Por que a Marinha do Brasil não vai comprar fragatas OHP?
Mesmo com pouquíssimas opções de navios de guerra usados no mercado internacional, a Marinha do Brasil (MB) dificilmente vai adquirir fragatas usadas da classe “Oliver Hazard Perry” (OHP) estocadas nos EUA.
Embora os navios sejam capazes de operar com dois helicópteros Sea Hawk e possam ser reativados com sistemas ainda inexistentes em nossa Marinha, como o sonar passivo towed array e o lançador Mk.13 capaz de disparar mísseis antiaéreos de defesa de área SM-2, entre outros, seu custo operacional elevado ainda é o principal obstáculo.
Isto porque o orçamento MB está dimensionado para operar navios propulsados por motores a diesel, muito mais econômicos do que os navios movidos apenas por turbinas a gás, como é o caso das OHP.
Por essa mesma razão é que a MB só envia para missões no Líbano as fragatas classe “Niterói” ou a corveta Barroso e nunca enviou uma Type 22, movida somente a turbinas e por isso de operação muito mais dispendiosa.
Para se ter uma ideia do custo operacional das OHP, a taxa de consumo da turbina aeroderivada GE LM2500 é de 0,373 galão de combustível por 1 cavalo-vapor. Cada galão equivale a 3,78 litros.
Quando se usa 100% da potência, a LM2500 consome 12.530 galões por hora. A 30% de potência, o consumo é de 3.760 galões por hora.
A Perry usa duas LM2500 e se estiver operando a 100% e 30%, vai consumir 25.060 galões (94.852,1 litros) e 7.520 galões (28.463,2 litros) por hora, respectivamente.
Mesmo que uma OHP possa fazer 25 nós usando apenas uma turbina, o consumo ainda é elevado para os padrões brasileiros.
Essa também é a razão por que raramente os navios de guerra da MB navegam usando turbina.
Tem como fazer uma matéria sobre a diferença entre propulsão a gás e a diesel? Tenho pra mim que a diferença além de valor deve ser a velocidade final que a embarcação consegue alcançar em potencia total?? E por fim, propulsão a gás faz o que com a potência gerada pelas turbinas? Suponho que as turbinas estejam conectadas a algum tipo de caixa de transmissão que entrega o torque para as hélices. Mas se alguém me disser que navios movidos a gás usam a exaustão da turbina como um avião, pra ir para frente, eu acredito também. Não tenho uma… Read more »
Põe no Google CODAG …. Vai aparecer na Wikipédia um comparativo dos tipos de propulsão e com desenhos para se ter uma idéia das diferenças.
As turbinas giram geradores elétricos que alimentam o navio e giram motores elétricos. É mais eficiente. Gás pode ser armazenado sob pressao em volumes maiores
Mauro Oliveria, negativo. O nome “turbinas a gás” não é porque a turbina usa gás em sua combustão. Essas turbinas são idênticas às de aviões, logo, usam combustível líquido.
As OHP usam as turbinas como meio primário de girar seu eixo propulsor e não motores elétricos.
Não existe navio a gás, a turbina usa óleo diesel como combustível, é dito gás porque se aproveita os gases de descarga de uma turbina pra mover uma outra turbina. A turbina que é alimentada por diesel é chamada gerador de gás e a outra turbina de propulsão
Eu lia frequentemente, até alguns anos atras, que motores diesel tinham manutençao mais cara que turbinas a gas em navios de guerra. Nunca encontrei nada especifico sobre isso recentemente (exceto nas discussoes do Brasil) mas efetivamente se tornou mais comum ver navios com propulsao a diesel nos ultimos anos (Type 54 chinesas, Iver Huitfeldt dinamarquesas e por ai vai). Desde sempre, leio que motores diesel sao mais eficientes para baixa velocidade e alta autonomia e turbinas a gas permitem maiores velocidades e menos ruido (vibraçao). Ao menos na geraçao de energia, turbinas a gas tem manutencao mais barata que motores… Read more »
Vamos fazer, está agendada! só falta tempo heheh
( Guacamole 4 de outubro de 2018 at 19:12 )
” Tem como fazer uma matéria sobre a diferença entre propulsão a gás e a diesel? ”
Apoio a sugestão de matéria, seria muito didático para os leitores ( Aos mais leigos e não tão aprofundados ) do blog.
o Google CODAG …. Vai aparecer na Wikipédia um comparativo dos tipos de propulsão e com desenhos para se ter uma idéia das diferenças.
