Paolo Thaon di Revel, a primeira unidade em uma nova classe de navios de patrulha offshore multimissão da Marinha Italiana (Pattugliatori polivalenti d’altura – PPA, em italiano), foi lançada no sábado, 15 de junho.

A cerimônia de lançamento aconteceu no estaleiro da Fincantieri, em Muggiano, La Spezia, na presença da ministra da defesa italiana Elisabetta Trenta e do chefe de gabinete da Marinha Italiana, almirante Valter Girardelli, entre outros.

Como o primeiro de sete navios, o Paolo Thaon di Revel será entregue em 2021 e faz parte do plano de renovação da frota da Marinha italiana, que começou em maio de 2015.

Os navios PPA serão capazes de executar uma série de missões, desde patrulhamento com capacidade de resgate no mar até tarefas de combate, graças a três configurações diferentes.

A configuração “Light” para tarefas de patrulhamento contém recursos básicos de autodefesa, a “Light +” adiciona os recursos antiaéreos, enquanto a versão “completa” é capaz de lidar com ameaças tridimensionais (aéreas, de superfície e submarinas).

A versão Light tem um conjunto completo de artilharia e é desenvolvida com a abordagem “equipada para”, que permite implantar rapidamente capacidades operacionais crescentes. A versão Light + adiciona a capacidade de disparo de mísseis com atuadores planejados também para defesa de mísseis balísticos. A versão completa poderá operar em todos os domínios de guerra naval, como AAW, ASW e ASuW.

O navio também é capaz de operar barcos infláveis ​​de casco rígido (RHIBs) de até 11 metros de comprimento por meio de guindastes laterais ou uma rampa de transporte localizada na popa.

O navio de 132,5 metros de comprimento será tripulado por 171 pessoas e atingirá velocidades de mais de 31 nós, segundo a Fincantieri. O deslocamento padrão é de 4.500 toneladas e o deslocamento máximo é de 6.270 toneladas.

Equipado com uma planta de propulsão combinada de turbina a gás e diesel (CODAG) e um sistema de propulsão elétrica, o navio terá capacidade de fornecer eletricidade para 2.000 kw de potência, enquanto duas zonas modulares na popa e no centro do navio permitirão embarque de vários tipos de módulos operacionais/logísticos/residenciais e de saúde em contêineres.

Conforme observado pelo construtor naval, a área de popa pode receber e manusear dentro de uma área coberta de até 5 módulos em contêineres ISO de 20″, enquanto a zona central pode receber e manusear até 8 contêineres ISO 20″.

Os PPAs serão construídos no Estaleiro Integrado de Riva Trigoso e Muggiano, com entrega prevista para o primeiro navio da classe, em 2021, enquanto as seguintes entregas ocorrerão em 2022, 2023, 2024 (duas unidades), 2025 e 2026.

Visões em 3D do PPA. Clique na imagem para ampliar

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Fernando Turatti

Não parece exagerado em tamanho e tonelagem pra um navio, essencialmente, de patrulha?

Felipe Alberto

A proposta do navio é bem maior que só patrulha. Olhe os armamentos e os sensores.

Fernando Turatti

O problema é que ou fizeram um navio bem preparado em termos estruturais, algo mais caro de produzir e manter, ou estão armando um navio de patrulha. Em ambos os casos me parece questionável em termos de custo e benefício.
A tonelagem é de fragata pesada, os armamentos podem ser de fragata, mas é a contenção de danos?

Felipe Alberto

Patrulha é só no nome, esse navio é um absurdo de um vaso de guerra

Peter nine nine

Exacto filipe

João Carlos

Navío interesante, más Acho que é muito grande para tê-lo numa configuração básica…

Daniel Silva

Bom, vamos lá. Dependendo da configuração, desloca entre 5.000 a 6.200 toneladas, esta última pode ser considerada uma fragata pesada, apesar do nome. Interessante o navio ter sido projetado tanto ser usado como patrulha oceânico quando como fragata, a depender do equipamento. Para o Brasil? Creio que não, para a função de patrulha oceânica já temos a Classe Amazonas, menor, mais barato e cumpre a função a que se destina. Melhor adquirir mais da mesma classe. Para missão de combate, no que se refere a meios novos, a Marinha deve investir em mais unidades da Meko A100 BR, talvez uma… Read more »

Tomcat4.0

Eu fico contigo em mais aquisições da Meko A100 BR e unidades menores do mesmo projeto para patrulha oceânica.

