A Armada Nacional da Colômbia disparou um míssil antinavio SSM-700K Haeseong I (C-Star) e um torpedo DM2A3 contra um antigo navio multiuso da classe Lüneburg.

O míssil Haeseong I é um projétil antinavio subsônico que tem alcance de 150 quilômetros em superfície e até 250 quilômetros em lançamento aéreo. Entrou em serviço com a Marinha Sul-coreana em 2005, tem uma cabeça de guerra de 220 quilos de alta potência, é movido a turbojato, com comprimento de 5,46 metros, diâmetro de 0,34 metros e peso de lançamento de 718 quilos. É um produto da LIG Nex1.

O torpedo pesado DM2A3 Seehecht é um produto do consórcio fundado pelas empresas STN-Atlas Elektronik e bremer-Vulkan GmbH. Pode ser usado contra alvos na superfície do mar e imersão, tem um comprimento de 6,08 metros, diâmetro de 533 mm, peso de 1.370 quilos, ogiva com capacidade de carga de 260 kg, seu sistema de propulsão é elétrico com baterias de prata-zinco e hélices contra-rotativas; a 35 nós de velocidade tem um alcance de 20 quilômetros, a 23 nós pode atingir alvos a 28 quilômetros. Pode mergulhar até 300 metros.

Os mísseis antinavio Haeseong I equipam as fragatas leves FS-1500 (classe Almirante Padilla) e os torpedos DM2A3 fazem parte do inventário de armas dos submarinos U206 da Marinha Nacional da Colômbia.

ARC Almirante Padilla e submarino classe U206
ARC Cartagena de Indias, classe Lüneburg, desativado em 2018

Os antigos navios multiuso classe Lüneburg, com cerca de 1.100 toneladas, foram construídos a partir de 1968 e adquiridos da Alemanha em 1996. De um total de oito unidades, duas foram vendidas para a Colômbia, uma para o Uruguai e uma para o Egito. Abaixo você pode ver um vídeo do impacto do míssil e do torpedo, e seu efeito no alvo.

NOTA DO EDITOR: O vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa Colombiano dá o nome do exercício como Operación NEPTUNO 2018, mas foi publicado em 24 de julho de 2019.

FONTE: maquina-de-combate.com

Subscribe
Notify of
guest

46 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Demara

Dá uma impressão de uma corrida armamentista na América do sul

JT8D

Coitados, com Kfirs e submarinos de 40 anos de uso? Deixa eles comprarem algum material moderno de vez em quando

Willber Rodrigues

Particularmente, eu não acharia ruim se a América Latina ( o Brasil principalmente ) se rearmasse um pouco mais e fizesse umas compras.
Com exceção da Venezuela, é claro…

Cristiano de Aquino Campos

Um dos objetivos da antiga UNASUL era rearmar os paises de forma equilibrada e se possivel com material local e se desse com material fabricado no Brasil. Más a nossa região e complicada.

Minuteman

Os objetivos da UNASUL eram outros…

Carlos Campos

meu deus que ingênuo

DOUGLAS TARGINO

Uma corrida só por conta de um treinamento? kkkk

Cristiano de Aquino Campos

Nenhum pais da região ampliou o poderio militar, apenas modernizou. Acho que nem a Venezuela apliou só modernizou. O problema e que quando você compra um carro novo quanfo os vizinhos continuam com um carro antigo ou não tem carro, parece uma ampliação, só que não, ampliar seria se compra-se 2 carros, mesmo que velhos.

Oiseau de Proie

“Demara

Dá uma impressão de uma corrida armamentista na América do sul”

As únicas desgraças completas são as desgraças com as quais nada aprendemos…a historia nos mostra como a América do Sul sempre foi alvo de incursões alienígenas e infelizmente isto perdura até os dias presentes pela ignorância ou falta de informação das massas…a América do Sul sempre foi palco de disputas de interesses entre players mundiais…

Heli

Se os dados estiverem corretos, o missil Haeseong I tem quase o dobro do Alcance do nosso Exocet nacional, o Mansup, e 100km a mais do que os Harpoons que equiparão os P3 da FAB. Nada mal.

