Empresas de máquinas e equipamentos tiveram uma visão geral do consórcio para novas corvetas da Marinha em São Paulo, em iniciativa que poderá ampliar conteúdo nacional para a última e melhor oferta  – BAFO – a ser apresentada daqui a poucas semanas

Por Fernando “Nunão” De Martini

Os concorrentes do programa de construção de quatro novas corvetas para a Marinha do Brasil, a classe Tamandaré, estão se preparando para enviar em poucas semanas as suas últimas e melhores ofertas (BAFO – Best And Final Offer, na sigla em inglês). Nesse curto prazo, a busca de mais fornecedores para ampliar o conteúdo local, acima do mínimo estipulado pela Marinha do Brasil, é uma estratégia perseguida pelo consórcio Damen Saab Tamandaré, um dos quatro finalistas da disputa. Com esse objetivo foi realizado um encontro na última quinta-feira, 31 de janeiro, entre o consórcio e potenciais fornecedores brasileiros de peças e equipamentos para os navios. O encontro, ocorrido na sede paulistana da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), apresentou uma visão geral da proposta do consórcio, as principais empresas estrangeiras e brasileiras já envolvidas no projeto e as oportunidades para entrada de mais fornecedores nacionais na oferta final.

Conteúdo local – Nos pedidos de propostas pra o programa das corvetas, a Marinha do Brasil estipulou percentuais de conteúdo local no valor dos navios, sendo de pelo menos 30% na primeira unidade e de 40% nas três seguintes. Segundo representantes do consórcio Damen Saab Tamandaré (mais detalhes sobre os conteúdos apresentados serão mostrados a seguir), essas porcentagens já foram atingidas e constam da proposta apresentada para a Marinha. Porém, como as regras da disputa incluem a entrega de uma oferta final melhorada (BAFO) pelos quatro concorrentes selecionados antes da decisão (prevista para março deste ano)  a possibilidade de ampliar esse percentual é vista como forma de aumentar a competitividade da proposta, eventualmente substituindo equipamentos estrangeiros já cotados, e que constam da oferta atual, por produtos brasileiros.

Sigma 10514 oferecida para ser a classe Tamandaré
Maquete da Sigma 10514 oferecida para o programa das corvetas classe Tamandaré da Marinha do Brasil, apresentada em junho de 2018 na feira RIDEX

O aumento do conteúdo nacional, conforme apresentado no encontro, atenderia a necessidades estratégicas de garantir o apoio local às corvetas, com maior independência em relação a mudanças no cenário externo, maior disponibilidade dos meios, buscando equilíbrio entre conteúdo local, qualidade e custo – nesse caso, não só de aquisição, num programa que é estimado em cerca de 1,6 bilhão de dólares pelos quatro navios, mas custo ao longo do ciclo de vida da classe “Tamandaré”.

Pronunciamentos iniciais – A programação de pronunciamentos e apresentações foi iniciada pelo presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso Dias Cardoso, que discorreu sobre as novas demandas iniciadas pelo Brasil em seu processo de sair da crise econômica dos últimos anos. Em especial, demandas nas áreas de óleo e gás, geração de energia, infraestrutura, com destaque para os setores naval e de defesa. Nesse processo e nesse momento a indústria, por gerar empregos de maior qualidade, precisa aproveitar oportunidades como a que está representada pelo programa das corvetas da Marinha. Segundo Cardoso, o Brasil não pode ficar à mercê de desenvolvimentos tecnológicos que sejam interrompidos, daí a importância do evento em fomentar o conteúdo local para o programa, sendo que o objetivo da ABIMAQ é fazer o encontro entre a demanda e a oferta de oportunidades.

À esquerda, cônsul-gera adjunta do reino dos Países Baixos, Nanna Stolze – À direita, o executivo Alencar Leal, da Saab – clique nas imagens desta matéria para ver em tamanho maior

Em seguida houve breve pronunciamento de Nanna Stolze, cônsul-geral adjunta do reino dos Países Baixos em São Paulo, abordando não só as relações entre os países como também as iniciativas ligadas à chamada “tríplice hélice da inovação”, que conectam empresas e instituições para o desenvolvimento tecnológico. A diplomata foi seguida por Roberto Alves Gallo Filho, presidente da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), entidade que realizou o evento em parceria com a ABIMAQ. Gallo falou da importância da Estratégia Nacional de Defesa e da necessidade dos quatro consórcios concorrentes gerarem valor no Brasil, com empresas brasileiras.

Apresentação do consórcio: Saab – A mesa dos palestrantes foi então formada pelos  executivos Alencar Leal e Pieter Verbeek, do grupo sueco de defesa Saab; Wolter ten Bokkel Huinink, do estaleiro holandês Damen, Adalberto Souza e Eduardo Valença, do estaleiro brasileiro Wilson Sons; Jairo Souza, do grupo industrial brasileiro Weg, José Geraldo Fernandes, da empresa brasileira Consub; além de Alberto Machado, diretor executivo de petróleo, gás natural, bioenergia e petroquímica da ABIMAQ. As palestras foram entremeadas com vídeos institucionais das respectivas empresas, e foram iniciadas por Alencar Leal, da Saab, que procurou ressaltar a boa relação entre a cooperação de longa data e boa relação entre as duas empresas líderes do consórcio, a Saab e a Damen, e os principais parceiros brasileiros: Wilson Sons, Weg, Consub e Akaer.

