval esteve presente e o consórcio expôs num estande próprio da parceria Damen – Saab – Wilson Sons. No estande, destacava-se uma maquete do navio proposto (que pode ser visto nas fotos acima e abaixo, e outras desta matéria) e concepções artísticas nas paredes, painéis eletrônicos e materiais impressos.
Plataforma Sigma 10514 – Versões do navio foram contratadas pelas marinhas da Indonésia, Marrocos e do México, sendo basicamente, segundo o consórcio, um projeto comprovado sobre o qual foram introduzidas as modificações necessárias para atender ao RFP. O nome Sigma corresponde a uma família de embarcações da Damen abrangendo desde navios-patrulha e de ataque rápido até fragatas, em que o formato do casco, construído segundo um plano estrutural padrão, é ampliado em comprimento e em boca (largura) para as diversas opções. Esse formato, segundo a Damen, é resultado da experiência com sete gerações de fragatas construídas no passado, sendo por esse motivo amplamente testado. Ainda que o destaque da empresa holandesa na ocasião fosse nos navios militares, foi ressaltado que a Damen já construir mais de 6 mil embarcações no total, atendendo a mais de 20 marinhas, acumulando cerca de 140 anos de experiência.
A numeração dos navios da família Sigma faz referência ao comprimento e boca do navio. Assim, a corveta Sigma 7513, por exemplo, refere-se a um navio com 75 metros de comprimento e 13 metros de boca (valores aproximados). Vale dizer que a empresa classifica produtos da família como corvetas até a Sigma 9113 (91m de comprimento x 13m de boca) e o modelo seguinte da família, a Sigma 9813, já é apresentada como fragata. Mas essa classificação varia de fabricante para fabricante, de cliente para cliente.
No caso do navio oferecido para a concorrência brasileira, a oferta está baseada no projeto Sigma 10514, ou seja, um navio de 105 metros de comprimento e 14 metros de boca e que o fabricante classifica como fragata. Como mencionado, já teve contratos assinados e construção de navios iniciada no México, Marrocos e Indonésia (para esta, a primeira entrega foi em fevereiro de 2017). Porém, apesar da numeração ter sido mantida como 10514, na ficha técnica da versão para o Brasil o comprimento indicado não é de 105 metros, e sim de 107,5 metros, e percebe-se pelas ilustrações e pela própria maquete, em comparação por exemplo à versão recentemente entregue para a Indonésia, que esse acréscimo de comprimento aparentemente foi feito no espelho de popa (que ganhou maior inclinação), ampliando-se a área do convoo.
Ainda segundo a Damen, o projeto da família Sigma é modular, com emprego de soluções padrão e uso de equipamentos disponíveis comercialmente, os chamados itens “de prateleira” (off-the-shelf) sempre que possível, que podem ser aprimorados para atender a padrões militares quando necessário. Outra característica destacada pela empresa holandesa é que o efeito da repetição de soluções na família Sigma, tanto no casco quanto nos sistemas, reduz a complexidade da construção e o risco dos projetos.
Modularidade e aprendizado – Para atender ao RFP da Marinha do Brasil quanto às exigências de conteúdo local, transferência de tecnologia, construção em estaleiro brasileiro e capacidade futura de manutenção, o consórcio aproveitou o conceito de construção modular da plataforma Sigma. Conforme Alencar Leal, oficial da reserva da Marinha (deixou o serviço há 10 anos) e que hoje é analista de projetos da Saab Brasil, caso seja vencedora da concorrência da Marinha, a proposta prevê que a maior parte do trabalho de construção dos módulos dos quatro navios seja feita no estaleiro brasileiro integrante do consórcio, o Wilson Sons. Apenas alguns módulos do primeiro navio deverão ser construídos na Holanda, no caso os que contém os componentes de automação e de eletrônica, com aprendizado de engenheiros e técnicos brasileiros no processo para treinarem como “rechear” esses módulos com os sistemas de alta complexidade oferecidos. Demais módulos deste primeiro navio já seriam construídos no Brasil pelo estaleiro Wilson Sons.
A partir da segunda unidade, todos os módulos, incluindo os que recebem os componentes de automação e de eletrônica, seriam construídos no Brasil, atendendo às exigências de conteúdo local e de cronograma exigidos pelo RFP da Marinha. Ainda segundo Leal, não só o treinamento dos engenheiros e técnicos brasileiros na Holanda para acompanharem a construção dos primeiros módulos e integração dos sistemas eletrônicos, mas também o treinamento de tripulações para operar os navios são atendidos pela proposta do consórcio (vale lembrar que as exigências de soluções de treinamento para os tripulantes estão no RFP da Marinha).
Wilson Sons e redução de riscos – Conforme Alencar Leal, a proposta do consórcio visa reduzir ao mínimo os riscos da Marinha do Brasil com as novas corvetas, oferecendo um navio que é uma plataforma comprovada, a ser construída por um estaleiro nacional, o Wilson Sons, que já tem uma relação de negócios de mais de 20 anos com a holandesa Damen. Ou seja, já estão acostumados a realizar programas, construir navios e compartilhar informações de projetos “falando a mesma língua”, não precisam começar a aprender a trabalhar juntos agora. Da mesma forma, Damen e Saab já realizam outros programas juntos na Europa há bastante tempo, segundo Leal.
Sobre o Wilson Sons, o estaleiro tem mais de 80 anos de história e está localizado na cidade de Guarujá (litoral do estado de São Paulo), junto ao canal de entrada do porto de Santos, e sua experiência na construção, manutenção e reparo de navios é em sua maior parte em embarcações para apoio a plataformas em alto-mar e apoio portuário. O estaleiro já construiu mais de 130 navios, 90 deles em conjunto com a Damen.
Sistemas, sensores e armentos da Saab – considerável quantidade de sistemas e armamentos da proposta têm fornecimento pelo grupo Saab (que acumula mais de 75 anos de experiência no mercado de defesa), como o sistema de gerenciamento de combate 9LV, customizável para vários tipos de navios militares. A arquitetura do 9LV é aberta, visando facilitar a integração de módulos de terceiros, e segundo o consórcio já é empregado por diversas marinhas. Embora não pudesse entrar em detalhes adicionais, mesmo porque os processos de seleção e negociações mais profundas com a Marinha quanto a equipamentos, sensores e sistemas específicos dependerão da oferta avançar para a “short list” da concorrência, Alencar Leal afirmou que a proposta do sistema 9LV é continuar a evolução do sistema de combate nacional.
