Nuclep entrega últimas seções do submarino convencional Angostura (SBR-4)

A Nuclebras Equipamentos Pesados S.A, maior parque de usinagem do Brasil e credenciada pelo Ministério da Defesa como uma das primeiras Empresas Estratégicas de Defesa (EEDs) do país, encerrou essa semana, a sua missão na construção dos cascos pesados dos quatro submarinos convencionais Classe Riachuelo, tipo Scorpène, para a Marinha do Brasil, como parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

A NUCLEP realizou na última terça-feira (26.6), a entrega à Itaguaí Construções Navais (ICN) das seções S3 e S4 do submarino Angostura. Juntas as seções somam 18,9 metros de comprimento e 127 toneladas e são consideradas as maiores já construídas pela NUCLEP.

Antes do Angostura já foram confeccionados e entregues pela NUCLEP à ICN para montagem final, os cascos dos quatro submarinos convencionais Classe Riachuelo, tipo Scorpène, com tecnologia francesa. São eles: Riachuelo (S40), lançado em dezembro de 2018; Humaitá (S41); e Tonelero (S42).

O PROSUB, iniciado em 2008, firma a parceria entre o Brasil e França e prevê, entre outros pontos, a transferência da tecnologia necessária para a construção de quatro submarinos convencionais diesel-elétrico, além da estruturação do futuro submarino brasileiro de propulsão nuclear Álvaro Alberto (SN-BR) do Brasil.

A NUCLEP foi ainda responsável pela construção e entrega para a Marinha do Brasil dos quatro submarinos convencionais da Classe Tupi, tipo IKL, de tecnologia alemã, nos anos 90, e é em seu piso fabril que será também construído os cascos do submarino nuclear.

“Esse projeto é muito importante para a Defesa do país. Parabenizo os nossos funcionários e colaboradores pelo sucesso desse importante marco. Esta é uma especialidade que poucas empresas no mundo estão aptas a oferecer e nós a desenvolvemos e executamos com qualidade ímpar e diferenciada capacidade profissional”, celebrou o presidente da NUCLEP, Contra-Almirante Carlos Henrique Silva Seixas.

DIVULGAÇÃO: Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. – NUCLEP

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Ferreras

O que acontece agora com a capacidade ociosa da Nuclep?

José

Não estará ociosa, ainda vem o SN-BR Alvaro Alberto.

Satirycon

A priori, começa a trabalhar no SNBR

Alex

Ela não vai ficar ociosa, tem ainda o casco do sub nuclear para construir.

Nilson

O casco do sub nuclear não vai ser iniciado antes do projeto executivo ficar pronto. O projeto executivo não pode ficar pronto antes do Labgene começar a funcionar e ser homologado. Ou seja, infelizmente, não vejo que a Nuclep vai ser chamada para fabricar casco de submarino antes de 2024 ou 2025. Uma solução seria a ICN conseguir exportar algum Scorpene. O que é difícil. Então, o pessoal especializado vai ter que ser aproveitado em outras atividades da Nuclep, o que é importante para o conhecimento não se perder.

Sandro

Bem que a MB poderia fazer uma pressão no governo para começarem um SBR-5 e assim não deixar essa empresa ociosa, oque vai acarretar em perda de mão de obra especializada, causar desemprego e pior, comprometer o programa do submarino nuclear. Alguma coisa precisa ser feita, nem que seja a participação da mesma no auxilio a fabricação de partes das novas fragatas. Não nos faltam exemplos de empresas de defesa que faliram aqui, o governo precisa com urgência manter a nuclep funcionando.

Valter Sales

Essa possibilidade existe mesmo e foi comentada por gente de alto gabarito da MB e do governo durante o lançamento do Sub Riachuelo em dezembro de 2018. Coma reforma da previdência aprovada pode haver uma surpresa positiva no segundo semestre deste ano ainda.

Joao Moita Jr

Reforma da previdência para construir submarinos? Garanto que os bilhões economizados empobrecendo ainda mais os já paupérrimos trabalhadores brasileiros irão para os bolsos dos salvadores da pátria.

Tulio Rossetto

Na nova previdência a alíquota para trabalhadores será reduzida de 8% para 7,5%, então não venha com essa narrativa fajuta

Camargoer

Caro Valter. Não creio que a reforma previdenciária proposta irá mudar qualquer coisa no cenário econômico. Pelo contrário. O ponto fundamental é a mudança do regime para capitalização, que transferiria algo como um trilhão de reais por ano para se administrada pelos bancos (que lucrariam dezenas de bilhões de reais pela administração). Como os bancos são um setor lucrativo há anos, principalmente durante os períodos de recessão e depressão econômica, essa operação em benefício dos bancos não terá impacto na economia. Por outro lado, ao mudar o regime previdenciário, serão destruídos o setor de financiamento imobiliário (baseado na Caixa Econômica)… Read more »

Joao Moita Jr

O Brasil precisa é copiar o Chile e passar 3% dos royalties do petróleo exclusivamente para as forças armadas.

