Jane’s: NDM Bahia receberá MAGE Defensor Mk3
O jornalista português Victor Barreira noticiou no Jane’s que A Marinha do Brasil vai atualizar seu Navio Doca Multipropósito NDM Bahia (G40) com novos sistemas de navegação de superfície e de guerra eletrônica. O Bahia foi comprado da Marinha Francesa em 2015 e agora está sendo atualizado com novos equipamentos.
Um radar de navegação Northrop Grumman Sperry Marine VisionMaster FT250 substituirá o radar de navegação DRBN34A existente (designação francesa para o Decca 1229). O navio foi recebido da França com seus dois DRBN34A originais, um para navegação e outro para aproximação de helicóptero. O Bahia também é equipado com um único sistema de radar de busca DRBV21A que incorpora a capacidade de identificação de amigo ou inimigo (IFF).
O sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE) Defensor Mk3 (ESM), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa da Marinha do Brasil (IPqM), será instalado para identificar os emissores de radar em um dado ambiente eletromagnético. O sistema é composto por unidades de antena, unidade de processamento e interface do operador.
Dois reparos armados com Canhão Modèle F2 de 20 × 139 mm foram previamente substituídos por reparos de Oerlikon GAM-B01 de 20 mm armados Oerlikon canhão KAA disparando munição de 20 × 128 mm.
O Bahia também está armado com um reparo de canhão Modèle F2, dois lançadores de míssil superfície-ar SIMBAD para mísseis MISTRAL 1 VSHORAD e quatro reparos protegidos de metralhadora M2 HB de 12,7 mm.
O MAGE Defensor Mk3
O equipamento MAGE ET/SLR-1 é um sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica capaz de contribuir para o reconhecimento tático dos emissores radar de um dado ambiente eletromagnético. Este sensor tem a função de interceptar radiações de emissores, localizar sua marcação, registrar o tempo de chegada e medir os seus parâmetros (Frequência, Presença de Modulação Intrapulso, Largura de Pulso e Amplitude), separando-os em grupos associados a um determinado radar emissor, caracterizando a frequência, frequência de repetição e varredura, classificando o tipo e o modo de operação do radar envolvido e a provável plataforma associada segundo uma Biblioteca de Emissores.
O equipamento possui uma interface com Operador (IOL) que implementa um ambiente gráfico de operação tanto para visualização do cenário tático como para entrada de comandos e dados. A IOL utiliza o sistema operacional LINUX compatível com a arquitetura PC/AT, permitindo configurações de IOL que vão desde PCs comerciais até consoles específicas.
Acoplado a essa unidade pode existir um dispositivo de impressão para geração de relatórios baseados em eventos surgidos durante o funcionamento do sistema. A carga de bibliotecas e o salvamento dos históricos de eventos são feitos por intermédio de uma unidade de disco flexível 3 ½”, Memória FLASH tipo pen drive ou CD-ROM.
A visualização dos dados presentes no ambiente eletromagnético pode ser realizada através de diversas telas de operação. Apresentando telas no formato tabular e gráfico para visualização, acompanhamento e análise dos dados dos emissores radar detectados e plataformas associadas.
Além disto, o operador pode realizar operações de configuração do equipamento, tratamento e configuração de alarmes, acesso a dados e manutenção das bibliotecas MAGE e dos históricos gerados durante a missão.
Também são possíveis a impressão de informações relevantes ao sistema e a execução de comandos de diagnóstico e manutenção das diversas subunidades componentes (funções de BITE).
As bibliotecas principal e auxiliar servem de base de dados para a operação de classificação de emissores encontrados no cenário tático.
A IOL permite operações de criação, carga, importação e exportação de bibliotecas, bem como consulta, criação, alteração, exclusão e impressão de registros presentes nessas bibliotecas.
O equipamento possui interfaces com outros sistemas da plataforma: agulha giroscópica, radares de bordo (pulsos de supressão), sistema tático e de combate e equipamentos de contramedida.
O MAGE ET/SLR-1X também é dotado de sistema de ELINT, gravando os sinais presentes no ambiente eletromagnético, permitindo a realização de análise pós-missão. Os arquivos gravados podem ser executados no modo “playback”, de maneira a prover uma poderosa ferramenta de treinamento dos operadores utilizando cenários reais.
Composição do Equipamento
O equipamento MAGE está basicamente composto das seguintes unidades:
- Unidade de Antena;
- Unidade de Processamento;
- Subunidade de RF;
- Subunidade Processadora;
- Subunidade de Alimentação;
- Dispositivos de Controle Ambiental (Arrefecimento, Calefator e Sensor de Temperatura);
- Unidade de IOL.
Características Gerais
- Faixa de operação: 2 a 18 GHz
- Parâmetros medidos: Frequência da portadora, frequência de repetição de pulsos, largura de pulsos, modulação intrapulso, direção do sinal;
- Funcionalidades: Capacidade de interface com sistema de combate do navio, sistemas de contramedidas eletrônicas (CME), agulha giroscópica, sinais de blanking. Capacidade de coleta de dados ELINT, com gravação em disco rígido para análise pós-missão ou treinamento (playback).
19/12 – quarta-feira, btarde; muito bom, podermos contar com um sistema desenvolvido no Brasil, representa uma independência fantástica. Parabéns mais uma vez para a MB.
Já ouvi essa intro em algum lugar kkk
Que é bastante incomum…
Mage+Scua+Yb?
YB certamente não, pois vamos substituir esse link pelo STERNA, também desenvolvido pelo IPqM… abraço…
Muito bom só não entendi o disquete mas de resto parabéns!!