Segundo Leal, essas relações contribui para o baixo risco do projeto, pois tanto Saab e Damen têm uma parceria bem estabelecida na Europa, quanto possuem longas relações com empresas brasileiras, caso das décadas de projetos conjuntos realizados pela Damen com Wilson Sons no Brasil, do fornecimento de motores pela Weg para navios produzidos por essa parceria, e das relações já estabelecidas por Consub e Akaer em programas das Forças Armadas  Brasileiras. O executivo da Saab procurou enfatizar, mais de uma vez, que o consórcio não vê esse programa com oportunismo, e sim como oportunidade dentro de uma estratégia de longo prazo no Brasil, e que envolve diversos outros projetos. Ainda sobre oportunidades, Leal ressaltou que, nesse caso, também estão abertas a indústrias que ainda não são do grupo de empresas estratégicas de defesa, e que poderão ser fornecedoras de equipamentos para os navios caso a proposta do consórcio seja a escolhida.

Alencar Leal também abordou a experiência da Saab com sistemas de combate, apresentando o sistema 9LV, empregado por diversas marinhas do mundo. Está incluída na proposta do consórcio um pacote de transferência de tecnologia do sistema de combate junto à Akaer e Consub, de forma integral e não parcial, para assegurar a operação, apoio e atualização do sistema no futuro, assim como integração de armamentos. O executivo também destacou as décadas de experiência da Saab com a Marinha, notadamente em sensores optrônicos.

Damen – Seguiu-se a apresentação de Wolter ten Bokkel Huinink, da Damen, que detalhou a divisão em módulos para a construção dos navios, que são uma versão ligeiramente alongada e adaptada às especificações da Marinha do projeto Sigma 10514, que já possui unidades em construção e em serviço em marinhas como a do México e da Indonésia. São seis módulos principais, aos quais se somam outras divisões menores como as de linhas de eixo e domo do sonar:

Módulo 1 – Casco à popa

Módulo 2 – Casco à proa

Módulo 3 – Planta de geração de energia

Módulo  4 – Superestrutura traseira

Módulo 5 – Sistema de combate

Módulo 6 – Superestrutura

A estratégia de construção oferecida à Marinha do Brasil é que, do segundo ao quarto navio, todos os seis módulos serão construídos no Brasil com montagem no estaleiro Wilson Sons, sendo que na primeira unidade apenas os módulos 3 e 5 serão produzidos na Holanda. Conforme o executivo holandês, esses dois módulos são equipados com sistemas mais críticos, e o aprendizado de como construí-los e integrar seus sistemas, máquinas e equipamentos faz parte da transferência de tecnologia oferecida na proposta do consórcio.

Ambos os módulos são do tipo “plug and play”, entregues totalmente funcionais e transportados para montagem final no estaleiro brasileiro em navios especializados nesse trabalho. No caso do módulo do sistema de combate, por exemplo, este pode ser transportado em funcionamento sobre o convés do navio mercante que realiza esse transporte, trabalhando como se já estivesse instalado numa corveta Sigma durante a travessia.

 

Wilson Sons – Eduardo Valença prosseguiu a fase de palestras mostrando os números do estaleiro Wilson Sons e sua relação com a Damen, ressaltando, assim como Alencar Leal da Saab, que o estaleiro também vê o programa como oportunidade, e não como oportunismo (a insistência nesse ponto, por ambos os executivos e permeando demais apresentações, passou a impressão de ser uma crítica a propostas de concorrentes – mas esta é apenas uma opinião deste repórter). Nesse sentido, Valença ressaltou que o grupo Wilson Sons tem mais de 180 anos de história no Brasil, 80 deles na área de estaleiros navais e, falando em idades, disse que a história de todos os participantes da proposta ultrapassa três séculos de atuação em suas áreas.

O executivo da Wilson Sons apresentou também diversos números da estrutura do estaleiro, que tem duas unidades na cidade de Guarujá, litoral paulista, denominadas Guarujá I, com 22.000 m2,  do tipo carreira (190m de comprimento por 16m de boca) e Guarujá II, de 17.000 m2 , do tipo dique seco (140m de comprimento por 26m de boca). Somados, oferecem aproximadamente 40.000 m2 de área para construção de navios, com capacidade produtiva anual de cerca de 10.000 toneladas.

Valença afirmou que, apesar da experiência não incluir complexos navios militares, o estaleiro já construiu o navio considerado mais complexo de apoio à indústria petroleira, fornecido no país, o Fugro Aquarius ( do tipo ROVSV – Remotely Operated Vehicle Support Vessel , equipado com veículo subaquático remoto ), além de navios OSRV (Oil Spill Recovery Vessel  – recolhimento de óleo derramado no mar) operados pela OceanPact e que são considerados pela Petrobras como suas melhores embarcações desse tipo, tendo ainda como marco o primeiro PSV (navio de apoio a plataformas) diesel-elétrico do Brasil.

Nesse aspecto, na visão de Eduardo Valença o Wilson Sons leva vantagem em relação a estaleiros de outros países que hoje constroem navios da família Sigma: por exemplo, o PAL da Indonésia tinha 10 anos de cooperação com a Damen, mas nenhum navio de projeto Damen construído antes da primeira Sigma; o Semar do México tinha 6 anos de cooperação e 11 navios de projeto Damen já construídos antes de começar o programa Sigma para o país. No caso do Wilson Sons, a soma chega a 25 anos de cooperação e 92 navios construídos com a Damen.