( willhorv 4 de outubro de 2018 at 23:37 )
Obrigado pela dica, consegui alguns PDFs e gráficos comparando os sistemas de propulsão.
Bnoite, quinta-feira, 04/10, o consumo como sabemos é maior, e, quanto a manutenção não é mais em conta, é uma pergunta de leigo, caso as manutenções mais em conta, poderiam compensar já que usamos muito menos que os americanos.
Seria interessante comparar uma T-22 com uma “OHP”…se à marinha brasileira ainda tem duas T-22s, será que duas “OHP” exatamente para substituir e não para dobrar o número de navios
movidos à turbina teria sido assim tão mau negócio isso em 2015 quando as últimas foram descomissionadas e ainda havia no inventário da marinha brasileira 3 T-22s ?
Dalton, as Type 22 têm uma vantagem, elas usam duas turbinas de baixa potência Rolls-Royce Tyne RM1C para velocidades menores, sendo mais econômicas que as OHP.
As OHP foram feitas para uma Marinha rica, que não se preocupa com economia de combustível.
Veja os Ticonderoga e os Burkes, com 4 turbinas LM2500, bebem muito!
Turbinas a gas sao mais silenciosas que motores diesel e tem uma capacidade de acelerar muito mais rápido. Para um navio de guerra, especialmente anti-submarino é um ponto relevante. fazendo uma busca rapida agora, achei que as primeiras LM2500 exigiam revisao completa a cada 5mil horas de operaçao e as mais modernas chegam a 23mil horas de operaçao. Como será que a MB está nesse quesito? Operamos adequadamente o que temos? Tambem imagino que as peças de reposiçao devem custar muito mais caro para o Brasil que tem poucos navios operando do que para os EUA que tem centenas. Motores… Read more »
No caso das LM2500, tem milhares em operação pelo Mundo, e mais de um fabricante autorizado, que eu saiba nos EUA, Itália e Japão. Então peças de reposição, para essas turbinas, é bem barato e tranquilo de achar.
Galante
Mas, As Type 22 da Marinha são ótimas fragatas e deveriam ser modernizadas e ficar mais uns 20 anos em serviço no minimo, são demais, e lindas e gosto muito delas pena temos poucas
Não tem como, elas estão no osso.
Acho coerente se for essa a decisão da MB. Ainda há outros empecilhos, como a idade dos navios que se equipara a própria classe Niterói, considerando o fato dos motores embora serão recondicionados podem está no limite de sua vida útil devido ao uso contínuo dessas OHPs na década de 80, 90 e 00, sua propulsão com um hélice só, ergonomia, o fato de não ter sistema VLS, radares e sensores defasados manteria a MB ainda longe de uma marinha padrão e moderna e o mais importante é que há um consenso dentro da própria MB de que não vale… Read more »
A ex USS Rodney Davis uma das disponibilizadas para venda foi descomissionada em 2015 com 28 anos de idade, tendo cumprido com êxito uma missão pelo Pacífico de 6 meses poucos meses antes de dar baixa…segundo li apenas as que estavam em melhor estado independente de idade, foram postas à venda. . A Niterói em 2015 contava já com 39 anos de idade, uma diferença de 11 anos, e diferentemente da “Davis” e sua última missão de 6 meses, a Niterói nunca fez parte do rodízio ao Líbano. . E as “OHPs” da US Navy nunca chegaram a operar com… Read more »
Obrigado Galante…mas…será que duas “OHPs” seriam assim tão mais custosas do que 3 T-22s ,
incluindo a “Bosísio” que deu baixa em 2015 ? Entendo que as “OHPs” bebem muito, mas, muitas delas estão servindo marinhas que não são consideradas ricas, como a polonesa por exemplo que tem duas unidades.
Não seriam tão mais custosas, mas a MB diferentemente de outras Marinhas é também guarda-costeira, fez serviços de hidrografia e navegação, missões humanitárias na Amazônia etc, e acaba sobrando pouco para a Esquadra. Então toda economia é necessária.
A marinha brasileira nunca fez questão de “OHPs” e tem boas razões…e já passou da hora, a hora era 2015…só torço para que duas delas não venham a fazer falta dentro de alguns poucos anos.
