Concepção feita pela DCNS (atual Naval Group) para o futuro navio-aeródromo brasileiro

Concepção feita em 2014 pela DCNS (atual Naval Group) de um navio-aeródromo para o Brasil

Concepção feita pela DCNS (atual Naval Group) para o futuro navio-aeródromo brasileiro
Concepção feita pela DCNS (atual Naval Group) para o futuro navio-aeródromo brasileiro

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

O gabinete do almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha, se prepara para anunciar, até o fim deste ano, a revisão do Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil (PAEMB), com uma redução dos meios a serem adquiridos para a Defesa Marítima nas três próximas décadas, e nova projeção do efetivo a ser incorporado até o ano de 2047.

Esse redimensionamento do PAEMB – cujos números são ainda mantidos em sigilo – está sintonizado com os estudos que acontecem no Ministério da Defesa, visando alterações na Estratégia Nacional de Defesa (END).

Um cenário que, no caso da Marinha, além de representar o prenúncio de uma temporada ainda longa de restrições orçamentárias – devido à possível manutenção da Política de Teto de Gastos para a máquina federal –, reflete também as acomodações que precisam ser realizadas em decorrência de certas novidades ocorridas na corporação, como a aquisição (um tanto imprevista) de meios importantes para o assalto anfíbio (PHM Atlântico e navio-doca Bahia), e a diminuição do programa de modernização dos jatos A-4KU empregados pelo Esquadrão Falcão, da Força Aeronaval.

Em 2009, a primeira versão do PAEMB reuniu 72 projetos de equipamento e 138 planos de articulação, que, entre outras metas, previam as aquisições de dois porta-aviões de 50.000 toneladas e propulsão convencional, quatro navios de propósitos múltiplos (tipo LHD), 30 escoltas, oito caça-minas e quatro navios de transporte (leia o texto A evolução da estratégia naval brasileira (1991-2018) – parte 3, neste blog). E, ao lado disso, modificações na composição do efetivo identificadas como essenciais ao atendimento das demandas de pessoal geradas por esses 210 (72 +138) novos planejamentos.

Tais estimativas prognosticavam a obtenção, até 2047, de 276 meios navais: 216 navios e 60 embarcações diversas. Mas, desse total, somente 71 navios – 50 de superfície e 21 submarinos (15 convencionais e seis de propulsão nuclear) –, podiam ser considerados meios “típicos de Esquadra”.

Os mesmos cálculos anteviam também a obtenção de vários tipos de armamento e munição, além de material para o Corpo de Fuzileiros Navais e uma pequena frota aérea, constituída por 288 aeronaves.

A relação desses meios incluía 72 aviões – 48 de interceptação e ataque e 24 para missões de apoio (AEW, COD/REVO e vigilância marítima) –, mais 206 helicópteros de vários modelos e 10 sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs).¹

Maquete do caça Saab Gripen M nas cores da MB na LAAD 2015
Maquete do caça Saab Gripen M nas cores da MB na LAAD 2015

CATOBAR – Segundo o Poder Naval pôde apurar, o encolhimento do PAEMB que está sendo ultimado em Brasília preserva a obtenção de um porta-aviões de deslocamento em torno das 40.000/50.000 toneladas, motorização enquadrada na opção escolhida pelo Comando da Força para as suas unidades de superfície (propulsão por motores diesel e turbinas a gás), e operação tipo CATOBAR (acrônimo de Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery, que deve ser traduzido por Decolagem Assistida por Catapulta e Recuperação por Arresto).

O novo texto também alude à necessidade de obtenção de “aeronaves de alto desempenho”, o que significa que a Marinha não abre mão de possuir uma Aviação Embarcada de combate, equipada com jatos interceptadores modernos.

Nesse ponto, não custa lembrar: um dos oficiais mais bem cotados para substituir Leal Ferreira no Comando da Marinha, dentro de mais cinco meses, é o atual secretário-geral da Marinha, almirante de esquadra Liseo Zampronio, que, no início da década de 2010, ainda como contra-almirante, esteve à frente da Força Aeronaval.

Na Força Naval a retomada das operações aéreas a bordo de um NAe por meio do sistema CATOBAR – que utiliza catapultas a vapor (e futuramente eletromagnéticas) para o lançamento e aparelho de parada com cabos transversais para a recuperação de aeronaves convencionais de asa fixa –, permitirá dar continuidade ao desenvolvimento da doutrina de emprego de um grupo aéreo embarcado (GAE), constituído por aeronaves aptas a cumprir diferentes missões.

Caça Gripen Maritime, versão naval do Gripen E proposta pela Saab
Caça Gripen Maritime, versão naval do Gripen E proposta pela Saab

Incertezas – A opção preferencial dos planejadores da Marinha pelo sistema CATOBAR pode, entretanto, sucumbir diante da realidade orçamentária, capaz de obrigá-los a adotar soluções de menor custo, porém de capacidade limitada.

A monografia “Navios-aeródromo e Aviação Embarcada na Estratégia Naval Brasileira”, produzida em 2016² no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos da Escola de Guerra Naval, ensina:

“A eliminação das catapultas permite reduzir os custos de obtenção e manutenção de um NAe, mas limita o peso máximo de lançamento das aeronaves embarcadas.

Além disso, o custo de um NAe de porte médio, que utilize o sistema STOBAR [com pista de decolagem tipo ski jump], não será muito inferior ao de um navio em configuração CATOBAR – o que torna desfavorável a sua relação custo x benefício”.

Seja como for, o mesmo texto ressalta:

“O papel do NAe ganha evidência, em Teatros de Operações (TO) distantes ou fora do raio de ação das aeronaves de asa fixa da Força Aérea. Por ser capaz de transportar, lançar e recuperar aeronaves de asa fixa e rotativa, este se constitui no principal meio naval para a execução das tarefas de controle de área marítima e de projeção de poder, bem como para atuar nas operações de ataque e anfíbias e nas ações de defesa aeroespacial de uma força naval. Estes navios podem, ainda, servir como postos de comando e atuar em apoio a operações de paz ou em ações de ajuda humanitária e de Defesa Civil. Em tempo de paz, podem contribuir para os objetivos da política externa, além de constituir importante instrumento de dissuasão”.

