O Custo dos Combatentes de Superfície do Canadá em 2019
Este relatório fornece uma estimativa de custo atualizada do programa Canadian Surface Combatant (CSC) do relatório PBO de 2017, “O Custo dos Combatentes de Superfície do Canadá”. Na época da análise de custos anterior, o governo ainda não havia selecionado um projeto para a nova geração de navios de guerra.
Esta atualização considera características específicas do projeto Type 26 escolhido pelo governo canadense, incorporando informações atualizadas sobre a linha do tempo do projeto.
Nossa estimativa do custo total do programa CSC é de C$ 69,8 bilhões em 26 anos para 15 navios, consistindo em: C$ 5,3 bilhões em custos de pré-produção; C$ 53,2 bilhões em custos de produção; e C$ 11,4 bilhões em custos em todo o projeto (todos em dólares nominais).
Em comparação, o relatório do PBO de 2017 estimou um custo total do programa de C$ 61,8 bilhões, C$ 8 bilhões a menos que a estimativa atualizada.
A diferença nessas estimativas deve-se a novas informações sobre as especificações do projeto fornecidas pelo Departamento de Defesa Nacional (DND); Em particular, a construção do navio começará mais tarde (aumentando os custos de inflação), o navio será maior do que o suposto no relatório anterior (aumentando os custos reais de construção), e excluímos o custo das peças para além dos dois anos iniciais (reduzindo os custos reais do programa).
Em 2017, o governo do Canadá revisou sua estimativa inicial de custo do programa de 2008, de C$ 26,2 bilhões a C$ 56-60 bilhões, com os custos a serem revisados na conclusão da fase de desenvolvimento. Há, portanto, uma diferença de C$ 9,8 a C$ 13,8 bilhões entre o DND e as estimativas atualizadas do PBO.
Para ler o relatório completo em inglês (25 páginas em PDF), clique aqui.
NOTA DO EDITOR: Como informado anteriormente, o Canadá já estava pagando 2,5 vezes mais do que o Reino Unido para construir suas próprias fragatas Type 26.
Agora, com o custo aumentando em mais de C$ 9,8 bilhões em apenas dois anos, ele acabará pagando mais C$ 666 milhões por navio.
Isso eleva o custo do programa CSC canadense para mais de € 3 bilhões por navio, enquanto a Royal Navy do Reino Unido está pagando € 1,42 bilhão – menos da metade – pelo mesmo projeto básico.
24/06/19 – segunda-feira, btarde, uma pergunta de um entusiasta: todo este aumento no custo de construção é porque serão construídas no Canadá ou haveriam um incremento nos sistemas e armamentos. Ocorrendo estes aumentos exorbitantes só cabe a MB comprar de ocasiões, pois não possuímos dinheiro para estas construções; sempre ouvi que Coreanos e Japoneses possuem preços e condições melhores, é verdade ou mito?????
Certamente se deve ao fato de serem fabricadas no Canadá assim como também a configuração solicitada pela marinha canadense no que tange a tecnologia embarcada. Aliás a parte mais cara do navio é a tecnologia embarcada e não o casco em si. Mas não precisamos nos assustar muito com essas cifras tão altas uma vez que as exigências da MB são bem menores que as dos canadenses , a MEKO A400 de 1,5 bilhões de dólares nos faria a marinha mais poderosa da América Latina pelos próximos 30 anos.
Primeiro você deve comprar o A-400, porque agora é o Brasil que vai para as fragatas usadas
Os almirantes querem que seja construído aqui no Rio para poder ter suas participações de suas empresas no negócio alguém tem dúvidas ainda ?
Só não entendi uma coisa esses 3 bilhões são para a construção e custo de vida útil do navio? não achei claro o texto, se for, será mais caro que outras fragatas europeias
Custo de construção, manutenção não está no cálculo.
Custo de produção, de peças de manutenção dos 2 primeiros anos custo de projeto (e modificações) e custo de capacitação (de pessoal e máquinas, a famosa transferência de tecnologia)… O custo da vida útil não está incluso…
O Canada a Russia e a Australia tem um GDP nominal menor que o Brasil, mas dão uma importancia alta a atualização dos equipamentos de suas forças armadas. Não é um problema de cenário estrategico para o Canada e acredito que também não é para a Australia que não tem nenhuma ameaça visivel a curto prazo, nem mesmo da China..