Esses Mk13 sao extremamente grandes, caros e complexos para serem instalados no Atlantico. Além disso, os SM-1 sao bastante ultrapassados do ponto de vista tecnologico. Como já comentei antes, para mim a opçao ideal seria uma celula de Sea Ceptor. Imagino que custaria menos de USD10mi, poderia ser instalada um celula em varios pontos do navio, dispensa radar de direçao de tiro e está totalmente integrado ao radar 3D do Atlantico. Além disso, o Sea Ceptor seria o preferido da MB para futuras corvetas e fragatas. Mesmo que eu esteja totalmente enganado e custo o dobro, ainda sim seria um… Read more »
Mas o que ninguém explica : porque existem navios apenas com propulsão por turbinas a gás? Porque, se tão boa a propulsão a diesel, a Marinha Americana não usa em sua escolta? Qual a vantagem em combate..ou numa marinha, digamos, mais “pacífica “?
Motores diesel são mais econômicos e a potência e eficiência têm aumentado muito de alguns anos pra cá.
A desvantagem dos motores diesel para navios de guerra é que eles são mais ruidosos e vibram mais, o que é uma desvantagem para a guerra antissubmarino. As turbinas a gás, por sua vez, são silenciosas.
A Marinha Americana sempre se preocupou mais com performance do que com economia, então sempre preferiu turbinas a gás.
Galante, se me permite acrescentar, além disso as turbinas a gás entregam MUITO mais potência por volume e peso instalado. Então, por exemplo, pra fazer um Arleigh Burke chegar a mais de 30 nós com motores diesel, não seria possível instalar todos os motores necessários dentro do casco.
Vamos ser sinceros, o Brasil não tem condições financeiras para ter uma marinha de guerra condizente com o tamanho de seu litoral, não temos uma doutrina, planejamento, vivemos de promessas, politicagens, megalomanias e populismos. Acho que o Brasil deveria desmobilizar suas forças armadas, formar uma guarda nacional de autodefesa com atuação aérea, naval e terrestre, pois não levamos a sério e até as endemoniamos por conta de revanchismo ideológico. Espero que a próxima gestão olhe pelos militares pois sempre que a coisa fede são eles que limpam a sujeira.
Boa noite.
Isso é lenda naval. Ciclo de uma turbina a gás aeroderivada é menos eficiente que um motor de ciclo diesel?
Avisa aos operadores de termoelétricas que eles estão errados.
http://issadeen.com/papers/Diesel_Gasturbine.pdf
As grandes termelétricas comerciais operam de outra forma: o combustível é queimado para aquecer a água e o vapor daí resultante é que vai girar as turbinas. Se de ciclo combinado, o vapor que é liberado pelas turbinas é ainda reaproveitado antes dos resfriamento. Conclusão: a comparação entre turbinas a gás dos navios e turbinas a vapor das térmicas é incabível.
Custo de operação caro…
Então nunca vamos ter navios de guerra com capacidade dissuasória decente (caso dessas OHP)
Vide as Freem…diesel gás combinado. Usam diesel para cruzeiro, operação e patrulha e gás (turbina) para velocidades altas…ou seja, pouco tempo de uso nas missões, quando usam.
Só acrescentado, as FREMM são CODLOG (francesas) e CODLAG (italianas). Os motores diesel giram alternadores para produzir energia elétrica para propulsão elétrica e necessidades do navio. Um arranjo ainda mais silencioso e econômico.
A OHP é aquele momento da sua vida, que roubaram seu carro (sem seguro) você está sem grana pra comprar um novo, e seu amigo te oferece aquele Omega V6 pra você. É grande, espaçoso, confortável, mas bebe pra caramba e o câmbio automático tá dando umas falhadas!
Ótima!!
Quer economia então dissolve as forças! Não quer ter custo? Então não tem soberania.
Não existe almoço grátis, OHP são os melhores? Sabemos que não, más… estamos com poucos meios. Com o que temos hoje não temos como garantir segurança almenos para os navios comerciais que escoam a produção nacional contra piratas… Não existe meios = não existe presença!