Obtenção – Tendo em vista o valor estratégico do Programa de Obtenção de Navios-Aeródromo (PRONAe) e sua complexidade, o modelo de obtenção dos dois porta-aviões adotado pela Marinha estipulou, em 2009, a contratação de um estaleiro internacional para, em associação com empresas brasileiras, construir os navios no país.

Segundo a Marinha, o PRONAe irá se basear em entendimentos de governo a governo que possibilitarão contratos comerciais e transferência de tecnologia.

A próxima versão do PAEMB corta pela metade a quantidade de navios-aeródromo a serem adquiridos, mas não faz outras alterações além dessa.

Para construção do NAe, o programa será dividido em três fases: (1) treinamento de pessoal, consolidação dos requisitos e elaboração de estudos de exequibilidade; (2) confecção e formalização do projeto de construção; e (3) construção propriamente dita.

Segundo a Marinha, apresentaram propostas para participar do PRONAe as empresas: Navantia (Espanha); Gibbs & Cox (EUA); Naval Group (antiga DCNS, da França); Fincantieri (Itália); e BAE Systems (Reino Unido).

Devido a incertezas financeiras, a definição do parceiro da Marinha para a primeira fase do projeto não foi tomada, conforme se previa em 2014. Isso inviabilizou o início da construção, marcado para 2015, impediu o cálculo do custo de obtenção do barco (passível de ser determinado na 2ª fase do processo de obtenção) e anulou seu prazo de prontificação, inicialmente previsto para até o ano de 2028.

Mas além das prioridades conferidas ao PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), à Construção do Núcleo do Poder Naval e, especificamente, à Aviação Embarcada, o texto do PAEMB “desidratado” insistirá em um conjunto de outros projetos e subprojetos de papel estratégico para a ampliação das capacidades da Marinha que são bem pouco tratadas na mídia (especialmente a especializada), como o Programa de Consolidação da Brigada Anfíbia no Rio de Janeiro (PROBANF), e o projeto de obtenção de um Veículo Aéreo Não Tripulado Embarcado (VANTE).


¹Em 2013 a Marinha atualizou o PAEMB sem, praticamente, mexer nos seus números.

Essa revisão do PAEMB de 2009 resultou em uma versão que agrupou os 210 Projetos Individualizados em sete grandes Projetos Estratégicos:

  • Recuperação da Capacidade Operacional (RCO);
  • Programa Nuclear da Marinha (PNM);
  • Construção do Núcleo do Poder Naval;
  • Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz);
  • Complexo Naval da 2ª Esquadra e 2ª Força de Fuzileiros da Esquadra (2ª FFE);
  • Segurança da Navegação; e
  • Pessoal.

²Disponível em:

https://www.defesa.gov.br/arquivos/ensino_e_pesquisa/defesa_academia/dissertacoes_e_teses/vii_cdtdn_2016/mestrado_militar/navios-aerodromo_e_aviacao_embarcada_na_estrategia_naval_brasileira.pdf

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Aldo Ghisolfi

Porta-aviões, penso que um só não resolve… quem um não tem nenhum, quem tem dois, tem um.
Conclusão, o bom mesmo seria três NAe…
E depois, aonde estão as escoltas, todas?

jotage

Esses sonhos da marinha já estão fazendo àgua,pois com a venda da Embraer serà difícil ter alguma aerinave moderna embarcada,porque a Boeing levarà todos os engenheiros que estão se especializando na Saab para os EUA,e dificilmente irão permitir que esses voltem para projetos nacionais,serà uma pexinxa essa compra da empresa Brasileira.

Rui Chapéu

Passa ano…. vai ano…… E os cara ainda sonham em ter um Porta aviões…..

Não conseguem nem colocar meia dúzia de A-4 do tempo do Vietnam em voo e sonham em construir um Porta Aviões do 0!!

BMike

Concordo, mais realista reativar o A12 e modermizar 12 A4. Ficar sonhando com 2047? Piada.

Gino A. Piva

Essa matéria vai dar muitos comentários kkkkkkk

Top Gun Sea

Vixi! as viúvas das escoltas vão ter um deprê!

filipe

Gostei, a MB não está brincando, teremos uma verdadeira esquadra, nesse caso duas, cada uma captaneado por um grande CVF-CATOBAR, e contando com o auxilio dos 6 Submarinos SSN-SNBR , dára 3 por esquadra, isso é a verdadeira dissuasão aero-naval.

Karl Bonfim

Tá bom! Tá muito bom!
Sonhar não custa nada. Vai sonhando, enquanto tivermos esses políticos no poder, só sonhando mesmo.
Aliás sonho não, isso é uma utopia mesmo!

Paulo Carrano

O pior é que o “sonhar” deles custa sim viu! E muito!

Gino A. Piva

Esse plano provavelmente foi guardado para o final do ano para apresenta-lo ao novo Presidente da Rés-pública. __________________________________

COMENTÁRIO EDITADO. O ESPAÇO NÃO É PARA FOMENTAR DISCUSSÃO DE PREFERÊNCIAS NA CORRIDA PRESIDENCIAL.

JMB

__________________
__________________

COMENTÁRIO APAGADO. OS EDITORES JÁ AVISARAM QUE O ESPAÇO NÃO É PARA FOMENTAR DISCUSSÃO DE PREFERÊNCIAS NA CORRIDA PRESIDENCIAL, O QUE SEMPRE DESCAMBA PARA A PROPAGANDA POLÍTICA. NÃO INSISTAM. LEIAM AS REGRAS DO BLOG:

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Fellipe Barbieri

Não custa nada dar uma chorada para o próximo presidente, se eu tivesse no almirantado da MB eu pediria mais 8 submarinos convencionais classe Scorpene, se tudo der errado ainda teriamos uma esquadra submarina capaz .

