Type 218SG
Type 218SG

KIEL, ALEMANHA – A aquisição de quatro novos submarinos Type 218SG por Singapura, que oferecem mais poder de fogo e opções de combate, é uma medida oportuna à medida que os desafios de segurança marítima evoluem e os países reforçam suas frotas submarinas, disse o ministro da Defesa Ng Eng Hen.

Falando na segunda-feira (18) no lançamento do primeiro submarino Type 218SG chamado Invincible, o Dr. Ng disse que Singapura enfrenta ameaças no domínio marítimo, incluindo terrorismo, transporte de armas ilegais, armas de destruição em massa e pessoas, além de pirataria.

Ele também observou que, na Ásia, os gastos com defesa aumentaram significativamente, alcançando US$ 447 bilhões em 2017, um aumento de cerca de 61% em relação a 2008, com muitos países modernizando suas forças armadas.

Citando países como China, Indonésia, Tailândia, Índia e Coreia do Sul que estão planejando expandir suas frotas submarinas, o Dr. Ng acrescentou: “Neste contexto, a aquisição dos novos submarinos Tipo 218SG é oportuna”.

Falando aos repórteres mais tarde, o Dr. Ng também apontou que Singapura se assenta em duas das mais movimentadas linhas marítimas de comunicação do mundo – o Mar da China Meridional e o Estreito de Malaca – pelas quais cerca de um terço do comércio marítimo mundial é transportado.

“Então, eu acho que a maioria das pessoas receberá este desenvolvimento pela RSN com a garantia de que é capaz de fazer a sua parte em manter nossas linhas marítimas de comunicação abertas não apenas para Singapura, mas para o mundo”, ele acrescentou.

O novo submarino Type 218SG – feito sob medida para as necessidades de Singapura – terá autonomia 50 por cento maior, mais poder de fogo, sensores mais capazes e automação avançada do que a atual frota de submarinos da Marinha da República de Singapura (RSN).

Ele passará por testes no mar na Alemanha antes de ser entregue a Singapura em 2021.

Ele é o primeiro de quatro submarinos Typo 218SG que devem ser entregues a partir de 2021 para substituir os quatro submarinos recondicionados classe “Challenger” e “Archer” que a RSN opera há mais de duas décadas.

A RSN, Agência de Ciência e Tecnologia da Defesa, a Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS), fabricante de defesa alemã, trabalhou em conjunto na concepção e construção do submarino.

O Dr. Ng chamou o lançamento – realizado no estaleiro da TKMS na cidade portuária de Kiel, a cerca de 90 km de Hamburgo, no norte da Alemanha – como um “marco significativo” para a RSN e Singapura, como também descreveu os novos submarinos como um testemunho do crescimento contínuo e progresso da RSN.

“É um momento de orgulho, mas lembro a todos nós dentro das Forças Armadas de Singapura e da RSN que a jornada aqui não foi tranquila. Exigiu a visão e a persistência dos pioneiros da RSN porque quando lançamos nosso programa submarino, nós poderíamos ter falhado…”

“Chegamos aqui não em um único salto, (mas) porque persistimos”, disse ele.

No lançamento, a esposa do Dr. Ng, a professora Ivy Ng, chefe executiva do grupo SingHealth, lançou o submarino acionando um mecanismo que esmagou uma garrafa de champanhe contra o casco do navio, de acordo com a tradição naval.

A cerimônia contou com a presença do chefe da Marinha Alemã, o vice-almirante Andreas Krause, o chefe da RSN, o contra-almirante Lew Chuen Hong, e altos oficiais de defesa dos dois países. O lançamento do submarino diesel-elétrico significa que ele foi construído, mas ainda não está operacional.

O Dr. Ng também anunciou os nomes dos outros três submarinos Type 218SG que Singapura adquirirá – Impeccable, Illustrious e Inimitable. Eles estão em construção e serão entregues a partir de 2022.

Em nome do Invincible, o Dr. Ng citou parte do credo dos submarinistas que todos els recitam desde o primeiro dia de seu treinamento: “Para nossos adversários, somos invisíveis. Para nossos inimigos, somos invencíveis”.

“É uma parte fundamental de sua identidade. É também neste contexto que batizamos essa nova classe de submarinos, a classe Invincible, indomável seja em espírito ou fisicamente”, disse ele.

Quanto aos outros três navios, ele disse que o Impeccable “carregará a marca da excelência”, o Illustrious deixará histórias para inspirar gerações futuras, e o Inimitable será “inigualável, distinto e incomparável”.