Kwamba

Concordo. De facto parece um desperdício usá-lo apenas para missões de baixa intensidade. Só vale a pena se for a versão completa.

Gabriel BR

Para compreender a razão da tonelagem desta belonave é só recordar a geografia italiana , autonomia para eles é essencial assim como o é para nós.

Felipe Alberto

Como? O mar Mediterrâneo é nada comparado ao nosso Atlântico Sul.

Carlos Gallani

Tbm não vi nenhum sentido na comparação!

Peter nine nine

Existe sim, por ser uma península, em termos de costa acaba por ficar até relativamente grande

RENAN

Perguntas

Quantas toneladas de deslocamento?
Qual o motivo da quilha ser bipartida?
Na 3° foto da para ver como é protegida a hélice de propulsão do navio quais os efeitos positivos ? E será que gera turbulência ou ruído do choque com o casco do navio?
Elogio
Quanta capacidade em um mesmo navio incrível.
Até guindaste tem.
E muito interessante o posicionamento do canhão.
Quem tem tecnologia e capacidade realmente vence uma guerra.
Abraço

Luiz Floriano Alves

´É a tendencia nas marinhas modernas. Barco multi -missão. Como dizemos: Pau para toda a Obra. Troca o módulo e desempenha outra missão. Patrulha de mais de 500 toneladas tem estrutura para cruzeiros longos e resistir danos moderados de combate.
Anexa misseis e combate qualquer ameaça. Acho…

Luiz Floriano Alves

#5000

Fernando "Nunão" De Martini

Renan,
Não vi nada de muito diferente nos hélices.

Negrão

As hélices não estão protegidas, elas estão presas nos pés de galinhas, após as hélices estão os lemes do navio, até aí tudo normal.

rommelqe

Prezado, não há uma “proteção” especial dos hélices. Veja que a montante tem-se o suporte (“pés de galinha” como bem observou o forista Negrão) para os mancais e a jusante os dois lemes. Mas é uma configuração de propulsão bem interessante. Sendo um arranjo tipo CODAG (reúne propulsão por meio de motores diesel e turbina a gás, combinados ou não, o que permite uma certa capacidade teórica/prática de variar a velocidade angular do eixo), na realidade optaram por utilizar também hélices de passo variável (ver a terceira foto que vc mencionou). Com isso há varias vantagens, inclusive modificar dentro de… Read more »

rommelqe

Para quem quiser ter uma informação mais completa a respeito da proa tipo “twin hull, veja a referencia a seguir obtida graças a uma dica do BARDINI:

PARAMETRIC DESIGN AND OPTIMISATION OF HIGH- SPEED, TWIN-HULL RORO-PASSENGER VESSELS
Sotiris Skoupas1 , George Zaraphonitis1 and Apostolos Papanikolaou1

RENAN

Obrigado a todos pelas informações

Carlos Campos

estranho esse casco, parece que veio com defeito, achei estranho um navio tão grande ser de patrulha e não dedicado a guerra

Lorenzo veneri

O problema na italia é esconder os gastos militare é por isso que minimiza sempre o nome ,aconteceu isso também para PPA TRIESTE chamada aqui na Italia Navio Umanitario..

Lorenzo veneri

LHD TRIESTE…desculpa

Peter nine nine

Carlos, ele é dedicado a guerra. Conforme a versão, o conceito está desenhado para conflitos de média, baixa e alta intensidade.

Juarez Borges

Grande o bichinho!! Para patrulha então….

Lucas Pereira

Lindo navio realmente é um patrulha bem parrudo pra nossa realidade com relação a proa a fincantiere sabe o que faz e navio de guerra não é pra ser bunito e sim funcional .