Valença também destacou que, nesses últimos anos de crise que atingiu fortemente também a área naval, o estaleiro ampliou sua atuação no mercado de docagens e manutenções, para compensar a redução de encomendas de navios (que até o início desta década tinham peso maior).

Weg – Em sua apresentação, o executivo Jairo Souza ressaltou o fato da Weg ser uma indústria totalmente nacional, com fábricas no Brasil e em outros países. Entre as cinco áreas de negócios, a mais conhecida é a de motores, que já construiu mais de 245 milhões de motores elétricos, de vários portes, ao longo dos 57 anos de história da Weg. A empresa, que possui a maior planta de fabricação de motores elétricos do mundo e é a maior fabricante de transformadores da América Latina, foi chamada para o consórcio pela sua experiência no fornecimento para a área naval, a qual inclui a Marinha do Brasil, com destaque recente para o programa de submarinos (Prosub).

À esquerda, o executivo Jairo Souza, da Weg – À direita, as cinco unidades de negócio da empresa

Ainda segundo Jairo Souza, a Weg já domina os softwares de sistemas de controle de propulsão do tipo IPMS (Integrated Platform Management System) para embarcações civis, havendo uma pequena lacuna em IPMS para fins militares, que será preenchida pela transferência de tecnologia incluída na proposta. Outros  setores da Weg também terão envolvimento no programa (por exemplo, energia, com os geradores, assim como a área de tintas).

Consub – A última apresentação dos parceiros principais do programa foi do executivo José Geraldo Fernandes, da Consub, que apesar de representar a empresa mais nova (20 anos) entre as que se apresentaram naquele dia, inclui nessas duas décadas uma estreita relação com a Marinha: a Consub forneceu e integrou a armamentos e sensores das mais variadas procedências uma série de novos sistemas de combate, da família Siconta, para a modernização realizada na classe “Niterói”(6 fragatas), para a corveta Barroso e o hoje desativado navio-aeródromo São Paulo, entre outros navios.

Em sua palestra, Fernandes informou que a Consub, empresa que hoje é controlada por brasileiros, não só realiza a manutenção desses sistemas instalados em navios em serviço, mas que recebeu encomenda para a modernização dos sistemas de três fragatas da classe “Niterói”, que terão suas vidas úteis estendidas.

À esquerda, executivo José Geraldo Fernandes, da Consub – À direita, quadro dos principais projetos de software e hardware da empresa para a Marinha do Brasil

 

Interesse imediato – Aberto o evento para as perguntas dos potenciais fornecedores presentes, logo houve interesse pelo sistema de propulsão, em partes e subsistemas que ainda não tenham fornecedores nacionais (a Damen lembrou que motores elétricos e geradores serão da Weg e motores diesel da Caterpillar). A Voith se interessou pelos propulsores (hélices) e linhas de eixos, que na proposta atual (pré-BAFO), segundo a Wilson Sons, têm cotação de empresas estrangeiras. As linhas de eixo também interessaram a Villares.

O estaleiro brasileiro aproveitou a oportunidade para destacar que, diferentemente de outros que trabalham principalmente com grandes navios mercantes (como petroleiros), não é uma empresa que estoca e corta grandes quantidades de chapas entregues brutas, e sim um estaleiro do tipo montador, com especialização em navios mais complexos. Conforme disse o executivo Adalberto Souza , o estaleiro preferencialmente encomenda chapas já cortadas e pintadas, tubos prontos, e até mesmo módulos do casco quando é o caso, estando desta forma aberto a propostas de fornecedores diversos da área naval.

Maquete da Sigma 10514 oferecida para o programa das corvetas classe Tamandaré da Marinha do Brasil, apresentada em junho de 2018 na feira RIDEX

As empresas ARES, que Alencar Leal (da Saab) informou já fazer parte da solução de conteúdo local em alguns equipamentos, demonstrou interesse em componentes específicos para canhões e lançadores, enquanto a MAN informou que gostaria de fazer proposta para serviços de treinamento, no Brasil, para equipamentos que sejam fornecidos pela matriz europeia, como já faz com a Damen e o estaleiro Wilson Sons em outros navios.

Mostrando preocupações com a necessidade de trabalho imediato (questão levantada também pela própria ABIMAQ, envolvendo não só novos projetos, mas também programas de manutenção da própria Marinha), diversos representantes de empresas questionaram o consórcio sobre suas perspectivas caso não fosse o escolhido, e se continuariam prestigiando a Base Industrial de Defesa. Executivos da Saab, Damen e Wilson Sons afirmaram que, logicamente, lamentariam, mas que as atuações das empresas no país e suas parcerias vêm de longa data, e focam também em outros projetos e oportunidades. O estaleiro brasileiro ressaltou que sua atividade principal é no Brasil, e que as previsões na proposta para início do trabalho aqui é de um ano após a assinatura do contrato – mas que, no caso de ser escolhido o consórcio, já em março começariam as conversas com os fornecedores já inteirados do processo.

