A reconstrução da frota de escoltas da Marinha do Brasil
Recuperação da capacidade de combate será difícil se for feita somente à base de navios novos
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
Nos últimos 20 anos – e, em especial, na metade final dos anos de 1990 –, cinco diferentes prioridades passaram à frente da necessidade de modernização da frota de escoltas da Marinha do Brasil (MB).
Os chefes navais julgaram mais importante providenciar (1) a renovação da Força de Submarinos da Esquadra por meio da inovadora classe francesa (Scorpène), (2) o desenvolvimento da planta de propulsão nuclear do Álvaro Alberto, primeiro submarino com esse tipo de propulsão na MB, (3) a construção de um complexo naval militar único no Atlântico Sul (por suas dimensões e recursos tecnológicos)localizado em Itaguaí-RJ, (4) a reforma do porta-aviões São Paulo de forma a que ele pudesse ser mantido em atividade até a década de 2030, e (5) a aquisição dos meios aéreos de apoio que o São Paulo iria requerer,
Enquanto eram implementados, tais projetos acabaram absorvendo os recursos que poderiam ser aplicados em algumas compras de oportunidade. Aquisições que poderiam ter evitado (ou, ao menos, retardado) o grave conjunto de restrições operacionais que domina, hoje, os dois esquadrões de escoltas da MB – tanto na propulsão, quanto na obsolescência de sensores e dos sistemas de armas.
Perdas de oportunidade – Nesse caudal de chances que passou pelo Almirantado brasileiro foram-se, por exemplo, as fragatas Type 22 Batch 3 da Marinha Real Britânica – batizadas Cornwall, Cumberland, Campbeltown e Chatham. Navios de 5.300 toneladas construídos na metade final dos anos de 1980, e cujo projeto incorporava as lições aprendidas pelos britânicos na Guerra das Malvinas em relação a design, à otimização do armamento, e às demandas por mísseis e peças de artilharia mais eficazes (como a substituição do míssil mar-mar francês Exocet pelo americano Harpoon, e a adoção de um canhão de proa de 114 mm, o que capacitava essas embarcações a realizar missões de apoio de fogo naval).
Nesse rio de oportunidades perdidas ficaram para trás também as oito fragatas leves das classes M e L, disponibilizadas pela Marinha da Holanda.
Os dois navios L, classe “Jacob van Heemskerck”, produzidos na mesma época que as Tipo 22 do lote 3, nunca chegaram a entusiasmar a MB, em razão do projeto (muito criticado no âmbito da própria Organização do Tratado do Atlântico Norte) que suprimira o convoo à ré – e, consequentemente, o hangar para helicóptero –, para permitir a instalação de um lançador de mísseis Mk.13, para mísseis antiaéreos Standard SM-1 de defesa de área.
Trinta anos atrás, os militares brasileiros davam preferência não às fragatas “dedicadas”, como o modelo van Heemskerck, de Defesa Antiaérea, e sim aos escoltas multifunção.
O PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície) e suas “fragatonas” de 6.000 toneladas poderia colaborar para mudar essa situação na Força Naval brasileira, mas esse plano foi congelado, e o que restou aos oficiais defensores de navios “dedicados” foi só um resfriado mesmo…
Chile – As sete fragatas de emprego geral classe Karel Doorman também foram desprezadas pela MB, e acabaram encaminhadas às Marinhas da Bélgica, do Chile e de Portugal.
Entre o fim da década de 1990 e o início dos anos de 2000, os almirantes chilenos definiram uma política de renovação de meios para a sua Esquadra: unidades de construção em seu território (nas instalações dos Astilleros y Maestranzas de la Armada) somente as de patrulha oceânica do tipo Fässmer, de 1.800 toneladas de deslocamento e projeto alemão. O resto da Esquadra de alto mar chilena seria formado por meio das chamadas “compras de oportunidade”.
Na Marinha do Brasil o assunto divide opiniões.
Muitos oficiais lembram que a realidade da Força é essa, de manter suas flotilhas de escoltas à base de compras de navios usados. E argumentam que o estratagema terá que ser usado por muito tempo ainda, porque a alternativa de construir fragatas e destróieres em estaleiros nacionais é caríssima, e demandaria a existência de uma Política de Defesa de longo prazo, prestigiada tanto pelo Executivo, como pelo Legislativo.
Mas há, também, na Marinha, diversos oficiais que não gostam dessas aquisições de escoltas “de ocasião”, por conta de um convencimento: o de que esses navios não devem resultar de projetos concebidos sob requisitos de outras marinhas, ou seja, estranhos à Doutrina Naval Brasileira.
Para essas vozes, os escoltas precisam ser barcos que, em suas características básicas (de propulsão, estabilidade, habitabilidade e capacidade de sobrevivência) se encaixem, à perfeição, nas demandas delineadas pelo Estado-Maior da Armada e pelo Comando de Operações Navais.
O Chile é um exemplo a ser seguido?
Talvez não.
Cada marinha tem a sua rotina funcional e, sobretudo, os seus próprios requisitos operacionais.
Um país de dimensões continentais como o Brasil, possuidor de dezenas de estaleiros de bom porte (ou, no mínimo, bom potencial), como o Brasil, tem o dever de – exibindo postura responsável – habilitar ao menos alguns desses parques industriais às suas necessidades de Defesa.
Lista – A questão agora é saber como os almirantes brasileiros vão se comportar diante das classes de escoltas que serão disponibilizadas nos próximos cinco ou seis anos.
O Poder Naval relacionou para os seus leitores cinco classes de navios de escolta que, no decorrer dos anos de 2020, serão desmobilizados em seus países de origem:
Duke Tipo 23 britânica – Fragatas de 133 m de comprimento e quase 5.000 (4.900) toneladas de deslocamento à plena carga, em uso desde 1991. A Armada chilena opera três dessas embarcações. As 13 restantes vêm recebendo sucessivas atualizações em seu armamento, e só começarão a dar baixa em 2023, mas essa é uma informação que ainda carece de confirmação pela Marinha Real Britânica.
Halifax canadense – Fragatas de patrulha multi-missão. De bom porte (134,1 m de comprimento e 4.770 toneladas de deslocamento), foram fabricadas entre o fim dos anos de 1980 e o início da década de 1990. Têm capacidade de transportar um helicóptero pesado. Estão na mira das Marinhas do Brasil e do Chile.
A modernização dessa classe foi completada em abril de 2016, e não se espera que, em razão das atuais dificuldades da Esquadra do Canadá, suas unidades estejam disponíveis para outras forças navais antes da segunda metade dos anos de 2020.
Meko 200 australianas – Menores (109 m de comprimento de casco) e mais leves (3.600 toneladas a plena carga) que as Halifax, mas também mais modernas que as unidades canadenses. Foram submetidas a um amplo e bem avaliado programa de modernização dos seus sensores e sistemas de armas. Apesar de serem considerados meios muito bons na atualidade, há dúvidas sobre o interesse da indústria alemã em garantir-lhes manutenção no futuro.
A expectativa é de que comecem a ser disponibilizadas para outras marinhas a partir de 2024.