Disquete? A matéria fala em “disco rígido”!
Os Notebooks atuais nem usam mais disquete ou CD´s, o meu lá de casa tem míseros “1 terabyte de memória” em “disco rígido”.
Acho que o “disco rígido” de nosso “meninão” deve ser bem mais parrudo do que o meu brinquedinho lá em casa.
Olá Ricardo. Uma das minhas dificuldades hoje é encaixar o cabo VGA no drive de HDMI… e saber que fui alfabetizado em computação usando linhas de comando m uem 286 com linux e tela monocromática…
“unidade de disco flexível 3 ½” = drive de diskettes
Mas deve ser um texto copiado da especificação antiga do Mage.
Caro Braga. Você tem razão. Mas ficou bem engraçado. Faltou um pente fino na edição final do texto.
Boa noticia, bem legal!
Caro Colegas. Achei curioso o sistema possuir um drive para disquete 3,5 polegas. Quem se lembra dos discos de 11 polegas (512 Mb). Uma vez, conversei com um engenheiro da Avibras a venda de uma bateria para a Malásia (ou Arábia Saudita… não lembro mais) no início dos anos 2000. Eles tinham os programas do Astros arquivados em disquetes de 11 polegas, mas não preservaram nenhum PC com drive. O engenheiro disse que foi um deus-nos-acuda para encontrarem um computador funcionando que tivesse esse drive…
Isso não é muito diferente dos sistemas de anos 70/80 que rodam nos silos de mísseis nucleares americanos https://www.extremetech.com/extreme/229239-the-united-states-nuclear-system-still-runs-in-part-on-eight-inch-floppy-disks
Camargoer… Mas tu e velho eim cara kkk
Mas eu lembro que o primeiro PC que comprei era um CP 300 que conectava com a Tv (mas estragava a tv rs) e aprendi Basic no moderno CP 500 E tinha um monte disquetes 5 ¼” e 3 ½” de jogos kkk
Caro Colega. Lembra do comando “> format c:”? riso. Comecei no Basic, Pascal e por fim Fortran. Escrevi meu mestrado em windows 3.11. Reciclei meus disquetes há poucos anos, durante a mudança..
Bons tempos… tive TK-80 (fitas) e CP300 também. Ainda tenho um disketão de 8 e uma caixa lacrada de 5 1/4 em algum canto por aqui hehehehe
Eu aprendi basic em um TK-85. Cópia tupiniquim do zx-81. Foi uma revolução na época. Lembro de ter lido que a rainha da Inglaterra tinha presenteado uma autoridade japonesa com um destes, obra do grande Sinclair. Uma idéia interessante era que como tinha o basic (e só ele) nativo o TK-85 obrigava os adolescentes como eu a programar e pensar de forma lógica. Creio que hoje em dia a gurizada não dispõe de nada assim e que seja interessante para eles.
Bons tempos cp-500 e suas dias unidades 5.11
Meu primeiro contato com o computador
2 unidades 5 1/4
MUITO BOM! Um sistema desenvolvido no Brasil, que representa uma autonomia que não esperava, numa área sensível da defesa. Que venham mais notícias boas como esta!
Muito bom, demonstração de que apesar das dificuldades a MB não para na tentativa de melhor equipar seus navios. Outro dia foi anunciada instalação do do sistema de vigilância eletro-óptico/infravermelho (EO/IR) da Atena na Defensora, depois o disparo inaugural do Mansup, ontem os Mistral no Atlântico, hoje o MAGE no Bahia. Melhor seria muito mais, mas com certeza é o que está sendo possível.
Na minha opinião, deve ser sobra de orçamento …
Mas com certeza a marinha necessita de mais 01 ou 02 NDM por essa capacidade multi-missão que possuem e e claro sou um dos “chatos” que pedem um canhão de 30mm na proa do navio como ele tinha antes.
E difícil entender a logica de instalar um canhão de 114mm num naVio de 96 Metros e colocou uma metralhadora de 20mm num navio de 170 Metros e bisonho isso.
Excelente a instalação do MAGE Defensor nacional no Bahia.
Acho que a MB deveria aproveitar e instalar o Siconta Fênix, Radar Gaivota-X, uma versão embarcada do radar Saber-M200 com Atenas planas instaladas nas anteparas do passadiço semelhantes ao sistema AEGIS Norte Americano.
O que falta também é um programa completo de sistemas de armas nacional para equipar dentre outras coisas navios da MB.
Creio que seria viável a instalação na popa do navio, de uma torre giro estabilizada desenvolvida pela Avibras, para Mísseis nacional Marlin-01 (MANSUP)
Além do importante que é atualizar o sistema de navegação e guerra eletrônica é também arrumar um navio que possa receber esses sistemas originais do NDM Bahia pois, não são tão defasados.
O Bahia poderia ser mais bem defendido, complementando o MAGE Defensor com 02 sistemas de contramedidas também nacionais do IPqM/Engeprom, plenamente compatíveis:
1) SLDM despitador chaff de míssil antinavio;
2) ECM ET/SLQ-2x defesa eletrônica Phased Array
Mas realmente uma ótima notícia de final de ano !
Só uma dúvida o canhão Bushmaster II MK44 de 30x173mm é muito mais caro? pois poderia padronizar com o Atlântico e Amazonas. Uma coisa interessante é que o Piranha IIIC pode recebê-lo já que existe uma versão, DF30 , inclusive é com a UT30 desse modo teria comunidade de peça referente ao canhão e a munição seria do mesmo calibre.