Entrevista: Jornalista Roberto Lopes revela bastidores do fim da gestão Leal Ferreira

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Jornalista Roberto Lopes

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O Comando da Marinha do Brasil (MB) estuda anunciar a data de 14 de dezembro – antepenúltima sexta-feira de 2018 – para o lançamento do submarino Riachuelo, primeiro navio da classe Scorpène. A data originalmente fixada é a de 12 de dezembro.

Nesse momento, a direção da companhia francesa Naval Group (ex-DCNS) está empenhada em uma articulação que visa trazer o presidente Emmanuel Macron ao Brasil neste fim de ano, para assistir à transferência do navio para a água, como convidado da Marinha e do governo Michel Temer.

As informações foram passadas ao Poder Naval pelo jornalista e colaborador Roberto Lopes, de 65 anos.

Lopes falou com exclusividade ao PN sobre os bastidores da Força Naval na reta final da gestão do almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira. Eis os seus principais trechos:

Poder Naval – Essa tentativa de se trazer o presidente Macron ao Brasil está, de alguma forma, ligada à oferta de corvetas da Classe Gowind para a concorrência da Classe Tamandaré?

Roberto Lopes – Certamente sim, mas esse é só um aspecto desse ambiente de cooperação tecnológica militar estabelecido há cerca de dez anos entre a França com o Brasil na área naval, que os franceses não querem, de jeito algum, deixar que enfraqueça.

PN – Por causa da meta da MB de, no futuro obter um novo porta-aviões, do PROSUB [Programa de Desenvolvimento de Submarinos]…

Lopes – O momento é de equacionar o futuro do PROSUB. Recentemente o internauta Foca, que parece ser de Marinha, aludiu à possibilidade de a MB exportar os submarinos SB-2 e SBR-3 como forma de garantir recursos para a construção do SBR-4. Outros foristas acharam a ideia descabelada, desacreditaram dessa informação, mas ela está correta. Pelo que eu soube, uma das ideias é incorporar o SBR-1, e vender o SBR-2 ao exterior. Dessa maneira a ICN [Itaguaí Construções Navais, joint venture formada pela Naval Group e pela empreiteira brasileira Odebrecht] estaria capitalizada para bancar a construção do SBR-3 Tonelero. Cada navio da Classe Riachuelo exportado irá gerar, para a ICN, um faturamento da ordem de 550/600 milhões de dólares. O Scorpène brasileiro nº 4 seria, de novo, exportado. Mas tudo isso sem que a MB desistisse de ter os seus quatro Scorpènes. Apenas o comissionamento desses barcos seria dilatado no tempo, talvez por toda a década de 2020, o que, é preciso ressaltar, desagrada bastante alguns oficiais superiores da Marinha inteirados dessa alternativa.

Submarino Riachelo na Cerimônia de Início da Integração, em fevereiro de 2018
Submarino Riachelo na Cerimônia de Início da Integração, em fevereiro de 2018

PN – Mas, na sua opinião, isso é só uma ideia ou há chances de que ela seja mesmo posta em prática?

Lopes – Não é só uma ideia não. Pelo que eu soube, no fim do ano passado, o diretor de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, viajou à Polônia, acompanhado de representantes da Naval Group, para tentar interessar a Marinha polonesa nesse esquema. A negociação só não avançou porque a Força Naval de lá já estava comprometida com a aquisição de submarinos de tecnologia alemã TKMS que serão construídos na Noruega. O que a Marinha está, de fato, buscando, é um mecanismo de financiamento para os seus Scorpènes que não implique no estrangulamento financeiro da Força, como tem ocorrido nos últimos três anos…

PN – Nesse cenário é fácil lembrar que a Marinha da Argentina precisa muito de submarinos novos…

Lopes – E também que a ICN vai precisar de clientes que tenham capacidade de pagar pelos navios… Quem sabe o Peru, ou a Colômbia…

PN – E agora, além desse problema com o suporte para o PROSUB, ainda há a questão da Classe Tamandaré…

Lopes – Em fevereiro de 2015, quando teve início a Era Leal Ferreira, poucos acreditavam que ela pudesse se destacar, no quesito realizações, diante dos sete anos da gestão Moura Neto. Mas o fato é que isso aconteceu. Considero a Administração do atual Comandante da Marinha um marco na História da Força. Mas o fato é que, nessa reta final, ela vem, nos bastidores, sendo agitada por três eventos: a mobilização do Naval Group para renovar seus laços com a Marinha do Brasil, as perspectivas do novo governo Jair Bolsonaro para a Marinha, que pode ter efeitos diretos sobre a escolha do consórcio vencedor do Programa Tamandaré, e as movimentações dos três ou quatro oficiais de quatro estrelas que se julgam aptos a suceder o almirante Leal Ferreira…

PN – Não é pouco…

Lopes – Não é. E as informações que permitiriam que raciocinássemos com um mínimo de acerto sobre o que vem por aí estão, claro, guardadas a sete chaves. O primeiro mistério a resolver é o que trata do futuro imediato do relacionamento do Naval Group com a MB. Apesar da proposta da corveta Gowind, pomposamente chamada de Gowind 3000, enquadrar um navio de qualidades técnicas e marinheiras, no meu ponto de vista, inferiores às dos barcos do consórcio Damen e da TKMS, eu, pessoalmente, nunca desacreditei das chances da corveta francesa, em função do aspecto político, ou, em outras palavras, de todo o ambiente de cooperação França-Brasil. O almirante Leal Ferreira e o Almirantado tiveram muita coragem, ano passado, ao decidir rejeitar o gasto absurdo de 1,5 bilhão de dólares para modernizar o porta-aviões de origem francesa São Paulo. Mas, dessa vez, a cúpula da Marinha está sendo forçada a, de novo, sentar para ouvir os franceses. Leal Ferreira está seguindo para a França, acompanhado de vários dos seus oficiais-generais. Qual é a pauta desses encontros? A necessidade de, mais uma vez, renegociar os pagamentos do PROSUB? O esforço para exportar dois dos submarinos em construção no complexo de Itaguaí? O adiamento para 2030 da construção do primeiro submarino nuclear brasileiro? E o que a Marinha do Brasil precisará dar em troca? A aquisição dos quatro navios Gowind 3000? Um pré-contrato para o início da construção, dentro de dez ou 12 anos, do futuro porta-aviões brasileiro? Ou uma cessão de área, em Itaguaí, para que o Naval Group possa estabelecer uma base operacional nas Américas?