Tipo 123 alemã – A famosa classe Brandenburg, de 138,85 m de comprimento de casco e 4.490 toneladas de deslocamento (carregada), foi construída entre 1992 e 1995. Seus quatro navios têm entre 22 e 24 anos de uso, e vêm sendo modernizados. A previsão é de sejam desmobilizados somente a partir do fim da próxima década.
Murasame japonesa – Navios classificados como destróieres, de 151 m de comprimento e 6.100 toneladas (carregados), quase todos batizados com os nomes de destróieres japoneses da época da 2ª Guerra Mundial. Foram construídos entre os anos de 1993 e 2000. Na chamada Força de Autodefesa Marítima do Japão ganharam, durante sucessivas reformas, eletrônica de última geração e avançados sistemas de mísseis. Os primeiros devem ser retirados do serviço ativo no final da próxima década.
Um aspecto comum a todas essas classes de navios é a ausência de um projeto – nas décadas de 1980 e 1990 – preocupado, na origem, com a furtividade.
Apenas a classe Murasame recebeu adaptações de stealth technology, como forma a reduzir a sua assinatura nos radares de potenciais inimigos.
Muito se fala aqui no Blog sobre as Type 23 britânicas para compra de oportunidade. Ocorre que das 13 unidades em operação, justamente as duas mais velhas que logicamente serão primeiramente desincorporadas da RN e postas a venda, são as únicas que não tiveram a sua propulsão atualizada , dentro de um programa de atualização de maquinas e sensores feito pela RN para esta classe.
acho que as type 23 seriam as mais próximas da nossa realidade, a RN gosta da MB e a MB gosta da RN, então é só juntar a fome com a vontade de comer.
Não sei de onde o povo tirou essa informação que as marinhas de Brasil e Inglaterra se gostam. Tsss
Elas se toleram dentro de uma bolha de vassalagem por parte do Brasil.
Os ingleses são donos do Atlântico Sul e é do interesses dele manter o gigante adormecidos.
Por isso vive presenteando o gigante vira-latas com ótimas sobras.
Os ” ingleses ” não são donos do Atlântico Sul…eles são donos das Falklands e as forças que estão lá garantem que os argentinos não tentarão uma nova invasão, apenas isso. . Ser “dono” exigiria que a Royal Navy fosse muito maior do que é hoje, ao invés de por exemplo, contar com apenas 6 submarinos de ataque, metade dos quais está normalmente indisponível e os demais ocupados com o Atlântico Norte e o Mediterrâneo da mesma forma que seus equivalentes da US Navy. . E também não ajuda o envio de um solitário combatente de superfície…às vezes, para dar… Read more »
Dalton,
Somente em acréscimo – já que você corretamente citou apenas 6 subs de ataque da RN atualmente -, vale lembrar que o HMS Audacious tem previsão de entrada em serviço no presente ano e o total da classe Astute será de 7 unidades (o que, todavia, faz pouca diferença no quesito disponilidade, a ponto de ter uma unidade disponível para o Atlântico Sul)
A RN tem dois “Porta-Aviões” fixos no meio do Atlântico, Santa Helena e Ascenção, sendo que esta está em constante prontidão. Ilhas que, junto com Tristão da Cunha, eram portuguesas e por consequência deveriam ser nossas, por sinal. Mas não conseguimos nem manter a posse de Santa Cruz, atual Bolívia, na Guerra da Independência, quanto mais as ilhas mais distantes. Nos resta esperar outra Tatcher da vida e não cairmos no mesmo erro dos argentinos. Quanto às fragatas, é certo que as Type 23 estarão depenadas e não temos armamento para preenche-las novamente sem obras grandes, enormes, nível Ukrayina. Quanto… Read more »
Desculpa mas o senhor esta equivocado, o dono do atlântico Sul, Norte, pacifico, e todo o resto se chama Estados Unidos da America com toda a sua colossal frota de Porta aviões. Inglaterra não é nada.
O Ocean foi oferecido á MB por conveniência por sermos um país neutro, se a MB deixasse passar iria para Turquia, e não foi presente foi comprado sob muito protesto dos ingleses.
Então essa sua teoria conspiratória de complexo de vira lata cai por terra, não se sustenta.
É mais econômico para a MB homogenizar a frota, logo isso, quer dizer que mesmo se o Consórcio Águas Azuis ganhar a MB tentará compras as Type 123 e MEKO 200 Australianas ou a MB pode tentar compra as Murasame que são mais novas e podem ser operadas por mais tempo que a alemãs e australianas…
São 9 Murasame que poderiam ser a espinha dorsal da MB até 2030 com folga, eu já tinha levantado essa possibilidade anteriormente e escrito uma carta ao comando da MB, com um boa negociação poderíamos arrematar todas as unidades, seria o ideal e cairia como uma luva para a MB com as almejadas 6.000 toneladas . ainda acho difícil por questões que todos sabemos bem, mas na minha visão seria a compra ideal .
As Type 23 viriam desdentada, a RN quer reutilizar o máximo possível de equipamentos delas nos novos navios; apesar que eles podem nos vender os navios completos para amarrar a MB no Artisan, criando um cliente. As Brandemburgo parecem ser bem interessantes, mas elas só serão desativadas na segunda metade da próxima década, será que não estarão surradas demais até lá ? Para a reconstrução da frota, acho que a MB deveria ficar em fazer dois lotes das Tamandaré nesta década e pensar em fragatas maiores a partir de 2030, podendo inclusive projetar uma classe que lhe atenda junto ao… Read more »
Sob a sua visão, penso logo nas Sigma 10514 da Damen agora e as Crossover Combatant 131 depois. Tudo com parceria com o Wilson and Sons aqui no Brasil.
Sim, também pensei nisso. O crossover como fragatas ASW/EG e, aí sim algo dedicado para AAW, numa parceria de longo prazo com a Damen. Eles têm em portifólio navios de apoio logístico, opv, etc….
Um acordo onde se detalharia o crossover aqui, ensinando o pessoal do CPN a fazer isso e depois prestando consultoria para o desenvolvimento da fragata para AAW. Construindo em blocos, envolvendo mais dois (ou três) estaleiros na construção dos blocos e a montagem final e integração de sistemas e armas no AMRJ.
Penso que este seria um bom caminho a seguir.
Também creio que o caminho a seguir para o ProSuper é de fragatas leves, e uma desses seria boa para Damen também, pois tem essa lacuna no seu portifólio.
É uma ideia que realmente faz mais sentido que tentar navios bem desgastados. Acrescenta-se 15% a mais sobre os números de comprimento e boca da 10514 da Damen e teremos uma fragata de 120 m por 16 m de boca e um deslocamento bem maior, acima de 4.000 ton. Com a modularidade do processo no WS, ficaria mais fácil construí-las. Daí, um aumento no número de armas. Eu apostaria no dobro de mísseis CAM num emprego geral e pelo menos 16 Barak 8 com radar AFAR israelense num AAW ou mesmo apenas manter os CAM em 24 ou 32 células,… Read more »
Algo me diz que todas essas opções postadas na matéria ainda vão demorar um longo tempo para serem retiradas de serviço, os projetos de fragatas novos estão mais complexos e caros, vide o programa Australiano e Canadense, este último o ganhador nem foi escolhido ainda. A execução de tais projetos também esta mais demorada pelas exigências de transferência de tecnologia, pela exigência de fabricar tais navios em solo do país comprador e para piorar, com a exigência de conteúdo local. A consequência de todas essas exigências, é o atraso na incorporação desses meios novos na suas respectivas forças navais e… Read more »
Fico entre os Brandenburg e as Type 23, mas os grandões japoneses tbm são bem interessantes porém acredito serem menos possíveis de aquisição .