No material de divulgação apresentado, constam entre os principais itens da Saab não só o sistema 9LV, mas também radares de vigilância 3D Sea Giraffe AMB e 1X (no interior de um radome cônico que forma a continuidade do mastro principal), sistema / radar de direção de tiro CEROS 200, alça optrônica / eletro-óptica de direção de tiro EOS 500, sistemas de guerra eletrônica (R-ESM e C-ESM SME 250 e CRS Naval), sistema TactiCall integrado de comunicações, lançadores de mísseis mar-mar RBS15 (quatro mísseis, em configuração 2+2), além de estações remotas de armas Trackfire. Apesar de não denominados explicitamente, os canhões principal (57mm) e secundário (40mm) mostrados nas concepções artísticas e na maquete são produtos de origem também sueca (Bofors, sendo atualmente produtos oferecidos pelo grupo britânico BAE Systems), ainda que outras opções de maior calibre fossem vistas para o canhão principal na ilustração da divisão em módulos, e que são produtos de outros países.
Não foram apresentados explicitamente os fornecedores de sistemas como sonar, lançadores triplos de torpedos antissubmarinos (posicionados atrás de portas nos bordos da superestrutura), de despistadores de mísseis, assim como de mísseis antiaéreos (em células de lançamento vertical posicionadas atrás do canhão principal). Vale ressaltar, porém, que além do estaleiro Wilson Sons o consórcio apresentou algumas das empresas brasileiras parceiras na proposta, no caso a Consub (soluções em tecnologia e integração de sistemas navais), responsável pela integração dos equipamentos, e a Akaer (mercados aeroespacial e de defesa), que fornecerá “outros sistemas de combate”. A Consub, vale frisar, é fornecedora dos sistemas de gerenciamento de combate Siconta para a MB. Foi reforçada pelo consórcio a flexibilidade da proposta para atender aos requisitos que a Marinha estipular, após eventual avanço da proposta do consórcio na concorrência, para instalação de equipamentos específicos de fornecedores de sua escolha.
Apurando mais detalhes – Além das questões de caráter geral envolvendo a proposta do consórcio, este colaborador do Poder Naval buscou conhecer alguns detalhes mais específicos do navio oferecido para a concorrência. Para isso, conversei com um dos engenheiros navais da Damen, Roberto Santoro, até onde foi possível antes que um executivo da empresa “gentilmente” me convidasse a não fazer mais perguntas no estande.
Plataforma de armas à vante do passadiço – A primeira das questões referiu-se à mudança de posicionamento do canhão secundário, que em outros navios Sigma 10514 é instalado em plataforma entre o passadiço e o canhão principal, e que se destaca na linha diagonal da superestrutura. Na maquete e ilustrações da versão para a concorrência da classe “Tamandaré”, o canhão secundário, cujo formato é claramente de uma torreta BAE Bofors 40mm Mk4 de operação remota (com back-up de operação local), está posicionado sobre o hangar, tal qual a torreta Mk3 da corveta Barroso da Marinha do Brasil. A mudança atende a requisitos da própria Marinha. Perguntei se a proposta inclui alguma opção para ocupar essa plataforma à vante do passadiço com algum armamento, e se, no caso de poderem ser disponibilizadas para tanto algumas áreas dos compartimentos de conveses inferiores, se o projeto permitiria a instalação abaixo dessa plataforma de lançadores verticais de maior comprimento que os já previstos no convés principal (aproveitando-se a maior altura em relação a este para prover maior profundidade).
A resposta foi que essa plataforma é vista, na versão oferecida para a MB, como espaço para eventual instalação sobre ela de sistemas de armas desejáveis no futuro, em modernizações e atualizações. Ou seja, um espaço reservado para capacidade de crescimento. Porém, não seria aconselhável, em navio desse porte, que lançadores verticais ficassem mais próximos ao passadiço do que já estão na proposta original – a não ser que se fizesse um redesenho da superestrutura nessa posição, o que não seria um grande problema em face do conceito de modularidade da família Sigma. Assim, o objetivo é que essa plataforma fique vaga para eventuais necessidades futuras da Marinha.
Propulsão CODOE – Satisfeita essa curiosidade, passei a fazer várias perguntas sobre a configuração do sistema de propulsão CODOE (Combined Diesel Or Electric – Combinação Diesel ou Elétrico) em dois eixos e dois hélices do navio proposto. Para essa conversa, eu e o engenheiro nos valemos da boa visão que a maquete oferecia das três chaminés, uma central e de pequeno tamanho, próxima ao fundo do hangar, e outras duas maiores posicionadas lado a lado a meia-nau, a qual servia de guia para a distribuição dos motores principais e auxiliares abaixo. Em resumo, as respostas indicaram a seguinte configuração do sistema, de popa para proa, em compartimentos separados para garantir maior sobrevivência em combate:
Na altura da pequena chaminé centralizada, estarão localizados dois motores diesel auxiliares acoplados a dois geradores, cada um com potência na faixa de 1MW (os valores são aproximados, e Santoro não poderia entrar em mais detalhes).
Entre a chaminé centralizada e as duas maiores, ficará o compartimento em que estarão dois motores elétricos, dividindo o espaço com a caixa de engrenagens dos dois motores diesel principais.
Esses dois motores diesel, de dimensões bem maiores que os auxiliares e com potência na faixa de 10MW cada, ficarão em compartimento exatamente abaixo das duas chaminés maiores.
Por fim, no último compartimento do sistema de propulsão, no sentido para a proa, estarão mais dois motores auxiliares de 1MW (com exaustão por tubulações ligadas às duas chaminés maiores).
Esse sistema, além da maior compartimentação, permite flexibilidade na propulsão. Para cruzeiro econômico, em velocidades próximas a 14 nós que permitem um alcance de 5.000 milhas náuticas, os dois motores diesel maiores ficam desligados, e a propulsão é feita pelos dois motores elétricos acoplados aos dois eixos, alimentados pela eletricidade gerada pelos quatro motores auxiliares (que também respondem pela geração de energia para os demais sistemas do navio). Vale observar que em projetos modernos a propulsão por motores elétricos alimentados por geradores diesel, desde que estes estejam instalados de forma a evitar propagação de ruído e vibrações, também pode proporcionar deslocamento silencioso em velocidades mais baixas, o que é especialmente desejado na guerra antissubmarino.
Já para a velocidade de pico, ao redor de 26 nós, não entram em linha os motores elétricos – por isso a segunda letra “O”, de “or” (ou) da sigla CODOE – e sim os dois grandes motores diesel de 10MW de potência cada, acoplados à mencionada caixa de engrenagens.
Perguntei se esse arranjo com dois motores diesel principais era o convencional, em que ambos se conectam à caixa de engrenagens de forma que tanto um quanto o outro possam fazer girar ambos os eixos, e a resposta foi positiva, o que me levou a questionar qual a velocidade numa eventual utilização de apenas um dos motores, para uma situação em que fosse necessária velocidade de cruzeiro mais alta (numa faixa não tão econômica quanto a de 14 nós com os motores elétricos alimentados pelos diesel auxiliares, mas com consumo inferior ao que seria o caso com dois motores principais acionados). Santoro informou que seria superior a 20 nós, embora ressaltasse que não poderia entrar em mais detalhes ou fornecer números mais precisos.