Fernando "Nunão" De Martini

É importante lembrar que a Nuclep não vive de fabricar seções de submarinos, essa é uma das capacidades da empresa, mas longe de ser a única.

Marcus Vinicius Uchoa

MAs fiquei intrigado com uma coisa na matéria … pq essas seriam as maiores peças ja fabricadas … elas são diferentes das outras S3 e S4 já fabricadas???

Fernando "Nunão" De Martini

Marcus, são maiores porque as uniões de vários segmentos menores, antes feitas na UFEM, foram realizadas na própria Nuclep para essas últimas, para aliviar parte do trabalho e ocupação de espaço na UFEM. Assim, desta vez a Nuclep está entregando à UFEM seções de maior comprimento.

Bardini

A NUCLEP faz muito mais que submarino…

Vovozao

27/06/19 – quinta-feira, bnoite, Ferreras a núcleo não ficará ociosa, devem começar a confeccionar o vaso do reator de Angra III. Pelo menos este era o projeto.

Vovozao

….Nuclep…
.

Fernando Vieira

De novo? O vaso de Angra III tá pronto a anos. Quando eu estava na faculdade fizemos uma visita à Nuclep e nos mostraram esse vaso, bem como as tubulações todas empacotadas por lá. Além do vaso de Angra III tinha um filhotinho que seria o vaso pro SubNuc. De qualquer forma, a Nuclep é uma metalúrgica pesada e o que não falta é serviço pra eles. A Iniciativa privada e a indústria de Óleo e Gás é cliente frequente. O que eu sinto falta no país é de construção naval. Seja o que for, subs, Navios Patrulha, corvetas, fragatas,… Read more »

Camargoer

A Nuclep atende todo o setor de mecânica pesada do país (de hidroeléticas, setor químico, transportes, etc). Temo que com a depressão econômica e a elevação da capacidade ociosa do setor industrial, em algum momento a Nuclep poderá ser fechada. O reator de Andre III depende apenas do governo federal.

Bardini

Muito difícil a Nuclep ser fechada…

Camargoer

Caro Bardini. Um cenário possível seria a privatização da Nuclep, que em um período de depressão econômica e intensa desindustrialização, teria um fôlego curto (basta lembrar da decisão corajosa de vender uma plataforma em construção como sucata). Concordo seria improvável fechar a Nuclep, mas não impossível.

Vicente Jr.

Excelente!!

Nesse ritmo de produção dá até pra liberar 2 classe tupi para os argentinos! Um esse ano e outro em 2020. E já encomendar mais 2 classe Riachuelo!

PauloSollo

Exemplo de eficiência e prazos cumpridos, algo que não estamos acostumados a ver por aqui. Parabéns a todos os envolvidos neste trabalho!

Luiz Floriano Alves

A caldeiraria pesada da Nuclep está de parabéns. Resta ao grupo industrial restante elaborar a montagem dos sistemas vitais do barco e integrar os sistemas de armas. Aliás a parte mais complexa e com mais componentes importados. Se sobra capacidade não podemos perder a oportunidade produzir uns subs, classe Tikuna, Com baterias de litio-ion. Seriam os submarinos mais silenciosos e letais do Atlântico Sul, acrescidos de maior raio de ação submersos.

Atirador 33

Eficiência e governo nunca andaram juntos, poderia vir a encomenda de mais dois Riachuelos.
Parabéns a esses profissionais que faz o Brasil que dá certo.

Camargoer

Caro Atirador. Acho que você desconhece o setor público, por exemplo a construção da fonte de luz síncrotron (existem muitos). Além do fato de ignorar que o setor privado é rico em exemplos de ineficiência e fraude. Os reservatórios da Vale seriam apenas um dos exemplos trágicos recentes, mas existem muitos.

Pablo

Se estivesse dentro do prazo inicial a mn ja estaria com pelo menos dois operacionais

Pablo

mn=mb

Gallito

Poderiam pedir pelo menos mais dois submarinos convencionais

karlos batista

um submarino para se tornar OPERACIONAL leva quase uma década.Formar equipes,treinar,etc..

João Ramos

E um não contratado, não se torna operacional nunca.

Pedro S.

Agora já podem trabalhar no casco do Álvaro Alberto?

Nilson

Não, ainda não tem projeto executivo, que depende do funcionamento do Labgene. Muita água tem que passar pela ponte antes de poder começar a construir o casco do Álvaro Alberto.