7 OHP via FMS, 2 spare parts e 5 operando full, esperar a rainha liberar as T23 vai demorar…
Em contraponto, então a propulsão CODLAG é uma vantagem da Type 23, é mais econômica??
não exatamente … requer muito mais manutenção porque é mais complexo
Desculpem-me….
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Mas com tamanho pré-sal, gasto de combustivel é o problema? Com um orçamento deste tamanho, como pode combusivel ser tao determinante?
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Já olharam o portal da transparencia? O AMRJ gasta mais de agua, luz e telefone, do que a MB gasta de combustivel
É só cortar as festas e coquetéis que sobra dinheiro para combustível nas OHP… o problema é suspender algo assim tão importante para defesa das águas jurisdicionais.
Isso é bem verdade! O que falta na MB são prioridades!
Off topic.:
General Barreto, chefe do programa Astros 2020 declarou que MTC 300 terá “o alcance que julgarmos necessário para defesa nacional” superando sem problemas os 300 Km.
Não fiquei espantado e nem alarmado com a notícia, 300km é limite exportável nada ver com produção interna.
Está esclarecido, é esse custo inviabilizaria recursos importantes,vamos esperar alguma fragata que caiba no orçamento.
Dinheiro tem, mas está 80% pra pagar salários e pensões da maior Marinha em terra do mundo……..
União é uma mãe e teta pra muita gente
Fato.
O mesmo problema que aflige a FAB, EB, PF, PRF, Universidades públicas, RFB, Ibama, ….
Sem prejuízo das razões financeiras, além de outras se houver, que não trazem as OHP à MB, mesmo sendo a U.S. Navy uma “marinha rica que não se preocupa com economia de combustível”, os EEUU, como pilar da democracia capitalista mundial, também não “rasgam dinheiro”. Se o gasto com combustível é expressivo nas turbinas à gás, por outro giro ele se compensa com alguma variável favorável à U.S. Navy dessa propulsão, cuja equação resulta o que espera a marinha mais operativa do planeta. Esse é apenas mais um dos inúmeros posts na década de vida desse blog que estampam o… Read more »
Por que a “dentro do possível atualizada, capacidade oceânica para as demandas transnacionais eventuais” não pode também compor um núcleo de deterrência? Você não acredita no valor militar de um futuro programa de fragatas e dos ‘navios anfíbios’?
Prezado Rafael_PP, Estou ponderando a MB autonomamente, assim, o “valor militar de fragatas e navios anfíbios” fora de uma coalizão internacional com sólida cobertura aérea não existirá na nossa realidade nacional. O que não prejudica o imprescindível Projeto Tamandaré ou de meios anfíbios por compra de oportunidade, para cumprimento de compromissos, militares ou não, multilaterais, cada vez mais presentes. Você bem sabe meus pensamentos acerca da aviação naval de asa fixa, ou se ainda não, convido, querendo, a ler meu posicionamento sobre a manutenção de estruturas burocráticas e operacionais incipientes com essa aspiração alada naval utópica, consolidado em “Marinha do… Read more »
Ja dizia o “velho deitado” quem não tem como comprar OHP, por que são muitos velhas, por que são muito caras de manter e de abastecer, mas quer ter uma marinha de patrulha, pelo menos próxima da costa; vai então de “Macaés”, é so construir uns 10 destes….Esses são uma classe só com motores diesels, mais econômica e assim sobrará mais dinheiro para gastar com outras coisas que não são navios, por ai vamos ficando com uma marinha com todos em terra mesmo. Fica a pergunta: Mas por que se arriscar no mar??? E muito perigoso….Isso era coisa para os… Read more »
De onde saiu aquela litragem do galão?
1 galão = 3,78 lt
Obrigado pela correção.