PN – O complexo de Itaguaí ficou grande demais para a Marinha do Brasil?

Lopes – Ficou um complexo naval militar de 1º Mundo para um país que, por todos os seus indicadores tecnológicos e sociais ainda é de 3º Mundo…

PN – E o que fazer então?

Lopes – Soube que a Marinha vem pensando em aproveitar sua base em Itaguaí para, por exemplo, reparar navios de operação off shore

Itaguaí – Estaleiro e Base Naval
Itaguaí – Estaleiro e Base Naval

PN – E ainda há o advento do novo governo…

Lopes – Isso; que, para os militares, caso o candidato Jair Bolsonaro confirme o favoritismo mostrado pelas pesquisas, sugere um prognóstico animador, de maior apoio. Especialmente sob o aspecto financeiro. E, obviamente, com um ministro da Defesa [General Augusto Heleno] que, além de ser do ramo, pertence ao círculo íntimo do futuro chefe do governo.

PN – Será que deputado Bolsonaro influirá na decisão da Classe Tamandaré?

Lopes – A lógica e a prudência mandam que sim. A Marinha e o Ministério da Defesa não tomariam uma decisão dessas, sobre uma aquisição bilionária e estratégica sem ouvir o chefe da Nação, que, além de tudo, é um militar…

PN – É possível saber o que se comenta sobre isso nos bastidores da Marinha?

Lopes – Há rumores sim. Por exemplo: o consórcio liderado pela TKMS tem, entre as empresas brasileiras que o apoiam, a Embraer, e me dizem que a Embraer tem boas ligações com o deputado Jair Bolsonaro…

PN – Qual é o papel previsto para a Embraer na oferta feita pela TKMS?

Lopes – Basicamente o de integradora de sistemas eletrônicos e, claro, de empresa que vai absorver toda, ou quase toda, a transferência da tecnologia que os alemães forem fazer para a MB na parte de sistemas eletrônicos dos navios…

PN – Há outros rumores sobre a ligação da concorrência das Tamandarés com Jair Bolsonaro?

Lopes – Muitos oficiais se perguntam sobre qual será a atitude de Bolsonaro em relação a uma possível opção da Marinha pelos navios da classe apresentada pelo grupo italiano Fincantieri, cujo estaleiro fica no litoral de Pernambuco. O candidato do PSL não vem sendo bem votado no Nordeste. Isso impedirá o Fincantieri de ficar com o contrato? Ou Bolsonaro, justamente para melhorar sua imagem entre os nordestinos, confirmará uma eventual opção da MB pelo Fincantieri?

Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré
Corveta classe Tamandaré

PN – É possível, portanto, que, a essa altura, os demais concorrentes do Programa Tamandaré, já estejam tentando acessar o deputado Bolsonaro…

Lopes – Certamente. Mas eu apostaria que, em função da forte admiração que o deputado tem pelas soluções tecnológicas de Israel para a produção agrícola em regiões desérticas, ou áridas, Jair Bolsonaro possa aproximar os militares brasileiros da indústria militar israelense, que, em certos setores, já tem bases fincadas no Brasil.

PN – Por último há a questão da sucessão do almirante Leal Ferreira…

Lopes – Um assunto bem delicado. Em uma das minhas postagens aqui no PN eu até escrevi sobre o prestígio do atual secretário-geral da Marinha, almirante Liseo Zampronio, da admiração que o almirante Leal Ferreira tem por ele…

PN – Isso mudou?

Lopes – Claro que não, mas é preciso lembrar que há outros oficiais no coração do atual Comandante da Marinha, como o almirante Bento, que ele escolheu para supervisionar toda a produção de submarinos no país, e o almirante Celso Nazareth, seu ex-chefe de Gabinete, que faz um trabalho muito elogiado à frente da Diretoria-Geral do Pessoal…

PN – Então temos três favoritos…

Lopes – Temos quatro porque, ao que me disseram recentemente, o atual chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Ilques Barbosa, também sonha em ser escolhido para suceder Leal Ferreira…

PN – Mas o almirante Ilques não passa para reserva no fim do mês que vem?

Lopes – Passa. Mas ele só entregará o cargo de chefe do EMA em meados de janeiro de 2019. Até lá estará usando, regularmente, o seu uniforme de almirante de quatro estrelas.

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Carlos Campos

Interessante sobre o Bolsonaro, acredito que ele vai escolher o melhor e mais barato na concorrência Tamandaré, Leal quando sair tem que colocar alguém bom do nível dele, a Marinha era na minha opinião a força mas megalomaníaca das FA, na administração dele tivemos, PHM Atalantico e o Bahia, e abertura da concorrência das Tamandaré, e mesmo que a passos de tartaruga os subs estão sendo feitos.

Tomcat4.0

Pra mim a tal venda dos submarinos se vier a acontecer será um tiro no pé, tem muito dindin brasileiro nisso tudo ae e vão vender pra fora?
A maior aproximação com Israel por meio do Bolsonaro(na presidencia) tbm será excelente e um militar experiente como o gen Heleno tbm será muito positivo. Creio que viveremos uma transformação absurdamente boa neste país em todas as áreas.

Marcos Paulo

Poder Naval – Essa tentativa de se trazer o presidente Macron ao Brasil está, de alguma forma, ligada à oferta de corvetas da Classe Gowind para a concorrência da Classe Tamandaré?