Tomcat4.0

Em pensar que outro dia mesmo era apenas um desenho no computador. Belíssimo navio.

Felipe Alberto

Sim, ele e o LHD Trieste.

Felipe Alberto

Não só reverteu aquele aspecto de panetone da torre, mas ficou até bem bonito. Era uma boa proposta para o prosuper, mas vamos reduzir a marcha e continuar orando para o A-400 vir.

Negrão

Alguém sabe me dizer por que o “bulbo” desse navio é reto (triangular e dividido em dois), formato estranho, esse ângulo de ataque não dificulta as manobras?
Achei estranho com tanta tecnologia embarcada não utilizarem hélices de passo controlado.

João Moro

tb queria saber…

rommelqe

Prezado Negrão veja meu comentário acima e a a referencia PARAMETRIC DESIGN AND OPTIMISATION OF HIGH- SPEED, TWIN-HULL RORO-PASSENGER VESSELS
Sotiris Skoupas1 , George Zaraphonitis1 and Apostolos Papanikolaou1

rommelqe

Esqueci de acrescentar: o “twin hull” tem um desempenho muito bom especialmente em altas velocidades e mar encapelado. Aquele “embarque” excessivo de água – por exemplo, em algumas corvetas nossas – é um dos efeitos que pretende-se reduzir com este design.

Luís Henrique

O conceito é excelente. Já que o mais caro em navios de combate são os sensores e armamentos, e o aço é bem mais barato, a ideia é construir um navio de grande porte, cerca de 6.000 toneladas sendo algumas unidades para combate e outras unidades para Patrulha (mais baratas).

Em caso de guerra as várias unidades de patrulha podem ser convertidas para o combate em um curto espaço de tempo.
E a sua marinha pode DOBRAR o número se navios de guerra (navios escolta / combatentes) em pouquíssimo tempo.

Luís Henrique

Vou exemplificar. Imaginem a MB com 12 Fragatas Meko A100 e 12 navios patrulha Amazonas. E imaginem a MB com 12 PPA FULL totalmente armado e 12 PPA Light para Patrulha. Em caso de conflito, em semanas ou meses a MB instala o VLS, os mísseis antiaéreos, os lançadores e mísseis anti-navio, os lançadores e torpedos. E a MB DOBRA sua força de combate de 12 PPA Full para 24. Ao custo de algumas centenas de milhões de dólares, pois os sensores e armamentos são caros, mas em um CURTO espaço de tempo. Pois construir um navio é demorado, leva… Read more »

Lorenzo veneri

Se falo certo henrique em tempo de paz um navio tem que esser flexivil ,essa é a politica da Marina Militare..navios multiruolo basico mais adabtavil a qualquer tipo de emergência..

Alex Barreto Cypriano

Curto espaço de tempo, quanto mesmo? Nos LCSs esse procedimento, de instalar os módulos, demorava semanas; não sei se incluindo o tempo de trânsito ida e volta ao cenário… Não acho modularidade interessante pra marinhas que precisem de resposta rápida a acontecimentos…

Luís Henrique

Caro Alex. A ideia não é abrir mão de navios de combate por navios de patrulha. A ideia é possuir navios patrulha que podem ser transformados em combatentes rapidamente, caso estoure um conflito. O PPA FULL é uma Fragata Pesada pronta para a Guerra. E o PPA Light é um patrulha de grande porte. Em caso de conflito os PPA Light são transformados em FULL rapidamente. Imagine se a marinha possui 12 PPA Light. Em uma escalada, a sua marinha aparece com + 12 Fragatas Pesadas em questão de semanas de trabalho. Enquanto construir 12 Fragatas Pesadas do 0 levaria… Read more »

Carvalho2008

Corretissimo

Felipe Alberto

“aço é barato e espaço é de graça” é um ditado britânico

Kwamba

Navio bonito. A versão completa é uma fragata/destroyer. Este projecto faz-me pensar nos conceitos/tipos de navios de guerra. Cada país parece ter a sua própria definição de fragata.