FighterBR

A MB mal consegue manter seus pequenos navios. Imagina ter dinheiro para NAe

Burgos

Tudo bonito no papel em teoria !!!
Agora colocar pra andar (por em prática) é que são elas !!!
Acredito só na metade disso aí ser cumprida que está no papel !!!
Investe-se pouco na defesa (1,3 a 1,4% do pib anual).
Pra as coisas andarem tinha que ser pelo menos 3 a 4% do pib.
Tirem como exemplo outros países emergentes nessa área China,Índia e etc.
Não sei quando !!!
Mas um dia as Kbeças pensantes vão pensar um pouco mais no seu País !!!
Assim eu espero !!!

Mk48

Como já é sabido por todos, o papel aceita qualquer coisa que se escreva nele.

Com muita relutância, começo a acreditar em alguns comentários feitos aqui no Naval, que para termos uma política consistente de investimentos em Defesa, precisamos que algum País no ameaçe concretamente, e aí , talvez, nossos dirigentes tomem alguma atitude.

No mais, vamos tocando o barco, com os planejamentos megalomaníacos sendo feitos e refeitos “ad eternum” para inglês ver.

Sinceramente, já está cansando isso.

Helio Eduardo

Amigo Mk48, já adotei essa linha faz algum tempo! Não entra na minha cabeça que sendo o País que somos, grande e rico por natureza, estejamos sempre na________ (perdão da expressão, mas é a perfeita tradução das cosias…). Falta tudo, tem quem se preocupe com saúde, infraestrutura, turismo, meio ambiente…. Respeito e reconheço todos como essenciais! Mas eu, modestamente, tenho no meu radar duas coisas aparentemente díspares, educação e defesa. Educação porque é a base de tudo, absolutamente tudo, e defesa porque entendo, fundamentadamente, que os tempos vindouros serão muito turbulentos. Não é à toa que o mundo está se… Read more »

Pablo

Entre sonho da MB e a realidade tem um pequeno “detalhe”, existe anos luz que separam uma da outra. Se houvesse vontade política em prol da população e da nação (que é para isso que são eleitos) não aconteceria esse “detalhe”. Eu só vou acreditar o dia que ver pelo menos 30% disso, afinal eu duvido que chegue a essa porcentagem mas…

Caique Luã

Se for para ter porta aviões que seja CATOBAR, vai gastar quase o mesmo dinheiro com um STOBAR a única diferença que vai valer a pena é o custo de operação, porém se for para ter um meio que oferece essa capacidade que seja a melhor possível. Fora que a marinha sempre operou CATOBAR…

Victor Filipe

La vem a MB com os sonhos de uma noite de verão dela… um Porta Aviões com 4 corvetas como escolta…

Bardini

Não são os políticos que estão bolando mais um PAEMB impraticável… Falar de “falta de vontade política” é uma balela.

Pablo

então quem aprova os investimentos do país???

GeneralSofá

O orçamento de defesa é de mais de US$20 bilhões, da pra investir em muita coisa com isso mas gastando 70% com pessoal não sobra pra nada

jota ká

Perfeito!
Se 25% fossem aplicados em investimentos, daria US$ 5 bi por ano, US$ 100 bi em 20 anos. Metade para a Marinha, US$ 50 bi, daria para fazer muita coisa!

GeneralSofá

Quem escolhe quanto vai ser investido e em o que investido não é político é militar, político escolhe o valor do orçamento da defesa

Pablo

o investimento não está dentro do orçamento das forças armadas???

romp

Estão deixando a gente sonhar….

7meiadois

Antes de sonhar com porta-aviões, a MB precisa focar primeiramente em ter uma quantidade suficiente de NaPaOc e Corvetas/Fragatas Leves, e quem sabe até um segundo lote de Scorpène para patrulhar e defender nossa costa litorânea. Aí sim depois, planejar ter algo maior.

Bardini

Seu comentário não faz sentido… O planejamento da Marinha é de longo prazo. Não divulgaram a data de construção do Porta Aviões. Se ventila que ele deveria ir para água, só depois de 2035 e essa data faz sentido por conta do longo período de construção que é necessário. E tudo atrasa aqui… O planejamento anterior ia até o final da década de 40. Este planejamento provavelmente também vai. Antes mesmo de ser contratada a construção do Porta Aviões, outros meios seriam. Era assim no outro PAEMB. Antes do Porta Aviões ir para a água, outros diversos meios já existiriam… Read more »

7meiadois

Caro Bardini, planejar é possível sim, o papel aceita tudo, o problema é financiar tudo isso. É uma luta para dar continuidade em qualquer projeto aqui no Brasil, como você mesmo disse “E tudo atrasa aqui…”. Então meu comentário faz muito sentido sim, a nível financeiro esse PAEMB é algo surreal de ser concluído em 4 ou 5 décadas. A não ser é claro que mude muita coisa nos próximos governos, mas aí já é assunto que não se deve discutir aqui.

Bardini

Seu comentário não faz sentido pq tudo o que está nele, basicamente está no planejamento da MB… As aquisições são graduais e muitas vezes relacionadas. Mesmo que o planejamento da Marinha conte com a construção de um Porta Aviões, ele não deixará de atender outras necessidades. Antes de ser ter o Porta Aviões, se tem muito espaço temporal (no mínimo 15 anos) para se ter outros meios, era assim antes e certamente será assim no novo PAEMB. O problema nunca foi a forma como as aquisições do planejamento foram propostas. O problema é muito mais básico: como cumprir o planejamento… Read more »

7meiadois

É justamente por isso, de que adianta gastar tempo e dinheiro em projetos para daqui 20 anos ou mais, sabendo que “se” acontecerem, vão demorar o dobro do planejado, você está se esquecendo em que país você mora? Se não temos nem NaPaOc o suficiente, quem dirá pequenas corvetas, que ao que tudo indica, será uma briga para o projeto Tamandaré sair do papel. O que eu quis dizer é que a MB precisa cair na realidade e focar no mais básico que são as patrulhas. Eu também tenho um projeto de vida, para daqui a 30 ou 40 anos… Read more »

Bardini

Você não entendeu lhufas do que eu estou falando.
.
A MB em momento algum deixou de pensar no básico. Mas nem o básico, que vinham muito, mas muito antes do Porta Aviões, saiu do papel.