Pieter Verbeek, da Saab, afirmou que empresa nunca desistiria do Brasil, mesmo em caso de perder a disputa das corvetas, pois as oportunidades não acabam com elas. Há oportunidades para muitos anos, na Força Aérea (Gripen), Exército, e em outros programas da Marinha, também com envolvimento da indústria local e com transferência de tecnologia. Por outro lado, Verbeek afirmou que o consórcio está muito confiante em sua proposta.

Sinergias – Por fim, teve a palavra Alberto Machado, diretor executivo de petróleo, gás natural, bioenergia e petroquímica da ABIMAQ. Machado discorreu sobre a atual dependência do Brasil pelo transporte rodoviário, e que oportunidades na área naval em geral (e nesse caso na área de defesa) significam usar o poder de compra do Estado para resolver questões de desenvolvimento do país. No setor naval existe uma enorme quantidade de empresas que podem fornecer produtos de menor criticidade mesmo para navios complexos como os militares, e que há componentes de muitos subsistemas que podem ser atendidos por essa indústria, que pode crescer não só com as compras de defesa como na área de transportes.

Conteúdo local, para Machado, significa independência, e como há muita sinergia entre o setor naval e o de energia (exemplo de área em que as necessidades brasileiras também são enormes) as oportunidades numa área podem ajudar a gerar encomendas e empregos também em outra.

Fila e envio de propostas – A fala de Machado finalizou o evento, e nesse momento passou a se formar uma fila de interessados em conversar e trocar cartões com os representantes do consórcio, em especial os dois representantes do estaleiro Wilson Sons, que está centralizando esse contato. Foi disponibilizado um e-mail específico para o envio formal de propostas de interessados, e que foi mostrado durante todas as apresentações dos executivos:

damen.tamandare.procurement@damen.com

O conteúdo completo da apresentação realizada pelo Consórcio Damen Saab Tamandaré pode ser encontrado aqui.

Para saber mais sobre a corveta da família Sigma oferecida para o programa da classe Tamandaré, além de assuntos relacionados a essa disputa, clique nos links abaixo.

 

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Juarez

Algumas coisa ficaram claras. Os alternadores dos grupos geradores principal e auxiliar, bem como os motores elétricos serão WEG, agora os motores dos grupos geradores que a Marinha chama de MCA parece que serao Caterpillar. Mas no final,citam a MAN que também e fabricante de motores navais. Aí ficou a dúvida.

Nunão

Juarez, tem 2 MCP ligados a dois eixos para velocidades mais altas e 4 MCA, ligadas a dois motores elétricos, para velocidades mais baixas. A propulsão é CODOE, que é uma combinação de propulsão diesel convencional para velocidades mais altas (dois MCP com potencia equivalente a 10MW cada, acoplados uma caixa de transmissão ligada a dois eixos, podendo um motor acionar os dois eixos ou os dois motores juntos acioná-los) ou, para velocidades mais baixas, propulsão diesel eletrica, com quatro MCA acoplados a geradores de 1MW cada, alimentando tanto os dois motores elétricos de 1,3 MW cada quanto os sistemas… Read more »

Nunão

Continuando: a subsidiária brasileira da MAN, citada na matéria, estava entre o público de potenciais fornecedores que foram ao evento.

Se participará da proposta com algum equipamento ou serviço e entrará na BAFO, só os resultados desse encontro de quinta dirão.

Juarez

Interessante também é que a Corveta Barroso se utiliza de dois MTU com 7500 Hps aproximadamente cada, para velocidade de cruzeiro(22kts), e a Tamandare fará uso de quatro motores diesel elétricos totalizando aproximadamente 5.000 Hps para empurrar pelo pelo menos umas 500 tons a mais.
Provavelmente os MCPs funcionarão em paralelo em baixíssima potência

Nunão

Juarez, 22 nós é a velocidade máxima de cruzeiro da Barroso, ou melhor, a máxima com os dois motores diesel (acima disso, é vom turbina). A velocidade de cruzeiro econômico é bem menor que isso (notmalmente é entre 12 e 15 nós, usando só um motor diesel).

Os 4 geradores + 2 motores elétricos da Sigma são para cruzeiro econômico.

A opção para velocidade maior de cruzeiro, na Sigma, é usar apenas um dos dois motores diesel empregados na velocidade de pico. Esse assunto, como já frisei, já foi amplamente discutido na primeira matéria da lista ao final.

Nunão

Faltou só acrescentar, a título informativo e comparação com a Barroso, que a potência de cada um dos MCP de 10MW responsáveis pela propulsão e velocidades mais altas quando operando juntos, ligados diretamente à caixa de transmissão e eixos (a propulsão diesel elétrica é para cruzeiro econômico), equivale a cerca de 13.400 hp cada, ou 26.800 hp somados. Isso é um pouco menos que a potência da turbina responsável pela velocidade de pico da Barroso (que desloca menos que a Sigma), o que explica a velocidade máxima de cerca de 26 nós da Sigma, comparada aos cerca de 30 nós… Read more »

rommelqe

Prezado Nunao, a hipotese de operar os dois MCPs mais os dois Motores elétricos nao e necessariamente descartada. O que pode limitar entregar toda potencia total nOs helices, – pelo menos no meu sentimento – é que mesmo em contingencias de combate/emergencial, um dos quatro MCAs e respectivo gerador elétrico, tem que ser preservado para prover energia para outras funções. Logicamente o dimensionamento global do sistema de propulsão (que engloba linha de eixos, máquinas rotativas, acoplamentos, retarders, caixas de engrenagens, y unas cositas a más…) sem falar ainda de outros sistemas auxiliares (lubrificação, arrefecimento, sistemas de combate a incêndio, ventilação,… Read more »

Nunão

Certamente, Rommelqe, no campo das hipóteses podemos pensar em combinação em que motores elétricos se somam à potência dos motores diesel nos mesmos eixos, mesmo porque isso já existe. Apenas estou comentando com base nas especificações divulgadas, e não em possibilidades diferentes delas, pra ficar nos fatos.

