Rússia desenvolve novo caça VTOL embarcado
A Rússia está desenvolvendo um novo caça de decolagem e pouso vertical (VTOL – Vertical Take-Off and Landing) sob instruções do presidente russo, Vladimir Putin, disse o vice-premiê russo Yuri Borisov no final de agosto.
“Este trabalho foi realmente incluído no programa de rearmamento do Estado. Ele foi iniciado seguindo instruções do comandante supremo das Forças Armadas russas. Modelos conceituais e protótipos estão sendo desenvolvidos no estágio atual”, disse Borisov.
Ele ressaltou que os projetistas estavam criando um novo jato em vez de modificar aeronaves existentes.
“Não há dúvida de que todos os porta-aviões precisarão de uma nova frota de aeronaves no futuro. Essa é a razão pela qual várias tecnologias estão sendo usadas para garantir a decolagem e pouso curto ou apenas a decolagem”, afirmou Borisov.
“O Ministério da Defesa da Rússia está envolvido nesse tipo de trabalho conceitual desde o ano passado”, acrescentou o vice-primeiro-ministro.
Segundo Borisov, os prazos concretos dependerão de um ciclo tecnológico. “Como regra, leva de 7 a 10 anos se a produção em série for lançada”, disse ele.
No verão de 2017, Borisov, que era o vice-ministro da Defesa da Rússia na época, disse que o Ministério da Defesa e os fabricante de aeronaves estavam discutindo a criação de uma aeronave de decolagem e pouso vertical para o futuro cruzador de aeronaves. Ele então esclareceu que o jato de combate seria desenvolvido de uma linha de aeronaves VTOL do Yakovlev Design Bureau.
FONTE: TASS
NOTA DO EDITOR: A União Soviética operou durante a Guerra Fria o avião VTOL subsônico Yakovlev Yak-38 a bordo dos cruzadores porta-aeronaves classe Kiev.
O Yak-38 tinha um desempenho sofrível, por isso Yakovlev Design Bureau desenvolveu posteriormente o Yak-141, que era supersônico.
Seu programa de testes ocorreu no início dos anos de 1990, com 4 unidades produzidas no total. O programa acabou cancelado por causa da Queda da União Soviética.
Boa sorte ao russos.
Que venha algo bem legal por aí.
Que venha mais barato que o F35B e que possa ser exportado.
E que não caia, os russos precisam melhorar a tecnologia de construção em série e pós venda, só os protótipos saem bons depois aquele Deus nos acuda.
Isso me parece mais um favor para a Yakovlev não fechar as portas do que uma real necessidade. A não ser que o futuro para a marinha russa seja porta-aviões de pequeno porte sem catapultas, como os que operam o Harrier hoje, que são mais baratos que os modelos que os americanos operam e chineses e indianos almejam.
Talvez a marinha russa tenha em mente no futuro , navios de assalto anfíbio com convés corrido conhecidos pelas siglas em inglês como “LHDs/LHAs” …há intenção de se construir “LHDs” na próxima década de tamanho similar ao classe “Mistral” , mas, não se sabe se poderão operar com aeronaves de asa fixa. . A China por exemplo está construindo um “LHD” que será de tamanho similar aos da classe “Wasp” e os EUA continuam construindo, agora, os da classe “América” então poderão servir de inspiração para à Rússia vir a possuir tais imensos navios também. . O “Harrier” é uma… Read more »
Acho que não olha o mercado, se ele vender mais barato e tiver peças de reposição vai arrebentar de vender ainda mais se for invisível.
o desenho da parte dianteria lembra o MIG-31 e dá a entender que é um projeto supersonico capaz de desempenhar funçoes ar-ar.
Mesmo tendo porta-avioes para avioes STOL, talvez faça sentido para operar de navios anfibios .
Pm,
O projeto sequer saiu do papel. Esse aí de cima é o natimorto Yak-141, da década de 80/90.
Lockheed Martin ajudou nesse projeto aí, curiosamente o F-35 tem configurações semelhantes e o sistema de vetorização de empuxo usa desenvolvimentos desse cara aí!
Acredito que seja o contrário, a Yakovlev que influenciou a Lockheed no projeto do F-35. Pois o Yak-141 é bem mais antigo que o JSF da Lockheed.
Na verdade não, Juscelino S. Noronha. A Lockheed de fato cooperou com a Yakovlev, mas não de forma técnica e sim com recursos financeiros. Ao que se sabe, a Yakovlev em 1991 declarou que não poderia mais financiar o projeto e procurou, então, parceiros internacionais para ajudá-la, e a Lockheed concordou. Nesta época, a Lockheed já desenvolvia o X-35, mas ele estava em um estágio inicial de projeto.
A Lockheed adquiriu a documentação do Yak-141 e daí veio o F-35B.
Ele não ajudou, esse programa é anterior ao F35, eles compraram mesmo a tecnologia para fazer F35.