Outras questões referiram-se à capacidade do hangar e convoo, assim como a existência de corredor interno longitudinal como no projeto de propriedade intelectual da Marinha, com respostas positivas quanto à existência do corredor e da capacidade de operar e hangarar helicóptero do porte do Sea Hawk, constando ambos os requisitos do RFP. Pouco depois dessa fase da conversa, porém, foi preciso encerrar minha insistente bateria de perguntas, como já mencionado. Assim, eventuais detalhes adicionais sobre o projeto ficarão para outra oportunidade. Seguem por ora as características básicas divulgadas da versão Sigma 10514 para o programa da classe “Tamandaré”:
- Comprimento: 107,5m
- Boca: 14,02m
- Calado: 3,9m
- Deslocamento: 2.600t
- Velocidade máxima: 26 nós
- Tipo de propulsão: CODOE
- Tripulação: 136
- Autonomia: 28 dias
- Alcance: 5.000 milhas náuticas a 14 nós
Para finalizar, vale informar que durante o evento o estande da parceria Damen / Saab / Wilson Sons recebeu as visitas do ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e do comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira. A Saab também esteve presente à Ridex com estande próprio dedicado a apresentar soluções que não fazem parte do programa da classe “Tamandaré”, como é o caso de seus navios de contramedidas de minagem. O Poder Naval fotografou o comandante da Marinha quando em visita ao estande da Saab (foto abaixo).
25 e 27 de junho
Corrigido, obrigado.
Na verdade 27 a 29 de junho. Estava certo no texto mas errado no subtítulo. Consertado de vez agora.
E seguem as boas noticias do Programa Tamandaré.
Eu não conhecia muitos detalhes das Sigma e gostei do que nos trouxe o Nunão.
Linda, mas ainda assim prefiro mil vezes o projeto original de nossas CCT,s criado pelo CPN.
Lógico, desde que o mesmo seja mais barato em comparação aos concorrentes, e levando em consideração o ganho técnico profissional de nossos técnicos do CPN, Estaleiros etc.
Farei apenas um comentário sucinto e estritamente técnico acerca do design (do projeto) dessa fragata: é LINDA, hein ??!!
Qual seria a tonelagem da versão oferecida no programa CCT?
Está na matéria, divulgaram como 2600t, mas sem especificar se é deslocamento leve, padrão ou a plena carga.
Tinha ficado em duvida em relação a esses 2.600 toneladas, tendo em vista que o projeto do CPN é de 2.700 toneladas, ou seja, o NAPIP oferecido pela Damen seria mais leve que o projeto do CPN, mas provavelmente esses 2.600 toneladas deve ser o deslocamento padrão, tendo em vista que segundo o certame o NAPIP deve ser igual ou melhor que o projeto do CPN
Considero o Sigma a melhor corveta, como falei anteriormente é uma questão que envolve criação de empregos, transferência de tecnologias, financiamento, além de apoio político. Porém, conforme vimos no RIDEX, eles estiveram presente dando todas as informações necessárias. Vendo desta maneira além de uma corveta de primeira, mostram muito interessante em ganhar está briga. Torço por eles.
Type 31, essa seria uma excelente escolha.
O deslocamento deste navio, 2.600 toneladas, fica abaixo dos quase 2.800 t do projeto original. Defendo que uma proposta de um navio de tonelagem igual ou inferior ao projeto original e sem acrescentar novas capacidades,este deveria ter preferência
Se realmente ele for um requisito absoluto, certamente será cumprido pela corveta oferecida. Seria um erro infantil não cumprir um requisito absoluto, ainda mais um tão fácil de ser cumprido, que empresas como SAAB e Damen jamais cometeriam.
Do que supostamente teria sido exposto das propostas até agora, a inglesa parece ser a mais acertada, pelo conceito de defesa em camadas, com Phalanx CIWS para defesa de ponto e lançadores verticais para a defesa de área. Sobre ASuW, só vi alguma coisa sobre um sonar rebocado de profundidade na Meko, mas não dá para saber se seria adotado na Classe Tamandaré.
“com Phalanx CIWS para defesa de ponto” É, mas está no pacote oferecido ao Brasil, ou isso é baseado em uma imagem da oferta feita ao UK? Phalanx deve custar mais que um Canhão 40mm. . “e lançadores verticais para a defesa de área” Lançador vertical, pelo que me lembro todos que eu vi tem. O modelo oferecido aos ingleses tem capacidade de receber módulo do Mk-41 até para comportar mísseis de ataque terrestre… Na proposta brasileira, será que consta esse VLS, ou isso também é baseado na imagem do navio oferecido ao UK? . “Sobre ASuW, só vi alguma… Read more »
Digitei do celular, é ASW – corrigido. Sim, sonar rebocado só vi na Meko, como falei acima.
Corveta muito bonita, mas o sistema de propulsão ao meu ver seria melhor se fosse composto de 4 motores diesel (sou leigo nesse assunto, mas para mim menos é mais), assim diminui o número de compostos importantes para manutenção e peças de reposição, ou seja, simplifica algo que é complexo. Até agora, se vier no tamanho “adequado” de 117 ou 120 metros, acho a proposta da Bae a melhor, se não der par a Bae, espero que venha o desenho original da MB e por último a Meko, que seria interessante se fosse uma versão intermediária entre a 100 e… Read more »
No caso, qual vls seria adotado?
Esta plataforma frontal poderia receber um segundo mk4 40mm?
O México, a Indonésia, e a Romênia se assemelham ao Brasil em aspectos econômicos e porte técnico e optaram por esse construtor das suas corvetas, sinal que seus projetos, se mostram confiáveis e acessíveis; espero que consigamos fechar um bom negócio com eles; embora eu particularmente preferia a Navantia (pela expertise em grandes navios, que já seriam um meio caminho pra futuras fragatas) mas a Damen/Saab parece ser uma boa opção.
“Não foram apresentados explicitamente os fornecedores de sistemas como sonar, lançadores triplos de torpedos antissubmarinos (posicionados atrás de portas nos bordos da superestrutura)…”
Estes equipamentos não podem ser reaproveitados das fragatas que já terão dado baixa até lá ? Principalmente os lançadores torpedos ? Se isso for possível os valores de construção das Tamandaré ficariam mais baixos; qualquer valor que puder se economizar em reutilização de equipamentos pode ser investido em outro sistema.