Mas então todo processo licitatório com os 04 finalistas seria impactado? Isto que eu chamo de insegurança jurídica e respeito as regras…deste modo é melhor a MB comprar diretamente e alegar dispensa de licitação…
Quanto ao resto, boa especulação…

Vovozao

19/10 – sexta-feira, como simples curioso, considero a administração do almte Leal Ferreira a melhor que a MB teve nos últimos anos, e, também acho que ele.pode fazer tudo que fez porque não teve interferências “”externas””. Quanto a venda de um/dois submarinos para financiar o quarto e o nuclear é uma coisa que tem que ser muito, muito bem estudado, está verba +- 600 milhões, pode perder-se na burocracia e ficarmos sem os novos submarinos restrito somente a 4 antigos e 2 novos, quanto ao novo comandante (dentro do manual) terá que seguir as normas. Agora sou terminantemente contra a… Read more »

Sequim

Então os 4 scorpnes novos para a MB não passou de um sonho de um noite de verão?

Baschera

O Brasil é um sonho de noite de verão….sempre foi…sempre será.

Sds.

BILL27

Eu sempre fui contra este Pro Sub .Gastamos muita grana ,mas muita grana mesmo que daria para ter comprado material de prateleira com bons off sets . Só da Oderbrecht ter participado de tudo isso ,ja me deixou com uma pulga atras da orelha .

Daniel Ricardo Alves

Você não entendeu. O que a matéria diz é que a MB pretende vender alguns dos submarinos fabricados para garantir o financiamento da classe. Ou seja, ainda teríamos os 4, mas o programa seria atrasado porque seriam fabricados mais alguns para vendas a outros países.

Daniel Ricardo Alves

Excelente matéria! Parabéns!

Embora não me agrade pelo atraso, acho que essa história de vender submarinos produzidos em Itaguaí para financiar o PROSUB talvez não seja uma má ideia. Seria uma alternativa bem criativa aos constantes cortes nos programas da marinha Quem sabe dê certo e possa servir de exemplo para outros programas como PROSUPER e suas fragatas?

Foca

Eu comentei aqui porque essa informação sobre a venda de 2 submarinos Classe Riachuelo vem circulando há quase um ano nos “corredores”. Sobre o Naval Group, o CM terá reunião com eles durante a Euronaval. Comenta-se que na pauta estará o PROSUB, CCT e PA NG. A Euronaval servirá para os almirantes Petrônio e Monteiro se reunirem com os consórcios que participam do CCT. Interessante seria perguntar ao Alte. Monteiro e Alte. Petrônio se existe interesse da MB em participar do PA NG frances, mesmo que seja como observador, como fez com o NApLog Vulcano da Ficantieri. Como a previsão… Read more »

Marcos

Agora eu percebi o entreguismo descarado. Não existe verba para construir os submarinos, alguém comeu. Vender um submarino para construir outro é o mesmo que fazer empréstimo para pagar dívidas.

É um absurdo, um país esculhambado, um país sem perspectiva.

Frederico Boumann

Sinceramente, se há demanda para exportação, por que não investir e abrir outra frente de trabalho e construir dois concomitantemente?? Se tem demanda, se vier a fechar com alguma marinha estrangeira, isso é o que deve ser feito, não atrasar os submarinos brasileiros.
Agora, que foi uma visão ousada, sem dúvida foi. Uma visão empresarial.

Marcos

“possibilidade de a MB exportar os submarinos SB-2 e SBR-3 como forma de garantir recursos para a construção do SBR-4. ”

“Cada navio da Classe Riachuelo exportado irá gerar, para a ICN, um faturamento da ordem de 550/600 milhões de dólares. O Scorpène brasileiro nº 4 seria, de novo, exportado.”

A nossa defesa virou negócio para os almirantes. Brasil putênfia

Augusto L

“possibilidade de a MB exportar os submarinos SB-2 e SBR-3 como forma de garantir recursos para a construção do SBR-4. ”

“Cada navio da Classe Riachuelo exportado irá gerar, para a ICN, um faturamento da ordem de 550/600 milhões de dólares. O Scorpène brasileiro nº 4 seria, de novo, exportado.”
Como assim ? O 4° também seria exportado ? Não seria o 3°, ficando o 1° e o 4° comissionados? Acho que tem um erro de digitação ai, ou eu que tô errado e a ideia é exportar o 2°, 3° e 4°.

Augusto L

Marcos, a pergunta não foi pra você, mas pro editores, clique sem querer no seu reply.

Roberto Bozzo

Augusto L, pelo que entendi é vender o segundo, fabricar e incorporar o terceiro e vender o quarto (se aparecer comprador). Assim uma quinta e sexta unidades seriam fabricadas ao longo da década de 2020 para a MB. Mas se a quarta não for vendida, ela seria incorporada a ForSub e a “sexta” não seria construída agora; a menos que a conjuntura econômica mude ao longo da próxima década.

Roberto Bozzo

Augusto L, pelo que entendi é vender o segundo, fabricar e incorporar o terceiro e vender o quarto (se aparecer comprador). Assim uma quinta e sexta unidades seriam fabricadas ao longo da década de 2020 para a MB. Mas se a quarta não for vendida, ela seria incorporada a ForSub e a “sexta” não seria construída agora; a menos que a conjuntura econômica mude ao longo da próxima década.

Augusto

A exportação de 2 dos Scorpenes seria extremamente salutar e serviria para atingir o objetivo de manter constantemente utilizadas as instalações e ocupada a mão de obra altamente especializada, ao invés de ociosa após os 4 entregues. E ainda traria divisas para o Brasil e a Marinha.

Petardo

Achei a ideia muito interessante desde que a venda de 2 SBR estejam vinculadas a contratação dos SBR-5 e 6.

Augusto

É o que diz a entrevista…

india-mike

Caros, eu concordaria que seria interessante exportar 2 Scorpenes (ou quantos mais melhor pra falar a verdade), mas apenas se isso não impactasse a produção das unidades da MB. Pq vender o SBR 2 e 3 e sonhar em no futuro construir o 5 e 6 para substitui-los, quando vc pode vender o 5 e 6 construindo-os especificamente para exportação (após a venda se concretizar evidentemente) Veja bem, se o problema é fluxo de caixa, vc pode vender o SBR 5 e 6 hoje e começar a receber pagamentos por eles amanhã antes mesmo do início da construção, mesmo que… Read more »

marcus

A grana vai cair no caixa unico do governo.