Daniel Ricardo Alves

Me desculpe, Bardini. Mas o comentário do 7meiadois faz todo sentido. A MB sempre sonhou em ser uma grande operadora de porta-aviões e volta e meia se ventila sobre os planos de construção ou compra de navios do tipo. O que nós nunca lemos ou escutamos é justamente como a marinha irá defender um alvo flutuante de 50.000 toneladas. E convenhamos, para defender o nosso litoral, é muito mais útil novos submarinos (especialmente nucleares) do que porta-aviões.

Bardini

Outro perdido…
Você chegou pelo menos a dar uma lida em como era o PAEMB anterior?
Muito antes de construir um novo Navio Aeródromo, a Marinha iria adquirir novos Navios Escolta. Por isso existia o tal do PROSUPER. Muito antes de projetar e construir um novo NAe, a MB iria modernizar o NAe São Paulo. Nada disso aconteceu. Esse é o problema… Planejamentos que nunca se tornam realidade.

7meiadois

Bardini, com todo respeito a você. Sempre leio todos seus comentários, em todas as matérias, e muito lúcidos por sinal. Aliás, sempre que possível leio os comentários de todos. Mas dê uma lida nos comentários abaixo, e veja se só eu penso assim.

Abraço.

Jonas Rafael

Acho que o que o Bardini quis dizer é que esse planejamento é a longo prazo demais pra não pensar em tudo. Como você vai fazer um planejamento até 2040 e não pensar em tudo o que precisa. E se planeja um esquadra de superfície só com corvetas pra não gastar e nesse meio tempo descobrem ouro debaixo do sertão (exemplo tosco mas vá lá)? Aí vai ter um monte de grana e não vai poder comprar um NAe porque não vai ter à venda de prateleira e ninguém projetou um. Outra, o planejamento de meios de superfície foi projetado… Read more »

Eduardo von Tongel

Bardini, tu se perdeu na poeira dessa vez.

Bardini

Mais um que não entendeu lhufas…

cbamaral

Ok ok, se até 2022-2024 tivermos as 4 convertas tamandares pelo menos saindo do estaleiro ou em faze final, pelo 2 dos 4 submarinos scoprne na água, e tivermos comprados pelo menos umas 4 fragastas novas, já é pra glorificar de pé, e a partir disso pensariamos em renovar os meios de apoio e fluviais.

2028 Submarino nuclear, 2030 poderiamos pensar em em um porta aviões.

Lembrando que sou leigo quando se trata de marinha.

AL

OFF: o Forte está fora do ar? Não consigo acessá-lo.

Virtua

Aéreo também

Fernando "Nunão" De Martini

Problemas do servidor em resolução. Estamos aguardando.

Épsilon

Tem gente que insiste nessa ainda que tem que ter “Vontade Politica” por favor. Quem tem que saber o que precisa pra garantir a defesa nacional não e politico A ou B e sim as próprias FAs que tem que apresentar exigir e negociar seus planejamentos futuros junto ao MD-GF se ficarem nessa alheio a vontade politica e melhor nem ter FAs.

Geert J. Prange

Diante dos recursos limitados, a MB pode alterar o “Atlântico” para melhor, aumentando o convôo até o bico da proa, com um ski-jump e empregando 08 Sea Harriers como força de dissuasão. Em paralelo, poderiam seguir a sugestão dada no paper “Conversão de Navio Mercante em NAeHA”, publicado na Revista Marítima Brasileira”, de minha autoria.

Elias E. Vargas

PAEMB que está sendo ultimado em Brasília preserva a obtenção de um porta-aviões de deslocamento em torno das 40.000/50.000 toneladas, motorização enquadrada na opção escolhida pelo Comando da Força para as suas unidades de superfície (propulsão por motores diesel e turbinas a gás), e operação tipo CATOBAR (Decolagem Assistida por Catapulta e Recuperação por Arresto). As condições financeiras e tecnológicas não permitem essa aventura, porém, podemos tentar a opção STOBAR (Decolagem Assistida por Rampa e Recuperação por Arresto), que é viável por envolver tecnologias mais simples, conseqüentemente sendo Financeiramente muito mais acessível. Nesse sentido temos a oferta da Índia com… Read more »

JT8D

Isso está já ficando ridículo. A obsessão dos nossos almirantes com os porta aviões está parecendo a história do subnuc argentino

Zorann

Desculpem-me…mas fala sério… . Isto aí só pode ser piada. Onde já se viu você mudar a END a cada 5 anos? Fazem um monte de estudos ($$$), determinam o caminho que devemos seguir, quais são as necessidades e adequações futuras, e poucos anos depois, jogam tudo pela janela….estava tudo errado…vamos escrever outra END!!! Nem o primeiro submarino está pronto e a END anterior não vale mais nada!! . Não defendia que submarinos fossem a prioridade número 1 da MB. Mas já que decidiram por isto, vamos seguir este caminho. Nem o primeiro submarino está pronto, e vão mudar a… Read more »

Leandro Costa

Zorann, a matéria foca muito nos meios aeronavais, o que dá a entender que existe uma mudança de foco no reajuste da END, mas isso me parece ser o que está acontecendo. O ‘ajuste’ na END seria apenas para refletir a indisponibilidade de recursos financeiros, e mesmo assim ainda sonhando alto com algum tipo de relaxamento nesse teto de gastos. Se pensarmos que foram cortados do PAEMB o número de meios, ao que a matéria alude ao corte ‘pela metade’ do número de Navios-Aeródromo previstos, ou seja, de dois para apenas um, talvez a proporção em relação ao número de… Read more »