Alex Barreto Cypriano

Bote multimissão mas que precisa voltar pro porto pra receber módulos que o capacite pras missões – de patrulha a combate. Isso é o conceito de LCS misturado com o gigantismo da fragata alemã Braunschweig. Possivelmente não vai funcionar bem, ou vai, levando em conta que a MM não tem as necessidades da USN…
De toda forma, um belo bote.
Adendo da chatice revisora: no texto, o simbolo de comprimento dos contêineres tá errado (é pé -‘- e não polegada -“-).

Alex Barreto Cypriano

Correção: onde escrevi Brausnchweig, leia-se Badden-Wurtemberg.

Esteves

Entendo. E tudo isso faz sentido. Mas o que saiu publicado e comentado não iluminou essa proa.
Pesquisei tipos de proa invertida. Todas elas tem ganhos. Cada estaleiro defende o que faz.
Essa proa sem bulbo com um casco montado sobre o outro significa o que comparado com a construção naval tradicional ou com a construção da proa invertida?

Por que fizeram dessa forma? Esperam que alguém ou outro estaleiro faça igual? Uma aposta que essa propriedade vai gerar grana?

Navio medonho.

peter nine-nine

Como plataforma, adorei, lindo navio e parece ser bastante utilitário e modular.

Jagderband#44

Os Italianos estão de parabéns, mais uma vez!
Orizzonti Class, Bergamini Class, e agora este patrulheiro.

Mercenário

Orrizonte são apenas duas e as FREMM italianas têm metade do número de células VLS das francesas..

Jagderband#44

Estas suas observações são importantes, no entanto, não tiram o mérito dos caras. Quais países constroem navios com estas características ? Muito poucos.

Davi Silva

Mercenário As FREMMs italianas tem a vantagem de poder operar o ASTER 30 com o sistema SAAM-ESD do radar EMPAR AESA com 100km de alcance. E podem aumentar o seu número de 16 p/ 32 VLS caso necessário. Já as FREMMs francesas só operam com o ASTER 15 ou MICA nos 16 VLS Sylver A43 e com os SCALP Naval ns 16 VLS Sylver A70, já que seu radar não tem capacidade de engajar alvos aéreos a longo alcance; tanto é que estão até construindo uma nova FREMM com um radar exclusivo para alvos aéreos e com opção para 2… Read more »

Jagderband#44

E outra…
na versão pesada, é mais armada/capaz do que as nossas novas fragatas.

Roosevelt

Eu também não entendi muito bem a substituição do bulbo por essa proa bipartida. A impressão é que vai caturrar bastante. É claro que fizeram N testes hidrodinâmicos mas que é feio isso é. Imagina só o volume de água que vai ter que elevar no mar pesado não?

Alex Barreto Cypriano

Se você reparou, o comprimento da linha dágua do bote (LWL) igualou o comprimento total (LOA) – em geral, o LWL é menor que o LOA. Isso significa que o bote tem uma relação LWL/B (B é a boca ou largura) maior do que a que se esperaria pelo desenho emerso da proa, o que melhora suas características hidrodinâmicas. Me parece uma jogada de design muito erudita: reforça que o casco de um bote, tendo que responder a necessidades distintas abaixo e acima da água, não precisa ter linhas continuas e graduais em torno do limite da superfície dágua…

jagderband#44

Deve ter sido simulado em elementos finitos à exaustão.

rommelqe

Ver PARAMETRIC DESIGN AND OPTIMISATION OF HIGH- SPEED, TWIN-HULL RORO-PASSENGER VESSELS
Sotiris Skoupas1 , George Zaraphonitis1 and Apostolos Papanikolaou1

Esteves

Não explica.

rommelqe

Na realidade a verificação mais importante neste caso é a de cunho hidrodinâmica e não estrutural, ou seja, não usamos os elementos finitos propriamente (FEM, mais aplicáveis e convencionais para estruturas), mas sim a técnica denominada CFD (Computed Fluid Dinamics, provavelmente do tipo RAN). Abraços

jagderband#44

Romm, usei elementos finitos para simular fluxo de calor. Acredito que dê para fazer uma analogia. Tudo bem que considerei cada elemento um elemento de circuito eletrico.
Saudações

