Naval Group flutua o submarino nuclear de ataque Suffren
PARIS – A empresa naval francesa Naval Group fez flutuar o Suffren, o primeiro submarino nuclear de ataque da classe Barracuda da Marinha Nacional Francesa.
O submarino foi oficialmente revelado em 12 de julho, mas devido a atrasos em sua conclusão, o lançamento real teve que ser adiado até o final de julho e, finalmente, ocorreu no dia 1 de agosto.
O Suffren é o primeiro da série da classe Barracuda, projetada para substituir a geração da classe Rubis. O Naval Group é responsável pela construção desta série de submarinos, incluindo a concepção e construção do navio e sistemas de informação, bem como a fabricação dos principais componentes da caldeira nuclear.
O Naval Group é o principal contratante geral da arquitetura do navio (2.500 pessoas) e a TechnicAtome é a principal contratada do reator nuclear. A Agência Francesa de Aquisição de Defesa (DGA) está encarregada do programa geral, com a Comissão de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) para o reator nuclear.
O Suffren é um dos submarinos mais furtivos do mundo. Essa discrição, combinada com seus recursos avançados de detecção, garante sua superioridade acústica.
Pela primeira vez graças aos submarinos da classe Suffren, a Marinha Francesa terá uma capacidade de ataque profundo com os mísseis de cruzeiro navais MBDA (MdCN). A última geração de SSN também permite o desdobramento discreto de forças especiais debaixo d’água, em particular graças à sua “eclusa de mergulhadores” e ao transporte opcional de um abrigo de convés seco que permite o desdobramento de veículos submarinos.
Muito bonito
Daqui a alguns anos, é o nosso SubNuc que passará por isso.
E isso porque o Sufren é considerado um submarino pequeno….
Os Barracuda será menor e menos pesado que o SNBR.
Comprimento:
– SNBR: 100m
– Barracuda: 99.5 m
Deslocamento:
– SNBR: 6000 tons
– Barracuda: 4,765 tons
Acho que só o reator nuclear francês será mais potente que o brasileiro.
Com Todo Respeito , Acho os Submarinos Scorpenes BRASILEIROS , são muito Grandes e vão Deslocar uma Tonelagem Enorme . Espero que isso não Traga a ele Lentidão e nem Atrapalhe sua Furtividade .
Abraços aos Colegas .
Caro colega… O tamanho dos nossos SBR nao trata prejuizo algum seja em mobilidade ou em discricao…Haja vista o projeto dos subs australianos.
E dos japoneses tambem.
Carlos, só a titulo de comparação: Classe Barracuda(França): 97m de comprimento/ 25 nós (46 Km/h) de velocidade/ 5300 ton. de deslocamento. Classe Riachuelo(Brasil): 75m de comprimento/ 21 nós (39 Km/h0 de velocidade/ 2200 ton. de deslocamento Classe Alvaro Alberto(Brasil): 100m de comprimento/ 24 nós (44,4 Km/h) de velocidade/ 6000 ton. de deslocamento. Classe Virginia( Estados Unidos da America): 115m de comprimento/ 25 nós (46 Km/h) de velocidade/ 7900 ton. de deslocamento. Com isso podemos concluir que o Álvaro Alberto esta dentro dos padrões atuais para submarinos nucleares de ataque, o que na minha opinião já esta de bom tamanho levando… Read more »
Excelente explicação.
O problema do Alvaro Alberto, será a planta nuclear. A geração de potência útil é muito pequena. O reator de 48 mw térmicos vai gerar apenas 11mw de potência real.
Sim, esse primeiro reator nos ensinará muito. Os próximos certamente incorporarão todo esse aorendizado
onde se encontra essa afirmação que o nosso reator terá 48 mw, se nem pronto está?
dizem que esse reator é segredo de estado, como pode a galera já estar sabendo da potência se não vi a MB divulgar?