O sonar eu acho que vai ser novo (talvez o seja o nacional que está em desenvolvimento), já os lança torpedo também é nacional se levamos em conta que “só” 2 FCN serão rebaixadas para OPV que está disponível para as 2 primeiras tamandaré.
Lançadores triplos de torpedos, ao menos teoricamente, não deveriam faltar em estoque pois vários navios dotados deles deram baixa nos últimos 15 anos mais ou menos (dois fragatas Tipo 22, quatro contratorpedeiros classe Pará, duas corvetas classe Inhaúma). Mas, ainda assim, está bem longe de ser um dos itens mais caros dos armamentos navios e, ainda por cima, pode ser comprado novo de fornecedor nacional, com décadas de duração pela frente. Sonares dependeria do estado dos mesmos, e dos aistemas eletrônicos que fazem parte deles. Acho que as pesquisas e desenvolvimentos em projeto e fabricação de sonares, tanto pela Marinha… Read more »
Os 40mm Mk 3 poderiam ser modernizados para o padrão Mk.4?
Em relação ao principal, pq a MB abandonou o 114mm em prol do 76mm, que devem ter alguns parados por aqui.
Fabiano, O Mk8 114mm não é mais fabricado. A versão utilizada pela MB sofre hoje dificuldades de manutenção por ter sistemas hidráulicos, entre outras peças não mais fabricadas. Os navios mais novos hoje em serviço no país que era fabricante e que mais emprega o MK8, o Reino Unido, são os Destróieres Type 45 que tiveram os seus canhões reaproveitados de navios que deram baixa. E essas armas passaram por programa de modernização com siatemas eletricos substituindo os hidráulicos, entre outras extensas e caras mudanças – o mesmo se deu nos canhões que equipam as fragatas Type 23. Porém, novos… Read more »
Obrigado pelo resposta Nunão!
Em termos de design considero a mais bonita, mas em termos de armamento sinto falta de um sistema CIWS, que poderia ser instalado na plataforma ante o passadiço – um Oerlikon Millennium – . Na maquete parece haver poucas células VLSm, umas 8, onde acredito que o mínimo necessário seriam 16, contudo isso deve ter alguma previsão de expansão. Sobre o radar, pensei que a Marinha já havia escolhido o Artisan 3D, fiquei em dúvida sobre isso. No mais considero até agora junto com a Type 31e minhas favoritas nesse processo.
O Bofors 40 mm vai fazer a função de ciws, quando usar a munição 3P.
O folheto da Damen diz que cabem até 12 células vls e como citado na matéria, não é aconselhável acomodar células vls tão próximo da superestrutura em navios menores.
Sobre o radar, quando a Marinha escolheu o Artisan para o projeto do cpn, mas pode ser oferecido qualquer um.
Quanto a T31E oferecida, pouco se sabe as características dela. Aquela da foto é a versão oferecida a Royal Navy.
Sim, concordo sobre a questão de acomodar os VLS em navios de menor porte, acho o ideal 16, no mínimo, o que é uma pena para o projeto caber 12 no total. Entendo que o Bofors possa realizar essa função, mas seria importante um CIWS “puro”. Na minha opinião, claro. Agora entendi a questão do radar, mas como o projeto prevê adaptações a eventuais preferências da Marinha podem acabar optando por ele mesmo, para tentar uma padronização com o Atlântico. Essa mesma “padronização” que seria interessante com o projeto da Type 31. Mas de fato só teremos uma ideia melhor… Read more »
Fernando, Não sei se é o seu caso, mas como isso é uma questão frequente, cabe algumas observações sobre células VLS em navios de menor porte. A quantidade e tipo delas esbarra no espaço disponível, não só horizontal, mas também vertical, este último impactando na profundidadedas células e, consequentemente, no comprimento dos mísseis nelas abrigados. Isso precisa estar equacionado com os usos dos conveses inferiores (e em navios de menor porte a alocação de espaço costuma ser mais crítica) e com a reserva de estabilidade para que as células ocupem espaço também para o alto, projetando-se acima do convés principal… Read more »
Fernando, entendi suas colocações e de fato não havia dado atenção a esses detalhes. Obrigado.
Muito legal porem a tamandare vai usar canhão BAE System mk110 de 57mm
Parece que a munição do canhão 57mm pode ser fabricada pela Emgeprom…
https://www.marinha.mil.br/emgepron/sites/www.marinha.mil.br.emgepron/files/fichatecnica/lt_57.pdf
Este Bofors sobre o hangar destoa das linhas limpas do navio, seria melhor um Millennium 35 mm; sei que a MB reluta em criar mais uma linha logística para um novo equipamento do tipo, mas que achei visualmente estranho, achei. No folheto da Damen, esta classe comporta até 12 células vls para mísseis shorad, mas estou no celular não consegui ver se nesta versão Br está com tudo isso ou só as 8 do projeto do cpn. No canhão principal, acho que a MB vai querer o 76 mm mesmo, não o 57 mm ofertado pois a Tamandaré deverá fazer… Read more »
Roberto, Eu sinceramente desconheço uso de baterias como parte integrante de sistema de propulsão de navios de superfície diesel-elétricos, apenas em submarinos. Mesmo porque seria necessária uma enorme quantidade de baterias para um reaultado muito inferior em desempenho que submarinos. Enfim, desconheço e por isso mesmo nem passou pela minha cabeça uma questão dessas. Sobre a comparação Bae/Bofors 40mm Mk4 x Rheinmetall Oerlikon Millennium 35mm, cada arma tem suas vantagens e desvantagens, uma com menor cadência de tiro mas maior peso de projétil e de área letal dos balins / fragmentos para modo de proximidade / programação (além de maior… Read more »
Concordo, a questão estética nada vale, apenas dei uma opinião pessoal.
Mas o Millennium parece contribuir mais para a furtividade do navio que o Bofors com aquela “quadrada” e altura. Mas é apenas uma visão pessoal, ressalto.
Quanto a propulsão, agradeço as informações.
Sem querer me meter e já me mentento: – Alcance do canhão Millennium contra mísseis: 2500 m Alcance do 40 mm contra mísseis: 3000 m – cadência do Millennium: 1000 t/min cadência do 40 mm: 300 t/min – massa do projétil AHEA de 35 mm: 750 g massa do projétil 3P de 40 mm: 975 g – massa lançada contra um míssil antinavio subsônico: Millennium: 102 kg 40 mm: 49 kg – * Não restam dúvidas quanto ao Millennium ser o canhão CIWS mais capaz que existe no mundo na função antimíssil/control kill (e também contra ameaças assimétricas de superfície),… Read more »
Uma variável acerca da munição de ambos é que o padrão de fragmentação da munição 3P do canhão de 40 mm é anelar, enquanto que o padrão de distribuição dos sub-projéteis da munição AHEAD é cônico. Ponto novamente para o Millenium com munição AHEAD.