Imagino que serão escoltas com uns 15 anos de disponibilidade, ai dará tempo para planejar a renovação da frota.
Acho que uma dificuldade será a quantidade da mesma classe disponível para compra.
Um navio com mais de 32 anos de uso , tem que ter uma segurança de peças de reposição para manter a disponibilidade.
Sinceramente, se é para um país como o Brasil comprar cascos latas velhas com mais de 20 anos de uso é melhor fechar o parque industrial e a Marinha. Alguns podem argumentar que tais meios passaram por atualizações e etc, mas sempre serão latas velhas com mais de 20 anos e com projetos até mesmo estruturais defasados e muitas vezes, algumas destas atualizações são removidas. Se a Marinha quer ter meios navais eficientes e condizentes com suas necessidades, precisa parar de improvisar e partir para duros cortes de pessoal em todos os níveis. Alem é claro de cobrar do congresso… Read more »
Partindo do princípio de que a crise orçamentária durará muitos e muitos anos, vejo duas grandes vantagens nas Type 23: – virão bem desdentadas, ou seja, seu preço deverá ser bem barato, permitindo que aos poucos, a MB faça a reforma de propulsores e integre os armamentos e sensores, diferindo a despesa no tempo; – são 13, na cadência de uma por ano, ou seja, permitirão escolhas ao longo do tempo (a partir de 2023, se a Type 31 decolar), padronização e terão manutenção garantida por muito tempo, pois as mais novas continuarão operando na RN até meados de 30… Read more »
Prezado Nilson,
O Japão vende e doa equipamentos militares.
Nos últimos anos tem entrado em diversas concorrências, como dos submarinos australianos, e tem doado aeronaves para seus vizinhos asiáticos.
Grande abraço
Opa! Então pede pra marinha ir enchendo o cofrinho! Junta dinheiro e compra logo os nove destróieres japoneses!!!!!!!!
Nossa. Navios com mais ou menos 30 anos de uso.
Os navios britânicos podem vir com equipamentos a menos, isso influenciaria no preço, mas é uma negociação de ambos os lados.
O navio alemão, australiano e japonês me enxeram os olhos.
Tem estimativa para alguns navios descomissionados ainda nessa década?
“Mas há, também, na Marinha, diversos oficiais que não gostam dessas aquisições de escoltas “de ocasião”, por conta de um convencimento: o de que esses navios não devem resultar de projetos concebidos sob requisitos de outras marinhas, ou seja, estranhos à Doutrina Naval Brasileira. Para essas vozes, os escoltas precisam ser barcos que, em suas características básicas (de propulsão, estabilidade, habitabilidade e capacidade de sobrevivência) se encaixem, à perfeição, nas demandas delineadas pelo Estado-Maior da Armada e pelo Comando de Operações Navais.” . Uma família de navios, modular, capaz de equipar os dois Esquadrões de Escolta, sendo projetada para atender… Read more »
Finalmente uma opinião que eu posso concordar plenamente, também acho que temos que ter um família de navios novos com as nossas características e necessidades pois como sempre se diz “a melhor marca de veículo é o novo” sem falar que o custo de manter e gasto de combustível é sempre menor que estas mais velhas, então de certa forma comprar o novo é economizar.
É o ideal, mas entre o ideal e o possível há milhas náuticas de distância. No caso, podemos contar com certeza de que além das Tamandaré, ainda que venham o possível segundo lote e o quase impossível terceiro lote, haverá compra de oportunidade de ao menos uma dessas classes citadas na matéria. Se vier a Type 31 na Tamandaré, dá para manter todas as escoltas leves nesse modelo enquanto as escoltas pesadas viriam da compra de oportunidade, padronizando os suprimentos para apenas as duas classes. Até porque é impossível padronizar todas as escoltas da MB em uma única classe. Se… Read more »
“…demandas por mísseis e peças de artilharia mais eficazes (como a substituição do míssil mar-mar francês Exocet pelo americano Harpoon….”
Esse trecho me chamou atenção.
Não sabia que que Harpoon era msis eficaz que o Exocet, mesmo com alcance menor…
Alguém poderia comentar mais?
Vicente,
O Harpoon, em suas diferentes variantes, possui alcance que varia de 50 a 150 Milhas, a 850km/h.
O Exocet por sua vez, possui um alcance de 70 km a 1.100 km/h
O Exocet block II é de 70 km, o block III é de 180km.
Já o Harpoon tem versões de 75km, 120km e de 280km.
Os Exocet das Type 22 batch 1 e 2 são de uma versão mais antiga e menos capaz, o MM40 block I. O Exocet block III e o Harpoon block II tem capacidades semelhantes.
Recuperar a capacidade de combate. Voltar aos anos 1990. Nenhum meio de oportunidade citado estará disponível antes de 2025. Todos, provavelmente, à partir da década de 2030. E não se sabe como estarão daqui a 20 ou 23 anos. Essa será a necessidade em 2035? Quando a MB olha para o futuro e manifesta uma preocupação de voltar a ter o que pensava que tinha – capacidade de combate, recursos para sustentar uma guerra oceânica, nos anos 1990, ela está sendo efetiva? Culpa do Prosub. Culpa de Itaguai. Por conta desses projetos não houve renovação. Bom…a aritmética não falha. Não… Read more »
Como assim meu caro Esteves?
“O país não vai parar nem vai ficar pior se o gasto com defesa subir pra 2,5% do PIB. Já foi mais de 4% e ninguém morreu por conta disso”
Se hoje não gastamos nem 2,5% do orçamento, imagine o salto que não seria gastar 2,5% do PIB. Apesar de uma mudança assim fazer muito bem às Forças Armadas, esse dinheiro estaria saindo de alguma outra área… acho que isso causaria muita paralisia ou morte sim
Esse dinheiro tem que sair de algum lugar. Se tirar da saúde,
Sem falar que há o grande problema de que o dinheiro não chega aonde deveria. Dizem que mais de 80% do orçamento é para pagar salários e pensões. Se for verdade, a mudança tem que começar internamente e baixar isso para uns 50-60% do orçamento.
Dizem, não. Está no site do MD. 76% = despesa com gente. No GF é mais de 80%.
Baixar não dá. Só com reforma.
Sai de onde sai tudo. Compensações financeiras do petróleo e royalties. O problema é arrumar dólares. Pra isso pode emitir títulos no Tesouro.
Os 25 bilhões da Copa de 2014 sumiram. Ninguém pagou os bancos públicos. 25 bilhões para a defesa faz uma baita diferença. E ninguém reclama como ninguém reclamou dos 25 bi da Copa.