Uma outra questão das turbinas a gás navais é a revisão. Há alguns anos atrás circulou rumores em um Fórum de Defesa, de que haviam várias turbinas inoperantes, não sei detalhe nenhum sobre isso, creio que faz uns dez anos não lembro, sei que na época perguntei para um tripulante em uma visita pública e ele disse que uma ou as duas turbinas de uma classe Niterói estavam inoperantes. Realmente não seio o que ocorreu, mas parece que existe uma dificuldade séria com este item, lembrando que as Niterói e as Type 22 tem turbinas mais antigas britânicas, creio que… Read more »
Não seria mais vantajoso então modernizar as Niterói, talvez substituindo a turbina problemática por motores a diesel, ou mesmo por turbinas mais modernas. Se conseguirmos fazer as Niterói navegarem por mais 10-15 anos, sistemas e armamentos posteriormente poderão ser transferidos para futuros navios, igual e Inglaterra tem feito. Coloca no lugar do Boroc o CAMM e no lugar do Aspide ou se coloca um SeaRam ou um CIWS, ou ainda se possível, poderia se expandir o heliponto (se não for possível, modifica o sistema Aspide para poder lançar o ESSM e coloca no lugar do Boroc SeaRam ou CIWS), moderniza… Read more »
Existem excelentes navios com motores diesel há muito tempo. Gostaria muito de que há anos atrás a gente tivesse ido para um caminho diferente algo semelhante por exemplo a classe La Fayette. https://en.wikipedia.org/wiki/La_Fayette-class_frigate
Também acho. Acredito que teriam sido boas para substituir os CT´s, mas o problema francês é o alto custo de aquisição.
Vende as OHPs para a Bolívia, afinal eles querem um saída para eles tem muito gás sobrando e que sabe eles conseguem colocar em algum lago por lá
O negócio hoje, é reinventar o PROSUPER… Como? As 4 Tamandaré e a Barroso modernizada, viraram as cinco Fragatas. A partir disso, amplia-se o números destes navios com um novo lote. O NApLog vira o Wave, se esse navio vier… Só falta na conta, os cinco Navios Patrulha Oceânico, isso para equipar infelizmente a Esquadra e não os Distritos. Esse é o tampão mais racional para a MB neste momento. Navio novo, barato em todos os sentidos e rápido de fazer. Não é um Escolta usadão como uma OHP, mas é navio que vai empurrar muito mais água, e por… Read more »
O custo de construir 4 corvetas e modernizar a Barroso seria suficiente para adquirir 5 fragatas? Tenho minhas dúvidas
Tenho dúvidas se você entendeu o que escrevi…
É por aí mesmo….um Prosuper “pé de boi” na medida da nossa realidade. Espera-se por esse segundo lote…pelo menos. Nove vasos para as próximas décadas. Para compensar frustração da maioria (ou seria minoria?), lá fora estes são classificados como “light frigates”…
Problema é o tempo que vai levar pra construir todos esses navios. Até lá não teremos esquadra. Essa sua sugestão é boa, mas a decisão deveria ter sido tomada uns 4 anos atrás…
Bardini, na teoria é lindo, o problema é prever a construção e o comissionamento de 16 navios novos em 15 anos. Sei que você já está tentando fazer um balanço com razoável nível de realidade, mas acho que acabou sendo uma meta um tanto quanto utópica (ao que pese ser muito mais fácil de ser atingida que a do finado PAEMB…) Lembro que vc mencionou em outro post ter colocado as 4 fragata de defesa aérea como uma opção ideal, e eu concordo, mas não acho que elas serão possíveis pelo menos não nos próximos 20 anos, então eu de… Read more »
Olha. Eu vou tentar não me alongar muito… . “… o problema é prever a construção e o comissionamento de 16 navios novos em 15 anos.” . 16 Navios? Mas MB precisa de muito, mas muito mais do que 16 navios nos próximos 15 anos! Isso aí é só a ponta do iceberg… São só os Escoltas… . O próximo Governo terá capacidade de renovar os Escoltas e muitas outras coisas, se tiver acesso a um segundo mandato. Se for um bom Governo, daqui alguns anos, iniciamos uma nova fase de crescimento… Até o próximo tombo, ou quem sabe não.… Read more »
Basicamente concordo com tudo o que vc falou. Mas concordar com a necessidade não significa achar que o plano é exequível. Veja bem, num mix de novos e usados como eu descrevi, considero ser possível adquirir qq coisa entre 11-17 navios no mesmo período (sem incluir meios distritais). Mas querer entrar num pureza ideológica de “só pode navio novo” não acho construtivo nem possível. E posso estar enganado, mas pelo que eu saiba a maioria dos recursos do prosub não saem do orçamento do MinDef, tendo sido aprovados como projeto estratégico do GF anos atrás. Quando o projeto acabar, o… Read more »
Sendo o Brasil país continental com a costa gigantesca agora com riquezas energéticas gigantes do pre-sal poderia construir navios de Grande Porte de propulsão nuclear e Modernos para vigiar é salvaguardar as riquezas da pátria .
