Soldas fora de especificação encontradas no programa de submarinos classe Columbia
Problema também afeta o programa Dreadnought na Royal Navy e os novos Virgina Block V
Soldas fora de especificação foram encontradas em tubos de lançamento de mísseis destinados aos novos SSBN (submarinos lançadores de mísseis intercontinentais) da classe Columbia, atualmente sendo construídos para a Marinha dos Estados Unidos. A informação foi dada pelo site Navy Times.
Ao todo 12 tubos fabricados pela empresa BWXT estão sendo examinados. Sete deles já foram entregues ao contratante principal do programa, a General Dynamics Electric Boat, e se encontravam em vários estágios de instalação. Outros cinco ainda estavam em estágio de construção.
A classe Columbia foi projetada para substituir a atual classe Ohio, que possui atualmente 14 unidades em atividade. O programa está avaliado em US$ 122,3 bilhões. Além dos elevados custos do programa (que poderão subir ainda mais com este problema), a questão do cronograma de entrega trará consequências ruins para os Estados Unidos. No final, o número de patrulhas dos SSBN da US Navy poderá sofrer uma diminuição.
Impactos em outros programas
Além de fornecer tubos para a construção dos SSBN Columbia, a BWXT também está contratada para fornecer o mesmo equipamento para os futuros SSBM classe Dreadnought (que serão construídos pelo Reino Unido para a Royal Navy) e para os futuros SSN Virgina Block V.
A BWXT não é a única fornecedora deste equipamento para a construção de submarinos norte-americanos e ingleses, mas qualquer troca de fornecedor neste momento poderá atrasar os programas. Além disso, a BWXT possui um bom histórico no fornecimento de componentes para submarinos, segundo matéria do Defense News.
No caso dos novos SSN classe Virginia, estes tubos não seriam empregados para lançamento de ICBM (mísseis intercontinentais), mas sim para aumentar a capacidade de mísseis de cruzeiro Tomahawk. A proposta seria equipar a nova sub-classe (conhecida como Virgina Block V) com uma nova seção à meia nau dotada de quatro tubos verticais.
A nova seção, conhecida pela sigla VPM (Vertical Payload Module), teria a capacidade de armazenar e lançar 28 mísseis Tomahawk (sete para cada um dos quatro tubos verticais). Os novos submarinos (quatro já encomendados) substituiriam os quatro SSGN (todos ex-classe Ohio) atualmente em atividade.