JT8D

É uma outra classe de míssil. E não cabe no tubo de torpedos de um submarino, como o Exocet e o Mansup

Bosco

Heli,
O alcance dos nossos Harpoons Block II (AGM-84L) é em torno de 220 km.

Tomcat

Mas Bosco, a gente chegou a comprar de fato ele? Nunca vi notícia a respeito de que a compra tivesse sido efetuada.

Bosco

Tomcat,
Também não vi nada acerca do recebimento dos mísseis, mas tudo indica que esses mísseis “existem”.

Colombelli

Pessoal tecnicos dos EUA estiveram não faz muito no Brasil.pra integração e preparacão dos misseis pra lancamento inclusive foram feitas fotos.. Tem reportagem sobre. Foram 16 misseis por 169 milhões de dolares sendo 12 com cabeça de guerra e o restante de manejo e treinamento. A Fab preparava pra este ano ou ano que vem.um lancamento teste. Depois não saiu mais noticiae so pra lembrar a priori nossos harpoon tem capacidade de ataque contra alvo em terra.
Mais uns 8 a 12 não seria nada mal.pra equipar os ikl.

Bosco

Há muita desinformação acerca do alcance das diversas versões do Harpoon. De modo geral é dito que as versões Block I (I, IB, IC) e Block II têm alcance “maior” que 67 milhas náuticas (120 km). A versão Block ID tem comprimento maior e mais combustível e tem alcance de 278 km. Foram adquiridos poucas unidades pela USN (cerca de 60 unidades) porque exigiam um lançador próprio, não compatível com o lançador Mk-141 padrão. Normalmente a versão lançada do ar (AGM) tem alcance de 20 a 30% maior que a mesma versão lançada de superfície/submarino (RGM/UGM), por motivos óbvios. Em… Read more »

cwb

Bosco bom dia! Vou fazer uma pergunta off tópic para vc e quem quiser participar: Quando a marinha construiu as fragatas niteroi ela adquiriu experiência para fazer outras certo? O design da niterói poderia ser melhorado para ficar furtivo como a barroso que é uma corveta? Se a resposta for sim então se o desenho fosse dado a estaleiros nacionais então sempre teríamos navios para reposição melhorando apenas os sistemas.Prova disso são os melhoramentos na classe niterói até hoje… Sei que fazer navios não é ir na mercearia da esquina, mas agradeço por seu tempo para responder… (se a resposta… Read more »

Bosco

Cwb,
Bom dia!
Cara, eu só posso dizer o que o senso comum diria rsrssss, que é sim para a sua questão de que se o design da classe Niterói poderia ser melhorado e inclusive incorporado características de baixa observação pelo radar.
Mas temo que no caso do Brasil essa expertise possa ter se perdido tendo em vista não termos vocação para a fabricação e exportação de nossos meios navais, portanto, não houve continuidade por parte da indústria naval.
Mas é só minha opinião e não sou o mais indicado para te responder.
Um abraço.

cwb

obrigado Bosco pela sua resposta

José Carlos

Eu não entendi a questão de alguns Navios tem 8 cápsulas de Mísseis anti navio e os navios da MB só são armados com 4 lançadores anti navio Exocet ou Mansup por que não ampliar para 8 cápsulas de lançadores?

DOUGLAS TARGINO

Geralmente fragatas tem 8 lançadores e covetas 4 lançadores.

Luís Henrique

Depende da marinha. Tem marinhas que utilizam 16 mísseis em Fragatas e 8 em Corvetas.
Eu sempre achei 8 pouco, 4 então nem se fala.