Juarez

Nunao, com esta potência propiciada pelos motores elétricos, e partindo princípio que ela desloca umas 500 tons a mais, penso que vai chegar a uns 10 kts com os de baixam no pau da goiaba.

Nunão

Juarez, já te escrevi, na discussão passada que tivemos na matéria do alto da lista, que a proporção entre potência para cruzeiro econômico e para velocidade de pico, em corvetas e fragatas, costuma ser de 1:6, ou 1:7, mais ou menos por aí. Dois motores de 1,3 MW, somando 2,6 MW, equivalem a cerca de 3.500 hp, o que considero compatível com o porte, para cruzeiro econômico em torno de 12 nós (tem vários exemplos de navios similares com esse desempenho). Máxima de cruzeiro não é com motores elétricos nesse caso. O segundo “O” da propulsão CODOE significa “or”, “ou”,… Read more »

Juarez

Sim, entendi, pelo texto ficou sub entendido que os grupos geradores auxiliares,ou MCA, serão Caterpillar, pois são de menor potência, 1 mega, o que nos leva a crer que serão motores com potência em torno de 1200 Hps. Os Motores principais que tem 10000 MW deverão ser da MAN.
Acontece que nem a CAT fabrica otores de 1200 Hps no Brasil e muito menos a MAN os de 10 Mega, me referindo conteúdo nacional da construção.

Rommelqe

Prezados Nunao e Juarez: so lembrando que a geraçao de energia eletrica, por meio dos MCA s, prove uma importante flexibilidade operacional ditada pela estabilidade requerida nos demais sistemas de bordo. Em outras palavras, a modulaçao em quatro motores auxiliares garante que transitorios mecanicos impostos pelo sistema de propulsao dos helices nao necessariamente interfiram nos parametros eletricos de alimentaçao de sistema mais sensiveis! Interessante este pormenor, pois se adotassemos dois motores diesel de, digamos, 2MW cada e dois (ou mesmo quatro …) geradores eletricos o arranjo do conjunto poderia ser otimizado e favorecer a disposiçao de massas no conjunto do… Read more »

Rafael M. F.

Welcome back, Fernando. Ta sumido…

Nunão

Obrigado, mas vou continuar sumido.

Antonio Palhares

Nunão.
Que a sumida não seja por muito tempo.

Rafael M. F.

Esse negativo foi meu. Hue…

Coé, Fernando, bota mais a cara por aqui. Os papos sobre historia naval rendem.

Vc é especialista na área. Só botar a matéria. O resto é com a gente.

Nunão

Rafael,
Até setembro estarei com o tempo absolutamente tomado pela reta final de um doutorado, por isso escrever matérias e participar de discussões não estão no meu horizonte, só excepcionalmente. Abs!

Rafael M. F.

1,3 MW???? Qual o tamanho de um bicho desses?

Eu vi um WEG de 13,8 kV em uma planta de compressão de Gás Natural que já era um monstro, com pelo menos 5 metros de altura (o motor em si era do tamanho de um carro). Acoplado a uma caixa multiplicadora e um compressor centrífugo.

rommelqe

Rafael: o sistema integrado (SIN) de energia brasileiro se notabiliza por possuir grandes extensões de linhas de transmissão e em alta tensão, algumas em corrente contínua mas a maioria em corrente alternada. No SIN estão penduradas máquinas por exemplo de ITAIPU (cada gerador de ~760MW possui rotor com ~2000t e ~12m de diâmetro), Belo Monte, etc etc.etc. Um gerador deste pode operar como motor (e às vezes até opera…) mas não é esta a sua função. No SIN também dispomos de motores de alta potencia (por exemplo máquinas hidrelétricas reversíveis tipo Traição e Pedreira com potências da ordem de dezenas… Read more »

rommelqe

Só para voltar nas corvetas: um gerador completo de ITAIPU pesa mais do que uma corveta inteira, com combustível, armamentos e tudo o que vc achar que ela tem direito….mas o gerador não navega nem tem misseis…Abs

Rodrigo

É esse tipo de abordagem que se espera em projeto deste porte, a muito ainda que se evoluir mais também a muita capacidade instalada no Brasil, Na minha opinião esse foi um tiro certo que vai permitir baixar o preço da Sigma para esta última proposta . Eu conheço a atuação da ABIMAQ é séria e não privilegia nenhuma empresa ou grupo e da chance a todos, inclusive a pequenas empresas de mostrar suas capacidades.
O Consórcio da Damen Saab esta procurando parceiros lo lugar correto.

Na minha modesta opinião já ganhou !!!

Fabio Jeffer

Uè, não tinha ninguém da Marinha? Ahh sim, o evento não foi no Rio

Nunão

Fabio, a Marinha não tem nada o que fazer num evento relacionado a proposta de um dos concorrentes de uma licitação em andamento. Nada a ver com ser no Rio ou em São Paulo.