Depende, Bosco. Há outros fatores a levar em conta como a quantidade de balins levados em cada munição e seu peso, o desenvolvimento na munição de 40mm de sistema que permite lançar a maior parte dos balins numa única direção indicada pela espoleta de proximidade (não sei em que pé está mas já li sobre isso), e a maior flexibilidade para uso também contra ameaças de superfície (não só com impacto direto), o que torna o 40mm um pouco mais “multipropósito”. Mas não duvido de auas limitações em cadência de tiro. Ao mesmo tempo, reconheço as qualidades do 35mm que… Read more »
Mestre Bosco,
Talvez ainda com relação ao 40mm possa existir uma margem de incluir uma sintonia fina na avaliação:
A) apesar de explosão anelar, alguma fração dos fragmentos podem acertar lateralmente ou até pela retaguarda do anel caso p alvo tenha passado
Talvez ainda em função da trajetória do alvo é suas velocidade, a diferença de alcance em favos do 40mm possa também da mesma forma reduzir esta defasagem quanto ao millenium, pois a diferença de alcance possibilita no mesmo tempo de engajamento alguns poucos tiros a mais que o 35mm
Nunão, Também sem querer entrar em disputa mas só no sentido de esclarecer, encontrei para a munição 40 mm 3P a quantidade de 900 “fragmentos”de tungstênico com 3 mm de diâmetro. A velocidade do fragmento é de cerca de 2000 m/s (gerada pela arrebentação da carga explosiva). Para a munição AHEAD há 152 subprojéteis de tungstênio com 3,3 gramas. A velocidade do subprojétil da AHEAD é de cerca de 1000 m/s, que é a mesma do projétil principal quando foi liberado. – Só pra comparação, a massa de um projétil de 9 mm é de cerca de 7 mm e… Read more »
A munição de fragmentação e explosão no ar dos projéteis de 35 e 40 mm visam danificar a célula e os componentes de um míssil e com isso fazê-lo cair ou se fragmentar, no chamado “control kill”.
Já um canhão com munição unitária de contato como o Phalanx visa penetrar na cabeça explosiva do míssil e fazê-lo explodir no ar.
Só pra comparação, o projétil Mk-244 com núcleo de tungstênio utilizado pelo Phalanx tem massa de 150 gramas e velocidade de 1100 m/s. Sua energia cinética é de 90.750 J.
A munição 3P 40mm tem 1100 balins de tungstênio
https://www.youtube.com/watch?v=wewaCdSW4yc&t=3s
Art,
A primeira fonte que vi dizia ser de 900 balins de 3 g . Tem essa fonte que cita 1100 balins, e tem outras (inclusive o confiável “NavWeaps”) que cita ser de 3000 balins.
Na dúvida vale o peso do projétil, que todo mundo concorda como sendo na faixa de 975 g.
Eu fiquei decepcionado pela SAAB não oferecer a flexpatrol, parece ser um navio bastante avançado, principalmente no uso de materiais compósitos. Essa proposta, tendo a Saab como parceira é interessante justamente para a consolidação das relações com a empresa e sua consequente transferência de tecnologia. É melhor firmar parcerias fortes para o longo prazo que ter multiplos parceiros em cada projeto.
Talvez a opção mais interessante. Deverá estar na lista.
Com eu já comentei antes, para mim a propulsão CODOE é mais indicada para missões ASW e a MB tem a ganhar com a operação e manutenção de tecnologias a meu ver mais avançadas.
Uma pergunta: Porque a SAAB montou um estande de contra medidas de minagem?? Existe alguma coisa no ar, sabemos que a DAMEN tem 2 navios caças Minas lá no estaleiro. Será que eles esperam alguma coisa?
Vovozão, a Saab já está promovendo caça-minas para a Marinha faz tempo. Digite classe Koster no campo busca do blog.
Hélio 11 de julho de 2018 at 18:58
“Eu fiquei decepcionado pela SAAB não oferecer a flexpatrol, parece ser um navio bastante avançado, principalmente no uso de materiais compósitos”.
Acredito que não seja viável construir um navio com o comprimento indicado pela MB com material composto.
A classe tamandaré tem comprimento de103,4m e deslocamento de 2.700 toneladas,enquanto a FlexPatrol tem 98,4m de comprimento e deslocamento de 2.400 toneladas.
Até onde já pude ver, material composto no projeto de flexpatrol / corveta da Saab, que tem porte semelhante ao da classe Tamandaré, é só na superestrutura. O casco é de aço.
Sea Giraffe, AFF! Bem fraquinha a proposta (feio esse passadiço) e com muitos pontos nebulosos. Acho insignificante a capacidade de navegar em silêncio (se os geradores diesel deixarem, o que vai demandar um bom gasto em isolamentos…) pra ASW mas útil pra patrulhas constabularias. Penso como o colega acima, propulsão CODAD seria melhor, e digo eu, sem essa preocupação extremada com separação das salas de propulsão: num navio pequeno desses, esses compartimentos não estarão tão separados longitudinalmente que se incremente a sobrevivência da propulsão (em geral, a separação devia ser de uns 15% do LBP). Todo bote pequeno é one… Read more »
Você queria que num navio desse tamanho tivesse hangar para dois Seahawks?
De qualquer forma, não é o que a MB quer, então não teria porque a proposta contemplar esse “hangarzão”, pois implicaria no aumento do navio, do seu custo e do seu preço.
E o radar Giraffe é muito bom, tanto que é usado por marinhas da OTAN. Inclusive pelo RU nas Falklands, mesmo tendo o Artisan sendo fabricado “em casa”.
Complemetando
O Sea Giraffe ainda tem a vantagem de possuir uma taxa de atualização 2x mais rápida que o Artisan (60 rpm contra 30 rpm). Isso parece especialmente útil se considerarmos a evolução e propagação dos mísseis anti-navio supersônicos.
Inicia um abaixa assinado que nos o ppvo queremos o sea giraffe
OTAN…
Deixem corrigir duas informações erradas que dei:
A- cada hangar das OHP tinha 6×15 m;
B- três MQ-8B ocupam 190×560 polegadas (eu li como se fossem centímetros…), o que corresponde aproximadamente ao espaço ocupado por um Seahawk dobrado.
Desculpem, é a idade e a desatenção.
Nunão, a questão da propulsão ficou um pouco confuso, para mim, pelo menos, explico:
Para alimentar os dois motores elétricos de 10.000Kw, seriam necessário que os dois motores diesel principais esteja funcionando, porque com os auxiliares na faixa de 1.000 kw, estamos falando de motores diesel demais ou menos 1.000 Hp, a conta não fecha..
Posso ter entendido errado.