Que legal o YAK141 voltou e veio reclamar a paternidade do filho Lockheed.
https://youtu.be/NfbzDoy6S_8
https://youtu.be/WybwlN_UCVI
Se formos ver as semelhanças do F-35B com o Yak-141 teremos que ver a semelhança de todos os aviões com o 14 Bis e deste com os pássaros. A vida é assim! Tecnologias vão sendo aperfeiçoadas, pesquisadores compartilham suas descobertas, estudos são feitos em multi-centros, uns dão sorte, outros dão azar, uns têm dinheiro, outros não, uns têm motivação, outros, menos. Fato é que o F-35B está operacional, é STOVL, supersônico, stealth, e o seu “pai” não vingou. Não foi pra frente. Seja por ser problemático, por ser azarado, fundir o asfalto, ser fora de época, seja por conta do… Read more »
Correção: fundir o concreto.
Bosco,
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Detalhe:
F-35B é VTOL.
Mas pode e deve operar STOVL.
.
Forte abraço,
Ivan, o chato. 🙂
Verdade, a A Lockheed adquiriu a documentação do Yak-141 e daí veio o F-35B.
Um VTOL a base de jato é só um caça que dá conta de pousar e decolar na vertical, mas não opera pairado, como um helicóptero. Os russos deviam radicalizar e desenvolver um projeto que unisse as duas coisas: a capacidade de um caça VTOL com a capacidade de operar pairado como um helicóptero de ataque. Isso iria revolucionar a guerra aérea. E o caça VTOL nem precisaria ser supersônico. Um caça subsônico com capacidade de se deslocar a 1000 km por hora e operar como um helicóptero a 1000 km de distância. Uma aeronave dessas teria que ser um… Read more »
A Rússia tem que se focar no Su-57, nem acabou o seu desenvolvimento e já está inventando moda de aeronave VTOL, tá igual a LM propondo híbrido de F-35 com F-22, sendo que nem operacional (Full) se encontra o F-35.
São agencias diferentes a Sukhoi está desenvolvendo o Su-57 e a Yakolev está disponível, o seu avião de instrução primária YAK-152 está finalizando a certificação e o YAK-130 está em plena produção, o setor de desenvolvimento está livre para desenvolver o novo avião aproveitando o que se tem do velho.
Walfrido, mas no caso russo nem é a questão de duas fabricantes diferentes, na minha opinião a questão é econômica mesmo, não creio que a Rússia terá condições de manter dois projetos diferentes, no próprio Su-57 eu acho que deve estar falando verba.
design estranho parece os caças da guerra fria
Mas esse caça o Yak-141 não é novo, é dos anos 80/90 mesmo.
Com essa novidade e o Brasil aderindo a ideia de termos navios multi propósitos porta helicópteros e outras nações adaptando seus porta helicópteros com aeronaves vtol f35b, seria interessante nossa área militar da embraer-avibrás sondarem a possibilidade de uma parceria na produção de aeronaves vtol com a Rússia.
São situações financeiras e épocas diferentes, bem como a tecnologia e designer. Para um país que sofre boicotes…. da Europa e da América do Norte foi apenas um pai ausente que precisa de tratamentos modernos. Mais importante de tudo isso foi a inovação ou criação mesmo com isolamento e todos os embargos econômicos e tecnológicos de quase 40 países eles fazem e na maioria das vezes são pioneiros.
O conceito STOL com asa circular e multi motor está se consagrando em modelos pequenos e médios. Tudo indica que serão aplicados na area naval em heliportos embarcados. É uma questão de tempo e desenvolvimento de uma versão de combate. Mesmo em velocidade subsônica, a versatilidade do vetor embarcado torna essa opção uma arma eficiente a considerar.
Os russos demoraram um século pra terminar o Ivan Gren, imagina um LHD novo ou um Porta Aviões.
Esse YAK 141 foi desenhado do com régua, design tão elaborado quanto um sherpa!
Não sabia que o Putin era engenheiro aeronáutico.
Usar jatos de sustentação me parece uma solução melhor que a adotada pelo F-35B. Não é necessário um sofisticado sistema de transmissão que limita o comprimento do avião devido ao eixo. O projeto dos motores de sustentação também deve ser simples já que eles não precisam funcionar com uma grande diferença de altitude e velocidade. Projetar um avião V/Stol é caro e complicado mas me parece mais realístico já que pode operar em LHD e PA pequenos. Também, a partir dele, é possível desenvolver uma versão puramente terrestre. Algo como um F-35A. Agora vamos ver se eles se capricham na… Read more »
Groo, acho que confundiu o F-35B com o Harrier. O F-35B utiliza jatos de sustentação.
Leandro, Tanto o Harrier quanto o F-35B são conceitualmente semelhantes. Os dois usam apenas uma turbina com a tubeira direcional combinado com a sustentação pelo “fan” dianteiro. A diferença é que o fan do Harrier é montado com seu eixo coincidindo com o eixo da turbina, já o “fan’ do F-35B é “remoto” e montado perpendicular ao longo eixo. Ou seja, a rigor tanto o F-35B quanto o Harrier combinam a sustentação a jato (quente) com a sustentação por “fan”, que é fria. Já os soviéticos usavam em todos os seus dois projetos de VTOL o sistema de turbinas (jatos)… Read more »
Interessante isso, obrigado pela explicação Bosco. Na época em que só conhecia o Yak-38 por foto, acreditava que era provavelmente mais capaz que o Harrier. Ledo engano. Era uma aeronave que mal decolava com alguma carga útil (sem rampas nos Kiev, ainda por cima), não tinha alcance para nada realmente útil e diziam ser uma aeronave perigosa de se pilotar.