Já fui a eventos importantes da Marinha tanto em São Paulo quanto no Rio, mas esse não foi um evento da Marinha.

Galeao Cumbica

Nunao
Parabens por mais esta matéria, há muito que nao o leio por aqui. Sucesso nos seus projetos.

GC

Vovozao

04/02/19 – segunda-feira, bnoite, o único consórcio que realmente pensa em conteúdo nacional; mesmo sendo um consórcio que caso não tivesse realmente transferir conhecimento poderia só atender o mínimo necessário dentro da solicitação da MB, entretanto, está realmente interessada em formar uma parceria que dará muita projeção as empresas associadas que mais tarde poderão ser parceiras em nível internacional. Cada vez mais acho que já SAABemos quem ganhará está concorrência.

Helio Eduardo

Vovozão, fora o que é divulgado aqui no PN, não tenho outras fontes mas, em princípio, concordo. A Damen se esforça para divulgar seu produto e sua parceria, talvez fruto da bem sucedida experiência da Saab no Gripen.

Leonardo de Araújo

SAAB está seguindo os mesmos passos do programa F-X2.
Buscando consolidar parcerias e se instalando presencialmente no Brasil.

Alex Nogueira

O consórcio SAAB e Damen parece ser o mais empenhado na disputa, ao menos são os que mais se apresentam na midia.

Gosto do projeto oferecido, mas ainda parece ser inferior ao da MEKO 100.

Espero que as outras empresas também nos ofereçam mais informativos detalhados (Slides, PDFs, etc com as características dos navios e informações sobre armamentos, sensores etc) acerca das embarcações que estão pondo na disputa.

Adriano Madureira

Que venham as ??DAMEN-SAAB ??, espero eu…

Mas se vier italianas ou alemãs, também serão bem vindas, qualquer uma das propostas será boa para tirar a MB desse cenário triste.

Luiz Floriano Alves

Neste projeto da Damem-Saab é critica a atuação de grandes maquinas elétricas, sejam motores ou geradores. A industria anacional tem tradição em motores e geradores de pequena e média potência. Neste caso, de grandes potências teremos que recorrer aos conhecimentos especializados de quem fabrica estes geradores/ motores para uso naval. O serviço é pesado, as maquinas terão que ser superdimensionadas, e, mais importante: na fase de testes deverão se produzir diagramas circulares dos ensaios que espelhem bem a qualidade da execução. Se algum circuito ou potencia produzida ou consumida não estiver de acordo o diagrama mostrará. Exemplo mais comum é… Read more »

Juarez

Luiz concordo parcialmente com tuas colocações, mas acho que os alternadores não serão problema, mas os motores, aí sim.

rommelqe

Caro Juarez, os motores eletricos não constituem problema. Ha alguma dificuldade no quesito resfriamento, principalmente nos submarinos, mas para as corvetas e tranquilo…

Juarez

Prezado rommelqe, eu me referia os motores diesel, aos quais estão acoplado os alternadores.

Rommelqe

Caro Luiz: nos aqui no Brasil ja projetamos e fabricamos geradores de mais de 800MW e motores com mais de 300MW. E isso em pelo menos tres diferentes fabricantes, todos com equipes de brasileiros e ha varias decadas.

BMIKE

Penso que o pedido inicial deve passar de 4 unidades para no mínimo 12. O novo governo deve mudar essa mentalidade tacanha de quem governava antes e mostrar a que veio. Triplica logo as corvetas e os Gripens e para com a conversa fiada de falta de orçamento, pra mim falta e vergonha na cara de alguns políticos.

Luis Henrique Lopes de Almeida

Concordo,mas acho q esse governo ta muito parado já devia ter mostrado a q veio .

Adriano Madureira

Bom é ver em outro site de notícias militares o cara chamar o navio de “corveta de paiséco”…

Como se os holandeses da Damen?? fabricassem somente lixo, fala como se nós fabricassemos algo, não conseguimos nem reformar navios patrulhas Macaé.

Que venham as Damen-Saab, e caso não venham, que qualquer uma das outras sejam bem-vindas a MB, ao menos para tirar a esquadra dessa situação crítica e triste em que se encontra.

Roberto Francesco

Acredito que poderi aescolher os meios navais que a Fincantieri esta ofertando, pois ja escolhemos Subs da Franca, fightsjets da Suecia, entao mais do que logico escolher as naves Italiana. o que os amigos acham?

ALEXANDRE

Eu concordo, aproximação com Italia seria otima.
Espero tb que comprem as fragatas fremm que ja estao em andamento ,seria um folego muito bem dado a nossa marinha

Adriano Madureira

Acredito que devemos dar oportunidade a um fabricante novo, fora dos tradicionais ??, ??, ??, ?? e ??, diversificar e ampliar parceria com empresas de outros países.

Um novo fornecedor de produtos militares sempre é bom.

Carlos Alberto Soares

Ótima iniciativa.

Muito profissional.

Rommelqe

Nunão: mais uma vez parabéns pela excelente cobertura! Tenho convicçao que o Naval contribuiu em muito para agregar esforços em prol da industria!

Nunão

Obrigado, Rommelqe! Fazemos o possível para divulgar detalhes importantes que chegam ao nosso conhecimento.