Augusto L

A adm Leal Ferreira talvez seja a melhor de todos das últimas décadas, tem demonstrado liderança e ideias inovadoras numa época de penúria e em um país que é avesso a mudanças que o próximo comandante siga os planos da atual administração e que as outras forças também aprendam a pensar fora da caixa. ?

Walfrido Strobel

Nenhum país sério perderia a oprtunidade de vender submarinos novos, se realmente tiver um interessado devem vender e depois construir outro, certas oportunidades não podem ser perdidas se aparecerem.

Helio Eduardo

Exato Augusto! Ninguém falou, e o jornalista não cravou de forma inequívoca nisso, que não vamos ficar com apenas 2 SBR. A ideia de vender o #2 e o #3 é para arrumar dinheiro agora para o #4, o #5 e o #6, ou seja, jogar os nossos para frente….

Sem falar na questão crucial que você abordou: manter a linha funcionando….

Flávio Henrique

Isso seria até interessante, mas no caso assim que vender tem que se fazer o pedido para os substitutos….

india-mike

Ou seja, vender o almoço pra comprar o jantar…

Flávio Henrique

Quase Isso pois a venda, pois a venda criará uma carteira de clientes

Gelson

“Ou seja, vender o almoço pra comprar o jantar…”
O mesmo pensamento me ocorreu. Só que o problema principal é o número elevado de bocas na mesa. A demanda é sempre maior do que a fonte.
Logo, logo, a MB vai ficar sem nenhum dos dois, nem sub nem dinheiro.
Mas,…

Helio Eduardo

India-Mike eu até poderia concordar, mas vamos lá.
*País em crise.
*Marinha sem dinheiro.
*Risco de para no SBR #4 e perder dez anos de investimentos em infra estrutura, estaleiro, desenvolvimento humano….

Aí aparece a possibilidade de, sem alterar significativamente o contrato, encomendar mais dois subs (a linha de produção funcionará mais tempo) e desafogar o orçamento da Marinha de hoje sem perder os 4 subs. Dadas as circunstâncias, a notícia é até boa. Melhor isso do que cancelar 2 subs……

E ainda haverá o prêmio de exportar um equipamento altamente complexo.

pangloss

A França fez algo parecido ao cadenciar a linha de montagem do Rafale, priorizando encomendas externas em detrimento do Armée de L’Air – que também não achou nada mau diminuir seus gastos com manutenção de aeronaves, apesar da maior demora em renovar o acervo.

Zorann

Desculpe mas acho que não foi bem assim. . Na realidade à época a França estava incorporando Rafales com antecedencia, já que a linha de produção tinha de manter a cadencia mínima de 11 unidaes/ano para se manter viável e os preços sob controle. . Durante alguns anos (1, 2 ou 3 anos – não lembro mais) a França antecipou a entrega de 7 aeronaves anualmente, porque não havia clientes – as outras 4 eram as encomendas originais da França. . Naturalmente, quando as encomendas externas vieram, a França pôde abrir mão de suas entregas, já que tinha antecipado a… Read more »

Camargoer

Pensei a mesma coisa….

pangloss

Zorann, acho que você conhece o assunto bem melhor do que eu, mas, de memória, acho que a cadência de entrega de quatro Rafales para a França (Armée de L’Air e Marine Nationale) era a taxa mínima contratada, de modo a permitir que, mesmo havendo muitas encomendas (que se mostrou uma expectativa frustrada), a França não deixasse de receber seus aviões. Então, a França teria a certeza de que, não obstante eventuais encomendas externas, teria de quatro a onze Rafales novos por ano, até completar sua dotação – que, segundo o livro branco da defesa deles, totalizaria 200 unidades, para… Read more »

Salomon

A atual administração teve a sorte de pegar um GF encurralado, com foco em sua sobrevivência e sem interesse na área militar que não fosse o político, devido ao latente e eterno medo de intervenção. Assim, puderam trabalhar de forma mais racional, além de terem boa qualidade, e os resultados estão aí. Quanto à venda dos subs, nada mais natural. O único medo é esses recursos se perderem nos meandros políticos e operacionais, além de outros. Risco existente, admitam. Deviam vender também ativos sem uso ou absurdos, como a enorme e cara mansão na av 9 de Julho, em Sampa.… Read more »

Nilson

Só a título de esclarecimento: os imóveis da União não pagam IPTU, têm imunidade tributária. O que não significa que não se deva vender ativos com pouca utilidade e que certamente geram grandes despesas.

BrunoFN

Ideia interessante e ,se eu n me engano, …a propria França fez isso recentemente com uma FREMM vendida ao Egito .. mantem a linha de produção ativa e de quebra garante um cliente externo … tudo vai depender do comprador .. e a forma de pagamento .. e discordo quanto a forma e a planejado ..deveria ser ”2/1” .. candência de produção deveria ser essa … a cada 2 subs construído pra MB abre espaço pra essa 3 unidade …a ser exportada , mas tudo tb depende das exigências e da necessidade do comprador… lembrando tb q os Scorpene da… Read more »

Camargoer

Também lembrei da FREMM para o Egito e dos Rafale para a Índia..

Alessandro

Tbm não vejo como má ideia vender 2 subs, já que não tem dinheiro a curto/médio prazo ter os 4 programados, desde que continue no planejamento tê-los no futuro até melhorar a economia. Até seria ótimo para o Brasil passar a ser visto como exportador de submarinos de guerra, que mal tem nisso ?