Quando vi as primeiras fotos do YAK-141 lá na época, cheguei à pensar que ‘ainda bem que a URSS não existe mais!’ Aquele parecia resolver os problemas, mas como não foi para a frente, c’est la vie.
A operação tanto do F-35B quanto do Yak-38 demandam que o piso do convés seja resistente ao calor. Parece que a indústria naval tirou isso de letra, comprovado pelos testes do caça russos em um navio de carga. Acho cedo para dizer qual o sistema é melhor devido ao pequeno número de caças V/Stol desenvolvidos. Um motor como o Pegasus exige que ele seja montado em uma posição central e o lift fan não pode ter um eixo muito longo, por razões estruturais. Isso pode ser um problema para aviões supersônicos . O problema do jato de sustentação é o… Read more »
É! A sustentação por jato puro é sem dúvida mais simples, mas até hoje não vingou apesar de inúmeros projetos que usaram turbinas independentes para a sustentação: Mirage IIIV, VJ101C, DO 31, XV-4 Hummingbird, XFV-12, Yak-38, Yak-141, X-32, VFW VAK 191B, Yak36, Short CS.1.
Em tese é simples: usar o motor principal para a fase VTOL/cruzeiro, ou só para o cruzeiro, combinado com motores secundários de sustentação exclusiva. Na prática tem sido mais complicado colocar pra funcionar.
Nada a ver com o topico mas…
Ja que a MB nao tem mais um porta avioes operacional e nao o tera tao cedo, nao seria a hora de adquirir os baratos e eficientes Super Tucanos para patrulha maritima?
Penso que mesmo um esquadrao pequeno mas com voos regulares expandiria muito os ‘olhos’ da forca naval e ainda teriam pooder para intervir enquanto os nao chegam.
*”poder para intervir”
**”enquanto os navios nao chegam.”
Anfíbio, eu seria mais à favor de a MB adquirir Super Tucanos para treinamento e manutenção de habilidades de vôo por parte dos pilotos mesmo. No máximo uma utilização para CAS para o CFN em ambientes permissivos à partir de pistas improvisadas feitas por eles, mas o problema de como se os levaria até o local da ação ainda persistiria. No mais, acho perfeitamente possível sua utilização para treinamentos à partir de São Pedro D’Aldeia.
Leandro, usar os A-29 para treinamento seria, na minha humilde opinião, um downgrade para os pilotos já que são treinados para aeronaves bem mais capazes cujos, aliás, o caça da EMBRAER serve de lift. Claro que todos nos queremos os F/A-18 mas enquanto “não se tem cão…”, nos meus devaneios poderiam ser uma espécie de AEW ( à la WWII ) para os VF-1, de prontidão em terra, e outros meios no mar. Obviamente isso não descarta outras atribuições típicas da aeronave inclusive CAS para o CFN mas ai teríamos que ter varios esquadrões espalhados ao longo da costa complicando… Read more »
Melhor usar drones de longo alcance para patrulha e manter aeronaves a reação para interdição naval.
Eu sei que é pregar no deserto já que poucos estão interessados em mudar seus conceitos e muitos são incapazes de entender, mas não custa nada tentar mais uma vez. Se há alguma colaboração russa no projeto do F-35B se deve à empenagem dupla combinada com um motor único -que no caso do F-35 favorece à redução da assinatura radar – e não há qualquer componente do sistema VTOL. A tubeira 3 BSD é patente americana desde a década de 60 e foi usado no conceito do Convair Model 200 Sea Control, e em vários projetos conceituais das décadas seguintes.… Read more »
Só pra complementar, o sistema “lift-system” é patente da Rolls Royce e não da Lockheed.
haha…
Nao se preocupe os seus discipulos, como eu, beduinos solitarios andarilhos continuarao a adora-lo…
hahaha…
Convair 200 Se Control: http://steeljawscribe.com/wordpress/wp-content/uploads/image/convair_200_1.jpg
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Valeu Anfíbio….!!!
Jatos de sustentação! Tô brincando…materiais dos anos 60 😉
Sobre aeronaves VTOL a jato há os seguintes conceitos/esquemas possíveis: 1- turbina de cruzeiro combinado com turbinas específicas para sustentação (lift jets) 2- motor único para sustentação/cruzeiro 2.1- inclinável (tilt engine) 2.2- com vetoração de empuxo (1, 2, 3 e 4 bocais), incluindo o “fan em tandem” 2.3- com sustentação remota (eixo mecânico para “lift fans” ou tubulação para ar comprimido/gases para “ejetores” de alta pressão, com ou sem combustão) 2.4- com vetoração de empuxo combinado com sustentação remota 3- combinação de motor com capacidade de sustentação/cruzeiro com turbinas de elevação (lift jets) – Até hoje tivemos apenas 3 aviões… Read more »