André Bueno

Quando o Riachuelo irá ao mar em definitivo?

Li alguns pedindo mais unidades. Qual será o custo operacional estimado de um sub desta classe? Lemos muito sobre o usto da hora de voo das aeronaves mas e de um submarino?

gabriel

Nos próximos meses o Riachuelo irá em definitivo para o mar, provavelmente até Setembro isso deve acontecer, a partir daí irão começar as provas de mar.

Lucas Pereira

Opa no Instagram da marinha tem vídeo do lançamento do mss peguin na corveta inhauma e o melhor mostra o impacto .

Marcos

Pois é, o lançamento do MANSUP acho que não foi dessa vez…

Tomcat4.0

Poisé ,pensava que seria ele a afundar o navio!!!

Elcimar

Secreto..esse estava com ogiva.

Tomcat4.0

Parabéns aos profissionais envolvidos, estão de vento em popa na construção dos subs.
Agora dá pra rolar mais uma encomenda de subs convencionais ou já iniciar as obras do SNBR.

Mário SAE

Concordo, mas o que tenho ouvido é que primeiro vamos aguardar os testes serem dados por completos e o primeiro submarino for incorporado, somente depois disso o GF vai analisar a contratação de mais duas ou quatro unidades. Não faz muito sentido assinar um novo contrato agora, antes de ver se os primeiros produtos operando e demostrando que estes nos entregam tudo aquilo que esperamos deles.
A verdade é que no que se diz respeito a submarinos, tudo indica que estamos no caminho certo.

João Moro

Concordo. Apesar de ser um sub moderno, o projeto SBR é um spcorpene com alterações. Seria mais prudente testar o Riachuelo ao máximo e, depois dos resultados, pensar em novas encomendas. Ademais, para que haja interesse das outras nações em adquirir unidades dos nossos scorpenes, eles precisam ter certeza que o projeto é bom e não tem problemas sérios ou significativos.

ALEXANDRE

Seria bom se tivermos mais 1 lote

Camargoer

Caro Alexandre. A ideia de um segundo lote de submarinos convencionais não é uma unanimidade. Conheço pelo menos uma pessoal que defende há anos que a MB tenha foco daqui para frente apenas nos submarinos nucleares.

Fernando Turatti

Sugiro para quem, conhecendo a marinha, defenda foco em submarinos nucleares apenas daqui em diante, busque urgentemente um psiquiatra, afinal, é sinal claro de delírio.
Os franceses, com seus pequenos submarinos nucleares, ainda tem um custo, sendo otimista, na casa dos 1,5b de EUROS a unidade. Em comparação, um scorpene de prateleira sai por ~400 milhões de dólares.
Adoraria viver num Brasil com essa verba toda aí, mas não vivo e nada indica que viverei tão cedo.

Camargoer

Caro Fernando. Agradeceria a sugestão de um psiquiatra de sua confiança.

Fernando Turatti

poxa, Camargoer, você sabendo o custo de submarinos nucleares acha mesmo que é minimamente viável pra nós, que mantemos hoje 5 convencionais, mudar para nucleares?
Um nuclear pequeno custa já 4 convencionais. 1 submarino nuclear sozinho não substitui 4 convencionais.

Camargoer

Caro Fernando. O SBN deverá deslocar cerca de 6 mil ton (praticamente o triplo de um SBR) o que eleva seu custo para algo em torno de US$ 1 bilhão. Por outro lado, todo o programa nuclear da MB (incluindo o desenvolvimento das centrífugas, Aramar, UFEM/Itaguaí, etc) já custou bilhões ao longo de várias décadas. Todo esse investimento era a parte mais mais cara já foi feito. Por outro lado, o desempenho de um submarino nuclear é muito maior que de um submarino convencional, permitindo missões mais longas podendo chegar a qualquer lugar do Atlântico sul. Um das lições da… Read more »

Fernando Turatti

Você está sugerindo que o Brasil terá o submarino nuclear mais barato por unidade de todo o mundo? Com base em que acredita nisso quando compara nossas capacidades com as de outros países que produzem tais armamentos?
Por que crê que o SNBR custará 1 bilhão de dólares enquanto um Barracuda custa 1,5b em euros?
Sobre as falklands, se os argentinos tivessem submarinos CONVENCIONAIS em pleno funcionamento, já teriam sido um estorvo. 5 submarinos convencionais com toda a certeza, desde que operacionais, são melhores do que um único nuclear.