Alessandro

E ainda por cima manteria a produção ativa e a mão de obra

Camargoer

Olá Alessandro. Há algum tempo atrás, sugeri a venda de dois IKL da classe Tupi para a Argentina, o que reduziria o custo de operação da MB dando folga para os Scorpenes. Também sugeri depois financiar dois Scorpenes para a Argentina, o que daria ocuparia a capacidade ociosa de produção de submarinos que a MB terá depois de entregue a quarta unidade. Ao ler a reportagem, lembrei que a França também forneceu à Índia caças Rafale novos que seriam originalmente destinados á sua força aérea, o que ocupou a capacidade ociosa que a Dasssout teria após completar a frota francesa.… Read more »

Roberto Bozzo

Camargoer, concordo com quase tudo o que disse. Está celeuma que alguns “arautos do apocalipse” querem acreditar, que a venda de dois subs para a posterior construção de mais dois para a MB é comum no mundo militar; como vc destacou a FAB já fez isso com os Super Tucanos (e faria novamente se algum interessado quiser a entrega de uma possível compra dos KC 390 mais rápido), a França isso no caso dos Rafaela pra Índia e a Fremm para o Egito (ou Marrocos, não lembro agora). Manteria a linha de produção ativa por mais tempo propriciando novas oportunidades… Read more »

Roberto Bozzo

“Camargoer, concordo com quase tudo o que disse. Está celeuma que alguns “arautos do apocalipse” querem acreditar, que a venda de dois subs para a posterior construção de mais dois para a MB é comum no mundo militar; ” Estou no celular, é terrível…não dá pra revisar direito o que se escreve, a tela é pequena e a idade não ajuda rsrsrs Fica melhor como segue: Camargoer, concordo com quase tudo o que disse. Esta celeuma que alguns “arautos do apocalipse” querem fazer acreditar, que a venda de dois subs para a posterior construção de mais dois para a MB… Read more »

Roberto Bozzo

Desculpe, estou no smartphone e fica difícil de revisar o texto…. Por gentileza, reconsidere este trecho como abaixo:

“Camargoer, concordo com quase tudo o que disse. Está celeuma que alguns “arautos do apocalipse” querem fazer acreditar, que a venda de dois subs para a posterior construção de mais dois para a MB dilatando as entregas para si, é comum no mundo militar;”

Roberto Bozzo

Srs editores, poderiam apagar a postagem em duplicidade ??? Grato.

Alessandro

Camargoer 19 de outubro de 2018 at 21:15

Eu acho que num possível governo Bolsonaro, acredito que ele não privatizaria a UFEM por ser estratégico demais para o país, mas se caso acontecesse, ele falou várias vezes que iria analisar com muita calma, pra quem, e como seria feita o modelo, simpatizando pelo modelo da Embraer do gold share, no tocante o seu comentário concordo plenamente com vc.

Nilson

Se surgir a oportunidade de vender submarinos novos para outra Marinha, tem que agarrar a oportunidade. Assim, garante a permanência da linha de produção no país por mais alguns anos, além de permitir um fôlego para a Marinha, pois alongaria o cronograma de pagamento dos 4 subs já contratados. Acho que alguns estão entendendo que seria a Marinha a vendedora dos subs, pelo que entendi a vendedora seria a ICN, com a Marinha ficando com outras unidades futuras no lugar das exportadas. Ou seja, o contrato dos 4 entre Marinha e ICN continua normal, mas com prazos mais alongados (que… Read more »

Vovozao

19/10 – Ao PN, nesta conversa com o almte Leal, nada foi comentado sobre a compra dos cacas-minas, anteriormente comentava-se que este assunto seria resolvido antes da saída do almte, o assunto morreu????

Roberto Bozzo

Boa a entrevista. Sobre o Naval Group, na licitação das Tamandaré acho que a Sigma seria a melhor pedida para a MB, mas o NG seria talvez o único que tem já construídos e/ou em construção todos os meios que atendam a MB; as Gowind, Belharra, Fremm, Mãe, LHD, etc… Os outros concorrentes não tem isso em carteira. Um eventual governo Bolsonaro já manifestou interesse em realocar os valores de investimento em P&D com uma parcela maior as forças armadas; com isso, entendo eu, que ele irá solicitar a MB que escolha a melhor opção. Sobre os subs, concordo com… Read more »

Décio Santana

Essa ideia de vender um submarino para fazer outro, é coisa de 3. Mundo. País sem moral. Qdo nessa pardieiro haverá seriedade.

Camargoer

Olá Décio. Na verdade, a França já fez isso com os Rafales para a Ìndia e a FAB/Embraer(a) também com os A29. Não é nada estranho que uma empresa negocie com os clientes para alterar o cronograma de produção. Fico admirado que isso seja pareça estranho para você. Estratégias ganha-ganha são exatamente para dar á todos o máximo benefício possível.

Ferreras

Além do mencionado pelos colegas, a venda de subs ao exterior proporcionaria escala aos fornecedores locais tanto na venda como na substituição dos componentes ao longo da vida útil dos subs.

Ronaldo de souza gonçalves

Não gostei disto não e meio estranho,esperemos o novo presidente,não seria só o Bolsonário que é sensível a assuntos militares.Esses programas se não me engano começou no último governo lula.Aliás o Oceam veio no governo Temer,veio os m-109 do éxercito.Claro com um governo mais alinhado com EUA podem vir mais material via FMS.

Camargoer

O problema não é o presidente, mas a sua equipe econômica.

Baschera

Entendem porque é melhor fazer tricot do que tentar duscutir defesa à sério no Brasil ??

É fácil….só colocar um anúncio no ML ou Ebay…”Torro sub Scorpene em construção degradada….precinho com desconto à vista”.

Pior é que não aprendem.
Já tem uns pensando em comprar um outro Opalão 6cc….

Sds.

Ozawa

Falar em “no futuro obter um novo porta-aviões” na mesma matéria em que se aborda a possibilidade de venda dos SBR pares para financiar a aquisição dos SBR ímpares é como uma reunião de família onde o pai fala do seu sonho de comprar uma ‘station wagon’ de última geração para família, enquanto a mãe avisa aos filhos sobre a possibilidade de venderem o almoço para comprarem o jantar. Algo descontextualizado ou, penso, inconveniente. Quanto ao mais, sem embargo do reconhecimento à atual administração naval pelo conjunto da obra, espero que a eleição do Programa Tamandaré não se reduza às… Read more »

Baschera

Assino em baixo.
Sds.

