Como era pousar o caça F-14 Tomcat a bordo de um porta-aviões?
Este vídeo do Youtube mostra como eram as operações de pouso do F-14 Tomcat a bordo dos porta-aviões da Marinha dos EUA. O que torna o vídeo realmente interessante não é apenas o fato de que ele apresenta o poderoso F-14 Tomcat, mas também que a narração é palavra por palavra do manual de voo oficial do tipo na Marinha dos EUA.
O vídeo (postado em 2012, 6 anos após o avião ter sido retirado do serviço da Marinha dos EUA) inclui uma compilação do vídeo do Sistema Pilot Landing Aid Television System (PLAT) usado pelos Landing Signal Officers (LSO) para monitorar a posição da aeronave no glideslope (rampa) e na linha central.
Aos 2:12 do vídeo você pode ver um F-14 pousando com a cesta e parte do cabo ainda conectado à sonda IFR (In Flight Refuelling) da aeronave em 2002. Aos 2:35 um Tomcat pega o cabo enquanto ainda está no ar com o subsequente toque da roda do nariz (datado de 1999). Estes são apenas dois exemplos de algumas interessantes aproximações e pousos que você pode ver no vídeo!
Oldie, but goldie!
Achei que os f-14, tivessem se aposentado no início dos anos 90 e final dos anos 80, achei que tivessem sido substituídos pelos f-18 nessa época.
Algum especialista poderia descrever alfas vantagem é desvantagem desse avião? Para mim, o mais bonito dos caças.
Era um interceptador puro de alto custo. Não tinha como sobreviver num mundo multitarefa com caças navais de custo mais acessível.
Poggio, você acaba de demonstrar a diferença entre uma resposta prática e correta, ante à um prolixo inveterado hehehehe
Se o F14 é de alto custo o F35 é o que?
Primeira coisa… não isole trechos de uma expressão.
A afirmativa é: “Era um interceptador puro de alto custo”.
O F-35 é um avião stealth, multitarefa, porém, de alto custo. Apesar do alto custo, ele é o que existe de mais avançado no poderio aéreo americano.
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Se o F-14 fosse multitarefa, se suas células possuíssem muitas horas a serem voadas, se a sua conversão para a versão B (a multitarefa “Bombcat”) fosse viável, seu alto custo poderia ser, de certa forma, ignorado… já que se prestaria ao tipo de missão a qual era necessário no momento.
Atirador, não sou especialista, mas talvez possa lhe ajudar. O F-14 foi projetado em uma época em que a principal tática soviética para neutralização do grupo tarefa nucleado em navio-aeródromo da USN era a utilização de bombardeiros grandes (e portanto com grande raio de ação, necessário para se busca e localização de seus alvos) e mísseis anti-navio enormes e supersônicos, capazes de carregar ogivas nucleares ou convencionais como os AS-4 “Kitchen.” Portanto a idéia seria a de interceptar essas aeronaves e seus mísseis, o mais longe possível do navio, ou seja, o conceito que ficou popularmente conhecido como ‘Fleet Defender’… Read more »
“não sou especialista”
Meus amigos, podem acreditar, esse cara conhece tanto do F-14 quanto os engenehiros que projetaram a aeronave.
Sabe muito!
Marlon você é louco. Um fanfarrão do mais alto gabarito! 😛
Como você está? O garotão vai bem? Bom topar com você por aqui, Sr. Presidente hehehehehe
E vê se aparece! (Se Alice me ler falando isso, acho que ela brota aqui e me desce o cacete! Heheheheh)
Leandro, porque você não devolve as minuaturas do Marcelo ???
Alou pelo amor de Deus, pede para ele entrar em contato comigo com URGENCIA no email foucosta@gmail.com. Os aviões estão embalados e preciso do endereço dele!
Ele já enviou o email.
Leandro, excelente comentário!
Cara, agora entendi o lance do acidente que matou Goose no filme top gun. Os motores dos primeiros tons cat apagaram no filme sem mais nem menos. Isso me deixou sem entender. Agora você explicou. Só não tem explicação a forma como ele impacto no canopit na hora da ejeção do assento.
O FA-18 Hornet das versões A e C substituiu os A-7 “Corsair” principalmente…o substituto do F-14 foi o Super Hornet das versões E e F.
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Quanto ao F-35 ele será muito mais útil que o F-14 inclusive porque existem 3 versões, é uma aeronave mais fácil de voar e provavelmente terá uma disponibilidade maior…há muitos relatos sobre a indisponibilidade do F-14…uma espécie de rainha do hangar.
Toda aeronave nova tem bons índices de disponibilidade. Quando o F/A-18E era novo e os F-14B/D Tomcat e os EA-6B Intruder eram velhos, era fácil apontar a baixa disponibilidade dos Grumman como motivo para aposentá-los. Agora que o Super Hornet se aproxima de duas décadas de operação, já tem entrevista com mecânico da USN falando que eles estão quebrando tanto que lembram a época que o Tomcat foi aposentado.