Amigo o Canada faz parte da Otan, a Austrália tem Coreia do Norte e China logo ali do lado, voce acha que precisa mais ?
Amigão, são tantos os fatores que nos diferenciam destes países citados por ti, que da até preguiça de nomina-los. Além do que o amigo logo acima já virou, a Rússia tem uma pesada ndústria belica herdada da antiga URSS e preci-sa mante-la, até mesmo como maneira de gerar emprego, sem falar, é claro, das nossas diferenças culturais; a Austrália e o Canadá podem ter um GPS ligeiramente menor que o nosso, mas não passam pelos mesmos problemas que nós. Vai convencer um congresso de um país com 1/4 da população desempregada, passando por uma grave crise, necessitando urgentimnte de profundas… Read more »
Canadá esta ao lado da Rússia, em um polo norte cada vez mais disputado e militarizado.
Eu me recordo que houve uma confusão na época da matéria sobre os custos dos submarinos australianos, onde o custo informado era o total, incluindo a manutenção e operação (combustível, mantimentos para a tripulação, gastos com pessoal que incluíam treinamentos e soldos, etc.) durante os trinta anos previstos para o seu uso, além da necessária adaptação do estaleiro. O custo para a construção dos submarinos era da ordem de 1/3 do total do programa, se me lembro bem. Neste relatório, o custo unitário previsto para a construção dos 15 navios canadenses, se for um total de C$ 53.2 Bilhões (US$… Read more »
Errata: US$ 1,8 Bilhão.
Exato em países sérios eles já sabem quanto vão gastar com tudo.
Aqui vamos construir um sub nuclear e o povo acha que a MB vai ter dinheiro para as modernização, troca de combustível, desmantelamento futuro da embarcação.
Resumindo, será uma arma formidável mas consumirá grande parte do orçamento da MB nos próximos 30 anos. Uma pena pois eu preferiria várias fragatas/covertas sendo compradas com esse dinheiro do que só ternum subnuc
O Canadá tá sendo chutado. Compre uma versão do Arleigh Burke ou da próxima FFG(X) que economiza. E a BAE é um amor, né? Se fosse alterada a regra do parent design testado e provado, ela entraria no certame pras FFG(X) com as type 26…
https://news.usni.org/2019/06/21/bae-systems-quashes-hopes-of-type-26-entry-in-ffgx-contest
No UK ela e conhecida como “big and expensive …BAE”, por essas e outras
Esses valores estratosféricos não fazem sentido. O programa FREMM teve início após os Destroyer da classe horizon custarem 1,35 bi cada. As Fremm começaram com custo de 500 mi de euros. Teve aumentos, claro, mas quase impossível de ter atingido 1,6 bi. Inclusive a FREMM está participando da concorrência americana que visa fragatas com custo de NO MAXIMO U$ 950 mi por Fragata. Se a FREMM custasse 1,6 bi ela não poderia concorrer em um programa com preço máximo de 950 mi. E mesmo o preço da type 26 está muito exagerado. Custar o mesmo que um Destroyer Arleigh Burke.… Read more »
resumiu bem tudo que eu acho
Luís Henrique,
É sempre complicado e, a bem da verdade temerário fazer comparativo de preços sem ter conhecimento sobre o objeto dos contratos.
Ademais, o custo informado na matéria inclui uma projeção de inflação ao longo dos anos, em um programa que vai levar décadas. Incluir também outros custos que não se limitam aos navios em si.
Por fim, certamente os governos e marinhas australiana e canadense sopesaram os prós e contras e decidiram pela aquisição da Type 26 em detrimento dos demais concorrentes.
As Type-26 desses 3 países são iguais praticamente só abaixo da linha da água. Acima, serão configurações diferentes. A RN está pagando barato pq está comprando um navio mal equipado e desdentado. Os canadenses e australianos estão comprando completo e armado até os dentes, com outros custos incluídos que variam nas suas peculiaridades. . ATENÇÃO. Os custos envolvem: Pre-Production • Project development costs, including the purchase of a design and modification to Royal Canadian Navy specifications • Facility upgrade costs Production • Total production costs Project-Wide • Overhead costs • Program Management • Spares and Ammunition • Training • Documentation… Read more »
“A RN está pagando barato pq está comprando um navio mal equipado e desdentado”
O forista, com essa afirmação, contradiz opiniões anteriores, já que considera muito bem “equipada” a FREMM italiana com suas 16 células de VLS, ao passo que considera insuficiente a capacidade da Type 26 com 24 células VLS, mais 48 lançadores simples do Sea Ceptor.
