Marinha pode gerar milhares de empregos com navios em Suape. Licitação sai dia 30
A licitação das corvetas da Marinha, para patrulhamento e defesa do Atlântico Sul, representa milhares de empregos para Pernambuco, no porto de Suape.
De acordo com informações de bastidores, o senador eleito Jaques Wagner e o governador reeleito Rui Costa, ambos do PT, estão fazendo um forte lobby pelo consórcio baiano.
“Uniram todos os políticos da Bahia pra isso”, afirma uma fonte do governo Federal.
Já aconteceram vários adiamentos da compra.
Uma das dúvidas é se a licitação ficará para ser decidida pelo próximo presidente, eleito dia 28 deste mês.
A indústria naval da Bahia e Ceará também tem interesse no projeto.
A construção das quatro corvetas para a Marinha representa investimentos de US$ 1,6 bilhão que poderiam manter o estaleiro de Suape operando por pelo menos mais seis anos.
O problema é que esta licitação, lançada em dezembro de 2017, acabou sendo retardada, pela “necessidade de obtenção de informações adicionais”, segundo a Marinha.
Inicialmente, os três estaleiros que vão participar da fase final do certame seriam anunciados em agosto. Essa decisão ficou para outubro. O vencedor só será definido no fim do ano.
O chamado Projeto Corveta Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, também é acompanhado pelo TCU. A Marinha do Brasil já disse que desde o mês de fevereiro deste ano, tomou a iniciativa de procurar o referido Tribunal e apresentar todos os dados relativos ao Projeto Corveta Classe “Tamandaré”.
“A partir de então, três reuniões técnicas subsequentes foram realizadas, que buscaram a manutenção e a preservação da segurança jurídica e gerencial necessárias a esse projeto de grande importância estratégica para o país”.
Foram recebidas, após a análise documental, 09 (nove) propostas comerciais de empresas nacionais e internacionais que foram analisadas sob os pontos de vista técnico, jurídico, fiscal e orçamentário/financeiro, para o processo de escolha de melhor oferta:
- BAE Systems, CONSUB Defesa Tecnologia S.A. e MAC LAREN Oil Estaleiros Ltda.
- Consórcio “ÁGUAS AZUIS” – ATECH Negócios em Tecnologias S.A, EMBRAER S.A e THYSSENKRUPP Marine Systems GmbH, contando com as seguintes empresas subcontratadas: ARES Aeroespacial e Defesa S.A, Fundação EZUTE, OCEANA Estaleiro S.A, OMNISYS Engenharia Ltda, SKM Eletro Eletrônica Ltda e WEG equipamentos elétricos S.A.
- Consórcio “DAMEN SAAB TAMANDARÉ” – DAMEN Schelde Naval Shipbuilding B.V e SAAB AB, contando com as seguintes empresas subcontratadas: CONSUB Defesa e Tecnologia S.A, WEG equipamentos elétricos S.A, e WILSON SONS Estaleiros Ltda.
- Consórcio “FLV” – FICANTIERI S.p.A, LEONARDO S.p.A e VARD PROMAR S.A., contando com as seguintes empresas subcontratadas: Fundação EZUTE e ARES Aeroespacial e Defesa S.A.
- Consórcio “VILLEGAGNON” – NAVAL GROUP, ENSEADA Indústria Naval S.A e MECTRON S.A.
- GOA Shipyard Limited, INDÚSTRIA NAVAL DO CEARÁ (INACE), Fundação EZUTE e SKM Eletro Eletrônica Ltda.
- GRSE – Garden Research Shipbuilder Engineers, ELBIT Systems Ltd e SINERGY Group Corporate.
- STM, Estaleiro BRASFELS Ltda., Fundação EZUTE, THALES, e OMNISYS Engenharia Ltda.
- UKRINMASH, THALES e AMRJ.
Vard Promar é o representante de Pernambuco na disputa
No final de agosto, prestes a concluir suas últimas encomendas, o Estaleiro Vard Promar ameaçou com a possibilidade de desligar boa parte da mão de obra caso não consiga novos contratos.
O empreendimento emprega 700 pessoas em Suape.
O vice-presidente sênior do Vard Promar, Guilherme Coelho, já explicou que o estaleiro vai concluir suas três últimas encomendas neste ano.
Em outubro, serão entregues um navio gaseiro para a Transpetro e o píer flutuante do Porto de Kingston. Sobrará, então, apenas uma embarcação, a Skandi Olinda, que requer menos mão de obra.
“Outubro será um momento relevante, porque vamos entregar essas duas obras. Estamos discutindo o número exato de funcionários que serão necessários depois disso. Mas, com certeza, é um número bem inferior aos atuais 700”, afirmou em agosto, na imprensa local.
O Vard Promar disse que as demissões poderiam ser evitadas com políticas federais que evitassem a redução do conteúdo local na frota nacional ou liberassem recursos para a renovação da frota da Marinha.
A maior esperança do Vard Promar está no certame que vai licitar a construção de quatro corvetas para a Marinha.
FONTE: Blog do Jamildo