Zorann

Olá Leandro Costa! . A mudança na END não é de hoje. As novas PND, END e LBDN foram colocadas para consulta pública em maio/2017. Se você ler os textos anteriores e as novas versões, verá que é clara a mudança de foco. A END anterior é de 2012, são menos de 5 anos! . Quando da discussão do Prosub, eu era um dos únicos contra esta loucura. A grande maioria era a favor, com aquele papo de “capacitação, transferência de tecnologia, conteúdo nacional, desenvolvimento tecnologico e geração de emprego”. E eu com medo de que acontecesse novamente oque ocorreu… Read more »

Leandro Costa

Zorann, concordo totalmente com a sua preocupação e sinceramente também prefiro compras de prateleira para o caso brasileiro pelo simples fato de que nunca há continuidade, ou seja nunca há escala de produção para que se mantenha as capacidades adquiridas com as transferências de tecnologia, fazendo com que paguemos várias vezes pelos mesmos itens e sendo forçados à reinventar a roda de novo e de novo.

Acho os planos ótimos e fantásticos, mas quantas vezes escutamos a mesma canção, certo?

JT8D

Quando a MB finalmente conseguir construir um porta aviões ele já será tripulado por robôs e operará UAVs

Roberto Silva

Disse tudo, o mundo muda exponencialmente no tempo em termos de AI e estão planejando com os olhos no retrovisor, a manivela.

Pedro Rocha

Olá senhores! Penso diferente! Acho o plano exequível; falo com os pés no chão e não como entusiasta! A defesa e segurança pública nunca serão consideradas politicas de governo e sim de estado! Nosso país é rico e desenvolvido, loucura minha, não; Nosso povo que vive como vassalos são pobres e subdesenvolvidos! Um gestor da MB tem que ter visão de estado e não de governo! Por isso a sucessão do comandante não está atrelada a sucessão do executivo (graças a Deus). Este plano além de garantir a defesa e soberania será um incrementador de postos de trabalho e tecnologia,… Read more »

Marcelo Danton

Perfeitamente exequivel a proposta.
Considerando que no prazo de 4-5 anos, a maioria dos desembolsos militares de ponta já estarão maduros (sifron, caças, submarinos). Lembrem que são investimentos vultosos, assim o caixa começara a ter relativa folga para “pensar” num PA de construção nacional e atômico.
Nesse meio tempo de 3 anos….certeza absoluta que teremos outra compra de oportunidade.
Aguardem!

WILSON JOSÉ S JUNIOR

Quanto gasto de tempo e tinta de impressora….Aliás. tem dinheiro pra imprimir o paemb?

João Adaime

No Brasil não existem planos. Apenas sonhos. Aqui o planejamento deveria ser feito a lápis, para ser mais fácil apagar e escrever de novo com outros objetivos e metas. A Marinha ou qualquer outra força pode fazer quantos planos quiser, mas sem combinar com o Congresso (Câmara e Sanado), não anda. O que é preciso é o Governo federal e o Congresso definirem primeiro qual o papel do Brasil no concerto das nações e qual seria a atuação de nossas forças armadas nisso. Se vamos ter uma força só de defesa. Se missões no exterior só de paz. Se temos… Read more »

Marcelo Danton

Lembrem-se! Um PA é como uma base militar móvel e poderia ser utilizado para esse fim e não para projetar poder além das nossas fronteiras marítimas. Por exemplo.. no Nordeste, Foz do Amazonas/Caribe

Marcelo Danton

Não! Não é assim que é feito o orçamento da União. O conceito é simples de analisar e pragmático. Temos inimigos claramente identificados ou conflitos de fronteiras? NÃO. Temos um Brasil dotado de infraestrutura civilizatória e produtiva minimamente adequada para conseguir elevar e sustentar o PIB para manter altos e duradouros gastos num aparato militar de “enfrentamento”? NÃO (não temos nem saneamento nas grandes regiões metropolitanas, nem energia) Basta fazer essas 2 perguntinhas/premissas que o resultado será o mesmo… Não adianta ter FA tinindo de novinha se não temos economia forte para sustentar tempos de conflitos/guerras. Seremos vencidos pela FOME.… Read more »

Flávio Henrique

Temos recursos naturais em abundância? SIM. Temos vantagem estratégica no Atlântico ? SIM. só uma coisa o Atlântico ser tornará um zona de conflito em caso de guerra a nível mundial pois os locais que encurtam o tempo de viagem asia ocidente são estreitos ou canal o local mais seguro pra passa um grande FT é o Atlântico….. Listinha: Canal do Suez, estreito de Gibraltar, passagem do mar vermelho pro golfo de Áden,Canal do Panamá,estreito Bósforo, Estreito de Bering. todos estão em zonas quentes ou próximo de zonas quentes e são alvos prioritários em caso de guerra. O único estreito… Read more »

BMIKE

Gosto de PA, más sem devaneios só teremos 1 operacional com aeronaves de primeira se o MD e a cúpula da MB decidir colocar o efetivo em no máximo 40.000 homens… Acima disso é apenas sonho. Da forma que esta hoje o subnuk sai no sufoco se sair… Tamandaré s idem.

Jorge Augusto

Sou técnico de computação e meu planejamento de vida é ter 3 Bugatti Chiron e 10 Ferraris Enzo.

Culpa do governo eu não conseguir fazer meu planejamento virar realidade.

Rui Chapéu

bem isso.

Ou senão falam: “a culpa é da contingência das verbas” HUUURRR DUUURRRRRR

Falta algum economista que preste na MB. Ou então que parem de usar o que usam quando fazem esses planos mirabolantes.

JT8D

Boa

Pablo

e quem autoriza o orçamento para as forças armadas? da onde vem o dinheiro? se não tem verba suficiente vai planejar e tirar o dinheiro da onde para tirar do papel ??