Juarez, você entendeu errado. Em nenhum lugar do texto está escrito que os motores elétricos têm 10MW. A potência dos dois motores diesel principais é de 10MM cada, não foi informada a potência dos motores elétricos. Vale lembrar que potência pode ser expressa em MW tanto para motores elétricos quanto para de combustão interna, é escolha do freguês expressar de uma ou outra (hp) forma. Os motores elétricos são alimentados somente pelos 4 motores / geradores auxiliares, de 1MW cada, que também geram energia para os sistemas do navio. Não foi informada a potência dos motores elétricos, mas certamente eles… Read more »
Nunao, a pergunta foi porque neste evento eles colocam um stand com contra medidas, minha pergunta é se eles por acaso nesta proposta para as corvetas estariam colocando também os cacas-minas, em uma venda casada???
São coisas diferentes, Vovozão, programas diferentes, estantes diferentes (um para o consórcio do qual a Saab participa, outro só da Saab), navios diferentes. Não sei de nenhuma proposta casada, os concorrentes do programa Tamandaré tem que se ater ao RFP.
Quanto a propulsão, não é 100% projeto original. A Sigma 10514 da imagem tem somente uma grande caixa de fumaça no centro X 2 da maquete. Deve ser consequência da mudança dos motores (mais potência) que aumentou em quase 2 mil kw cada um. A Sigma da imagem (e a do site) desloca 1 mil tonel a menos, em torno de 9000 kw cada motor.
Esteves, tem três chaminés tanto na maquete quanto nas concepções artisticas divulgadas e que ilustram a matéria, duas a meia nau e a terceira na área do hangar.
Ops. São 3. Mas o deslocamento e a potência na versão do site são menores. Acho que perdi um comentário.
“…Vale observar que em projetos modernos a propulsão por motores elétricos alimentados por geradores diesel, desde que estes estejam instalados de forma a evitar propagação de ruído e vibrações, também pode proporcionar deslocamento silencioso em velocidades mais baixas, o que é especialmente desejado na guerra anti-submarino.”
Não há baterias. Os motores elétricos são alimentados por geradores. Geradores não são silenciosos. O post diz: …desde que estejam instalados…”
Parece genérico. Faz ruído. Mas se fizer bem feito, faz menos. É isso?
Esteves, o que é “versão do site”? A parte que você mencionou entre aspas é uma observação minha sobre o modo de propulsão diesel-elétrica para navios de guerra, que não tem nada de novo para quem acompanha o tema. Geradores não são silenciosos, mas em qualquer navio de guerra que usa motores diesel e tem emprego antissubmarino entre suas funções (ou seja, a grande maioria dos navios escolta em serviço no mundo, com a óbvia e mais conhecida exceção dos americanos que optaram por padronizar em navios escolta só com turbinas) é absolutamente comum buscar-se isolamento acústico e de vibrações… Read more »
Site do fabricante. A pergunta que fiz foi em relação à tua afirmação que “…desde que instalados de forma a evitar propagação de ruído…”
São geradores. Fazem ruído. Mas podem ser instalados com isolamento para evitar. Claro. Quem instalaria gerador de outra forma?
Submarinos contam com baterias. Navios não. Então deveria haver somente uma forma. A forma com o máximo de isolamento.
Esteves, o site do fabricante apresenta a versão específica da Sigma 10514 com os detalhes das modificações feitas para a oferta ao programa classe Tamandaré?
“São geradores. Fazem ruído. Mas podem ser instalados com isolamento para evitar. Claro. Quem instalaria gerador de outra forma?”
Quem não precise abafar os ruídos para os níveis necessários à guerra antissubmarino.
Nunao,
Parabéns pela matéria. Ótimas perguntas. Pena que não pudemos almoçar juntos como havíamos combinado.
Está faltando só a Naval Group revelar sua proposta. Quando eles quiserem…
Parabéns também pelo texto. Muito esclarecedor
Grande abraço
Luiz Monteiro, agradeço os elogios.
Esse encontro está difícil de conciliar, mas quem sabe um dia conseguiremos.
Vi rapidamente o almirante Caroli na feira, mas como estava no meio de outra conversa, não tive oportunidade de falar com ele.
Verdade Nunao, mas vamos sim. Quem sabe até na Inglaterra.
Saliento que os estaleiros tradicionais da Europa: Naval Group, Ficantieri, DAMEN, BAE e TKMS apresentaram propostas com NAPIP.
Grande abraço
CA Luís Monteiro, que interessante a informação. Fico imaginando qual o NAPIP a Fincantieri apresentará, será que é algo baseado na classe Comandante ?
A classe mais próxima da CCT é a FREEDOM (com ~3.200t) um….LCS!!!
Então tchau para o projeto da Tamanduá na concorrência…
Obrigado pela informação.
Se os editores me permitem,
Nesse mês o VF-1 iniciou seus preparativos para participar da CRUZEX. Foram realizadas em conjunto com a FAB, manobras de ataque ao solo e reabastecimento em voo.
Grande abraço
Em junho iniciou seus treinamentos e não nesse mês.
Abraços
Boa noite Alte.,
Sabe dizer se algum modelo modernizado participará da Cruzex?
Prezado Rafael,
Sim. O biplace recentemente entregue pela EMBRAER será uma das aeronaves.
Abraços
Almirante, nada sabemos também da proposta da Fincantieri, não e mesmo? Franceses e italianos estão bem quietos.
Prezado Marujo,
Ambos apresentaram NAPIP. Só o que posso dizer. O resto só eles podem revelar, se quiserem.
Abraços
Obrigado por sua resposta.
Projeto bacana, moderno, testado, so achei pouco o deslocamento de 2600 ton, mas acho que vão ser competitivos em relação ao preço. Imaginei que fossem oferecer uma parecida com a cogitada no PES da Colômbia que chamaram de sigma 10515 com cerca de 3000 ton.
Realmente Nunão, eu fiz uma confusão, mas de qualquer forma fazendo uma continha de bico de lápis acho difícil a propulsão elétrica ser mantida pelos motores diesel auxiliares, pois estes estarão ocupados com a energização do navio. Acho que com a propulsão elétrica será alimentada por pelo menos dois motores diesel principais, que estarão a 80% full power.
Com relação as medidas de potência, realmente o cálculo para ambos em KW me confundi, prefiro trabalhar com potência elétrica em KVA e potência mecânica em . Termos uma relação na ordem de 0,84 a 0.86.
