Fim da missão para o SNA Saphir, esperando pelos Suffren
PARIS – Depois de 35 anos de serviço, o submarino de nuclear de ataque Saphir (Sous-marin Nucléaire d’Attaque – SNA, em francês) é o primeiro de seis SNA da classe “Rubis/Améthyste” que serão aposentados do serviço ativo a partir do final de julho de 2019.
A Lei do Programa Militar de 2019-2025 garante a renovação dos submarinos de ataque nuclear da classe “Rubis” por unidades da classe “Suffren”, o primeiro dos quais será oficialmente lançado em Cherbourg em 12 de julho de 2019.
Os SNA são verdadeiros instrumentos de poder soberano, duradouro e discreto. Suas missões são variadas: apoio à dissuasão nuclear, proteção do grupo de ataque de porta-aviões, coleta de informações, guerra submarina.
O Saphir é o segundo de seis submarinos franceses da classe “Rubis”. Com construção iniciada em Cherbourg em 1 de setembro de 1979, ele foi batizada Saphir (Sapphire) dois anos depois, e o Comandante Roy assumiu o comando da primeira tripulação em 26 de junho de 1982.
Desde 6 de julho de 1984, quando foi comissionado para o serviço ativo, o Saphir já percorreu mais de 1.200.000 milhas náuticas, passou mais de 120.000 horas (mais de 13 anos) submerso e realizou cem visitas portuárias.
Fiel à memória de seus gloriosos homônimos das duas guerras mundiais, o Saphir participou de muitas missões, do Oceano Índico ao Caribe e do Extremo Norte às costas da América do Sul. Entre suas missões mais emblemáticas estavam as Operações Balbuzard em 1993, Kotor em 1999 e Harmattan em 2011.
Comandado hoje pelo Comandante Frenais de Coutard, o Saphir está atualmente navegando para Cherbourg, onde será desativado. As operações de desarmamento serão realizadas sob o controle da Direção Geral de Armamentos (DGA).
O primeiro dos submarinos de ataque da nova geração, o Suffren, será entregue à Marinha Francesa em 2020. Seu lançamento oficial em 12 de julho marca o final do período de construção e é o último passo antes do início da fase de testes.
Um complexo programa cuja gestão de projetos é assegurada pela DGA e pela CEA (Comissão Francesa de Energia Atómica), com o Naval Group e a Areva-TA como contratadas principais, demonstra o know-how industrial da França.
Com os submarinos da classe Suffren, a França terá submarinos mais duradouros, mais discretos e mais modernos, entre os mais poderosos do mundo. Além das missões tradicionais atribuídas aos SNA, eles também poderão realizar ataques contra alvos terrestres e serão otimizados para apoiar forças especiais.
A ministra das Forças Armadas, Florence Parly, disse: “Em poucos dias, haverá uma passagem de tocha histórica, mas além do simbolismo, toda a excelência francesa é demonstrada por esses dois eventos: primeiro um SNA, que por décadas nunca falhou em sua missão, seguida da chegada de uma gema tecnológica que permitirá à França manter seu status e seu posto de poder militar. Eu parabenizo todos os submarinistas do Saphir, passados e presentes, pois seu profissionalismo comanda nossa admiração”.
A primeira tripulação, cujo núcleo foi formado paralelamente à fase de construção, será formalmente criada em 12 de julho, para se preparar para testes no mar em preparação para futuras operações.
Em serviço até a década de 2060, os SNA da classe “Suffren” serão um dos principais programas deste século para nossa defesa.
FONTE: Ministério das Forças Armadas da França
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