Marcos Paulo

Underwrite too…

Dj

Muito bom. Melhor análise não faria. Parabéns.

Satyricon

Muito boa! Mas confesso que NÃO entendo meus compatriotas, em particular aqueles que usam a farda branca (e estrelas nos ombros). Usar um subterfúgio pífio como vender unidades de submarinos programadas para custear os últimos, chega a ser piada. O almirantado, e o caro reporter, sequer mencionam a monumental montanha de dinheiro que será necessária para concluir o complexo naval de Itaguaí, em especial o mastodonte branco chamado “Complexo Nuclear”. Isso, senhores, beira a má fé. Já escrevia aqui inúmeras vezes, e vou repetir. O complexo nuclear equivale a uma usina nuclear, mas não produzirá um mísero MW. Será uma… Read more »

Luiz

Ridículo, patético!! vamos incorporar os 4 scorpenes em 2089!!!

Zorann

Novamente o tempo…. . Eu já cansei de citar aqui o absurdo de se construir uma base de submarinos de “filmes do 007” (exatamente com estas palavras), quando a MB não tem grana nem pra PMG. Isto desde que começaram a surgir os primeiros esboços, a 8, 10 anos atrás. . Já faz mais de 2, 3 anos que sou o único a alertar aqui que o Prosub subiu no telhado. Quando começaram a postergar o cronograma de entrega, com o processo de reescrever a END, e surgiram com as Tamandarés, estava claro que o Prosub já era. . Estes… Read more »

Celso

Zorann……nem precisa relembrar o tanto que aqui mesmo ja foi comentado por voce e outros , ja vi esse filme bem mais de 2 vezes….Brasil putenfia . Assino embaixo por seu comentario lucido e cristalino para quem ainda tem devaneios e sonhos tao mirabolantes. Pior que isso, o desperdicio quase total do nosso dinheiro e sem resultados aa altura. Sds

Adriano Luchiari

Muitos de nós fomos crucificados quando questionávamos a opção pelos Scorpène em detrimento aos IKL e pelo SNB em detrimento a propulsão AIP…

Foca

Essa história de TOT nos programas da FAB, MB e EB é da matriz estrangeira para a filial brasileira. Além disso, é o famoso pague 2 e leve 1.

Sempre disse isso

Pedro

Pois é… eu acho que os almirantes brasileiros “realmente” acham que estamos a um passo de nos tornarmos uma marinha de primeiro mundo, o retorno triunfal dos descendentes diretos da armada portuguesa que dominou os mares! Eles vêm com esse papinho de – não, a MB está consciente das suas limitações… – mas é fachada. No primeiro osso que é jogado, já correm para fazer planos mirabolantes. Estão só esperando a chance. Só o fato de AINDA HAVEREM planos de porta aviões futuro é demonstra isso que disse. Deveria ser varrida do mapa qualquer menção a essa idéia antes de… Read more »

José Luiz

Entrevista muito boa, o jornalista Roberto Lopes, sempre consegue nos trazer para a dura realidade. A verdade é esta mesmo, bem triste e longe dos sonhos entusiastas de muitos. Este projeto do PROSUB foi um passo maior que as pernas. E por fim não acredito que eu viva o suficiente para ver o sub nuclear, nem que eu viva mais três décadas. Infelizmente.

Adriano Luchiari

Como dizia meu falecido pai sobre as pretensões megalomaníacas (?) do lulopetismo: comem farinha e peidam farofa!

Carlos Campos

Acredito que se vendermos agora seria melhor, quem sabe adequando até para o padrão nuclear ou quem sabe com baterias iguais dos “dragões” japoneses, e também fazendo isso teríamos uma mão de obra qualificada ficando no país gerando riqueza aqui. Acredito que o Bolsonaro não intervirá forçando uma compra por puro capricho.

Foxtrot

Pois é, mais uma vez a soberba dos militares nacionais os meteram em encrenca. Investiram uma tremenda grana no PROSUB, mesmo sabendo que nossos políticos não dão a mínima para o assunto defesa e que as verbas para a mesma são péssimamente gastas (80% folha de pagamentos, aposentadorias e pensões), agora estão com um abacaxi dourado nas mãos. Poderiam ter construído mais unidades dos IKL-209 Improved Tupi ( projeto nacional do IKL), e infelizmente esquecer o Subnuc ( ao menos até ter realmente alguém que leve defesa a sério no poder e verbas para aplicar no projeto). Mesmo com as… Read more »

Zorann

Completando: . Pretendem vender os submarinos, na tentativa de posteragr o ritmo de entrega. US$ 600 milhões pagam o custo de um Scorpene brasileiro? Ou estão prendendo vender por preço inferior ao seu custo? US$ era o preço de um submarino IKL de prateleira, lá a 10 anos atrás. . E se Itaguai é um elefante branco, tão grande que sempre terá capacidade ociosa, ao ponto de pensarem em passar parte dele à NAVAL, pra fazer 4 Gowinds….oras….por que vamos pagar modernização de um outro estaleiro privado pra fazer 4 corvetas? . Sentem com os interessados e arrumem alguma solução… Read more »

Foxtrot

Caro Zoram, eu sempre digo que nosso militares não tem planejamento estratégico para nada. Quando há verbas são como crianças em loja de doce com dinheiro para gastar. Saem comprando de tudo sem critério algum. Um grande absurdo (mesmo eu sendo defensor ferrenho do desenvolvimento autoctóne nacional) reside no Subnuc. Uma marinha que não emprega bem seus parcos recursos, não possui nem o básico para o CFN e força de superfície, planeja operar subnuc, porta aviões etc ? Outrora disse que teria sido muito mais proveitoso ter pego essa verba do Prosub e ter aplicado na construção de novos Tupis.… Read more »

Celso0

Foxtrot…..assino embaixo tambem. Isso nao vai ter um fim glorioso para a MB, tudo caminha para uma hecatombe , travestida de milhares de desculpas e omissoes. Brasil, pais de tolos (nem todos)