JT8D

Luís, minha dúvida é se a MB faz isso apenas por economia em tempos de paz mas com capacidade de aumentar esse número facilmente em caso de necessidade ou se isso é realmente uma limitação séria dos nossos navios

Luís Henrique

A MB segue a doutrina ocidental. 8 em Fragatas e 4 em Corvetas. Além disso tem as restrições orçamentárias, portanto com o dinheiro curto a MB coloca 4 mísseis até em navios de porte maior. Mas isso em caso de conflito pode ser revertido rapidamente. Existe o espaço é só colocar mais 4 e ficar com os 8 que é padrão na maioria das marinhas ocidentais. Ocorre que as marinhas ocidentais se baseiam nos EUA e na OTAN, e a US Navy possui 20 navios aeródromos e centenas e centenas de aeronaves embarcadas que carregam mísseis anti-navio. Portanto os navios… Read more »

Bosco

JT8D,
As instalações em nossos navios comportam apenas 4 mísseis mesmo. Não há previsão para colocar mais 4 se necessário e portanto não há espaço, sistemas de conexão eletroeletrônicos, cabos, previsão no sistema de combate, etc., para mais 4 mísseis.

Tomcat

Pois é José Carlos. A MB usa poucos mísseis desde sempre. Todo lugar os navios estão equipados com 8 mísseis no mínimo, e aqui são 4 e olhe lá… O que me preocupa também é que se formos ver nossos vizinhos da costa do Pacífico da América Latina, acho que só o Equador não deve ter mísseis antinavio com no mínimo o dobro do alcance dos nossos. Estamos muito atrás de alguns vizinhos….

Tomcat

Desculpa, quis dizer América do Sul.

Farroupilha

Pois é, o mundo gira, ele não para não. A tendencia é mísseis com maiores alcances em todos os países antenados. Tanto para defesa e ataque terrestre, marítimo ou aéreo. A tendência é qualquer submarino ter mísseis e não apenas torpedos. A tendência é cada vez mais o uso de drones no campo de batalha. A tendência é cada vez mais o emprego de tecnologias furtivas. A tendência é cada vez mais uso de tecnologias de interferência eletromagnética. A tendência é cada vez mais atividades no espaço… em nossa órbita, na Lua, em Marte, asteróides, e satélites de todos os… Read more »

Cristiano de Aquino Campos

Colocamos 4 más tem espaço para mais 4. Como nem usamos 4 e melhor gerar desgaste de 4 do que 8. Ou e isso ou colocamos 8 lançadores com 4 casulos más acho que ia ficar feio.

Carlos

Frioo , Sei como é kkkkk

elcimar marujo

economia na manutenção,só isso,em caso de guerra a dotação normal volta para 8 misseis no nosso caso,mas esta virando uma tendencia em outras marinhas utilizarem somente 4 lançadores,,inclusive no desaine da classe tamandaré aparece somente 4.embarcados esses misseis sofrem um pouco com o balanço,manuseio etc..

Thor

O sistema das Niteroi comporta 8 mísseis…das Inhaúma 4 mísseis. Da Barroso não sei. Vua de regra em tempo de paz se coloca 50% cento.

João Moro

Eu acredito que como estamos em tempos de paz e o orçamento militar é escasso, a MB coloca essa quantidade nos navios. Também acredito que quando estivermos próximo de um conflito, essa quantidade será revista.
Ademais temos que lembrar que se você coloca muito míssil em uma única embarcação, você pode perder uma grande quantidade de armamentos se o navio for destruído.

William Munny

Até os navios da Colômbia carregam 8 mísseis, e o nosso 4! O importante é o soldo no final do mês né?

nonato

É igual a um policial sair armado com um 38 de 5 tiros.

