Radar naval TRS-4D – para o Presente e Futuro
Com uma história de mais de 100 anos e um vasto conhecimento acumulado pelos seus antecessores de renome como Telefunken, Zeiss, Dornier, AEG, Siemens e Airbus – a empresa alemã Hensoldt é atualmente um participante importante no desenvolvimento de radares navais, aerotransportados e de vigilancia de terrestre e está na vanguarda mundial na definição de tendências tecnológicas para futuros desenvolvimentos e operações de radares.
Sua avançada tecnologia fez hoje da Hensoldt um importante fornecedor de soluções para a OTAN e Europa, América, Oriente Médio e Ásia, equipando as principais forças armadas com seus sensores, radares, periscópios e guerra eletrônica, entre outros.
O radar de vigilância marítima TRS-4D é composto por 2 versões, o TRS-4D Rotativo e o TRS-4D com Painéis Fixos. Na Alemanha, a Hensoldt forneceu os TRS-4D/NR de painéis fixos (não rotativos) para as 4 novas fragatas de classe F-125 da Marinha Alemã.
O primeiro lote de corvetas alemãs K130 foi equipado com o radar Hensoldt TRS-3D. Para o segundo lote de cinco corvetas K130 a Marinha já selecionou o TRS-4D em sua versão rotativa.
Por outro lado, a Marinha dos EUA também selecionou para o seu programa de LCS “Freedom Class” radares da Hensoldt. As primeiras unidades foram lançadas com o radar TRS-3D, conhecido nos EUA como AN/ APS-75.
A empresa também já entregou cinco radares TRS-4D para os navios LCS 17, LCS 19, LCS 21, LCS 23 e LCS 25. A entrega dos radares TRS-4D para ambos países confirma o sucesso que a empresa está alcançando na Europa e também em USA.
Finalmente, a Marinha do Chile escolheu o radar TRS-4D em sua versão rotativa em fevereiro de 2017 como parte de um programa de modernização de suas três fragatas Type 23, Almirante Cochrane, Almirante Condell e Almirante Lynch.
Tendências técnicas e conquistas do radar naval TRS-4D
Devido à complexidade crescente nos cenários militares, as diferentes forças armadas líderes exigem um desenvolvimento progressivo com novas tecnologias de radares juntamente com seus sofisticados software e algoritmos. A variedade de funções e tarefas de missão dos atuais e futuros cenários operacionais motivaram a Hensoldt a desenvolver radares com altos padrões como é o caso do TRS-4 de mais alto desempenho, recursos multimodo e multibanda, além de sensores e forma de onda flexíveis.
O TRS-4D é um radar naval tridimensional multiuso para vigilância, aquisição de alvos, autodefesa, controle de tiro e aproximação de aeronaves. Este radar de banda-C (Banda G na OTAN) multimodo da empresa alemã Hensoldt foi desenvolvido para enfrentar ameaças assimétricas ou convencionais atuais ou futuras. O sistema é capaz de detectar e rastrear automaticamente todos os tipos de alvos aéreos e navais, aliviando a carga de trabalho da tripulação. Com um desempenho superior através do uso da tecnologia AESA, baseada em transmissores e receptores (T/R) compostos de semicondutores de nitrato de gálio (GaN), este radar oferece importantes benefícios de potência, eficiência e confiabilidade em comparação com radares baseados em módulos T/R de arsenito de gálio (GaAs) utilizados até agora em radares multifuncionais.
Em um cenário tão complexo, em que são necessárias várias funções diferentes para lidar com as diferentes tarefas e ameaças, o TRS-4D inclui funções como: Vigilância Mar-Mar , Mar-Ar e Mar-Terra, em Volume e Busca de Superfície, Rastreamento, Reconhecimento (com SAR), aplicações de Guerra Eletrônica – incluindo Suporte Eletrônico, Inteligência Eletrônica e Ataque Eletrônico – bem como transmissão de dados em tempo real através do datalink para Operações Centradas em Rede (NCO).
