China pode vender um porta-aviões ao Paquistão
A China, como parte de suas recentes políticas militares e estrangeiras, planeja atualizar em grande escala seu primeiro porta-aviões, o Liaoning, para vendê-lo ao Paquistão, seu aliado, para competir com a Índia. Esta venda é para aumentar a força da Marinha Paquistanesa, enfrentando a Índia igualmente e tornando o Paquistão um melhor aliado para a China.
Uma reportagem da mídia oficial divulgou separadamente que a China planeja realizar uma “atualização em grande escala” do seu primeiro porta-aviões, o Liaoning, e “vendê-lo ao Paquistão para competir com a Índia”. Ela descreveu o Paquistão como “o melhor destino para ele” e disse que até lá o Liaoning, que foi comissionado na PLA Navy em setembro de 2012, terá servido a Marinha Chinesa por cerca de 18 anos. Os portos de Gwadar e Karachi já são descritos pelos estrategistas da Marinha Chinesa como uma “base logística” e “base da Marinha do PLA (PLAN)”, respectivamente. Isso significa que o porta-aviões pode ser vendido ao Paquistão até 2030.
Esta não é a única plataforma militar que a China quer vender ao Paquistão. Durante os últimos meses, muitos armamentos e veículos foram vendidos para as forças armadas paquistanesas, incluindo tecnologia de armas nucleares, navios de guerra, aviões e mísseis. Além disso, China e Paquistão participam de mais e mais exercícios conjuntos em suas fronteiras compartilhadas. Mais ainda, a China está enviando aviões para o Paquistão para ajudá-los a entender as tecnologias e características dos aviões indianos, para combatê-los de forma mais eficiente (J-11, J-11B e Su-30MKK para simular o Su-30MKI da Índia) e J-10C para simular os caças Rafale que a Índia vai receber).
A cooperação militar entre esses dois países parece aumentar cada vez mais ao longo dos meses. E a China parece pretender integrar o Paquistão em seu sistema militar para cumprir suas ambições globais. O Paquistão, então, se tornaria um posto avançado para o alcance marítimo global estendido da China.
Tudo isso pode ser explicado em grande parte pelas intenções da China em estender sua influência militar e política além de suas fronteiras. Recentemente, a China mostrou ao mundo seu desejo de proteger o Mar do Sul da China, e talvez até mesmo o Oceano Índico, aumentando seu poder militar e presença nessas áreas. A fim de tornar isso possível, a China tomou a decisão de transformar profundamente suas forças armadas, aumentando suas capacidades navais, através da construção de novos navios, mas também através da formação de mais pessoal marítimo.
Os estrategistas da PLA Navy (PLAN) enfatizaram que, para poder alcançar tais metas, a China teria que lançar novos grupos de batalha de porta-aviões no leste e no sul da China. Portanto, a China decidiu construir cinco porta-aviões e lançá-los até 2025-2030. Um sexto porta-aviões pode ser considerado, mas se será construído, permanece incerto.
FONTE: Navy Recognition