Salvo engano, a versão australiana terá 36 células VLS, o que não difere tanto da versão britânica (24 Mk 41 + 48).
Tu leu a parte que eu disse que só abaixo da linha da água esses navios serão iguais? . Não comparei com uma FREMM. Comparei entre as Type-26 dos três países. É disso que se trata e é disso que se trata a comparação de custos da matéria. Se for pra comprar com outro navio, compare também com um Burke, que é trocentas mil vezes mais Navio de Guerra e custa uma merreca a mais. . UK: Radar Artisan 3D, só aí morrem dezenas, talvez centenas de milhões, comparado aos outros radares de painéis fixos, que demandam reprojeto e etc.… Read more »
Bardini, 1. Não entendeste o cerne do meu comentário. Ao afirmar que a Type 26 da RN é “desdentada”, tu é contraditório, na medida em que, neste blog, quando eu mesmo apontei que 16 células VLS era pouco para a FREMM italiana, tu entendeu de forma diversa. 2. Não disse que tu havia feito uma comparação direta, mas que teu comentário contradiz uma opinião anterior tua. Tu leu essa parte do meu comentário? 3. Inclusive concordo com a tua assertiva de que simplesmente dividir o valor do contrato pelo número de navios não é correto. É evidente que o custo… Read more »
Bardini.
Mas da onde tiraram que a FREMM custaria 1,6 bi ???
Ela participa do FFGX americano com preço máximo estipulado de 950 mi.
Ela foi oferecida ao Brasil por cerca de 700 mi.
Os franceses e italianos iniciaram as FREMM por causa do alto custo das horizon que custara 1,35 bi cada.
Não faz o menos sentido uma FREMM custando 1,6 bi e uma Type 26 custando o mesmo que um Arleigh Burke.
Porque os canadenses não compraram os AB então? Oras.
Não é só o preço do navio que está sendo levado em conta… Tem muita coisa no pacote.
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Essa conta burra que estão fazendo de dividir o custo total do contrato pelo número de navios é uma completa ilusão. Não representa a profundidade dos contratos negociados no pacote.
Quanto desse custo retorna via tributação da empresa construtora e fornecedores no país, imposto de renda sobre os salários pagos, entre outros tributos?
A regra é clara:
Quer ter uma MARINHA DE GUERRA? (Com letra maiúscula, e não uma guarda-costeira desdentada )
Quer meios no estado da arte?
Quer meios produzidos por sua indústria, gerando empregos e know-how?
Então é tirar a carteira do bolso e assinar o cheque.
O problema, conforme alguns falaram, é que há navios melhores e mais baratos.
Uma coisa é abrir a carteira.
Outra é ser assaltado.
3 bilhões de dólares por um navio é dinheiro demais.
Certamente uma fragata de 700 toneladas e que transportam 8 mísseis Kalibr com 2.500 km de alcance é bem mais bem aproveitada.
65 bilhões de dólares é muito dinheiro.
Afinal de contas, esses navios são feitos de ouro?
Não há justificativa alguma.
Coisa estranha essa aquisição.
De acordo com o texto, se fala nessa aquisição pelo menos desde 2008, até agora nada, e eventual entrada em operação ainda vai demorar.
Enquanto isso, a caixa registradora vai rodando.
Sem navio e a conta subindo.
E a BAE so ganhando dinheiro sem ter entregue nenhum navio.
Ganhando virtualmente, é lógico.
Após ler, com um pouco mais de cuidado, o relatório do programa CFC (Canadian Surface Combatant) atualizado pelo Office of The PBO daquele país, eu reconheço que a análise apresentada está muito mais próxima da realidade do que algumas suposições, mesmo porque nós não temos todas as informações necessárias. Uma passagem, no entanto, me chamou a atenção: “Pesquisas sobre curvas de aprendizado em construção naval mostraram que a maior parte da eficiência é obtida antes do nono navio na produção, com apenas uma melhoria marginal vindo depois.” Esta informação foi retirada de uma publicação da RAND Corp. intitulada “Why Has… Read more »
Portanto, se o Consórcio Águas Azuis chegar a produzir no Brasil dois lotes (oito navios) da Classe Tamandaré (CT), os próximos navios terão o custo ideal de produção, e se tornará uma opção mais competitiva para outras concorrências. Este é, enfim, o ponto onde eu queria chegar.