_RR_

Prezados, se chegarmos em 2030 com os quatro vasos da classe ‘Tamandaré’ concluídos e mais quatro deles em construção, o NDM ‘Bahia’ e o PHM ‘Atlântico’ ainda operando e um bom NPaLog ( muitos esperam – eu, inclusive – que venha um classe ‘Wave’ ), já seremos afortunados por termos uma esquadra que ninguém terá igual na América Latina ou Atlântico Sul… E se até 2040 vier um novo vaso do tipo LHD, que possa substituir nosso LPD ( como considero o ex-Sirocco ) e nosso LPH, e mais outro “tanqueiro”, já vai dar pra soltar rojão… A essa altura,… Read more »

Zorann

“A essa altura, a prioridade maior é investir para manter a capacidade de construir submarinos; isso sim algo extremamente difícil de se conseguir.”
.
Exatamente

Rommelqe

Concordo integralmente!

USS Montana

Sabem quando teremos uma marinha dessa? Quando o ser humano pisar em Marte, e não achem que será a curto ou médio prazo, com tanta picuinha política, desvio de verbas e megalomanias psicodélicas meu tataraneto poderá visitar o tal porta aviões 100% made in Brazil. Como disseram acima, sonhar não custa nada.

USS Montana

E só tenho 41 anos, vamos sonhando. ☁☁☁

USS Montana

Os norte americanos já irão a Marte e finalmente teremos uma marinha de patrão, cada povo com suas prioridades, né?

Helano Moura

Agora a culpa é da marinha, ela sabe mais do que ninguém que isso é inviável , melhor e se concentrar nos sub nuc que ao meu ver vai ter muito que aprender !

Pedro Rocha

Olá senhores! Marcelo Danton, você é o Danton que nos enriquece com varias informações? Bem vou aproveitar seu comentário e expor alguns pontos de vista: Quando você nega que o fato de não termos inimigos claramente identificados ou conflitos de fronteira eu discordo, pois historicamente nunca estivemos prontos para todos os conflitos que nos envolvemos! Quanto a inimigos os nossos são os piores… Os inimigos ocultos! Alguém imaginaria que a França uma democracia a qual sempre consideramos um país irmão viria nos anos 60 com uma esquadra de guerra para resolver uma questão econômica e de soberania brasileira. Lembrando que… Read more »

Tomcat4.0

A falta de fé por aqui é perturbadora !!!! kkkkk

Vovozao

Sr maravilhoso, cada dia mais chegamos a realidade do nosso Brasil ( falei realidade) 1 NAe, fica dentro da realidade, acordo governo/governo (leia-se financiamento) tudo isto dentro de nossa realidade, pode atropelar fragatas, navios de apoio, navios patrulha, isto é, o governo quiser e conseguir o financiamento o NAe pode passar na fila a frente de todas as outras.necessidades. E quanto as revisões dos planos da MB, eles irão ser alterados, atualizados, etc, tem que manter o pessoal em atividades, em faz-se e refaz-se, entenderam críticos.

Roberto Bozzo

“Novo PAEMB reduz o número de navios mas mantém porta-aviões” Aí você vai ler o texto e tá escrito que o número de escoltas permanece igual ao PAEMB antigo… “A próxima versão do PAEMB corta pela metade a quantidade de navios-aeródromo a serem adquiridos, mas não faz outras alterações além dessa” Então, vai reduzir os navios (quantos ?), como diz o título, ou vai reduzir só um NAe do PAEMB antigo ? Texto confuso, que dedica maior parte a força aeronaval e fala pouco sobre as escoltas, subs ,etc. Se não tem a informação completa, pra quê falar ?!?! Espera… Read more »

Aerokicker

Vai reduzir tudo em números, mas ainda não se sabe até aonde. A única certeza é o NAe, pois eram dois, vão reduzir mas mantê-lo, então só pode ter sobrado 1.

Ivan BC

Com todo o respeito, mas essas metas até 2047 estavam extremamente ambiciosas, para não dizer irreais. Acho que esse plano refletia um objetivo ideal e não um objetivo real com metas a serem alcançadas. Dias atrás um comentarismo aqui no site disse que no sul do Brasil há 3 navios de patrulha, nenhum era fragata e com capacidade para receber helicópteros. Isso para 1200 km de litoral, mais de 10 grandes portos, 3 dos 6 maiores PIBs do Brasil e área de fronteira marítima (ou próxima) com 2 países, sem falam os pesqueiros da China. Na minha cabeça de baiacu,… Read more »

BezerraFN

Amigo, 50×100= 20Bi?

Ivan BC

Bezerra, o dólar está quase 4 reais. No caso seria 50 aeronaves de 100 milhões de dólares= 5 bilhões de dólares (quase 20 bilhões de reais). Acho que você se confundiu nessa questão de dólar e real, eu também acabei me enrolando.
Abraço!

BezerraFN

Agora compreendi caríssimo Ivan BC.

Juarez

Meu Deus, vamos denovo. Quando um plano deste volta a falar de meios e não fala de onde sairá o dinheiro para manter e operar, infelizmente, ele não pode ser levado a sério de maneira alguma. Recordar é viver: Tivemos o Nael MG boa parte parte de sua vida operacional parado ou em infindáveis manutenções que o ausentaram por vários períodos da atividade, mesmo assim ainda operou aos trancos e barrancos. O SP, bom o SP nós todos sabemos como foi, e agora, vem a MB dizer que pretende construir, manter e operar um PA Catobar, com propulsão provavelmente diesel… Read more »

Marcelo Danton

Oi Rocha! Esclareço que sou ferrenho adepto da industria de uso dual, portanto defensor do desenvolvimento e compartilhamento de tecnologia militar com a industria civil brasileira. Só exemplifiquei, de forma singela, pois é muito mais complexa….a negociação com o Congresso/Executivo…ou seja, é assim que “eles” (ministério da fazenda) pensam…e não minha pessoa. Se quer ainda mais um “complicodrômo” nesta negociação, tenha como exemplo… é muito difícil “achar” um01 militar facilmente corruptível. Caso o Brasil, na guerra da lagosta, tivesse 2 tikuna…dúvido que os franceses apareceriam em nossas costas. Haja Lagosta para pagar toda essa movimentação francesa né não?! Deve ter… Read more »