Juarez, velocidade de cruzeiro par máximo alcance em navio de guerracostuma ser diferente em porcentagem, quanto ao total de potência disponivel, em relação aos 80% que convencionalmente é o caso em veículos terrestres, viajando em cruzeiro na faixa de melhor rendimento dos motores e que se aproxima também de 80% da velocidade máxima (deixo claro: se aproxima, sei que não corresponde, estou só facilitando a comparação) pois o atrito com a água implica que a potência maxima pra velocidade de pico tem que ser várias vezes maior que a de cruzeiro econômico, que por sua vez é em geral apenas… Read more »
Juarez, você duvida que pode acontecer algo parecido com o que aconteceu com as type45 nessa CODOE, tipo não dar pra usar os motores elétricos na velocidade de cruzeiro de 14 nós e alimentar os sistemas do bote com 4MW de gerador resultando no uso permanente de um ou ambos motores diesel de 10 MW? Eu sinto a pulga atrás da orelha…
Estou impressionado. Apresento alguns dados apurados em estande de feira de defesa, deixo claro que são aproximados, mesmo porque o objetivo é dar uma ideia geral da configuração da propulsão e ir além do que outras fontes publicaram, e já tem gente tirando conclusões suficientes para prever um erro de projeto ígual ao dos Type 45… Menos, Alex, menos… Não dá pra fazer essas contas com esse nível de exatidão com os dados apresentados e, de qualquer forma, a discussão foi gerada por um erro de leitura do Juarez e por uma dificuldade minha em entender qual era a dúvida… Read more »
Ufa. Depois da caixa de fumaça que achei, eu ia perguntar a mesma coisa. Será que esse CODOE não tem chance de apresentar o mesmo problema das Types inglesas?
Essa passou perto.
Fixado o navio e o tipo de propulsão, a curva da relação entre velocidades e potências é grosseiramente cúbica. Se o navio usa 20 MW (dos dois motores diesel engrenados aos eixos) pra atingir 26 nós, pra navegar a 14 nós (sob motor elétrico) precisa de 3,1 MW, o que usaria a potência de três dos quatro geradores diesel, ficando apenas 1 MW pra alimentar os serviços elétricos do bote (iluminação, equipamentos, sensores, armas, etc). Ora, pra um combatente de superfície, não um OPV, essa carga pode variar, muito por baixo, entre 1 e 1,5 kW por tonelada de deslocamento,… Read more »
Alex, Sugiro que você mande um email para a Damen e solicite os detalhes da geração de energia para propulsão em cruzeiro (e a velocidade nesse modo) e para alimentar os sistemas de bordo. É a Damen (ou melhor, o consórcio) que diz que o navio atinge 5.000 milhas náuticas em velocidade de cruzeiro de 14 nós, e foi o engenheiro da empresa que disse que essa velocidade é mantida com os motores elétricos. E aproveite para colocae suas dúvidas sobre a capacidade de manter, ao mesmo tempo, também a energia do navio. Como já afirmei, foi nessa parte da… Read more »
Luiz Monteiro 11 de julho de 2018 at 21:20
Prezado Rafael,
Sim. O biplace recentemente entregue pela EMBRAER será uma das aeronaves.
Abraços
Boa noite.
Com Monteiro! Vão enviar uma anv recém entregue sem ter passado pelo equivalente EAV da MB para uma missão operacional????
Ainda prefiro a proposta da BAE. Estava esperando algo melhor da SAAB, mas entre o projeto original e esse NAPIP deles, o NAPIP parece superar por pouco enquanto a proposta da BAE Systems é bem mais capaz.
Mas vamos ver, há outras variáveis a conferir além de armamento, velocidade, tamanho e outras, começando pelo preço da brincadeira e a ToT.
Belíssima reportagem.
Tendo em vista a Urgência de dotarmos a MB de navios em um espaço de tempo relativamente curto, me faz reconsiderar minha preferencia pelo projeto nacional…precisamos reduzir os riscos afim de cumprir os prazos e obter um navio moderno que coloque o Brasil na Vanguarda regional durante os próximos 20 anos…levando em consideração nossas boas relações com os britânicos e o excelente projeto oferecido pela BAE penso que devemos optar pela mesma e estreitar ainda mais nossas relações com a Royal Navy. Caso optemos pelos ingleses poderemos ter também navios de segunda mão de excelente qualidade e nos tornarmos seus… Read more »
Na listagem mencionada pelo CA LM estao 3 dos finalistas.
Quem viver verá.
É um belo navio, mas tenho uma dúvida: A MB não havia selecionado o Artisan 3D como radar da Tamandaré? Pensei que fosse um requisito obrigatório, mas nesta proposta o radar é o 3D Sea Giraffe AMB.
Robsonmkt, foi selecionado para o projeto de propriedade intelectual da Marinha, feito pelo CPN e detalhado pela VARD.
Para o navio de propriedade intelectual do proponente (Napip), até onde sei os proponentes podem oferecer outros sistemas, devendo porém provar que serão mais vantajosos que os especificados no projeto da Marinha.
Ok, Nunão, obrigado pelo esclarecimento!
Então a inclusão ou não do Artisan e do Sea Ceptor nas propostas pode vir a ser um peso contra ou a favor das propostas oferecidas.
Nunão, eu me expressei mal, e você não entendeu a que eu me referia, explico; Com 80% de potência de um dos MCP(vou usar o termo que a MB usa para ficar padrão) se atinge 100% da potência nominal de um alternador, que irá transmitir esta potência ao motor elétrico. Porque dos 80%, porque conceitualmente é potência máxima que se pode manter um motor diesel ininterruptamente se provocar danos a este. Pode-se também imprimir full power ao MCP para que o alternador atinja potência “Prime”, que via de regra é algo em torno 15% acima da nominal , mas tão… Read more »
Juarez, entendi em relação aos 80% mantidos para a máxima nominal etc, até aí não há discordância. O que quis frisar é quando você mencionou os dois motores diesel principais de 10MW cada funcionando em 80% da potência para geração de energia elétrica para os motores elétricos. Não é essa a configuração. CODOE é Diesel ou Elétrico, no sentido que os dois MCPs de 10MW cada estão acoplados à caixa de engrenagens, por sua vez acoplada aos eixos e hélices, e os quatro MCAs de 1 MW cada estão ligados a geradores / alternadores, que alimentam motores elétricos acoplados aos… Read more »
Nunão, só para resumir, eliminando a sopa de letrilhas dos diversos tipos de propulsão o que sobra é o seguinte: motores diesel movimentando os hélices é propulsão a diesel, motores a diesel movimentando geradores que movimentam motores elétricos é propulsão diesel/elétrica. No caso desta Sigma é diesel e ou diesel/elétrica.
Sim, é o que escrevi e tentei explicar. A sopa de letrinhas resume bastante e, às vezes, leva o público menos afeito ao assunto a entendimentos errados, como achar que navio terá baterias, por exemplo. Dá um certo trabalho esclarecer isso.