É caixa único. Emite moeda, transfere dólares para a defesa das contas de exportações.
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COMENTÁRIO EDITADO. POLÍTICA PARTIDÁRIA NÃO É O TEMA DA MATÉRIA NEM DESTE SITE. LEIA AS REGRAS DO BLOG.
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Não adianta socar mais dinheiro no ralo sem fundo das Forças Armadas. Nem quando se gastava 4% do PIB tínhamos esquadra respeitável. A última vez que tivemos uma esquadra importante no cenário Internacional foi na década de 1910, quando tínhamos os remanescentes do Império e a esquadra nova na qual os presidentes investiram o dinheiro gordo vindo do café. Como já disseram acima, as Forças Armadas precisam ser mais eficientes. Ainda estamos no Top 10 de orçamentos militares do Mundo, junto a países que adotaram sua sugestão e sofrem horrores internamente por isso como a Rússia e a Coreia do… Read more »
“Já foi mais de 4% e ninguém morreu por conta disso.”
Ah claro, ninguém morre, literalmente, diminuindo os orçamentos de saúde e segurança pública né? E ninguém perde emprego aumentando imposto também, certo?
É cada uma…
Foi de 4% e encima os hospitais funcionavam, não como passa agora.
Também não existia a violencia de hoje.
E isso não sucedia por causa de nenhum tipo de milagre, tinhamos apenas 12 ministerios e infinitamente menos corrupção
É cada uma que a gente escuta dessa gente que não viveu os 60 e os 70 e pensa que o Brasil era esse lixo de agora.
Aqueles que administram a coisa publica, se concentraram em gastar tudo para a construção de um submarino nuclear e ainda em modernizar um porta aviões de 50 anos, esquecendo a esquadra que é fundamental (pelo menos é assim nos outros países), literalmente deixando a esquadra cair aos pedaços nestes 30 anos….. Realmente é uma administração diferente do que seria aprendido nas universidades…….Ou seria uma nova maneira de ver o significado de poder naval…..
Marcelo,
Qual porta aviões de 50 anos que está recebendo dinheiro público ou privado para modernização ou qualquer outro tipo de coisa ?
Um submarino é muito mais capaz de afugentar e negar o uso do oceano que um meio de superfície, como um desses navios, não tem comparação. A Marinha age corretamente no programa PROSUB, são cinco naves moderníssimas, uma delas de propulsão nuclear. Atente que o SNBR não é apenas o submarino em si, que já é uma arma altamente temida, faz parte de algo maior, um programa nuclear em si mesmo, não quero me alongar, mas a MB não está apenas construindo um submarino de propulsão nuclear, é um programa maior e mais importante para o país, no que diz… Read more »
Silvano… O ataque do ’25 de Mayo’ somente não ocorreu por… falta de vento… É bem verdade que o afundamento do ‘ARA Belgrano’ virtualmente confinou a Armada nos portos. Mas também é uma verdade que antes disso houveram ocasiões em que os argentinos tinham a vantagem. E uma dessas ocorreu pouco antes da FT britânica chegar na área de operações. Nessa ocasião específica de que falo, os argentinos tinham vantagem por saberem a posição da FT britânica, descoberta pelos ‘Tracker’ e pelo 707 da FAA. Contudo, condições climáticas absolutamente anormais impediram que houvesse vento relativo para permitir a operação com… Read more »
Desculpe Silvano, mas aí há um erro mais grosseiro que conta de padeiro. Nessa sua estratagema de “dois tipos de navios, submarinos e alvos”, não se conta outro fator: negação do uso do mar não é hegemonia marítima e muito menos afeta de qualquer forma a superioridade aérea. Hoje temos aviões e helicópteros podendo lançar torpedos e cargas de profundidade com raios de combate muito maiores do que o alcance dos mísseis e torpedos do submarino, temos sonares potentes e varredura eletromagnética para determinar a posição do submarino e temos vários outros avanços na guerra anti-submarino. A própria MB, com… Read more »
Em tempo, um Porta-Aviões e meia dúzia de fragatas.
Embora as Niterói sejam tão mal armadas a ponto de estarem mais para corvetonas que para fragatas. Projeto velho.
Prosub. 6,8 bilhões de euros, em torno de R$ 26 bilhões. Construção do estaleiro e da base naval em Itaguaí, produção dos 4 submarinos convencionais + 1 com propulsão nuclear. Foram uns 22. Quase metade foi/é transferido para a França. Esse é o preço do não desenvolvimento e do atraso tecnológico: dependência até para comprar um motor elétrico. Falta acabar Itaguaí, o Riachuelo, avançar nos outros 3 subs e começar o Alvaro Alberto. A grana, claro, não vai dar. 25 bilhões. Coincidentemente é o mesmo valor que o Poder Naval publicou para os gastos da Copa de 2014. Aquela que… Read more »
O que é que o Prosub tem e ver com a CBF e o Maracanã?
Excelente matéria. Bem pertinente. Quando se trata de planejamento somos realmente muito competentes, pena que os políticos em nosso país são muito amadores. Os tópicos (1), (2) e (3) já estão em andamento, porém os (4) e (5) precisaram de ajustes. A RN tem por opção suportar os custos, tempo e contra-tempos de construção para utilizar estes meios por 15 anos e depois vende-los às nações amigas. Nós preferimos comprar estes meios já testados e depreciados por preços também depreciados. Tudo tem seu lado bom e ruim: A primeira opção custa caro, porém gera empregos, paga impostos e ficamos com… Read more »
ProSub? Você acha que eles não fazem um estudo sobre o custo-beneficio? O complexo de Itaguaí é importantíssimo. Ali ficara o que mais de valioso a MB vai possuir. Um complexo moderno e inteligente que diminuira o tempo de manutenção dos nossos subs e de outros países($$$). O ProSub é o projeto mais importante das Forças Armadas. O Brasil poderá ter a capacidade de construir um submarino nuclear. Além dos convencionais. O Brasil necessita de uma força para dissuasão e uma força de submarinos coloca medo em qualquer marinha estrangeira. ProSuper vai ter que sair na próxima década. O projeto… Read more »
Perfeito seu comentário, Marcelo R, hoje a situação é a que é, mais por decisões equivocadas de comandos anteriores da própria MB, do que por “culpa duspulicu”.
Para os “viajantes do mundo maravilhoso do faz de conta” que apregoam aumento percentual de gastos com defesa, a máquina de fabricar dinheiro sem lastro funciona, mas tal conta é paga por todos nós sob a forma de inflação. Tem muita, mas muiiiiiiiita coisa para enxugar, refazer o PPA redefinindo rubricas orçamentárias de forma equilibrada, priorizando a operação e a manutenção, sem devaneios.
Esses Murasames enchem os olhos, que navios bonitos e bem armados!
Concordo, navios japoneses sempre foram meus favoritos. Entretanto eu creio que são de classe e capacidades superiores.
Eu creio que compor a espinha dorsal com as 23 (6 unidades), Tamandaré (mínimo 6 unidades), e 2 Murasames classificados como CT’s de defesa aérea de área.