O Type 218SG é um dos maiores submarinos já construídos na Alemanha pela TKMS, uma conhecida construtora de navios e submarinos de superfície, que recebeu mais de 160 contratos de submarinos desde 1960.

Os novos submarinos são personalizados para o ambiente operacional de Singapura, particularmente as águas rasas e movimentadas da região, e não são vendidos para nenhum outro país.

Módulo de Célula de Combustível da propulsão AIP do Type 218SG
Módulo de Célula de Combustível da propulsão AIP do Type 218SG

O Type 218SG será equipado com um sistema de Propulsão Independente do Ar mais avançado baseado na tecnologia de célula de combustível, que permite que ele permaneça submerso por cerca de 50 por cento de tempo a mais que os submarinos da classe “Archer”.

Pode viajar a uma velocidade de superfície de mais de 10 nós e uma velocidade submersa de mais de 15 nós. Está armado com oito tubos de torpedo e tem uma tripulação de 28 pessoas.

O coronel Teo Chin Leong, comandante do 171º Esquadrão, que consiste na frota de submarinos da RSN, disse que o Type 218SG é o submarino mais avançado que o TKMS construiu até agora.

“É um submarino maior, mas mantivemos uma equipe de 28, que é o que usamos para operar nossas classes atuais. Para nós, isso já é significativo. O que é muito mais significativo é que agora podemos operar três turnos ao invés de dois, nos dando maior resistência humana”, disse ele.

O tenente-coronel Jonathan Lim, comandante do Invincible, disse que, como comandante do primeiro Type 218SG, ele terá que garantir que sua tripulação estabeleça altos padrões.

Sua tripulação, que vem de submarinos das classes “Challenger” e “Archer”, foi selecionada e seu treinamento começará em poucos meses.

O treinamento envolverá longos períodos de treinamento na Alemanha.

“Temos que fazer isso por causa da intensidade do que precisamos fazer – treinar com a Marinha Alemã, participar de seus cursos e operar em nosso navio”, disse ele.

“Como o primeiro submarino, as coisas que estabelecemos irão formar a linha de base. Para nós, quando escolhermos o caminho que vamos seguir, seremos muito cuidadosos com a direção que estabelecemos, porque estaremos ultrapassando limites,” ele adicionou.

FONTE: The Straits Times

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Bavarian Lion

Um submarino de verdade.

Junior

É um belo submarino, mas fiquei em duvida sobre este ser o submarino mais avançado que o TKMS construiu até agora. Será que ele é mais avançado que a classe dolphin israelense

Leonardo de Araújo

Bela maquina

Rene Dos Reis

Cai na besteira de comparar a área de Singapura com Altamira no Para , sem comentários. Com uma encomenda dessas mostra o quando as coisas estão quentes naquelas bandas.

EduardoSP

28 tripulantes em um submarino de 2000 ton. Eles foram longe para reduzir o gasto com pessoal.

nonato

Essa deveria a norma.
Eficiência.
Até porque a população de Singapura deve ser bem pequena.
Talvez no Brasil os navios e submarinos é que utilizem tripulação em excesso.
Depois dizem que não têm recursos para comprar navios…

Jadson Cabral

Precisamos de uma classe que necessite ser operada por centenas de tripulantes. Só assim pra justificar o pessoal da MB

Elton

A MB está se preparando para operar uma frota de centenas de avançados triremes ,por isso não está substituindo as escoltas e aumentou o efetivo.rs

Mário - SEAE

É triste e lamentável ver brasileiros que só acham bons os frutos das árvores dos outros. Nosso país tem um estaleiro de primeiro mundo, construindo os mais modernos submarinos da América latina, todavia, bons são os de Singapura (fabricamos fora de seu terrtório). Se amanhã começarmos a construir fragatas FREMM em nosso país também não vão prestar, pois bons serão as fabricadas em outro país. Por favor, é bom reconhecer a qualidade dos submarinos alemães, mas não depreciem nossas conquistas, pois deu trabalho chegar onde chegamos e custou muito caro.

Alessandro H. Vargas

Teriamos de ouvir alguém que pudesse opinar acerca do “controle de avarias”, se, em caso de avaria séria, existirá pessoal disponível para opera-lo

Jorge Augusto

Uma pergunta de super leigo. Olhando as imagens do SBR Riachuelo e do T218SG Invincible, deu pra notar a diferença do lugar onde fica a vela. No Riachuelo, a vela fica na parte da frente do submarino, com muito do comprimento do submarino estando atrás da vela. E parece que isso também será o caso no Alvaro Alberto. No caso do Invincible, a vela fica parece que exatamente no meio do submarino. Existe alguma diferença grande entre a performance entre as diferentes colocações das velas no comprimento do submarino? Tipo, se a vela mais a frente permite maior velocidade nas… Read more »

Jadson Cabral

Acredito que a posição da vela é apenas consequência da posição da sala de comando.