Alex Barreto Cypriano

Elemento finito é um nome bonito pra esconder calculo matricial de ordem elevada. Qualquer cidadão que já teve que calcular matriz superior a 3×3, pela regra geral de Chio ou por outra pra matriz específica, sabe da chatice infinita dessa atividade e os computadores estão aí pra isso mesmo, restando pro coitado do operador fazer a escolha do tamanho do elemento. De qualquer maneira, o design, enquanto atividade síntese de conhecimentos, é superior às confirmacoes matemáticas de modelos virtuais: os aborígenes australianos que inventaram o bumerangue não calcularam nada…

Jagderband#44

Excelente Alex.

Carvalho2008

O tempo é inclemente com o bom senso

Este projeto é um exemplo que sempre defendo para a MB

Óbvio que navios de 1a linha sempre serão melhores e seria uma estupidez você ter dinheiro para isto é não empregar todos de 1a linha

Mas para quem não tem grana, tal como nosso caso, é isto aí….

Você sempre precisa ter uma qtde mínima de 1a linha para pronto emprego, mas dispor de cascos que possam sofrer up grade em semanas ou mesmo dois meses, é essencial e multiplica a força

Sou fã deste conceito, tal como as Absalom

Bardini

Tem muita gente usando o “Patrulha” do nome pra falar abobrinha. . Esse projeto aí vai substituir varias classes da Marina Militare. Pelo que lembro de cabeça, os Full despacham os Destroyers Durand de la Penne, os demais as Corvetas Minerna, as Fragatas de Patrulha Soldati e os OPVs classe Costellazioni/Sirio e Comandanti. . A Marina Militare, a baixo custo, vem se equipando com excelentes navios. . A versão “Full” vai ser equipada com o moderno Aster 30 Block 1NT, que operando em conjunto com o radar de longo alcance do novo LHD, vai cobrir ameaças balísticas de curto alcance.… Read more »

Esteves

Um navio é pensado para uma missão. Esse navio foi pensado para missões múltiplas. Então precisa de logística multiproposito assim como o navio. Os containers tem que estar à disposição para o navio. Ribs, mísseis, torpedos, cargas, munição, armas…tudo pronto para o navio mudar.

Uma outra marinha.

Carvalho2008

Mestre Estevez,

Você está pensando em um configuração por missão

Não acredito que a proposta seja esta

Se você já tem todos os módulos para todos os cascos, se já tem tudo isto investido, então provável você não tenha problema de grana e assim, até já poderia ter comprado navios especializados

O provável é que existam alguns módulos disponíveis e outros possam ser adquiridos e instalados em uma eventual escalabilidade

Isto, apenas abordando a parte mais complexa na qual tratam-se dos sistemas de defesa

Esteves

Opa. Por essa eu não esperava. Obrigado pelo mestre. Sim. Os módulos estão prontos. Os módulos estão à espera do PPA. Ele cumpriu missão humanitária. Está chegando para carregar para cumprir missão de escolta. Irá carregar containers, mísseis e tudo para a nova missão. Inclusive nova tripulação? O que eu entendi do PPA é que ele é um navio modular. Vai de samba de breque à rock. Missão de patrulha e missão de combate no mesmo casco. Quem faz uma marinha dessas não tem problema de grana. Criou-se conceitos modulares e containeiraveis que serão completados ou substituídos conforme a missão.… Read more »

Esteves

O navio carrega 5 + 8 containers. Para missão humanitária esses containers levarão remédios, hospitais, macas, suprimentos, água, comida, parmesão e presunto.
O navio foi cumprir missão de escolta. Vai carregar suprimentos para que? Vai levar o que nesses 13 containers? Ou nem carregará os containers e o espaço será utilizado de outra forma…com inventários para a missão de combate?