Era exatamente essas que eu gostaria de ver na nossa armada. Será possível Galante? Sei que são multifunção mas estão mais equipadas como destróieres do que como fragatas e sendo assim pode realizar missões de guerra anti-submarino (ASW) e de guerra anti-superfície (ASuW) e apresenta algumas capacidades de defesa limitadas contra ameaças aéreas.
Dito o acima seria interessante para a MB?
Mk48 30 de julho de 2018 at 13:02
Marcelo,
Qual porta aviões de 50 anos que está recebendo dinheiro público ou privado para modernização ou qualquer outro tipo de coisa ?
NAe São Paulo, A 12, que está lá no AMRJ, atracado, mas para que se mantenha flutuando, vários sistemas básicos como bombas, parte de sistemas hidráulicos são mantidos pela marinha, o único erro de digitação que o colega cometeu é que não é dinheiro público, pois isto “non ecsiste” é dinheiro dos contribuintes Brasileiros.
Juarez…
.
mas o “São Paulo” não está sendo “modernizado” como colocado no comentário e sim “inativado” e como toda “inativação” ou mesmo no caso de navios mantidos na “reserva”
há necessidade de se gastar com isso…então…nenhum “porta-aviões” está recebendo
dinheiro para modernização.
abs
Juarez,
O Dalton já te respondeu.
Tempos atrás falou-se em outras oportunidades que a MB poderia explorar. As compras não vingaram? Seguem as classes:
1 – As duas OHP australianas mais novas, que inclusive já deram baixa e têm 25 anos de uso, excelentes para AAW;
2 – As classes Maestrale e Lupo (aquelas feitas para o Iraque) da Marinha Italiana;
Uma dessas duas “OHPs” que deram baixa já foi para o desmanche e a outra está aguardando possivelmente similar destino já que foi descomissionada com mais de 32
anos.
.
Apenas as duas que ainda permanecem em serviço comissionadas no início dos anos
1990 merecem alguma atenção e isso que terão 25 anos ou mais desde o comissionamento.
Alguém poderia me explicar a diferença de comprar um “casco” antigo revitalizado, para um casco “novo” ? Porque o mais importante para mim é o recheio nada impede a MB modernizar igual foi feito com PHM atlanico, continuar com os projetos paralelos.
“Revitalizado” normalmente significa que terá uma duração menor e/ou exigirá maiores sacrifícios para ser mantido em serviço. Um projeto antigo pode por exemplo, originalmente ter sido feito para durar apenas um determinado tempo, tendo à acessibilidade para manutenção mais difícil, menor capacidade de absorver novas tecnologias e coisas assim.
então basicamente você tem que calcular o custo da aquisição + o custo da reforma + custo da manutenção + e dividir pela quantidade de anos de vida útil que se pretende atingir, e verificar se o navio é capaz de cumprir as missões que irão ser proposta.
E se o calculo for baixo com um bom custo beneficio, não vejo porque não adquirir.
É o que a grande maioria das marinhas faz…comprar navios de segunda mão
e tentar arrancar deles o maior benefício possível…algumas vezes até
um pouco mais, como ocorreu com o NDD “Ceará” que depois de 7 anos de
manutenção/revitalização quebrou em sua primeira missão pós manutenção e
teve que ser retirado de serviço.
Realmente eu fui pesquisar sobre esse NDD “Ceará” e pelo que eu verifiquei Navio era bem antigo, foi construído no da década de 50, serviu a marinha americana por 33 anos, depois foi incorporado a Marinha Brasileira em 89, morreu em 2016. Neste caso eu acho que já era um Navio muito antigo 33 anos de uso, você espreme a Laranja até onde dá uma hora que só fica o Bagaço mesmo, porém ainda deu bastante caldo. Essa compra de oportunidade eu não acharia boa, navio já era da década de 50 já estava velho de mais.
SRS editores em 27/julho, escrevi que tinha lido em algum lugar que a marinha do Japão iria disponibilizar os destróieres/fragatas, e, o Top Gun Sea, perguntou-me de onde eu tinha está informação, informei que li, e perguntei se a notícia era verdadeira ou fale news, hoje leio a esse respeito aqui, fiquei muito feliz, as fragatas japonesas, são muito boas, bem cuidada e bem armadas, acho que o pessoal da MB deveria correr atrás, através nossa embaixada Tóquio, confirmar veracidade e mostrar interesse na aquisição, são feitas, mas ótimas.
Só tem navio velho.
Tudo navio com 30 anos ou mais.
Com o crescimento do poder militar da China e da Rússia, acho difícil compras de oportunidade realmente boas. Os navios estarão muito velhos quando forem colocados para venda.
Concordo, acho difícil essas opções citadas na matéria estarem realmente disponíveis no curto e médio prazos na atual conjuntura geopolítica…
Pergunta: Dizem que a Marinha Americana sempre mantem alguns navios como ” reserva técnica” estes navios após verificação não poderiam ser vendidos para ” nação amiga” sem escolta????
Isso costumava ser verdade…mas…não mais. Algumas poucas fragatas classe “Oliver Perry” foram disponibilizadas para venda, mas, apenas Taiwan adquiriu e apenas duas delas.
O Porta Aviões São Paulo, tão esquecido de todos por aqui, nestes tempos…. Foi sim motivo de liquidação da esquadra, o dim, dim que foi gasto com ele, deixou as corvetas sem modernização e até as Tipe 22 foram pro brejo mais cedo com este desvio do dim, dim. Portanto seria mais um gasto muito interessante que só seria aqui realizado, em outras marinhas, teríamos as modernizações da esquadra como prioridade e depois, quando tivesse dim, dim seria feito a modernização do A12….quem lembra?????
Um exagero…não gastou-se tanto assim com o “São Paulo” , não até 2004 quando à marinha passou de 16 combatentes de superfície para 14 e nesse período conforme pude ver com meus olhos e ouvir com meus ouvidos em duas viagens que fiz ao Rio no espaço de dois anos, a corveta “Barroso” teve sua construção que já encontrava-se sofrendo atrasos, parcialmente suspensa.
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Well, tudo muito caro.
Vamos construir estádios e investir em fundos partidários.
Podem detonar.
ahah
foi brincadeira.
Dalton, os americanos não doaram os Kidds para Tawian, não estava na reserva técnica deles, outro dia vi uma cópias dos dias de hoje da base de Pearl, e lá estavam vários navios ancorados e eu soube que era reserva técnica, por isso fiz a pergunta, havia mais de 50 navios lá.