TeoB

Sem dúvida a corveta proposta pela Damen-Saab é muito bonita e um ótimo meio naval, com armamentos adequados e tal, mas eu nessa altura iria de Fincantieri, daria prestigio ao projeto nacional, e ainda dava uma de joão sem braço pra ver como ficaria as duas Fragatas Fremm num pacotão.

Foxtrot

Ainda acho que esse papo de NAIPP da MB com os fornecedores estrangeiros é um tremendo “tiro no pé”.
Deveriam exigir aos fabricantes internacionais a fabricação do projeto nacional e original das CCT,s.
Assim não pagaríamos royalties pelo projeto estrangeiro e ganharíamos mais conhecimento em projeto e fabricação de embarcações modernas.
De quebra, após a escolha do vencedor, a MB encomendaria ao CPN um novo projeto de Fragata na faixa dos 5.000/6.000t baseada nos conhecimentos do projeto CCT, e estudos nos cascos das Greenhalg e Niterói,s, com revisão e refinamento do projeto pelo construtor estrangeiro vencedor.
Mas!!!

jodreski

Tudo muito bonito, mas vamos a pergunta que não quer calar, quando mesmo vamos fechar a compra, assinar o contrato e começar o trabalho de construção das corvetas, espero que a MB honre os cronogramas, senão receberemos as corvetas só em 2030 e já completamente obsoletas.

Nunão

A decisão é esperada para março, está no texto.

Larri Gonçalves

Entre o modulo 5 e modulo 2 existe uma estrutura que poderiam aumentar a área de células do míssil sea ceptor, não consegui entender porque aquela aba enorme na intersecção entre esses dois módulos parece mal aproveitado o espaço, parece mesmo um Iate de Luxo e dos grandes.

Nunão

Larri, sugiro a leitura da primeira matéria da lista ao final. Essa sua questão sobre possíveis empregos da plataforma abaixo do passadiço (que em outros navios da família Sigma costuma receber um canhão antiaéreo) foi feita para representantes do consórcio e respondida, no ano passado.

Bardini

Na boa, essa Meko A100 dos alemães é muito interessante… Melhor projeto da concorrência.
.
https://www.youtube.com/watch?v=iy3tVW1JcA0
.
Detalhe para a nova versão da Meko A200…
Que navio. Que chance perdida. Que falta de visão.

william

Concordo, e se eu não me engano é a mais pesada de todas.

Luiz Floriano Alves

Não sei quem fabricou, mas, recentemente queimou com grande fogo um aero gerador de fabricação nacional.Destes de aproveitar energia eólica.
Trabalhei muito com grandes motores e de alta tensão, 4000V ou de 13000V. Sei do que estou falando. Propulsão elétrica poupa muitos componentes mecânicos bem complexos, como as caixas de redução. Porém tem seus riscos e são mais difíceis de reparar no meio do oceano.

rommelqe

Prezado Luiz, entendo que qualquer equipamento possui suas características técnicas, com maior ou menor complexidade. Claro que qualquer um deles está sujeito a falhas das mais diversas naturezas e causas. Podem ser danificados por acidentes e mesmo defeitos oriundos de uma concepção equivocada; podem ter sido “vitima” de uma operação inábil por comando humano mal conduzido, mas também serem sujeitados a curtos circuitos devidos a uma perda de isolação de condutores fabricados com resina com pot life vencido. Enfim um motor de grande porte, como qualquer outro equipamento, requer muita tecnologia, com concepção e fabricação adequados. Um motor elétrico mal… Read more »

Jadson Cabral

Eu estava torcendo pelo iate da damen, mas depois desse vídeo…

matheus

Concordo Bardini, a thyssenkrupp oferece a melhor plataforma, classificada pela própria como ”Light Frigate”, por ora 4 A100 são excelentes!
Quem sabe numa retomada do prosuper não role algumas A200 por aqui.

Alex Nogueira

Ter 4 MEKO A100 Light frigates e 4 MEKO 200A no padrão das fragatas Argelinas, seria um sonho de consumo e tanto, sendo provavelmente uma escolha de ótimo custo x benefício e pior que nem seriam tão caras…

luiz Henrique

Concordo, os alemães possuem um portfólio completo para atender a marinha, quem sabe migrando para uma Meko-200 no futuro, além é claro do projeto interessante das Meko-100.

Juarez

Só uma pergunta:

Como podes afirmar que o Projeto Meko 100 é o melhor projeto da concorrência se não sabemos nada ainda sobre os detalhes que envolvem cada projeto.Parto do princípio que tu não tenhas nenhuma informação privilegiada. E veja bem, que eu não estou dizendo o especulando que ele não seja, apenas questionado.
Bardini, fazer afirmações baseado em propagandas de empresas é arriscado e “avuado”.

Alex Nogueira

Dúvidas de leigo em relação a proposta da SAAB e Damen, se alguém souber responder ficarei grato.

– Qual a vantagem de se ter 2 tipos de propulsão (elétrico e diesel) independentes que não podem ser utilizados em conjunto (ao menos foi o que eu entendi)?
– Não seria mais viável (menos complexidade no geral) manter somente 4 motores diesel?
– Utilizando somente a propulsão elétrica obtêm-se um ganho considerável no consumo de diesel?

Obrigado!