Alguém saberia me dizer se as turbinas Olympus das fragatas Niterói são uma versão naval das turbinas de mesmo nome utilizadas no Concorde?
Há uns 30 e tantos anos eu, adolescente, mandava carta p/ todas as empresas que tinham endereço nos anúncios das revistas de aviação e defesa em geral, recebi material de, por exemplo, Embraer, Pratt & Whitney, United Technologies, Bell e da Rolls-Royce lembro de ter recebido 2 revistas da empresa muito bem feitas em inglês, fotos e um folder onde apareciam desenhos de todas as aplicações dos motores RR, entre eles haviam o Xavante, o AMX e as Niterois, juntamente c/ o Concorde e o Vulcan usavam a Olympus. Quanto as plataformas, não me lembro agora se era nesse folder… Read more »
https://www.naval.com.br/blog/2015/05/15/manutencao-das-turbinas-das-fragatas-classe-greenhalgh-tira-o-sono-de-especialistas/
https://es.wikipedia.org/wiki/Rolls-Royce_Olympus
A Economia do Brasil esta dimensionada para as necessidades de suas castas corporativistas. e so, assim e a nossa republiqueta de castas !!!!
Acho que temos que botar na conta a eficiência mesmo, um barato pode sair bem caro, faz todo o sentindo, pois em tese um navio vai operar numa guerra e tem que ter velocidade e menos barulho de funcionamento, estão certos os americanos, e que eu saiba, eles não são a nação mais rica e poderosa do planeta a toa, quantas e quantas guerrad eles já foram? E também não vemos os caras rasgar dinheiro oras. Por essa linha de pensamento de economia de combustível em navios de guerra, por que não voltamos às Caravelas? São mais baratas de operar,… Read more »
https://www.naval.com.br/blog/2015/05/15/manutencao-das-turbinas-das-fragatas-classe-greenhalgh-tira-o-sono-de-especialistas/ Procurei no site. Manutenção, gente, consumo = custos. Ponto para os motores diesel. Velocidade, manobrabilidade, eficiência = resultado. Ponto para as turbinas a gás. Brasil não vai pra guerra. Não irá combater. Como afirmaram acima…”missões de baixa intensidade”. É isso. Entendo que discordo dos editores. Não é questão dos americanos não ligarem para o consumo. É que eles vão pra guerra. E na guerra não dá pra fazer conta de quem ou o que gasta mais. É pra vencer. Vencer com eficiência, com velocidade, manobrando antes do inimigo. Ponto para as turbinas. Com baixas menores. Navio parado toma tiro.… Read more »
A solução mais pratica então não seria a MB adotar combustíveis renováveis? vi um programa em que a Us Navy estaria começando a adotar bio combustíveis em substituição aos derivados de petróleo, tendo inclusive feito voar um F-18 SH denominado green Hornet. Acho que como possuímos inúmeras opções dentre elas o álcool a MB deveria já está analisando tais opções. Alias todas as FAAs nacionais deveriam estar analisando a utilização de álcool dentre outros há anos. Umas unidades destas modernizadas com adoção de sistemas nacionais de EW, Satcom, RDS, Sonap/Sonat, Siconta Fênix etc. E dotadas da versão naval do MT-300,… Read more »
A Boeing, EMBRAER e GE são parceiras na pesquisa de desenvolvimento na utilização de biocombustíveis na aviação. A Airbus corre por fora. A MB está/estava pesquisando a utilização de álcool em gerados em climas polar talvez o estudo podesse migrar para os geradores e/ou motores navais, embora seja mais difícil de ocorrer, pois se precisamos abaster/ser abastecido por navio de uma marinha??? Agora se o combustível para abastecer as embarcações for padronizado e largamente utilizado por países “aliados” e/ou não necessitar que o motor seja modificados, que a quantidade seja muito elevada…. Só lembrando que dificilmente um país irá a… Read more »
http://www.oexplorador.com.br/pioneiro-no-desenvolvimento-do-motor-a-alcool-no-brasil/
Nao é novidade.
Etanol ou álcool de cana como produzimos aqui requer grandes extensões de terra para se tornar economicamente viável. Às vezes nem isso basta, vide a quebradeira do setor de álcool e açúcar no Brasil.