Caro Vovozao, creio que você está misturando as bolas. Dalton comentou sobre as OHP e não sobre a classe Kidd, sendo estas últimas vendidas para Taiwan, inclusive tem um matéria aqui no naval sobre isto. Li que existem 10 OHP que estão em uma situação de possível retorno, mas teriam que verificar a real situação dos mesmos (HALYBURTON, KLACKRING, DEWERT, VANDEGRIFT, ROBERT G. BRADLEY, CARR, ELROD, SIMPSON, KAUFFMAN, & RODNEY M. DAVIS). Duas fragas (Ford e Ingranhan) estavam reservadas para serem afundadas. Particularmente se não forem as OHP, não vejo como o Brasil receber navios americanos de escolta, pois são… Read more »
Além do que o Humberto escreveu, não há mais de 50 navios nessa reserva em Pearl Harbor, há sim, navios com pouquíssima possibilidade de reativação ou nenhuma possibilidade que estão apenas aguardando o destino final, seja, desmantelamento ou uso como alvos. . Pelo menos alguns desses navios foram afundados como alvo nos últimos anos, incluindo recentemente o ex USS Racine um antigo “LST” e aguardando seu destino final ainda encontra-se na reserva o ex USS Peleliu, um LHA gigante, teoricamente ainda bem mantido, mas, não para venda futura e sim para um programa da US Navy que visa em caso… Read more »
Concordo contigo, Roberto Bozzo! “Para a reconstrução da frota, acho que a MB deveria ficar em fazer dois lotes das Tamandaré nesta década e pensar em fragatas maiores a partir de 2030, podendo inclusive projetar uma classe que lhe atenda junto ao vencedor da concorrência Tamandaré, tentando gerar padronização construtiva. Um casco único para abranger tanto fragatas AAW quanto ASW/EG entre 4.000 a 5.000 tons vazia.”
Oportunidades tem que ser avaliadas caso a caso, mas vejo que não podemos contar com isso…
SRS podem até dizer que estou sendo chato, entretanto, outro dia falei que nos não temos armada para repelir um ataque, disseram que ninguém viria aqui atacar o Brasil, também não iriam atacar os Estados Unidos na Segunda querra, era muito longe ?? Hoje não dá para atacar, é mesmo, quem garante. O real e não temos escoltas, temos duas boas compras de oportunidades Bahia, Atlântico, que não podem sair com risco de irem desprotegidos, o real: não podemos esperar 2025, nossas sucatas não aguentaram até lá, o comando da MB, tem que correr atrás hoje, não podemos olhar nos… Read more »
“Luiz Monteiro 30 de julho de 2018 at 12:17 O Japão vende e doa equipamentos militares.” Prezado Luiz Monteiro, muito obrigado pelo esclarecimento. Os Murasame são então um grande objeto de desejo, pois, além de sua capacidade superior à das fragatas, os primeiros da série estão entre os mais novos dos navios apontados para disponibilidade futura (são cerca de 5 anos mais novos do que as T23 e as Halifax, e tem a mesma idade das Anzac). Fica claro então que por volta de 2025 haverá uma boa revoada de oportunidades, dos navios comissionados entre 1991 e 1997. É a… Read more »
Fico até pensando como teria sido a conversa decisiva: “não vamos comprar as Batch 3, senão o governo entende que já estamos supridos de fragatas e não assina o ProSuper. Além disso, elas têm mais de 20 anos, que é nosso limite para compras de oportunidade…”
Nilson,
Apesar dos laços de amizade entre o Japão e o Brasil, creio que o Japão esteja procurando parceiros e clientes para novas armas, maior a quantidade fabricada, menor o seu custo por causa da escala.
Particularmente eu acredito que se o Japão for vender os seus navios, serão priorizados os países da região, pois eles sabem do trabalho de conquista da hegemonia da China, neste momento, ter aliados é muito importante.
http://www.enseada.com/#Acionistas
Interessante, não sabia.
Obrigado
Existem previsões que se desenrolará um conflito daqui a 4 ou 8 anos. O cenário está mudando antes investimentos militares estavam em baixa agora não. O mundo mudou..se vai ter é outra história. Abraços
http://sensoincomum.org/2018/07/26/guten-morgen-65-trump-oriente-medio-filipe-martins/
“Esquadras não se improvisam”. Rui Barbosa
Melhor que adquirir equipamento usado é:
-Dobrar o lote de Tamandarés, ou seja, 8 ou 10;
-Abrir em 2019 nova concorrência para 5 fragatas de 4500 a 6000T.
Vai estar de acordo com o tal PAMB…
Vicente,
Com alguma sorte, em 2019 vamos estar selecionando quem vai montar as 4 corvetas. Quem sabe o próximo passo seja a construção de mais navios de patrulha (a classe Amazonas seria um boa alternativa). Creio que as fragatas de 6000 T só depois das entregas dos submarinos.
Eu acho também mais sensato.
Além de produzirmos no país e nos familiarizarmos com a tecnologia de fabricação de navios modernos, quem sabe voltarmos a construir projetos próprios.
O país precisará investir muito em defesa. Talvez fique mais claro nos próximos anos.
Vamos ver.
Creio que não vai ter como fugir dessas comprar de oportunidade, a classe Niterói vai ter que dar baixa e acho que uma compra de 4 escoltas mais pesadas vai ser necessário até que se tenha capital financeiro e político para uma ProSuper 2. Porque da abertura da licitação até o comissionamento dos navios vai ter um período grande, as previsões de aquisições pelos próximos 15 anos que tenho é que serão 8 Tamandarés, 4 fragatas usadas, 4 Fragatas adiquiridas pelo ProSuper, 8 scorpene e 2 subs nucleares, 1 classe Wave, 10 NPA 500br, 2 navio patrulha oceânicos e quem… Read more »
Uma Tamandaré custa o preço de 3, 4 ou 5 navios usados destes ai… Muito facil dobrar as encomendas.
No valor das Tamandarés está incluso também custos de manutenção, armamentos, treinamento, transferência de tecnologia, reforma no estaleiro parceiro para acomodar a produção local, sem falar que serão embarcações novas e não com mais de 30 anos como as outras, então essa questão de custos é muito relativo.
Boa tarde.
Aguardar MURASAME para o fim da décad de ’20, penso que é muito demorado, apesar de serem magníficas.
São as mais novas, hoje, mas não o serão no final dos anos ’20.
Mais convenientes com a nossa realidade são as inglesas,, com as quais játemos grande integração.
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Penso, e sempre manifestei isso, que deveríamos começar, e logo, a construir nossos meios de defes por aqui mesmo, com imensa fiscalização e auditorias durante TODO o processo.
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Quem me dera qq uma das hipóteses…
Levando em consideração a degradação de nossas fragatas e o tempo que leva uma concorrência e também a construção de meios novos, mesmo com o tudo dando certo na classe Barroso, acho inevitável a compra de fragatas por oportunidade antes de pensar em uma classe de fragatas de 6000 t.
Texto excelente. Muito bom mesmo. Amigos, creio que não será possível esperar por essas escoltas… E mesmo que seja, quando as dita cujas estiverem disponíveis, já serão navios beirando os trinta anos… Serão verdadeiras caixinhas de surpresas… A aquisição de escoltas usadas pode gerar diversos outros problemas que não técnicos. Uma compra de um vaso como esse pode travar politicamente compras posteriores, passando uma falsa impressão de que vasos atualizados haverão se segurar décadas e mais décadas de operação. O melhor caminho, entendo eu, é proceder a aquisição da classe ‘Tamandaré’ e garantir recursos para que vá além dos quatro… Read more »
Concordo! Acho difícil essas escoltas estarem disponíveis em tempo hábil, vão usá-las até o osso. Se a MB não se coçar agora (pedidos firmes de novas e/ou pressão pelas usadas), não terá nada por volta de 2023-2025 e consequentemente até 2030.