Clésio… . de fato uma aeronave antiga requer mais manutenção, mas, veja que a diferença é grande demais…50 horas de manutenção para cada hora de voo no fim de vida, mas, um F-14 novo ainda necessitaria muito mais manutenção, certamente mais que entre 5 e 10 horas de manutenção para cada hora de voo do Super Hornet, até por conta das asas de geometria variável. ” The decision to incorporate the Super Hornet and decommission the F-14 is mainly due to high amount of maintenance required to keep the Tomcats operational. On average, an F-14 requires nearly 50 maintenance hours… Read more »
O FA-18 E/F Super Hornet substituiu o F-14…mas…devido aos atrasos com o F-35C forçosamente acabou substituindo também o FA-18C…hoje existem apenas 3 esquadrões da US Navy voando ele e um deles começara sua transição para o FA-18E ainda esse ano.
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O “Super Hornet tem sido muito exigido, inclusive eles se revezam na função de reabastecimento aéreo, sendo que pelo menos 4 são destacados a bordo de um NAe para essa função e isso tem exigido ainda mais da fuselagem.
Saudades dos KA-6D (provavelmente as unidades mais voadas dos Intruder) e dos S-3B Vikings que assumiram a função após a aposentadoria dos Intruder. Realmente o atraso dos F-35C está causando problemas sérios, inclusive com a vontade de se aumentar o número de horas de vôo para os Super Hornets mais antigos. Não me recordo o procedimento de refurbishment que farão. Quanto aos Legacy Hornets, sei que sua situação logística está muito precária. São os verdadeiros Hangar Queens da USN, e suas equipes de manutenção não vêem a hora de fazerem o switch para os Super Hornets. Vai ser interessante acompanhar… Read more »
Se tudo der certo Leandro dentro de 10 anos cada NAe contará com um destacamento de 4 a 6 aeronaves não tripuladas para reabastecimento aéreo o MQ-25 “Stingray”que aliviará a pressão sobre os “Super Hornets”. . Na US Navy restam apenas 3 esquadrões voando o “Legacy” FA-18C e um deles começara a transição para o FA-18E dentro de alguns meses…o problema maior é que como a US Navy não tem esquadrões suficientes para todas as 9 Alas Aéreas, os fuzileiros navais tem que contribuir normalmente com 3 esquadrões em 3 NAes diferentes e os fuzileiros só contam com o FA-18C… Read more »
Dalton, espero sinceramente que os Legacy Hornets, após sua desativação final na USN/USMC não se encontrem no caminho de um certo país sul-americano. Estava de olho no desenvolvimento do MQ-25, e me parece uma excelente idéia no rastro da fracassada proposta do ‘common support aircraft’ ou algo de nome parecido. Já sei que a USN finalmente irá aposentar os Greyhounds com versão COD do Osprey, mas ainda não sei quando poderá vir à entrar em serviço ou mesmo se o protótipo já está no ar. Algo que tenho que verificar ainda, mas se souber dessa info ela já será bem… Read more »
Caça de macho.
Muito bom texto. Narrou a epopéia dos míticos F-14.
Parabéns Leandro Costa
Ouve pelo menos três projetos ou estudos para atualizar o F-14: O primeiro foi o “F-14 D Quickstrike” que seria basicamente dar novas capacidades ao radar APG-71, alterações de software e algumas modificações internas, mais que elevariam a capacidade do F-14 D; O segundo estudo e mais promissor foi o chamado de “Tomcat 21” que poderiam ser atualizados os F-14 D existentes e a fabricados novas células , dentre outras modificações na aviônica, atualização dos motores, uma das mais visíveis externamente seria na parte frontal da fuselagem acima das entradas de ar dos motores, onde na versão “A” tinha aletas… Read more »
Dalton, a US Navy ainda possui, sim, 3 esquadrões de F/A-18C/D. Mas, eles não operam mais embarcados. O último deployment deles foi um ou dois meses atrás, salvo engano. Continuarão operando a partir de terra até que sejam substituídos, nesses 3 esquadrões, pelo Super Hornet. Somente o USMC continua operando os Legacy embarcados.
Flanker… . no caso de você retornar fiz uma pequena atualização dos 3 últimos esquadrões da US Navy que ainda não operam com o “Super Hornet”, então caso você não tenha feito é o seguinte: . – VFA-34 está no momento a bordo do USS Carl Vinson, que após seu último “deployment” foi recrutado para participar do “RIMPAC 2018” e já foi anunciado que o esquadrão iniciará sua transição para o Super Hornet ainda em 2018; . -VFA 37 continua pertencendo à Ala Aérea do USS George Bush, que tem cumprido apenas missões de qualificação de pilotos e treinamento nos… Read more »
Valeu Dalton, é isso mesmo! Os Legacy não participam mais de missões operacionais. Inclusive na matéria que falava de sua baixa operacional na US Navy, era descrito exatamente o que vc colocou. Esses caças continuarão embarcando somente com os esquadrões do USMC. Um abraço.
Daria tudo pra ver um F-14X nos moldes do F-15X, com direito a radar AESA, um novo míssil de longo alcance, tanques conformais…
Tom Clancy escreveu em um livro que “pousar num porta-aviões nada mais é do que um desastre controlado”.
O Tomcat deixou saudade.
Espetacular, naquela enganchada com as rodas no ar o grito que se ouve é do piloto???
Adoro esses videos, quanta coisa legal esta sendo liberada no youtube
Pelo que ja li e ouvi, nao era nada facil pousar o F14 nos porta-aviões. Principalmente pela envergadura do caça com as asas em enflechamento minimo de 19,55 metros, alem disso havia o manejo cuidado dos TF30 nas situações de aproximação para pouso.