Bueno

O Planejamento e o investimento tem que ser do tamanho da importância do Brasil no atlântico e do atlântica para o Brasil. Não acho fora da realidade considerando o tamanho do mar territorial, a extensão da plataforma continental brasileira, toda a riqueza que pode ser explorada nestas áreas e a riqueza que circulam na Zona Econômica Exclusiva. A Marinha do Brasil é uma instituição permanente , e faz planejamento a longo prazo. gostando ou não, ser realizado ou não por completo é outra coisa. Não podemos reclamar que a marinha não tem Planejamento e ideia de onde quer chegar. Leia… Read more »

pgusmao

Enquanto as Forças Armadas do Brasil não resolverem seu problema gerencial, teremos projeções idênticas até o ano 3.000, não é possível gastar mais de 80% do orçamento em pessoal ativo e inativo, não há como produzir um poder militar dessa forma, continuaremos apenas a “tapar buracos”. Aposentadoria integral de militar com 43 anos é absurdo, não interessa dizer que contou tempo de escola militar quando tinha 16 anos, o país enfrenta essa situação sem corporativismo ou nunca chegaremos a lugar nenhum.

jota ká

Perfeito!
Vai para reserva com 43 anos, vive até os 83.
São 40 anos na reserva recebendo remuneração integral,
tendo efetivamente trabalhado (tempo de escola não conta) uns 25 anos.
Depois, mais algumas décadas de pensão pra viúva.
Depois, mais muitas décadas de pensão pras filhas.
Conclusão: quase todo o orçamento para pagar pessoal.

Marcelo Danton

Chega a 100 anos em MUITOS casos. Pessoas vivendo às custas do Governo Federal. CEM ANOS

Kommander

Acho engraçado é que a almirantada, os generais e brigadeiros não tocam nesse assunto, é quase um tabu nas forças armadas.

carvalho2008

Alguns pontos: a) Quanto um hipotetico Catobar acresce de custo de aquisição e manutenção com relação a um stobar de mesma tonelagem? 10% apenas? 20%? 30%? isto não fica claro e assemelha-se a opinativo na ausencia destes dados. b) Quanto de operacionalidade/disponibilidade pode ser inferida comparativamente um modelo ao outro, considerando-se os ciclos de manutenção de cada? c) Este exercício tambem deveria ser realizado em hipotetica alternativa STOVL, incluindo as opções NAe puro (ex. Q.E.) ou NPM. Sem graficos de desempenho, ficamos apenas nas torcidas. Obvio que o CTOL é o mais eficiente, mas o raios é o quanto e… Read more »

jota ká

Considerando o tamanho do Brasil, não é nada mirabolante.
Tata-se de algo bem realista.
Entretanto, o orçamento da Defesa (que não está subdimensionado) está quase todo consumido com gastos de pessoal (ativo e inativo, pensionistas).
Enquanto este problema não for equacionado (algo que, se implementado, levará muitos anos), todo o rosto é sonho.

Luís Henrique

O PAEMB é perfeitamente possível, até mesmo o PAEMB de 2009.

O problema não é a MB, nem o almirantado, nem o plano, o problema é o governo, os governantes, os políticos.

Países com PIB parecido com o nosso possuem marinhas modernas e bem equipadas e até com mais meios que esse PAEMB.

Um governo Sério e Honesto, resolve mais de metade dos problemas do Brasil em um Único mandato. E possibilita todo este planejamento da MB e ainda da para Mais que isso.

EduardoSP

Já ouviu falar de curva de restrição orçamentária?
Só o INSS (fora os gastos com inativos civis e militares da União) terá uma despesa de cerca de 560 bilhões de Reais esse ano, pagando 33 milhões de beneficios. E esses são “imexíveis”, já que são direito adquirido.

Aerokicker

Uma coisa que ainda insistem e que dificulta muito conseguirmos ter um Porta-Aviões é o fato de querer nacionalizar a construção. Querem nacionalizar tudo. E nem perguntam o que a nossa indústria tem capacidade de absorver e manter. Porta-aviões dá para fazer lá fora. Dá três bilhões de libras para a BAE fazer um terceiro QE e meter EMALS nele. Terceiriza a quebração de cabeça e mantém os meios nacionais concentrados no PROSUB e nas Tamandaré, enquanto deixa garantido ter em cinco ou seis anos. Nacionalizar é bom, mas não é tudo e não precisamos fazer tudo sozinhos. Deixa para… Read more »

Jagdverband#44

Papel, papel e mais papel. Infelizmente.

Alfredo RCS

Desarmar para entregar….Braço fraco, mão inútil…

Bardini

Sobre o Porta Aviões em si… É o mais poderoso meio de superfície, tanto para defesa quanto para ataque. Mas com o custo de um navio desses, podemos ter uma espécie de “MEU Tupiniquim”. Algo que seria muito mais multifunção e extremamente útil para diversas missões no nosso TO. . Montar dois “Esquadrões Expedicionários” inspirados (não necessariamente iguais) nessa estrutura americana, poderia substituir a ilusão que é perseguir o planejamento de ter duas Esquadras, o Porta Aviões e criar toda uma nova e caríssima infraestrutura no Nordeste do país. . https://www.marines.mil/Portals/59/Amphibious%20Ready%20Group%20And%20Marine%20Expeditionary%20Unit%20Overview.pdf . Alguns pontos que considero mais interessante para o… Read more »

Zorann

Vou responder seu comentário, de acordo com oque eu penso. Não existe, nesse caso verdade absoluta, ninguém é obrigado a concordar. 1 – O AMRJ deveria ser privatizado, através de um modelo de PPP. Aí sim sua modernização poderia valer a pena. O AMRJ passaria a atender encomendas tanto civis, como militares, de acordo com a vontade do cliente. Só aí você promoveria uma redução substancial de pessoal, sem aumemntara quantidade de funcionários publicos e daria utilidade para uma estrutura que é subutilizada. Itaguai possui capacidade de também construir meios de superfície. 2 – Perfeito. 3 – Eu acredito que… Read more »