Ola´Alessandro. Essa informação é encontrada em vários lugares. Há um documento chamado “PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA A energia nuclear no radar do desenvolvimento tecnológico brasileiro” que tem muita informação sobre o programa nuclear da MB. Também tem um documento da MB “LABGENE: Conhecendo a planta nuclear do Submarino de propulsão Nuclear brasileiro” que também informa a potência do reator.
Realmente Camargoer, olhei com mais atenção e encontrei esses dados de forma superficial na associação brasileira de energia nuclear e na própria Labgene em forma de informativo.
Olá Leonardo. Tenho a impressão que existe um cálculo com bastante segurança da necessidade energética do SN10. A potência do reator especificado pela MB provavelmente surgiu após algum dimensionamento. Eu teria cuidado em afirmar que o SN10 será subabastecido de energia.
Isso se deve ao combuativel nuclear que será usado nele e não ao projeto do reator, alem de menos potente terá de ser recarregado há cada quatro anos em quanto nás demais marinhas os reatores funcionam ate o submarino ser retirado da ativa ou seja, 20 anos.
Olá Cristiano. Eu já encontrei que o reator do SNB usará combustível 4% (igual ao de Angra) e também que ele usará combustível a 19% (limite estabelecido pela AIE). Então isso eu não posso afirmar. Por outro lado, você tem razão que o SN10 terá uma abertura para trocar o combustível periodicamente sem a necessidade de realizar cortes no casco. Posso estar enganado, mas esses reatores navais (principalmente dos EUA) que tem ciclos de 20 ou mais anos usam combustível a 90% (nunca li que usassem plutônio como combustível).
De onde você tirou que a potência anunciada é potência térmica e não elétrica? Porque quando se divulga a potência de um grupo gerador em quase todas as vezes se específica a potência elétrica gerada pelo conjunto.
Olá Mateus. Acho que 48 MW seria a potência térmica, mas não posso dar certeza absoluta. Nos documentos da World Nuclear Association eles mencionam um reator de 11 MW (talvez seja a potência elétrica). Talvez algum colega com acesso ao Labgene poderia confirmar isso.
Caro Carlos. o SBR desloca algo em torno de 2200 ton submerso. Creio que seria o mesmo deslocamento de um Scorpene com AIP. Considerando que os Scorpenes indianos deslocam um pouco menos de 1800 ton submerso, parece-me que os tamanhos estão dentro da mesma escala. Por outro lado, o SN10 deslocará cerca de 6000 ton enquanto que o Barracuda francês desloca 5300 ton, novamente valores da mesma escala.
Que bom espero que o Brasil entre de vez nessa tecnologia e venda as latas velhas prá outros países
Olá Wladamir. Sou um dos que defendem que a MB opere no futuro apenas uma pequena frota de submarinos nucleares. Por isso, acredito que os quatro Scorpenes serão os últimos submarinos convencionais da MB. Talvez ela opere os SBR e os Tupis até completarem sua vida útil. O importante e torcer para que nenhum “gênio” não paralise o programa, privatize a Nuclep, ou coloque o Labgene em leilão como sucata.
Com os atuais meios ASW, submarinos convencionais sem AIP ficam muito prejudicados, claro que tem seu valor mas em pensando em um teatro global, foco nos nucleares!
Caro Carlos. Os quatro SBR foram uma etapa na curva de aprendizado para a fabricação do SBN. O AIP é uma solução inferior ao submarino nuclear. Ele é mais caro que um submarino convencional. Portanto, não faz sentido a MB investir em um caríssimo sistema AIP que será inferior ao SBN. Os quatro SBR elevarão o patamar da MB em relação aos cinco Tupis, sem dúvida, mas o alvo é o SBN.
Com a evolução dos sistemas AIP e das baterias de lítio, um submarino convencional com essas características tem um desempenho na Zona de Patrulha muito similar à um SSN, com a ressalva de não poder manter grandes velocidades durante muito tempo. Entretanto, para quem conhece um pouco de mecânica dos fluidos e acústica, sabe que um submarino em grandes velocidades tem bastante degradação de desempenho nos sonares.