Marcelo Andrade

Cara , é cada comentário inútil !!!!

elcimar marujo

achei que era um míssil HARPOON,fiz até um comentário sobre isso,que acho que vale aqui também,sobre a fumaça que sai no momento do lançamento do míssil. teve gente criticando no teste do nosso mansup a fumaça,neste lançamento pode se observar que também faz fumaça,devido a queima do motor foguete inicial usado para expelir o míssil do tubo lançador. e depois entra o motor de sustentação que emite pouca dessa fumaça.nesse caso o motor é um turbojato ( fiquei surpreso com esse míssil,não sabia que tinha em operação na nossa região) resta saber se é tão bom assim,pelo menos no alcance… Read more »

Luiz Floriano Alves

Estes exercidos que mostram o míssil atingindo e eliminando o alvo são esclarecedores ´É bom saber se o armamento consegue destruir o alvo no primeiro impacto. One shot one kill.

andrepoa2002

Acertaram o alvo, é o que importa.

Luiz Floriano Alves

O míssil anti navio (ASM) tende a ser supersônico, impulsionado por turbina, detecção de alvo ativa e passiva, manobra evasiva e de busca do melhor angulo de ataque. Brahmos e RBS dariam uma boa base para futuros desenvolvimentos. A primeira geração de Gabriels, Exocets e Penguins ainda servem para conflitos de baixa intensidade. Temos que integrar os Bofors RBS nos Gripens quando chegarem na FAB e versão naval (?) na MB. Pq não?

Bosco

Luiz, O problema dos mísseis supersônicos é que não voam tão colado à superfície do mar quanto os subsônicos e não têm como serem discretos no espectro infravermelho. Hoje se sabe que é possível fazer um míssil supersônico (e hipersônico) stealth (não tanto quanto um subsônico) mas eles ainda emitem muito no espectro infravermelho e não parece que tal característica possa ser alterada num espaço de tempo previsível. Cada vez mais os sistemas IRST estão sendo instalados em navios e irão fazer diferença num futuro próximo. Ainda são raros, mais isso está mudando. Dito isso, o míssil com maior possibilidade… Read more »

Luiz Floriano Alves

Bosco Sua postagem é muito atual e esclarecedora. Cada situação se enquadra numa necessidade bélica diferente. Não podemos ficar somente com uma opção. As potências tem arsenais muito diversificados. Mas em se tratando de arma tão complexa e importante deveremos pensar no que de melhor podemos obter com os nossos recursos. Penso que no estreito de Ormuz se consiga resultados surpreendentes com ASM de qualquer tipo. Claro que não vamos considerar ASM tipo Stynx ou outros antigos, mas a distancia de tiro será muito favorável ao atacante. Já no TO do Sul do Mar da China o longo alcance será… Read more »

Carvalho2008

De fato existe espaço para todos os perfis. Mas darei uma de futurólogo. A eletrônica miniaturiza, mas o casco de um navio com expectativa de vida de 50 anos não Noves fora, acredito que logo veremos mísseis antinavio de ogivas múltiplas. Isto ofertará uma mudança paradigma pois a saturação aumentará. Em um volume acima da capacidade de crescimento do navio Imaginem um Bhramos liberando diversos mísseis 70mm Não seria um ataque traumatizante ao casco, mas um ataque a toda a PELE externa do navio, ficaria esburacado levando seus sensores a destruição, portas e comportas de silosvde mísseis , etc Não… Read more »

Colombelli

Esta ideia de um ataque com submunições e bem interessante e pode ser eficaz. Me veio a mente a lembranca de que se os argentinos tivessem utiluzado tal expediente nas Malvinas não teriam o problema de ter de retardar as espoletas e o reparo dos navios seria bem complicado. Teriam afundado menos navios mas poderiam ter posto muito mais fora de acão. E na realidade da AL não e dessarazoado.pensar em bombas intelligentes de planeio com submunicões sendo disparadas a 70 km de distância e em ataques de saturacão. Com o preço de um missil se compra de 30 a… Read more »

Farroupilha

Ótima ideia.
Basta os radares e antenas de comunicações serem danificados.
Que a frota tem que dar meia volta. Ou esperar para ser afundada.