Todas essas funções impõem enormes requisitos em hardware e software de sensores, exigindo uma progressão constante e uma análise das tendências tecnológicas que a Hensoldt conseguiu desenvolver para sua família de radares TRS-4D (naval), PrecISR (Aéreo) e TRML-4D (Terrestre).
Bloqueio Efetivo: O maior desempenho dos sensores do radar TRS-4D, os recursos multimodo e multibanda, bem como o controle flexível do sensor e da forma de onda, são fundamentais em cenários operacionais presentes e ainda mais importantes no futuro. Outra das vantagens do TRS-4D é a capacidade de bloqueio efetivo e a interferência de sinais, graças as aplicações de banda larga e ampla faixa de freqüência utilizada pelo radar, tornando-o mais dificil de ser interceptado graças a um adicional grau de liberdade espacial fornecido pelas antenas AESA.
Imagens de alta resolução: Além disso, devido aos cenários operacionais cada vez mais complexos, as imagens SAR (Radar de Abertura Sintética) de resolução ultra-alta (UHR) mais detalhadas de alvos fixos para suporte de classificação em aplicações para todos os climas (diurnas e noturnas) se tornam indispensáveis. Tais imagens UHR SAR, fornecidas por esta familia de radares da Hensoldt podem ser produzidas devido às larguras de banda muito altas na faixa de vários GHz.
Mais Funcionalidades: o TRS-4D é usado para fornecer varias aplicações, não apenas a funcionalidade do radar, mas também as funcionalidades de Electronic Warfare (EW), como o Suporte Eletrônico (ES), ataque eletrônico (EA) e funcionalidades de link. Todas essas funções operam através de antenas compartilhadas do AESA que além de permitir alcançar capacidades operacionais inéditas e sem precedentes, possibilita utilizar maior potência de saída de RF e maiores sensibilidades em comparação aos tradicionais sistemas de antenas EW para ES e EA atualmente em uso.
Aumento de sobrevivência: o radar TRS4D permite detecção e reconhecimento antecipado, mais rapidamente e com maior confiabilidade. Outro benefício do uso de sistemas AESA usado no TRS-4D é que cada módulo opera independentemente, portanto, uma falha em um único módulo não terá nenhum efeito significativo no desempenho geral do sistema o que também é chamado de “degradação suave”.
Finalmente, baseado na mais avançada tecnologia de sensor de matriz de varredura eletrônica de nitreto de gálio (AESA) com múltiplos feixes formados digitalmente, a nova geração de TRS-4D abre uma nova dimensão para as missões marítimas.
Sobre a Hensoldt
A Hensoldt é pioneira mundial de tecnologia e inovação na área de produtos eletrônicos e de segurança de defesa. A empresa é líder de mercado em soluções civis e sensores militares, e desenvolve novos produtos para combater as crescentes ameaças baseadas em conceitos disruptivos nos campos tais como big data, robótica e cibersegurança. Com uma força de trabalho de cerca de 4.300 funcionários, a Hensoldt gera receitas de mais de 1 bilhão de euros por ano.
As plataformas aéreas, navais e terrestres mais proeminentes equipados com produtos Hensoldt incluem aviões de combate F-16, Eurofighter, Gripen e Rafale, satélites Tandem-X e EDRS-A, avião de transporte A400M e helicópteros de vários tipos. Além disso, submarinos da classe classe 209 e 212, navios de combate litorâneo da Marinha dos Estados Unidos da classe “Freedom” e as corvetas K130 da Marinha Alemã. A empresa também fornece equipamentos de missão crítica para os veículos blindados Puma e Leopard.
DIVULGAÇÃO: Hensoldt
Isso mesmo, ajeita o danadinho todo, pois vamos comprar eles! kkkkkk
Sera que vamos comprar as corvetas alemãs?
Provavelmente sim
Mom, para o projeto Tamandaré a empresa que vai constuir as corvetas é da Alemanha. Pelo o que eu sei, o radar escolhido pelo Brasil foi um com tecnologia mais antiga o Artisam 3D.