Se não for isso…deixo o telefone do psiquiatra.

india-mike

Esteves, acho que vc esta complicando um pouco as coisas: meu entendimento é que o ganho maior não é a habilidade de transformar um navio desses num cargueiro (mesmo que eles evidentemente possam ser usadas para transportar coisas prosaicas como as descritas por vc). Isso eventualmente pode acontecer numa missão humanitária, mas numa missão de escolta o navio provavelmente não vai levar container nenhum. Aliás, a possibilidade de usar esses containers é pra permitir um crescimento que se espera pro futuro (de equipamentos que não necessariamente existam no presente), coisas como por exemplo um módulo para guerra de minas, incluindo… Read more »

Esteves

Já nem sei mais… As Absalon não foram em frente. Parou nas duas e não prosseguiu, não deu certo. O PPA tem N versões. Dá mais simples como missão de resgate até a versão full de combate. Na versão full o PPA vai pra guerra com a logística e com os inventários de guerra. Na versão fresca o PPA leva suprimentos humanitários se a missão for essa. Leva nos containers. Um navio multimissao com N configurações. No mesmo casco. . Isso representa quanto de redução de custos? . A tripulação será também N? . O aprestamento será N? . Vai… Read more »

india-mike

Primeiro, vamos parar com essa história de que Absalon não deu certo. A marinha dinamarquesa é relativamente pequena e planejou a construção de duas unidades apenas. As duas foram construídas e estão em operação. Ponto. O requerimento posterior foi para fragatas de defesa aérea (coisa que as Absalon não fazem e nem se propõe a fazer), das quais foram construídas 3 unidades da classe Iver Huitfeldt, que é uma continuação do conceito das Absalon. O formato de casco é basicamente o mesmo, o que mudou foi que ao invés de ter uma construção mercante com um deck Ro-ro para transporte… Read more »

Esteves

Absalon. Navio de 2. Navio feito pela Maersk (e/ou a pedido dela) preocupada com pirataria. Pois é. O PPA não tem utilidade. É frescura italiana. Uma banheira que pode ser outra coisa. Feita porque precisa gastar dinheiro. Porque o estaleiro tem que inovar. E porque sempre tem tonto pra comprar. Isso é conceito de Marinha rica. Faz um navio pra mais de 6 mil toneladas meio vazio que pode trocar de roupa. Tamandaré Light. Meko Light. Cadê a economia disso? Porque o casco foi projetado para deslocar 4 ou 6 mil toneladas e se surgir a necessidade instala-se VLS, canhão,… Read more »

india-mike

Esteves, já que vc não quer ouvir ninguém, acho que está na hora de vc fazer um esforço e pelo menos ouvir a sua esposa 🙂

Bardini

Pior que o nonato… por milhas de distância.

Edson Parro

Que proa mais mandrake!
Cadê o M.O.?

Esteves

Não encontrei conteúdo explicando essa proa. As matérias coladas referem-se a navios de passageiros e catamarãs. Li e reli as vantagens dos bulbos das proas. Os efeitos são otimizados em velocidades maiores. De navios com bulbos. As vantagens descritas aqui são as mesmas afirmadas para as proas com bulbos tradicionais. Afinal…que proa é essa e para que serve x a proa tradicional? Fosse um baita projeto…por que foi aplicado somente no PPA? O que os italianos esperam com um desenho desses? Li o registro da propriedade intelectual e industrial. Eles pensam em faturar com esses desenhos? Será aplicado em outras… Read more »

Bardini

Ninguém usa esse conceito pq é propriedade intelectual da fincantieri, só ela usa, assim como o Axe Bow é propriedade da Damen e só ela usa.
.
Não tem nada de Absalon nesse PPA.
.
Não viu baixo custo pq não consegue enxergar um palmo na frente do cheirador.