São soluções completamente diferentes.
Os requisitos para se manter um submarino nuclear são muito maiores que um SSK AIP, os gastos então, nem se fala.
o AIP já era,com a tecnologia das baterias de iões de lítio, o Japão matou o AIP, ainda bem que o nosso almirantado pensou no futuro, ate 2080 teremos SSN/SSGN/SSBN navegando nas profundezas desses oceanos, cada vez mais silenciosos e letais, a propulsão nuclear com motores turbo-eletricos são o futuro, em 2030 teremos a estreia de muitos projectos novos: SSBN Columbia + SSBN Dreadnought + SSK A26 + SSN Alvaro Alberto + SSN Huskey + SSK Oryu .
Mais um felipe na conversa.
AIP é para mares fechados, o que não é o nosso caso.
Aproveitando o conhecimento do Camargoer sobre o assunto, as células de hidrogênio teriam aplicabilidade em submarinos? Se sim, seu desempenho poderia rivalizar com os reatores nucleares? Também sobre os reatores, qual é o nível de desenvolvimento atual dos reatores de tório?
Oi Helio. Eu sei pouco sobre operação de células a combustível comerciais. A principio sim, mas eu não sei dimensionar tamanho/peso de um conjunto desses para geral potência para um SBR. Talvez o maior problema é que apenas empresas estrangeiras produzem esse equipamento comercialmente. A MB teria que investir muito para que uma empresa brasileira produzisse essas células e alguns anos de trabalho (um ou dois anos) o que poderia ter atrasado os SBR e teria drenado recursos dos Labgene, atrasando o SN10. Sobre o reator de tório do pessoal do IPEN, acho que perdeu prioridade. A próxima vez que… Read more »
Concordo, sem retoques no seu comentário!
Caro amigo Camargoer me responde uma coisa, o nosso submarino nuclear terá o mesmo sistema de propulsão da classe barracuda ou vai ser hélice normal? Desde já agradeço pela informação!
Helice “normal”
Olá Diego. Eu acredito que será hélice normal. Alguns colegas mais informados também dizem isso. O que tenho certeza é que o motor do SN10 será elétrico, abastecido com energia de um gerador movimentado pelo vapor do reator nuclear.
Não tem macho pra fazer isso nesse país
Comentário sobre a possibilidade de algum “gênio” cancelar o projeto do subnuc
Olá JT&D. Nunca duvide da estupidez de uma pessoa rancorosa.
Tambem sou dessa opinião, porem não acredito que ficaremos só nos quatro convencionais pois u submarino nuclear demora a ser construido, o nosso primeiro vai ser testado a exaustão para só depois se construir mais iguais ou melhorados e temos que manter uma escala de produção no estaleiro para não perder a prática.
No PROSUB a ideia e 15 convencionais e 6 nucleares más eu acho mais factivel serem 12 convencionais e 3 nucleares e depois ir migrando para apenas 6 nucleares no máximo 12. O que vai determinar são os custos.
Se chegar em 6 normais e 6 nucleares já vai beirar o milagre!
Pra falar a verdade, síndrome de vira lata ou não, o Alvaro Alberto deve ser operacional lá pelo final da década 40 junto com o segundo esquadrão de Gripen, gato escaldado tem medo de água fria! Hahahahhaha
Acho mais vantajoso fazer um mix de submarinos diesel elétricos e nucleares.
Esse mix e bom para a Russia, China, e paises europeus que operam no mar negro e baltico que são mares interiores. O nosso caso e similar ao americano, saiu do porto e só oceano a frente.