Bardini

1: Não vejo como vamos privatizar para alguém usar aquilo ali para atender a demanda civil. Não tem nem espaço pra isso e atender a demanda da própria MB, que é gigantesca… Não somos competitivos. Se os atuais estaleiros não conseguem atender o mercado civil e lutam para sobreviver, como a introdução de mais um competidor vai ajudar? A única PPP relacionando a iniciativa privada que vislumbro, seria em se fazer uma Joint Venture, 49% estrangeiro (Fincantieri por exemplo), 51% Brasil, para se ter um grande estaleiro militar nacional, com capacidade de atender nossas necessidades e também tentar vender algo.… Read more »

marcelo

6: esse mesmo argumento poderia ser usado pra defender a criação de uma guarda costeira civil, mas não acho que esse seja o caminho para nenhuma das duas. quer desinchar o quadro, pode começar mexendo em terra, onde tem um monte de profissional de saúde e outras carreiras auxiliares que não precisam ser militares.
alias no Reino Unido, a RFA não serve pra “desinchar” a RN, mas exatamente o contrário – ela atrai tripulações civis para manejar esses navios que de outra forma os quadros da RN simplesmente não dariam conta de preencher.

marcelo

3: a tonelagem sugerida (4.500t) não está tão longe da Leander por exemplo, que é um projeto de uma família que inclui fragata, corveta e OPV (o qual o Brasil inclusive já tem).

_RR_

Zoran, 5 – Fuzileiros constituem uma força expedicionária por definição. Seu leque de aplicações pode variar de ações convencionais para as não convencionais. Não podem ser somente SEALs ou equivalentes. 6 – Essa força de reabastecimento pode ser criada com pessoal temporário; contratado para prestar serviço por determinado período. Os navios podem ser transferidos da própria MB, assim como se pode aproveitar a estrutura desta, não havendo uma necessidade específica de se criar toda uma estrutura física. No mais, mesmo que o meio privado possa ser considerado auxiliar a iniciativa de defesa, não há como delegar defesa em si ao… Read more »

Zorann

Olá RR! . Não se trata do que seja ideal, e sim do que podemos pagar. Dito isto: . 5 – São 20.000 fuzileiros, divididos em grupamentos/batalhões, um para cada distrito naval. É gente demais. 1/4 do efetivo da Marinha é de fuzileiros. Não precisa ser como SEALs, mas não pode ser tão grande. 6 – Pode ser. Alias não ha porque ter preconceito com temporários. Seu numero poderia ser muito maior. Eu penso que por regra, todos deveriam ser temporários. Lá aos 8 anos de serviço, quando chegar o momento de desliga-los, você escolhe os melhores, que seguem na… Read more »

_RR_

Bom dia, Zoran. 5 – Sim, de fato… Mesmo considerando que os fuzileiros são nossa melhor tropa, uma redução de contingente em pelo menos 1/3 disso seria muito bem vinda. Isso até permitiria um melhor reequipamento e adestramento dessa força. Aliás, penso que deverá ocorrer até por necessidade nesse futuro de vacas magras que se avizinha… 6 – As funções consideradas de segundo escalão poderiam ser todas delegadas a pessoal temporário. Façam lá seus três anos de contrato e, de acordo com as necessidades da arma, se dispensa ou se mantém por mais um período, alocando-os após esse período a… Read more »

Flávio Henrique

Zoramm A USN sabe porque não deve-se privatizar toda a capacidad de manutenção de seus navios…

Esteves

Um plano menor e a MB seria acusada de pequenice. Um plano realista e a MB seria acusada de não ter visão. Quem a grana são os governos. A MB não roda papel moeda. A MB não faz captação de dinheiro com títulos. É claro que a falta de realização é responsabilidade de quem paga. Planejei um futuro brilhante para meu filho. Graduação nos EUA. Mestrado no MIT. Doutorado na Inglaterra. Tem que falar 5 idiomas e cultivar o corpo atlético. Emprego na França. Sexo depois dos 30. Saúde de monge tibetano. Na hora de pagar…eu…eu…putz. Deixo ele na escola… Read more »

Zorann

Vou discordar de você. . Não é bem assim. Você pode planejar um futuro brilhante para o seu filho quando ele nasceu. Mas a vida não está fácil pra niguém, de repente tudo que você planejou não será possível e você será obrigado a “contingenciar” estes sonhos a medida que ele cresce. Terá de sentar com ele, discutir possibilidades, escolher oque seja prioridade. “Olha, sinto muito meu filho, mas não tenho condições de pagar tudo que você deseja”. . Alias esta analogia, nem é muito correta. Porque seu filho pode ser oque ele quiser. Você planeja que ele seja CEO… Read more »

Esteves

Governo só tem uma missão. Cuidar do povo. Se tem problema, o problema é o governo. Nossa Constituição tem 350 artigos, 80 emendas. A do Japão tem 10. Estamos melhores porque há um papel? Não dá pra planejar como as pessoas imaginam porque a contabilidade pública no Brasil não funciona assim. O regime contábil dos governos ainda é o regime de caixa único. Desde 1967. Quem acompanhou o impeachment assistiu a dificuldade dos governantes de então explicarem como, porque, o que, é quase impossível administrar as contas públicas com dois regimes. Bancos e gente normal adotam o regime de competência.… Read more »

Zorann

Olá Esteves! . O maior entrave é que nosos governos não administram os problemas. Eles empurram com a barriga até o momento que a coisa estoura. E é assim com coisas simples e complicadas. Muitas soluções são fáceis, às vezes você pensa, quando vê uma questão simples de ser resolvida…. será que ninguém no governo consegue enxergar isto? . O caixa único é um problema sério. Você arrecada imposto numa área para gastar em outra, criando desequilibrios. Não se consegue discutir redução de impostos, porque vai tudo para um caixa único. . Mas acho que estamos passando por uma evolução.… Read more »