“Vovozao 30 de julho de 2018 at 15:39
o real: não podemos esperar 2025, nossas sucatas não aguentaram até lá, o comando da MB, tem que correr atrás hoje, não podemos olhar nos forças Armadas nesta penuria”
Também gostaria, Vovozão. Mas, principalmente no tocante às escoltas, já caí na real… De 1 a 4 Tamandarezinhas novas nesses 6 próximos anos e fragatas de oportunidade em 2025.
Se vc olhar os comentários de 5 anos atrás, nem os mais pessimistas acreditavam que estaríamos hoje em condições tão precárias. E só piorou, o que dificulta em demasia a retomada.
As vantagens de se produzir localmente o meio que for são óbvias, mas sem a garantia de escala de produção, não vejo como isso possa ser vantajoso. Por mim seria melhor a MB procurar alguma compra de prateleira de navios novos, com o mínimo de transferência de tecnologia, o suficiente para garantir trabalhos de manutenção mais pesados e só. Acho que se economizaria um bom dinheiro nisso e não seria necessário um comprometimento de longo prazo por parte do governo e alocação de recursos, o que afinal de contas, sabemos que é totalmente instável. Provavelmente os recursos destinados pelo governo… Read more »
É inacreditável como o Brasil, um país com uma economia tão grande quanto a da Itália, maior que a da Rússia, não consegue encomendar meia dúzia de escoltas novas da ordem de 6000 tons…. Estamos aqui nos lamentando por não conseguirmos comprar latas velhas de 30 anos de idade tão bem quanto o Chile, que possui uma economia muito menor.
Inacreditável. Mas é a pura verdade…
Também não consigo de forma alguma entender a mente dessa gente.
Já fico irado, quando dizem que não temos grana para manter 6 destroyers….putzz
Tem dinheiro de _____________pra manter ate 15 destroyers brincando.
Falta é vergonha na cara dos políticos e dos comandantes que batem continência para ladrão.
Por isso as vezes prefiro não comentar para respeitar as regras do blog.
Mas se elencasse-mos as bobagem onde gastam trilhões de reais, a postagem seria excluída e receberia uma bronca.
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https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
opção de escolta ate 2022 pra mim seriam as 2 Durand de la Penne italianas (AAW) .. e quem sabe as 2 ”Absalon” dinamarquesas ..(seria ao meu ver o ideal ) .fato q a MB precisa de ao menos 4 navios ate 2024 alem das ”Tamandares” …….. se for pra esperar mais a opçao japonesa seria ideial .. contando q exista a oferta em algum momento , o q sinceramente eu duvido …. tendencia e q os japas usem tais navio ate o fim de sua vida util ..40/45 anos de serviço e motivo é simples … a China ,… Read more »
Concordo com o pensamento de não darmos o passo maior que a perna!! Mas se o Galente tocou no assunto. Também concordo!!
Alexandre Galante 30 de julho de 2018 at 13:14
Esses Murasames enchem os olhos, que navios bonitos e bem armados
https://www.youtube.com/watch?time_continue=36&v=OMRqeOCondY
Cuidado Pessoal !!!
Beleza não põe mesa !!!
De todas aí botava fé mais uma vez em nossa Rainha !!!
Pra ocasião e aos cofres públicos em todos os aspectos seria as Type 23 mas teria que ser pra ontem !!!
Quem sabe contamos com benevolência de vossa majestade e todo o Ministério de Defesa Britânico !!!
6 delas dava baixa em uma e mantinha as outras 5 !!!
As Japonesas seriam ótimas aquisições mas quanto seria pra custear tudo isso ?!
Garanto !!!
Não vai ficar barato não !!!
Burgos, Com as dores de cabeça que os súditos de sua majestade estão tendo para por novas escoltas em construção, creio ser difícil ver mais um desses vasos disponíveis em tempo… Na real, melhor investir o pouco que se terá na nova classe e garantir ao menos mais um sopro de vida ao que restar das FCN para que as remaneacentes cheguem até 2028/2029, ao mesmo tempo em que se promove a construção de mais quatro ‘Tamandaré’ na segunda metade da década que vem. Se chegar-mos a 2030 com oito escoltas novas, já dá pelo menos pra dizer que não… Read more »
Acho difícil eles darem baixa de uma ou duas Type 23 até 2025, quanto mais meia dúzia. Os projetos das Type 26 e Type 31 estão ambos atrasados. Vão usar as Type 23 até o talo e não sobrará nada pra MB. Confiar na baixa das Type 23 como plano A ou B é o fim da MB.
Srs Como citado pelo jovem Felipe Maia, curiosamente, as opções italianas não estão sendo cogitadas pelo almirantado ou pelo menos não foram citadas, Ora, pelo que foi citado, as opções possíveis estarão com um bom tempo de uso, mais do que as Soldati (Lupo modificadas para o Iraque que não foram entregues e incorporadas a marinha italiana na década de 90) e similar as Maestrale (unidades da década de 80) tendo a diferença que as fragatas italianas estão sendo liberadas antes. Isto sem contar com os dois La Penne (década de 90). Exercendo um pouco de política internacional, a MB… Read more »
Bom…os americanos ofereceram ao Brasil e ainda oferecem, os destroiers classe Arleigh Burke , que tem quase a mesma tripulação da fragata Rademaker. Não quiseram… e mais- ofereceriam até mais recentes. Uma meia duzia seria o bastante e já foram modernizadas. Destroier é mais do que uma excelente escolta e teriam reposições durante a vida útil. Restaria terminar o projeto das corvetas e teríamos ótimos meios. Mas… não sei porque não aceitaram- disseram á época que teria elevado gasto com tripulação…
Nunca foi oferecido “Arleigh Burke” ao Brasil…sim…houveram alguns boatos ou matérias “plantadas”, como uma “oferta” de 4 deles , cujos indicativos seriam os de números 79, 80, 83 e 84, mas, além de outras coisas, à US Navy estava em 2011 e continua hoje com falta de navios…ter 64 deles é uma enormidade para nós, para eles, falta, então não faria sentido em livrar-se deles. . Um “Arleigh Burke” tem uma tripulação maior que à da “Rademaker” em algumas dezenas de pessoas…na verdade, varia muito de navio para navio, alguns ainda possuem tripulações com mais de 300 pessoas, outros, tiveram… Read more »
Na verdade são 66 “Arleigh Burkes” já entregues desde 1991 e até o final do ano deverá ser entregue mais um para comissionamento ano que vem e não 64.
O Arleigh Burke é muita areia para o nosso caminhãozinho, 6 deles dá quase 12 bilhões de dólares e uns 600 mísseis, só a operação dos mesmos iria quebrar a MB.
Mas que é uma belissima belonave, é viu!!
Nunca houve oferta de ABs pra MB e muito menos haverá essa oportunidade agora, já que eles pretendem aumentar o número de navios na USN para 355, os estaleiros já estão lotados de encomendas e por isso pretendem estender a vida dos ABs atuais em mais 10 ou 15 anos para alcançar esta meta.