Zorann

O mais louco é que se tivéssemos comprado 4 submarinos de “prateleira” e enterrado o submarino nuclear lá em 2008, Hoje não estaríamos passando por nada disto. . Teríamos pago cerca de 1/3 do que gastamos só com a NAVAL, não teríamos o elefante branco de Itaguai, não teríamos gasto mais uns R$ 10 bilhões na parte nuclear e teríamos os 4 submarinos dentro do cronograma, coisa que não teremos. . Poderíamos ter sresolvido nosso problema com 1/3 do preço, teríamos uma frota de 9 submarinos e agora não nos faltaria dinheiro pra comprar quem sabe, 8 Tamandarés de “prateleira”.… Read more »

Gabriel

Rapaz…
Mas aqui encontrei alguém pronto para gerir e pensar as Forças Armadas brasileiras!
Alguém que tenha “planejamento estratégico”!
“Foxtrot”!
(aplausos…mais aplausos…muitos aplausos)…
Acabei de mandar um “zapzap” para os Cmts das Forças e para o Ministro da Defesa com teu nome.
Ufa! Graças a Deus!
As Forças Armadas brasileiras precisam de você!

(é cada destemperado que me aparece)

carvalho2008

Mestre Gabriel, voce pode não concordar com a forma acida de exposição, mas é da natureza de cada projeto, por mais louvavel que seja ou pareça, possuir taxas de riscos… E taxas de risco podem possuir naturezas diversas…. Financeiras; Tecnologicas; Políticas; Comerciais…. cada opção possui um balanço diferente… Egito comprou IKL209 a pouco tempo….é simples? sim….é sim…tinhamos nosso Tikuna aqui….nosso 209BR…. Construir um complexo para atendimento de demanda futura envolvia risco…..agora temos os complexo Itaguai….falta ter algum submarino para atuar nele para que não fique ocioso….preferimos isto…opções e caminhos, tem cada qual seu risco… Havia opção de operar qtde de… Read more »

J.Neto

Matéria especulativa do começo ao fim. Que os srs. que fazem parte do corpo da MB possam posicionar ou não os reais “fatos” que são abordados. Incrível como se faz fofoca no meio militar, assuntos sérios são tratados com fake news sistematicamente. Aguardemos o desenrolar desta “estória”.

Sequim

Quando li na reportagem que, ao mesmo tempo em que estão pensando em vender os SBR 3 e 4 , pensam em porta -aviões NG , eu tive uma crise de riso. Só pode ser piada, né? Além disso, qual o sentido de se insistir no SNBR? Ou será que pensam em vender o futuro (será? ) Álvaro Alberto para garantir $$$ para o SNBR 2? Pensando bem, melhor parar de dar idéia. …

india-mike

Alguns colegas compararam a situação da possível venda dos SBR 2 e 3 pra garantir recursos pra finalização do 4, com as FREEMs francesas vendidas ao Egito, mas me parece um tanto quanto descabido. Aparentemente no caso brasileiro não existem compradores pros submarinos. Teríamos que de forma desesperada botá-los a venda – e nesses casos, necessariamente o preço de venda cai. Talvez tenha que cair tanto que represente prejuízo na construção desses 2 submarinos – Veja bem, se especula a venda de 2 unidades pra poder viabilizar a finalização de 1. Situação completamente diferente seria se uma marinha estrangeira quisesse… Read more »

Marcos10

Pagamos uma fortuna por isso, que se fossemos comprar de prateleira daria para reequipar a MB inteira.
Vão vender por quanto?

Foca

As verbas não seria liberadas para outra coisa que não o PROSUB. O objetivo por parte do governo era desviar recursos por meio da Odebrecht. Era o mesmo objetivo da malfadada Segunda Esquadra no Maranhão. A Odebrecht venceria o contrato roubaria mais, pagaria mais propina e navios que é bom, nada. Nunca foi intenção do governo concluir, tanto é que somente a verba destinada ao pagamento da Odebrecht era liberada. Os demais credores não recebiam e a MB era obrigada apagar com recursos próprios, renegociando as dívidas. O presidente de 9 dedos sempre foi caloteiro, assim como a anta que… Read more »

carvalho2008

Como a Oderbrecht era construtora de engenharia civil, foi isto mesmo….

Se fosse construtora de navios e SSk´s ao menos algum seria concluido….

No cimento e areia, o projeto ficou bonito…..falta apenas aquilo para o qual ele serve….ter navios e submarinos em produção e manutenção….

Paulo Guerreiro

A ideia de vender 02 submarinos pra depois construir 02 submarinos para repor é a ideia mais estupida que eu ja ouvi !!! Se querem manter o estaleiro em funcionamento é bem simples, so basta construir 08 submarinos ao invés de só 04 e depois pensar em vender E aos inocentes de plantão que vem com papinho que nao tem dinheiro, crise e todas essas bobagens que a mídia divulga, eu peço que Acordem e deixem de ser Gado. E dinheiro sempre tem, so basta ter vontade politica para readequar o orçamento, coisa que os últimos 24 anos de governos… Read more »

Delfim

Lembrando que os EUA estão fornecendo aos aliados caças F-35 que poderiam estar equipando seus próprios esquadrões prioritariamente.
Ou seja, não há nada de errado em vender alguns submarinos novos, havendo clientes para tanto. Desde que haja lucro e sejam repostos, é um ótimo negócio. Arruma-se clientes, mantém-se uma cadeia de fabricação e de fornecedores ativa.
.
Para tanto há necessidade de aval francês, e qual o preço a ser pago é uma incógnita. A escolha das Gowind, a reforma do São Paulo, armamentos… em breve saberemos.

Marcos10

Precisavam de navios de superfície e preferiram um submarino nuclear.
Decidiram por submarino nuclear e compraram quatro convencionals sem AIP.
Pagos submarino convencionais a preço de nuclear, vamos vender por pechincha. Vai ver é estratégico .