Caro Nunão: sua explicaçao ficou clara. Obrigado. So um detalhe que pra mim nao ficou definido, ate porque, como vc disse, a entrevista foi “amigavelmente” interrompida : acredito que os motores eletricos sao acoplados aos eixos propulsores atraves de acoplamentos auxiliares previstos nos redutores principais; provavelmente cada acoplamento deve possuir sua “embreagem” (que, na realidade, sao acoplamentos hidraulicos), permitindo comutar os alimentadores e transferir a energia eletrica dos motores de propulsao auxiliar para outras finalidades , tais como bombas de drenagem, sistemas de armamentos, etc,etc,. A razao de sub-dividir em quatro motores eletricos é, talvez, conseguir um melhor escalonamento na… Read more »
Caro Juarez: talvez a razao da sua colocaçao seja devida ao layout previsto para a BAe type31e. Ha um panfleto publicado por eles denominado “BAe System candidate design for type 31e” que vc talvez tenha visto como referencia no post do Naval. Neste catalogo eles citam “Main engines (2 x 9,1 MW); Gear boxes port Z -type stbd U -type” Para mim, numa primeira leitura, tambem pareceu se tratar de dois motores eletricos principais, cada um dos quais com 9,1 MW nominais no eixo propulsor, o que estaria trazendo uma evoluçao muito grande em relaçao às Leanders que lhe deram… Read more »
Prezado Luiz Monteiro, para mim foi surpreendente a Fincantieri optar por Napip em vez do projeto do CPN. Confirmado só um estaleiro indiano ofertou o projeto do CPN. Talvez os ucranianos também.
O senhor pode confirmar se os ucranianos apresentaram Napip ou não?
De qualquer forma, parece que vai dar Napip.
Usando metáforas em minha modesta opinião, penso o seguinte. Até outro dia atrás, só tinha condições de ter um velho veículo Gol Bolinha, hoje possuo condições de ter um Civic-G10, mas além dos impostos caros, manutenção extremamente onerosa, riscos adversos e não saber operar o veículo, vou continuar com meu gol bolinha, pois o mesmo apesar de suas deficiências ainda me leva aos mesmos lugares que o G-10. A administração da MB pensa exatamente ao contrário, até outro dia atrás só tinha condições de ter uma Passat-87, hoje possui condições de comprar uma Ferrari e vão optar pela Ferrari. Prefiro… Read more »
Tem sim o motor……
O fato da MB ter aberto a chance de ter um NAPIP é o foto de que esse pode ser mais em conta (custo diluído e menor risco para o estaleiro local/estrangeiro) e que o projeto do CPN não tem mais possibilidade de crescimento…E talvez MB: admitiu que essa classe será o padrão de combatente (seja de uma unica versão seja de uma versão maior).
Não estou a par de todos os detalhes do certame. Mas gostaria de fazer alguns comentários bem básicos. Gostei do design. Parece bastante limpa e furtiva. Não sei se esse estaleiro é bom. Não me parece dos mais famosos. Conceito modular é interessante. Isto é, não faz sentido projetar navios como se fosse do zero. Tipo em determinado país cobram uma fortuna para construir, digamos, três tipos de navios como se um nada tivesse a ver com o outro, seja isso real ou não. Não gostei dessa quantidade de mísseis antinavio (4) e VLS. Para mim, canhões em navios de… Read more »
“…é instalado em plataforma entre o passadiço e o canhão principal, e…”
O “Boroc”, aka “O Eterno” tem que ser instalado em algum lugar.
A Avibras ta desenvolvendo uma plataforma giro Estabilizada, que poderá servir de base para um “Astros embarcado”. Será que plataforma entre o passadiço e o canhão principal teria capacidade de futuramente receber um sistema como esse? não sei se os gases de escape seria um problema.
Navio super bacana e promissor, ainda mais tendo a Saab no meio mas ainda aguardo a proposta da Ficantieri.
Esta fragata oferece missil mar-mar do modelo SAAB RBS 15. Exelente arma, porém, a MB está disposta a continuar com o Mansup, genérico do Exocet. Como fica essa versão? Será adotado o Mansup? Ou fica o RBS 15?
A opção é da MB. Ao proponente cabe ofertar seu pacote da forma que julgar mais competitivo.
OFF TOPIC:
Nova foto do PHM Atlântico em Plymotuth.
https://photos.marinetraffic.com/ais/showphoto.aspx?photoid=3159503&size=800&size=full
Ops, Plymouth.
Prezados, bom dia.
.
Aos doutos: pelo que já pude comparar das várias propostas oferecidas, pelo menos no que foi divulgado de cada uma delas, pode-se dizer que esta sueca está alinhada, em ToT, financiamento e outras características, a aquilo que norteou o FX2 da FAB? Poder-se-ia dizer que essa proposta resultaria, caso aceita, numa espécie de “FX2 naval”?
.
Obrigado
Nunão, foi dito qual será o fornecedor desses motores?
Não perguntei.
Infelizmente os alemães, franceses, italianos e ucranianos parecem não estar querendo “abrir o jogo” para o público em geral. . Pelo jeito, 8 propostas serão de corvetas mesmo, praticamente do mesmo tamanho. Parece que só a proposta da BAE será de um navio maior, que, logicamente, seria o desejo de todos. Quem sabe o programa não sofre uma reviravolta, permitindo o aumento do preço unitário e diminuindo a quantidade contratada num primeiro momento, diluindo o programa em mais tempo?? Deixando a ToT somente para a segunda unidade e seguintes, quando entrassem de forma específica no PPA (plano orçamentário plurianual quadrienal)??… Read more »
minha opinião é de um leigo, sei que tem especialistas e comentaristas mais embasados no assuntos.. essa navio mesmo atendendo RFP da Marinha, não atende o que realmente precisa.. lendo a matéria parece que fez o projeto na ultima hora..na frente do passadiço não haverá nenhuma arma (um outro canhão ou outro sistema de defesa de ponto, como pantsir naval que será implementado nos navios russos..), engenheiro da damen disse que no futuro pode ser colocado outra arma.. discordo, o futuro é agora, não se sabe se terá um segundo lote de tamandarés, não se sabe como será o futuro… Read more »
Estou passando a concordar que é melhor um navio maior, mesmo que mais caro e em cadência menor. Em outro comentário, que deve estar para aparecer, expresso que seria melhor contratar uma Type 31e, fixar nesse tipo de navio, e depois ir contratando outras, à medida que aparecer dinheiro. Desestressar quanto à necessidade urgente e tentar fragata, mesmo que seja uma a cada quatro anos.
Deveríamos adquirir o RBS-15.Ei sei q vão falar q vira com Exocet e mansup .Mas o RBS-15 poderia ser usado em menores quantidades para causar mais dissuasão e ser empregado em caso de necessidade