No máximo conseguimos umas OHP, e mesmo assim também tá difícil.
Na minha opinião o barato pode com o tempo sair caro, melhor seria mesclar a coisa, comprar umas 4 fragatas novas na especificação desejada da Marinha com umas 6.000 tn. e umas 2 fragatas usadas de menor tonelagem, que estivesem em boas condições e disponiveis. A partir dai iniciar um planejamento para a substituição em futuro das 2 fragatas usadas por novas, implementando com mais 6 fragatas (2+6=8), tendo um total de 12 fragatas.
Sobre as fragatas usadas disponíveis, as Type 23 seriam uma boa opção se após a verificação da Marinha estivessem em bom estado, em não estandoas ANZAC.
Luiz Monteiro as KDX Coreanas do primeiro lote acho que sao 3 nao poderiam ser adquiridas pela Marinha nessa mesma epoca ? E sao navios mais novos
Prezado Testa,
Não sei se os coreanos disponibilizarão estes navios no curto prazo. Entendo que não haveria qualquer restrição por parte da MB.
Deixo claro que, no momento, não há previsão de aquisição de navios escolta por compras de oportunidade. Porém, a MB se mantém atenta às ofertas.
Grande abraço
concordo com o _RR_ e outros acima, que não faz muito sentido esperar 10 anos para adquirir naves usadas que vão durar cerca de 10 anos apenas. Todas as opções listadas vão ter mais de 30 anos nas datas previstas de baixa, e provavelmente a maioria delas vai ter que “segurar o piano” nas suas marinhas de origem por um tempo ainda maior, pois dependem da entrada em serviço de novos navios (de projeto inteiramente novos), o que ultimamente tem sido sempre problemático – até para as marinhas de ponta. ou seja, iríamos passar os próximos 10 anos com uma… Read more »
Marcelo,
Temo que o “cataclisma” já aconteceu, só que no sentido inverso…
‘Type 31e’ paralisada… Problemas nas ‘Type 45’… Tudo isso faz supor, como você bem disse, que os atuais vasos deverão permanecer em serviço na RN até pra além do planejado. E francamente, somente se viessem por esses dias eu as consideraria uma opção.
Espertos foram os chilenos… Pegaram suas ‘Type 23’ na “flor da idade”…
“modernização ou qualquer outro tipo de coisa ?”
Dalton, ele usou a expressão acima: “ou qualquer outro tipo de coisa”, ou seja, ele ainda, mesmo descomissionado, está tendo custo para ser mantido flutuando.
Realmente, os navios japoneses são lindos, e se for para comprar usados, e sabendo como as coisas são feitas no Brasil, onde o que é para ser um “tapa buraco”, acaba ficando como definitivo, com boas condições de compra, bom financiamento, e com boa capacidade operativa e de combate, mesmo que tendo custo de obtenção maior, e sabendo que os japoneses cuidam muito bem de seus meios, acho que realmente a MB, deve olhar com outros olhos para esta potencial oportunidade.
Sempre é possivel conseguir excelentes compras de oportunidade os quais espero que o Bahia e o Atlantico sejam exemplo. Mas o problema deste tipo de estratégia cronica é que você entra num circulo vicioso de estratégia e definição de meios. O mundo pode acenar enfaticamente a um caminho particular específico. Suas próprias necessidades particulares especificas de seu TO podem ser ignoradas e assim atendidas olhando e implementando recursos de um passado que não correspondem a necessidade ideal. Acho que NAe no Brasil seria um projeto muito diferente do ortodoxo americano ou russo. Acho que fragatas e SSk´s idem. Patrulhas de… Read more »
Carvalho2008,
Um modelo interessante a ser observado, penso eu, é o australiano, se formos pensar de forma menos conservadora.
Para SSK, optaram por vasos consideravelmente maiores que o padrão; verdadeiros tipos oceânicos.
Suas escoltas serão pesadas e seus vasos de controle de área serão do tipo LHD, o que lhes proverá considerável projeção de força. O skijump destes últimos também lhes provê teórica capacidade de operar com aeronaves VSTOL.
Enfim… pra se pensar…
_RR_
Para a MB pensar em SVTOL é terá que investir em aeronaves de patrulhas de longo alcance e/ou com capacidade de REVO e em um sistema de AEW&C (os E-99 da FAB não tem) nos mesmo moldes e dispo-los + KC-390 (provavelmente da FAB) preferencialmente em duas bases uma no nordeste e uma no sul-sudeste.
OBS.: Hyuga, Cavour e Marando (dokdo) tem 32 células de VLS……bem como o CdG também tem 32 células de VLS…
Flávio Henrique, Não necessariamente se terá que investir em patrulheiros para ter o LHD e sua ala aérea… Uma coisa não tem nada a ver com a outra a princípio; quer dizer, um investimento não depende do outro para ser realizado, haja visto a necessidade já presente de aeronaves de patrulha… Em suma, a MB, visto que a FAB não tenciona adquirir um substituto para o P-3, terá de comprar algo nesse seguimento, independente do que fizer com sua força de superfície ou se vier a pretender uma ala aérea para embarcar em um desejável meio de superfície de convés… Read more »
Erro total da MB, um navio de defesa aérea, como a classe L, deveria ser a prioridade. Outro erro da MB é achar que o meio político vai propiciar um ambiente político/econômico favorável a construção de vasos de guerra( Corveta e Fragata). A MB achava que o governo ia fechar com a DNCS para construção de uma versão adaptada da Le Fayette ao Brasil, ou que ia prosseguir com a construção de mais Barrosos, por isso não se interessou pelas varias compras de oportunidades na decada passada, ai veio a crise de 2008, depois em 2009 o populismo aumentou significantemente… Read more »
Algusto L, Ainda penso que a prioridade deveria ser dada a capacidade ASW ( adição de VDS ) e ASuW ( um octeto de um respeitável SSM ) dos vasos. Para AAW, faz-se o básico, com uma boa defesa de ponto e uma defesa de área para até 30km, cobrindo o horizonte/radar… Até porque, duvido que se pudesse pagar por mais que isso mesmo se o País estevisse na melhor situação possível. Não creio que a MB realmente acreditasse em continuidade da classe ‘Barroso’, haja visto a dificuldade em terminar a original. E uma variante da classe La Fayete, imagino… Read more »
Não RR, com a exploração de petróleo, modernização da Petrobrás em economia mista e a politica de nacionalização de 20%, realista, a indústria naval, comecou a ressurgir, e apartir disso e com o termino da Barroso original se planejava mais barrosos ou a parceria com a DNCS, ate os sul-coreanos se interessaram, o megalomaníaco Prosuper, veio com o megalomaníaco PAEMB, deviravado do melagomaniaco livro branco de defesa, do ultimo governo, isso tudo veio de 2009 pra frente, como eu disse. Se os almirantes tivessem realismo, como vc mesmo teve no seu texto, teria rolado as compra de oportunidade, mas não… Read more »
Posso estar errado, mas de tudo que existe hoje no mercado, nossas Niterói estão em estado melhor, são menos “usadas”, o maior problema são as turbinas, resolvido isso, basta um bom investimento em novos sensores e armamentos.