Mário SAE

Camargoer, até concordo e gostaria que os próximos fossem apenas submarinos nucleares, no entanto o primeiro SNBR se quer foi pro forno. Sendo assim, parece melhor um segundo lote de pelo menos mais duas unidades de convencionais, devido o tempo que separará a entrega dos quartos submarinos convencionais, da entrada em serviço do primeiro nuclear. Os testes de aprovação do SNBR serão bem mais longos que os dos convencionais, isso nos causará um hiato ainda maior entre a entrega do último convencional e a entrada em serviço do nuclear, neste meio tempo teremos uma certa ociosidade, que poderia ser amenizada… Read more »

Camargoer

Caro Mario. A MB vem operando uma frota de 5 submarinos convencionais há décadas. Amplia-la para 7 ou 10 convencionais não ira acrescentar qualquer diferencial estratégico, como foi a vantagem inglesa na Guerra das Malvinas. Por outro lado, a parte mais cara do programa de submarinos nucleares já foi feita (que era a implementação da infraestrutura de fabricação e desenvolvimento do reator). Uma pequena frota de submarinos nucleares de ataque (que possuem um custo intermediário entre os convencionais e os lançadores de mísseis balísticos) dará à MB a médio prazo um poder de dissuasão superior ao que seria obtido combinando… Read more »

Satirycon

Camargoer, desculpe, mas vc está enganado. A parte mais cara de todo o programa sequer foi iniciada, e será localizada em Itaguaí.

Foxtrot

Parabéns a MB/ DCNS/ ODT pela escolha da Nuclep.
A empresa tem se mostrado séria, competente e pontual em suas obrigações.
Um conselho a MB, inclua a Nuclep também no projeto CCT.
Vou além, quem sabe num futuro próximo ela se torne a tão sonhada empresa de fabricação e integração pesada naval nacional.
Uma joint ou conglomerado entre Nuclep, Avibras, Consub, CPN, Weg etc.
Poderia se tornar a Direção Geral de projetos navais nacional.

Zorann

E a ociosidade no investimento público começou né… Como os submarinos deixaram de ser prioridade.. novas unidades não serão construídas tao cedo….

É o mais do mesmo…. Começam um projeto estratégico e antes dos objetivos serem alcançados…. O projeto vai sendo postergado… Os prazos dilatados… Até o projeto ser abandonado.

É isto que estamos vendo acontecer.

Na prática, trocaram submarinos adicionais… Por Tamandares….

Camargoer

Caro Zorran. A Nuclep exista há décadas e tem um amplo histórico de serviços prestados à indústria pesada. De fato, a ideia de colocar a Nuclep como fornecedora das seções e a instalação da prensa hidráulica na Nuclep foi para gerar um efeito multiplicador no investimento de infraestrutura.

Mauro

Realmente uma beleza. Teremos muito tempo para trabalhar no casco de maior complexidade do nuclear.
Missão dada, missão cumprida.

Dino Costa Jr

“A NUCLEP foi ainda responsável pela construção e entrega para a Marinha do Brasil dos quatro submarinos convencionais da Classe Tupi, tipo IKL, de tecnologia alemã, nos anos 90, e é em seu piso fabril que será também construído os cascos do submarino nuclear.”.
Escrito desta maneira, deixa a impressão de que todo o processo de construção dos Classe Tupi foi realizado pela NUCLEP. Acho sempre válido enaltecer também o papel do AMRJ na construção destes submarinos.

Renan Braga

O ideal e ter defesa de verdade !
Hoje qualquer potência pode vim aqui e nos negar o uso do mar!
Neste ritmo vamos continuar assim ainda e devagar a modernização !

Negrão

Onde compro réplicas boas e baratas de navios mercantes?

Tiago da cruz pinto

Depois de finalizado projeto ai e hora de lançar um novo projeto evolução do primeiro lote ,projeto nosso com evolução tecnológica , colher os frutos desse projeto de sucesso .

João Moro

Provavelmente esse salto tecnológico que você fala será dado daqui a 15 a 20 anos.

Gabriel BR

Esse é o momento ideal para encomendar um segundo lote de 4 submarinos SBR

Wellington Góes

Agora é fazer os testes de resistência do casco do SN-BR

Helio

A núcleo não trabalhava só pra area militar eles tem inúmeros trabalhos na area civil.

Douglas Falcão

Deveriam contratar mais 4 SBR, mais 4 corvetas, terminar o programa de barcos patrulha de 500 t e expandirem a capacidade anti submarina, antes de pensarem no protótipo SNBR. Quem entende que o protótipo SNBR deva vir antes, não tem real compromisso com a defesa nacional. E chamo de protótipo, pois não há caso na história da construção de Hunter Killer de primeira geração cujo projeto não demande profunda evolução até seu amadurecimento como arma operacional eficaz. Não temos orçamento para tal evolução no curto e médio prazos. Como a MB está seriamente limitada em sua capacidade de dissuasão mesmo… Read more »