Terra no Brasil é extremamente ácida. Lavoura de cana requer correção com calcário. Quanto mais planta, mais custa.
Países reservam terras para plantar comida. Plantar combustível em terra fértil como o Brasi fez e faz, partiu de discursos ufanistas dos anos 1980. O pais criou um combustível sem mercado, nem produto. Resultado após 40 anos?
Uma lástima não podermos ter algumas OHP. (mesmo tampão). Então o sigma 10514 da Damen seria aconselhável. Bem! MB deve saber o que é melhor. só espero que não tenhamos mais surpresas desagradáveis. Uma proposta: modernizem os IKLs(fazer as devidas manutenções) construam mais uns quatro de mil cem toneladas e passe a MB a ter pelo menos uma força equilibrada de submarinos. Caso também não se conclua o Prosub,(Scorpenes) por contingenciamento. Parece até “macumba”. Uma notícia boa , três ruins. Nossa MB não merece isso.2019 vai ser melhor. Grande abraço.
Se essa configuração de turbina a gas das OHP é para “marinhas ricas” e para melhor desempenho, Por que elas utiliza apenas um eixo de hélice? qual a vantagem de um eixo ou dois? a marinha Brasileira deve algum problema com a classe Garcia com um eixo?
Não há dúvidas que do ponto de vista operacional as turbinas a gás são muito superiores aos diesel, pois além de desempenho superior apresentam dimensões e peso muito menores, sem contar o reduzido nível de ruído (é verdade porém que existem meios para atenuar o ruído nos motores diesel). A questão é que atualmente a maioria das marinhas não acha mais tão necessário atingir velocidades de pico acima de 32 nós. E para navegar numa velocidade de cruzeiro de 18-20 nós os motores a diesel são muito mais econômicos. Então pra que manter um sistema propulsor caro de adquirir e… Read more »
Ue, não vai porque são velhas, e não devem atender aos requisitos da MB.
Nesta linha de raciocínio, se aplicada na FAB vamos pedir que os Grippens venham com motorização Junkers Diesel que gasta muito menos combustível por hora voada. Das nações que possuem grandes frotas, somente a China ainda prioriza o Diesel, isso porque ainda não desenvolveu turbinas náuticas. US, Russia, UK, França, Alemanha, Holanda, Suécia, Japão, etc..,só utilizam turbinas como propulsão principal em barcos de combate de primeira linha. Bater o pé no Diesel, talvez citando o Graff Spee é miopia tecnológica. Se não temos grana para encher o tanque dos nossos navios, melhor desistir de ter marinha de respeito. Vamos manter… Read more »
OHP não dá porque é surrada e suas turbinas consomem muito. T23 não dá porque é surrada e o CODLAG exige complexidade de manutenção. O negócio para a MB é diesel + diesel. Correto. Então, o melhor são as Tamandaré, apesar de serem pequenas. Esse é o topo que as marinhas pobres vão conseguir, vide os altos custos dos meios atuais. Fragatas novas tornaram-se inviáveis… Melhor acostumarmos com uma Marinha de 4 ou 5 escoltas, à la Tamandaré. É o máximo que vai ser, pelo que temos visto. Agora, se a Tamandaré não der certo, atrasar demais, precisará comprar alguma… Read more »
“CODLAG exige complexidade de manutenção.”
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CODLAG é uma boa solução para o Brasil. É algo pensado para ser eficiente em uma boa escala de velocidades. O problema das Type 23, são os custos de modernizar todo o sistema de propulsão, para tocar mais de uma década de operações.
Eles que bloqueiem que daqui a pouco a Turquia lança um F-35 genérico e mais barato
apaga por gentileza, escrevi na reportagem errada, desculpem-me
Caros amigos, O tempo das OHP passou. Pegar 7 delas, duas para peças de reposição, e cinco para navegar, pode custar o mesmo que dar um “tapa” nas Niterói (três, seis…) e estender sua vida útil. Afinal, porque é que vamos reformar navios americanos com 40 anos de idade e sucatear nossos navios com 40 anos de idade? Há que se botar na ponta do lápis o famoso custo x bnefício…. Quanto à gastar mais, gastar menos, CODLAG, CODAG, gás, diesel, etanol, GLP, etc., não se trata do ponto de vista de uma Marinha rica ou pobre… As OHP são… Read more »
Além do argumentos técnicos muito bem explicados o que pesa para não se adquirir as fragatas OHP é como foi dito no inicio da reportagem e reproduzo “…Embora os navios sejam capazes de operar com dois helicópteros Sea Hawk e possam ser reativados com sistemas ainda inexistentes em nossa Marinha, como o sonar passivo towed array e o lançador Mk.13 capaz de disparar mísseis antiaéreos de defesa de área SM-2, entre outros, seu custo operacional elevado ainda é o principal obstáculo.”