R_cordeiro

Geralmente, via de regra, a concepção da vela a vante ou a re, denota a propulsão, se nuclear ou convencional do submarino. No caso brasileiro, utilizou-se uma desenho nuclear pelo fato do nosso subnuc utilizar o mesmo desenho da classe.

Jorge Augusto

Nesse caso a pergunta não é sobre a localização do hidroplano e sim da vela inteira.

Rommelqe

Prezado Jorge, abaixo um texto que postei na referencia que o Andre Macedo listou. Caro Dalton, 19-06, às 16:09 : entendo que distribuir os silos a jusante e a montante da vela contribui para uma otimização do lay-out, com uma distribuição de volumes e massas mais balanceada, assim como com um melhor manejo quanto à sequência de lançamento dos misseis. No caso dos Los Angeles citados, posicionar os hidroplanos na vela parece ter sido uma solução de compromisso uma vez que nas zonas acima do casco resistente e perto da raiz da vela estariam ocupadas, preferencialmente, pelos bocais de saída… Read more »

Rommelqe

Prezado Jorge, indo um pouco mais longe na sua pergunta: posicionamento da vela quando comparando os projetos Scorpene e IKL. Bom, realmente ha uma diferença significativa de conceitos pois é nítida a predileção francesa de posicionar a vela mais avante. Entendo que para fazermos uma comparação é interessante subdividirmos em dois principais aspectos: lay -out interno e desempenho hidrodinâmico. 1. em termos de lay-out, comecemos pelo conjunto propulsor e seus motores. Os submarinos, “convencionais” ou não, ao contrário de embarcações de superfície, requerem, quando navegando submersos (fora do alcance da atmosfera), motores elétricos (pois não necessitam de oxigênio). Nos Scorpenes… Read more »

Rommelqe

Uma correção:
…. mais avante fica mais sujeita a interferências de vorticidades oriundas do fluxo desviado pela PROA (e não popa); esse efeito….

Jorge Augusto

Que incrível aula, muito obrigado! Agora deu pra ter uma ideia do posicionamento da vela.

Brigadão!

Lucas Senna

2200 toneladas com apenas 28 tripulantes? Impressionante… Curioso para saber como ele se compara aos nossos Scorpene com relação a armamento, alcance, etc.

Rommelqe

Caro Lucas, também me espantei com uma tripulação realmente pequena quando comparada com submarinos mais antigos. Essa diferença atribuo a dois fatores principais: 1. a automação muito mais avançada nas embarcações atuais; dois meses atras estava olhando no interior de um submarino “Oberon” a quantidade incrível de válvulas de acionamento manual. As tripulações tinham que ser recrutadas entre polvos (não confundir com … quase falei), e ter oito braços! 2. As missões previstas; quando tem-se operações predominantemente próximas da base (com menor duração) pode-se trabalhar em turnos mais intensos com somente dois conjuntos de tripulantes! Me parece que é o… Read more »

peter nine-nine

Já a classe 214 foi assim, com 27 tripulantes, se bem que eram mais leves. U214(209PN em portugal) Speed: 12 kt surfaced 20 kt submerged Range: 12,000 miles (19,300 km) (surfaced) 420 nmi (780 km) @ 8 kt (submerged) 1,248 nmi (2,311 km) @ 4 kt (submerged) Endurance: 84 days Test depth: 250m (820 feet) Max depth: 400m, (1312 feet) Complement: 5 officers + 22 crew Armament: (8) 533 mm torpedo tubes, (4) subharpoon-capable riachuelo: Velocidade 20 nós[2] Autonomia 13 000 milhas a oito nós, 400 milhas submergido a 4 nós (?) Profundidade 300 metros Armamento 6 tubos de torpedos… Read more »

JAGDERBAND#44

Boa máquina mesmo.
Mais uma pedrinha…

WVJ

Alguém por favor saberia dizer porque as calotas dos submarinos dos outros podem ter ‘costuras’ com solda enquanto para os nossos IKL 209 precisamos fazer uma prensa hidráulica de 80.000 Kn para essas partes do casco?

Delfim

Os diesel-elétricos estão passando por uma grande evolução nos últimos tempos.
.
Pelo tamanho de 70metros, a Classe 218 vai substituir a Classe 209 ?
.
Vai levar de 7 a 10 anos para incorporar os quatro 218SG ? Quantos subs a China vai lançar no mesmo período ?