Rommelqe

Caro Alex, entendo que, numa configuraçao CODOE, a utilizaçao conjunta dos dois MCP (diesel s principais) com os dois motores eletricos é possivel e ate mais facil, tecnicamente falando, do que num arranjo CODOG, onde acoplar dois diesel com uma ou duas turbinasa gas é a regra. Todos os sistemas do navio sao inerentemente dependentes de energia elétrica, incluindo todos os sistemas de armas, navegaçao, combate a incendio, lemes e estabilizadores, etc, etc, etc. Assim nao se pode prescindir dos geradores elétricos: ha casos em que voce obtem o acionamento destes geradores por meio de eixos de saidas das caixas… Read more »

Alex Nogueira

Rommelqe, muito obrigado pelas respostas!

Juarez

Vou acrescentar ao teu comentário, que está perfeito, que a utilização de motores elétricos diminui o trabalho com acerto de faixa de redução na transmissão, elevando a vida útil desta, pois se pode fazer variação de velocidade com alteração dos ciclagem dos motores.

_RR_

Amigos, Até onde já foi demonstrado, todas as propostas cobrem o básico. Agora, é correr atrás daquela que nos fornece o maior domínio dos componentes, softwares, e ciclo de vida; e nisso, a proposta da Damen-SAAB mostra-se como uma das mais acertadas. Essa SIGMA 10514 “BR”, pelo que foi descrito até então, já pode ser considerada uma fragata leve, e, mesmo reconhecendo a necessidade de um vaso mais pesado e performante, poderia vir a substituir a classe “Niterói” e os remanescentes da classe “Inhauma” sem grande prejuízo, mas exigindo-se a partir da década seguinte em um vaso acima das 4000… Read more »

Luiz Floriano Alves

Romelque Muito bem explicado. entretanto sempre que se fala em sistemas diesel elétricos e associações com turbinas lembro o caso das Type 26 que tiveram que ser groundeadas por falhas na operação em águas mais quentes. A solução de emergência foi de gerar mais energia elétrica em conjunto Diesel-elétrico para aportar a energia perdida no ciclo de recuperação de calor da turbina. Ou seja não podemos ficar dependendo do perfeito funcionamento de um único sistema. A propulsão é tudo num barco. Quanto mais alternativas tivermos de acionamento, melhor. A simplificação para redução de equipamentos (custos), não parede a melhor solução.… Read more »

rommelqe

Caro Luiz, concordo contigo. A associação de sistemas complementares confere, de fato, uma certa confiabilidade maior. No caso das Type 26, é importante lembrar alguns pontos básicos. Nos ciclos termodinâmicos de troca de calor, quanto maior o diferencial de temperaturas (“pulo térmico” no jargão popular) nos sistemas de resfriamento , maior eficiência conseguimos obter no processo e, portanto, melhor relação custo benefício e desempenho do conjunto. As turbinas do Type 26 trabalham com temperaturas muito elevadas, típicas destes equipamentos (também ja trabalhei com turbinas a gas e a vapor), o que nos sistemas de recuperação na propulsão destes navios não… Read more »

Juarez

Rommelque, eu acredito que o caso a que se referem é o das T 45 e não das T 26 que ainda não foram construídas. A questão da Daring tem a mais a ver com a deficiência de produção elétrica para os motores elétricos que obriga que os geradores entrem em potência de emergência por mais de duas horas, fazendo com que o sistema desarme para evitar quebras. Isto torna-se mais sensível em TOs quentes, pois o desempenho tanto dos motores quanto das turbinas fica prejudicado com o calor.

Rommelqe

Prezado Juarez, muito obrigado pela correção pois, realmente o caso que citei não refere-se à Type 26!

Bardini

Essa Meko A100 é a única que tem uma rampa de acesso traseira para operar com um RHIB de 11 metros. Conta também com uma baia multifunção, que poderia receber módulos, incluindo um VDS. https://www.atlas-elektronik.com/fileadmin/user_upload/01_Images/Solutions/Datenblaetter_zum_Download/093_ACTAS.pdf . O projeto da estrutura abriga espaço o suficiente para dois lançadores quádruplos de mísseis Sup-Sup e ainda sobra espaço para um contêiner. Esse espaço todo poderia ser de grande valor no futuro, caso realmente exista uma versão naval do AVMT-300, ou usem o próprio AVMT-300 para ataque terrestre. Poderíamos ter um mix, entre 8 mísseis de cruzeiro e 4 MAN SUP, por exemplo. Certamente… Read more »

Alex Nogueira

Excelente comentário Bardini, da maneira que você descreveu, realmente é uma opção e tanto, com boa margem de crescimento.

Juarez

Pois é, eu concordo, mas vamos de novo:

É isto que eles ofereceram???? É esta configuração??? Sobraria espaço para o convoo e o hangar para acomodar um SH???
Não sabemos, então eu penso que não dá para afirmar nada, ainda.

Bardini

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Adriano Madureira

Bonita mesmo?…

Juarez

e tem ainda uma outra disputa acontecendo entre estes dois concorrentes, sendo que a Damen apresenta motorização principal com MAN(pouca tradição na MB) e motores auxiliares para grupos geradores CAT(com boa tradição no Brasil e presente nos Napaoc Amazonas), de outro lado, a TKMS deve apresentar motorização principal e auxiliar com MTU, usual e bem conhecido pela MB.
Vamos ver quml leva.