7meiadois

Então somente lá por 2030 a MB terá os 4 Scorpènes, já o SubNuc, esse então…será um sonho que “Se” sair do papel, talvez fique pronto em 2035. E do jeito que as coisas se arrastam aqui no Brasil, as 4 corvetas só ficarão prontas daqui a uns 15 anos. Cenário de terror para a MB na próxima década, e ainda falam em porta-aviões…

Flávio

Saiu o resultado do Programa de fragatas do Canadá. Assim como na Austrália, deu BAE com as Type 26.

A Navantia abandonou as CCT porque dava como certa sua vitoria no Canadá e na Austrália. Assim, não teria como participar do programa da Marinha do Brasil.

Se deram mal. Perderam as duas e de quebra queimaram seu filme no Brasil. O executivo da empresa tem que ir para a rua.

Esteves

O candidato tem 60% das preferências nas pesquisas. Mas já tem gente, lobos e lobistas fechando negócios. Interessante seria ver o outro candidato vencer. Quem se aproximaria dele? Eu voto no colega Foca. Tem as informações, tem os fatos, tem as opiniões e conta tudo. Transparente. Sabe e escreve. Acerta o alvo. Voto nele até pra Almirante. Itaguaí é uma base de primeiro mundo em um pais de terceiro? E qual a diferença para o estaleiro baiano Enseada que recebeu 3 ou 4 bilhões em investimentos, deve outros bilhões, precisa de mais bilhões para funcionar e ainda não produziu? A… Read more »

Joao

Vender os submarinos??? Jesus, o Brasil não tem salvação. Medíocre.

Gilbert

Vamos por partes 1) Vender submarino ou algum equipamento militar de alto valor assim é muito difícil, a concorrência é muito acirrada, envolve off-sets influência política, alinhamento politico-militar, bancar o financiamento e brigar com os os fabricantes de submarinos no mundo que tem muita experiência e licitações e vendas a qual o Brasil não tem essa experiência toda. 2) Se conseguirmos exportar submarinos seria fantástico desde que não estejamos vendendo a preço de custo ou pior a baixo dele. Seria um grande passo para industria naval brasileira. 3) Pelo que lemos aqui no PN dá para construir 2 submarinos ao… Read more »

Mauricio R.

Itaguaí é do Naval Group, se alguma corveta for construída lá, será a Gowind.
As demais que tratem de arrumar estaleiro.

Zorann

A questão principal acho que é a seguinte: compensa vc vender submarino por US$ 550 milhõies, dando desconto, pra comprar corvetinha por US$ 450 milhões ou mais, sem desconto? . Quem tem mais poder dissuasório? Uma Tamandaré ou um Scropene BR? Vamos trocar 1 submarino por uma Tamandaré? Porque na verdade é isto que está acontecendo. Eu, sinceramente, jamais faria esta troca. . Exportar submarinos seria ótimo!!! Desde que a MB não tivesse prejuizo e a ICN tivesse algum lucro. Isto manteria menos ociosa a capacidade instalada, geraria empregos e daria lucro. Mas não é isto que está acontecendo. .… Read more »

Satyricon

O SNBR é projetado para 6.000t, enquanto as CCT estão na casa das 2.700t, sendo o primeiro infinitamente mais complexo.
O mainhall em Itaguaí possui duas linhas paralelas de produção, possibilitando a construção de unidades em diferentes estágios, pois o SubNuc demora muito mais tempo.
A Nuclep, onde o casco de pressão dos SBR e SNBR são feitos rotineiramente fabrica módulos para a indústria de óleo e gás.
Faça as contas.

Valter Sales

Acredito que um candidato natural para comprar OS SBR 2 e 4, seja justamente O Chile . Um outro país que poderia tb se interessar seria a Malásia que opera uma versão inicial do Scorpene, tsl como os chilenos. Se for para a frente, acredito que NAO será difícil encontrar comprador disposto à pagar bom preço para receber o primeiro sub em 3 anos a partir de agora é uns 4/5 anos para receber o segundo, ao invés de ter que esperar uns 7/8 anos, no mínimo , em um contrato DO zero.

Mk48
Esteves

Vender submarino que ainda não aprendemos a construir? Baterias: O fornecedor nacional está capacitado? MEP: Deu debate aqui. WEG ou Jeumont? Máquinas diesel? A Acelor garante o fornecimento do aço 80? Sem variação nos custos? Financiamos a compra de outras prensas H ou uma basta? De onde viria o financiamento do capital de giro e do capital instalado considerando que vendendo pares ou ímpares vamos precisar de um banco ou de vários bancos até receber o que vendemos para reinvestir? Construindo a cada 2 anos ou 1 ano se formos muito eficientes…quando surgirem problemas de caixa…até entrar grana…quem financia giro… Read more »

sergio ribamar ferreira

Esperarei por mais informações e depois de 28 de outubro. Em 2019 poderemos ter alguma perspectiva. No mais , aguardarei para saber quem será o futuro comandante da MB. Negociações em andamento? Governo saindo , cafezinho frio. Grande abraço.

Flanker

Tempos atrás, em um tópico aqui do PN eu falei justamente do tamanho e ambição exagerada dessa base naval e todo o complexo em Itaguaí. Finalmente, alguém falou isso em uma matéria. Gastaram uma verdadeira fortuna na construção de todo aquele complexo (de 1° mundo, em um país de 3°, nas palavras de Roberto Lopes). Quem, em sã consciência, ainda mais tratando-se de Brasil, não percebe que tudo aquilo construído em Itaguaí é um exagero? Os bilhões de reais enterrados naquelas obras vào ser mais um gasto em algo subutilizado……fazendo uma comparação porca, parece com as obras dos estádios da… Read more »

BILL27

Eu tbm comentei a epoca que tinha coisa errada neste projeto aí .Que seria subultilizado e que construir toda esta estrutura para apenas 4 subs e 1 nuclear ,era disperdicio de dinheiro .
Nada me tira da cabeça que isso foi mais um projeto para ajudar uma tal empresa envolvida ate as tampas em propina .