Esteves

Sim. Se…se o desenho for adiante…se for aprovado em missões…quem quiser fazer igual terá que partir do zero ou copiar deles. Pagando ToT. Axe Bow pertence à Damen. Outros desenhos de proa invertida não. Os americanos montam navios de guerra com a proa invertida. Vikings faziam isso. Especialistas afirmaram que o PPA usa o mesma conceito da Absalon. Li sobre os dois e concordo. Não existe navio barato. Existe eficiência. O PPA é um conceito que transfere o apoio e o suporte de inventários para as bases sempre prontas para alterar a configuração do navio conforme a missão. Por isso… Read more »

Bardini

“Especialistas afirmaram que o PPA usa o mesma conceito da Absalon.” . Haha… . “Não existe navio barato. Existe eficiência.” . Am I a joke to you? . “Uma fragata custaria 600 ou 800 para ser comprada” . E esses preços foram baseados em??? . “O PPA é um conceito que transfere o apoio e o suporte de inventários para as bases sempre prontas para alterar a configuração do navio conforme a missão.” . TODO navio antes de sair para uma missão precisa ser preparado. TODO. Não existe exceção no mundo. O que muda é leque de missões que o… Read more »

Esteves

Pode ser. Navio sai em missão humanitária. Leva inventários e pessoal para missão humanitária (1). Navio sai em missão patrulha. Leva inventários e pessoal para missão patrulha (2). Navio sai em missão anfíbio/desembarque/ribs. Leva inventários e pessoal para missão desembarque (3). Navio saiu em missão de guerra. Levou inventários (mísseis, torpedos) para engajamento (4). O PPA faz tudo isso. Multiproposito. Um navio. Um casco. Mas a base em terra precisa estar preparada para abastecer rapidamente esse navio. Se o navio estiver na Costa da África e for necessário em conflito no Mediterrânico…ele deverá chegar em sua base para vestir o… Read more »

Bardini

“Mas a base em terra precisa estar preparada para abastecer rapidamente esse navio. Se o navio estiver na Costa da África e for necessário em conflito no Mediterrânico…ele deverá chegar em sua base para vestir o traje de guerra” . Isso aí que tu escreveu é sem pé nem cabeça… Qualquer navio operando na áfrica vai ter de bancar tempo em viagem de volte e parar em casa ou porto amigo para pegar suprimentos para ir ao combate. Tudo seria planejado pela logística e se tiver de existir rearmamento, entre no cálculo. . “O PPA será uma fragata de combate… Read more »

Esteves

Se…se…o PPA é uma fragata full em tempo integral então não é um PPA. É uma fragata full em tempo integral e ponto. Não tem nada de multimissao. É uma fragata full que pode exercer função e missão humanitária porque leva 13 containers para isso. Ponto. É um patrulha? É uma fragata? Não. É o super navio italiano que veio de Kripton. Tira a roupa de patrulha e de missão humanitária e vira fragata full na hora. Está sempre pronto para cumprir missões múltiplas. Deve custar os olhos da cara para manter um navio ou um casco para 4 missões… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Sobre proas, Esteves: elas podem ou não ser dotadas de bulbo. O bulbo produz uma interferência destrutiva na produção de ondas pelo avanço do casco, poupando energia propulsiva. Mas um bulbo não pode obter essa economia em todas as velocidades, apenas naquelas onde sua modelagem geométrica permite a coincidência entre os padrões de onda dele e do casco. Em geral, bulbo de proa serve bem pra velocidades de cruzeiro, não pra flank speed. A proa do PPA não tem bulbo: são duas proas, uma (plumb) pra alongar o casco outra (rake) pra afastar as ondas pelo flare. Destroieres da segunda… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Onde escrevi plumb leia-se rake. Portanto, duas proas rake, sobrepostas e defasadas.

Esteves

Sim. Agradeço a explicação. Li teus comentários anteriores. O que eu insistentemente questionei-me e a outros aqui é quais são as vantagens mensuráveis/custos para adoção dessa proa italiana.

Quanto custa montar? Quais motivos levaram o estaleiro a fazer isso?

Otto Lima

Pergunto aos arquitetos navais de plantão: qual é a vantagem hidrodinâmica desse desenho de proa?

Esteves

Tá difícil.

Mauricio R.

Que bulbo de proa!!!!