Apenas para efeito de comparação, já que este foi um tema recente aqui no PN: mesmo considerando o revestimento de proteção (e acredito que trata-se apenas de uma primeira película de fundo que será complementada posteriormente, após as primeiras provas de submersão…) pode-se ver que é uma caldeiraria extremamente superior àquela do norte coreano. Contudo, como é normal, sempre pode-se notar que o costado tem suas ondulações e limites dos elementos de chapa aparentes devido ao processo de caldeiragem.
Submarion maravilhoso com “helice normal” (em cotraponto ao sistema pump-jet, mas aí é outra longa história….).
Aliás lá na ultima LAAD estava exposto no stand da MB um dos modelos reduzidos, no caso empregado para testes em mar aberto; tais ensaios visam identificar alguns parâmetros básicos! Estes ensaios em modelo continuam a “todo átomo” e contarão, em breve, com um outro modelo ainda maior, tal que se possa complementar/extrapolar com maior precisão os fenõmenos hidrodinâmicos para a carenagem final do proptótipo.
Portanto quem ai encima vaticinou que “só vai ficar no papel” está – vou deixar bem barato – desinformado.
Só complementado, perguntei ao pessoal da MB em quais aspectos e em qual extensão poderíamos dizer que o SNBR seria uma extrapolação do casco do Barracuda; são bem diferentes, claro.
O sistema pumpjet é só um hélice normal com tubulão ou há mais diferenças?
Prezado Negrão: o sistema pump jet possue de fato uma ou mais bombas hidraulicas que succionam a água mais a montante (em aberturas abaixo da vela do sub) e a recalca(m) para a região da popa. Desta forma a energia que resulta em uma força de impulsão para movimentar a embarcação é primordialmente criada através da variação da quantidade de movimento da massa bombeada (similar a uma turbina de aviação) enquanto que no hélice tradicional existe um empuxo hidráulico resultante dos perfis…
Complementando: as bombas dos pump jets também são máquinas hidráulicas de fluxo e portanto tão sujeitas à cavitação tanto quanto os helices em si (que técnicamente também podem até ser definidos como bombas). So que as pump jets trabalham em velocidades específicas mais baixas (ou seja, rotações reais muito mais elevadas do que os hélices) e como consequencia, apresentam condições mais críticas quanto à cavitação e outras instabilidades que se apresentam principalmente como pulsações na região do difulsor de recalque. Então comparar os dois sistemas é uma tarefa complexa seja do ponto de vista técnico quanto economico, mas em termos… Read more »
Nenhuma bomba ou hélice e projetada pensando em trabalhar sob cavitação, essa ocorrência é extremamente danosa.
Sempre esconde as helices !!!
O SNBR 3 será muito similar ao Barracuda, vai ter um reactor mais potente e pumpjet.
Saudações.
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O Senhor poderia indicar, para minha instrução, de onde observou essa informação de que há a intenção de dotar o eventual 3º SSN brasileiro de Pump Jet? De algum site de defesa, revista…
Prezado Fábio é só analisar o projecto de reequipamento da MB, falam em 6 SNBRs, por dedução lógica chegamos a essa conclusão.Não é informação oficial da MB, é dedução minha.
Por favor, deduza menos.
Ah sim, entendo.
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Muito obrigado pela resposta!
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Até!
Alguém sabe me responder se os SNBR e Scorpenes irão contar com revestimento anecóico?
Acho que sim, Sei que é Aço HYE80 o mesmo do Le Triomphant ou HYE100.
Olá Mateus. O que seria esse processo de cortar revestimento anecóico?
O revestimento anecóico é um revestimento que minimiza a reflexão de sonar no casco, tornando o submarino mais difícil de ser detectado
Olá JT&D. Obrigado. Percebi que confundi “CONTAR” com “CORTAR”. Agora que percebi meu erro as coisas fizeram sentido. Valeu,
OFF TOPIC – Lançamento LCS 17 – USS Indianápolis.
Alguém sabe se nossos classe Tupi/Tikuna já disparou algum exocet?
Todos eles tem esta capacidade ?
Nenhum dos nossos IKL tem essa capacidade.