Carlos Alberto Soares

Essas plataformas estão com pouco mais de 25 anos em operação.

Alfredo RCS

Imponente esse submarino, um pouco menor que o Riachuelo. Será superior ou inferior nos quesitos elencados pela Marinha do Brasil?

Jeff

Tenho uma dúvida: O submarino é mais lento na superfície porque uma parte do propulsor fica para fora? Sempre pensei que tivessem uma velocidade maior na superfície.

Dalton

Jeff…a razão não é essa e sim que os submarinos modernos passam mais tempo submersos e assim são hidrodinâmicamente construídos para ter
melhor performance debaixo da água, diferentemente dos submarinos da II Guerra por exemplo, estes sim, possuíam maior velocidade na superfície que quando submersos.

Jeff

Valeu pela resposta, Dalton. Obrigado

Diogo de Araujo

Uma pequena diferença em relação ao iraniano kkkk

julio

O type 218 seria o mesmo q o U 214?

peter nine-nine

Não, o 218 é uma versão especifica para a Singapura, é sem dúvida um derivado do 214… 218SG: Displacement: 2,200 tonnes submerged, 2,000 tonnes surfaced Length: 70m Beam: 6.3m Installed power: 2x120kW PEM fuel cells Propulsion: Air-independent propulsion Speed: 15 kt submerged, 10 kt surfaced Crew: 28 [6] Armament: 8 torpedo tubes 214: 12 kt surfaced 20 kt submerged Range: 12,000 miles (19,300 km) (surfaced) 420 nmi (780 km) @ 8 kt (submerged) 1,248 nmi (2,311 km) @ 4 kt (submerged) Endurance: 84 days Test depth: 250m (820 feet) Max depth: 400m, (1312 feet) Complement: 5 officers + 22 crew… Read more »

peter nine-nine

O 218 é 5 metros mais comprido que o 214 e cerca de 1 metro a menos que o riachuelo.
Não existe referência a capacidade de operar com mísseis pelo que essa capacidade deverá ter sido abdicada, estranhamente.

https://www.janes.com/article/86589/singapore-discloses-further-details-of-invincible-class-submarines

Hilton

Quais as principais diferenças com o nosso Riachuelo? Olha nessas fotos parece ser bem imponente e maior que o nosso Riachuelo! Aproveitando o comentário é mais eficiente que os da classe Dolphin II?

Carlos Campos

Acho lindo os subs Alemães, junto dos gigantes Japoneses são os melhores na minha opinião, ,,,, parece que Singapura tá se preparando também, afinal o estreito de Malaca é importante demais para a China e numa guerra no pacífico seria com certeza atacada pela Marinha da China, com esses novos subs a marinha chinesa pagaria um alto preço por isso. até mesmo a china pagaria um alto preço. eu ao invés de apoiar a compra dos Scorpene sempre apoiei a compra dos subs alemães de prateleira.

Walfrido Strobel

Não entendo estes submarinos para defender 30 km de litoral, em um estreito de 100 km de largura.
O litoral da cidade-estado de Singapura se resume a um porto, o segundo maior do mundo.

Rommelqe

Caro Walfrido: exatamente! Um estreito de apenas 100km de largura e 30 km de litoral requer uma embarcaçao com tripulaçao bem reduzida, sem um motor diesel de back-up, etc. Os TOs brasileiro e singapuriano sao extremamente diferentes, tornando necessario com que a comparaçao direta, entre o SBR Scorpene e o ILK 218SG, seja totalmente contextualizada. Mesmo para comparar o nosso Tikuna com o SBR seria necessario considerar muitos fatores extras, o que inclui desde um grau maior de automaçao dis atuais submarinos ate eventual alteraçao tatica estrategica considerando missões distintas no proprio cenario brasileiro…isso sem considerar outras considerações outras…. Abraços

Rommelqe

So mais uma consideraçao: se falarmos em densidade de subs por area (que metrica mais esquisita, hein?) Singapura tem uma quantidade extremamente maior de submarinos näo só do que o Brasil mas provavelmente maior do que qualquer outro pais! Com isso entendo que eles precisam negar suas aguas territoriais de forma extremamente agil, tipo assim o que Israel faz com seus territorios e espaço aereo! Eu acho uma otima opçåo usar subs ao inves de fragatas/ cruzadores etc. A aviaçao naval (incluindo bases moveis de misseis lançados de terra) me parece otima complementaçao aos subs. Abraços

Luiz Floriano Alves

Singapura revela que está em um estágio avançado no gerenciamento de sua marinha. Escolheu um ótimo submarino ao invés do critério preço ou nome do empreiteiro fornecedor.