Lucas Carvalho

Esse design de casco é um tanto quanto novo para mim. Ele melhora a navegabilidade da embarcação?

Arariboia

Esse tipos de navios estão cada vez mais em pratica em grandes marinhas. Os Estados Unidos com LCS a Russia com o Projeto 22160 e agora Itália e Alemanha. Todos muito modulares. Sendo equipadas com módulos

https://www.youtube.com/watch?v=mALlT_1f5LI

Marcelo Danton

Gente! é apenas um “deck molhado” para tomar banho de sol. Deixem de serem chatos com o desenho diferentão.

Luiz Floriano Alves

Nos States já se utiliza deste conceito, de multi-missão, nos barcos da Guarda Costeira. Em caso de crise recebem módulos de armas para combate. É, na verdade, uma frota de reserva da US Navy.

Esteves

Agora entendo.

Douglas Falcão

Mantido o atual nível de construção, a marinha italiana terá em pouco tempo uma esquadra de superfície invejável, considerando as FREMM os dois Horizon e esses navios de patrulha multimissão com extensa capacidade de combate.

Esteves

Aqui é oceano vasto. É atlântico. Não é mar pequeno de pirata. Bota navio de guerra no mar ou não bota navio de guerra no mar.

Pode patrulha? Pode sim senhor.
Pode corveta/fragata? Pode sim senhor.
Pode misturar tudo…e se precisar enfrentar corre de volta pra base pra instalar canhão?

– Moço…tá brincando?

carvalho2008

Mestre Esteves,

segue outro projeto de conceito similar….

Trata-se do Black Swuan da Royal Navy. eles tambem estão as voltas com ideias similares de modularidade e containeres modulares.

https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/658163/20120503-JCN112_Black_Swan-U.pdf

Esteves

Olha, Definidas doutrinas e estratégias e olhando para depois de 2035 faz sentido. Mas, se hoje a estimativa de custo de produção do multimissao no RU é 65 milhões de libras vamos vendo que daqui a 20 ou 30 anos os custos serão maiores já que o estudo se baseia nesses fatos (eficiência) e lamenta que no passado recente foi possível fazer mais com menos dinheiro. Talvez 85 para fazer lá sem pagar ToT a ninguém…em 2040. 250 milhões de libras para fazer fora do RU? Bastante melhor que pagar 600 milhões de euros para um estaleiro alemão montar uma… Read more »

Esteves

Sabe…

Não precisa fazer guerra. Precisa tomar conta. Se tiver que enfrentar em guerra…senta na mesa para conversar. E supera.

Então…patrulhas oceânicos até 60/70 milhões de euros tá bom. Do jeito tradicional. É pra tomar conta do mar.

Não temos economia para sustentar guerra. Não temos nem esgoto. A Toyota fechou o terceiro turno. 800 na rua.

Antunes 1980

Este navio patrulha parece uma fragata, pode isso Arnaldo ?
Será que a marinha italiana não está lançando uma embarcação 3 por 1. Navio patrulha + fragata+ Porta helicópteros?

Bardini

“Este navio patrulha parece uma fragata, pode isso Arnaldo ?”
.
É pq isso aí É uma Fragata…

Esteves

Um patrulha de 6 mil toneladas que desejaria ser fragata multimissao containeravel multiproposito inconformado porque nasceu offshore mas adora um litoral ensolarado nessa proa italiana que só eles e o pessoal do pdf sabe o motivo de terem feito…um navio assim.

Luiz Floriano Alves

Se as Inhaúmas tivessem nascido com uma proa destas, certamente teriam muito bom desempenho e não ficariam relegadas ao nível que foram. Essa proa dá a entender que qualquer mar é possível de encarar. O centro de empuxo é variável com a segunda proa entrando nas águas. Belo trabalho da engenharia naval Italiana.

Esteves

Qual foi o erro de projeto da proa da Inhaúma?

Moriah

desde quando a defesa italiana deixou de consultar os estúdios de design de Turim e Milão? meo deos…que navio estranho. bom, cumprindo sua missão, tá ok.