Falando mais simplesmente: Falta de verdinhas para comprar e manter!
“Embora os navios sejam capazes de operar com dois helicópteros Sea Hawk” . Poder pode… Mas qual o sentido prático disso, na conjuntura atual da MB, que comprou mais um Anfíbio se gabando com a balela das “capacidades de emprego ASW” e etc? . “e possam ser reativados com sistemas ainda inexistentes em nossa Marinha, como o sonar passivo towed array ” . É um TAS… Não é um bicho de sete cabeças ou um caríssimo VDS, top de linha. Se a MB levasse ASW realmente a sério, a CCT teria um VDS desde a prancheta do CPN. . “o… Read more »
Uma força militar qualquer que deixe de comprar qualquer equipamento/meio por causa de consumo de combustível , ainda mais num país auto suficiente na produção/extração de petróleo é triste viu. Pra mim passa ,e muito, por absoluta ingerência administrativa de recursos e prioridades. Nem tudo se pode jogar no colo da falta de vontade política pois há nações que com muuuuuito menos $$ que a MB se vale de meios no estado da arte( e idem em relação à FAB e EB ).
Já que tocaram no álcool, vou tecer alguns comentários off-topic. Fiquem à vontade para pular se quiserem. Se o programa fosse norte-americano seria a jóia da coroa e exemplo a ser seguido (obrigatório) por todos os outros países. O CO2 liberado na queima é reabsorvido pela planta para produzir mais açúcar que se transformará em etanol, aí fecha o ciclo com balanço zero de carbono. No passado a MWM fabricou um motor para tratores chamado PID-álcool que operava com 90% álcool e 10% diesel em regime. Eram 2 tanque e 2 injetores trabalhando no ciclo diesel em que a queima… Read more »
A indústria do milho é o maior lobby da economia americana. No BigMac a glicose do milho entra na produção da embalagem, no molho, no tempero, na fritura. “Os EUA são responsáveis por 58% do etanol produzido no mundo, seguidos pelo Brasil com 28%. Hoje são 213 usinas situadas em diversos estados do país concentradas nas regiões de produção de milho de Iowa, Nebraska, Illinois, Minnesota e Indiana. Do total produzido de milho nos EUA, cerca de 36% ou quase 140 milhões de toneladas, vão para os tanques dos carros americanos. Representa 150% da safra de milho produzida no Brasil.… Read more »
Sempre fui defensor das fragatas Classe Formidable / Lafayette desde o Orkut, mas ninguém dava bola …
Pois é Marcelo, tb acho as La Fayette excelentes pro Brasil… econômicas de operar, equipadas de forma básica porém adequadas pra Unifil e simples de fazer um upgrade caso haja necessidade e $… até o espaço pro VLS está prontinho.
O problema é que os franceses não devem disponibiliza-las nos próximos 5-6 anos e que o seus sensores e armamentos não sejam do nosso inventário, atrapalhando um pouco a cadeia logística e o treinamento/operacionalidade.
Esquece OHP, fica na proposta da Suécia, alta tecnologia e politicamente independente de EUA e Rússia.
Ofereceram verdadeiras fragatas 0km na licitação das corvetas classe Tamandaré
Força SAAB!!
As fragatas OHP sao boas ? Acredito que apesar da idade sim, sao sim mas fica a pergunta Vale a Pena o Brasil gastar 02 milhões para comprar e equipar ? eu acho que não vale a pena pelo tempo de serviço restante desses navios. A credito que hoje, com poucos recursos que temos devemos investir na construção de um numero maior de corvetas Tamandaré, algo em torno de 08 a 10 em estaleiros aqui no Brasil e complementar com novos Navios de patrulha Oceânica como a classe Amazonas por exemplo que apesar de nao serem navios de combate podem… Read more »