Na verdade o Artisan foi apenas a configuração mínima solicitada pela MB…tudo isso pode e deveria ser mudado em minha opinião.
Essa fragata é demais!!!
Quase um destroier…
Era muito melhor que as Tamandarés fossem equipadas logo com o TRS-4D do que o 3D que já está ultrapassado.
Eu falo ou vocês falam ?
O radar 3D não está ultrapassado senhor, pesquise sobre o equipamento instalado no Porta Helicóptero brasileiro.
é Cassio, acho que vc tem razao. Ambos sao 3D, mas um é mecanico e outro AESA. Um radar AESA tem muitas vantagens, pode formar múltiplos feixes em várias frequências simultaneamente – Taxa de varredura mais rápida + Multitarefas (busca simultânea ar-ar + ar-solo / SAR, atuando como link de dados, interferência etc.), Outra grande vantagem do AESA é maior confiabilidade. O radar AESA é composto por vários (centenas/milhares) de elementos de T/R – a falha de alguns terá um efeito insignificante no desempenho geral. Um radar AESA também tem menor custo de ciclo de vida operacional e é muito… Read more »
Luis, matou a pau e o “intendidos” colocam a viola no saco e vão cantar em outra freguesia…
E o Artisan 3D continua sendo um radar de varredura mecânic vs o TRS-4D com tecnologia AESA….quem entende.
Marinha do Chile a unica que tem o TRS-4D na america Latina. Parabens pra eles.
https://www.youtube.com/watch?v=tHZY2HjRPnU
O Chile está anos-luz à nossa frente, são os americanos do cone sul, aqui embaixo só eles fazem a coisa certa e compram armamentos de primeira de patrão, infelizmente não aprendemos com eles, por aqui privilegiam a quantidade em vez da qualidade.
Sempre aparece um desses, sempre.
JS666, Talvez você se refira ao fato do radar de varredura mecânica com capacidade 3D estar ultrapassado em relação aos radares de varredura eletrônica com capacidade 3D , principalmente do tipo AESA. Se for o caso tenho que concordar com você que o segundo é bem mais avançado que o primeiro, mas um bom radar de vigilância do tipo mecânico mas com capacidade 3D ainda é bem útil, haja vista o SABER M60. Todo radar de varredura eletrônica é 3D mas nem todo radar de varredura mecânica o é. Radares para controle de tráfego ainda são na sua maioria do… Read more »
JS666,
Perdão! O Artisan do PHM Atlântico é 3D de varredura mecânica e não é nem PESA nem AESA.
Sua observação faz todo sentido se o que quis dizer foi que um radar AESA é superior a um radar mecânico 3D.
Isso mesmo, Bosco, vc sempre nos brinda com seus comentário técnicos e bem fundamentados, o radar Artisan é bom para nós porque não temos nenhum radar 3D, só por isso, de resto, o TRS-4D é muito superior e representa outro patamar, mas… a gente não tem nenhum mesmo… Se der tempo, seria formidável que a Tamanduá venham com o TRS…
Alguém pode explanar sobre vantagens e desvantagens do painel fico e do rotativo.
Desde já agradeço.
Primeiro que tudo o preço.
O fixo tem 4 radares vs o rotativo que é um so radar 3D AESA que gira.
Segundo: o tempo de resposta.
O fixo está 100% sempre vigiando 360°
Terceiro: Peso
Vi o radar fixo esta na Fragatas da Alemanha, ou seja um barco de grandes tamanho. Entao barcos menores talvez sejam muito pequenos para 4 radares.
Além destas citadas pelo Luiz, o sistema de painéis fixos tem a vantagem de poder operar como radar de controle de tiro antiaéreo no caso de canhões e iluminador para mísseis guiados por sistema semi-ativo. Claro, para isso ele teria que operar na banda X que não é o caso deste do post. * Luiz, o peso de radares AESA pode ser regulado com versões com mais ou menos elementos (TRM). Num futuro não muito distante não deverá ter mais versões rotativas para radares navais já que mesmo pequenas corvetas e assemelhados (acima de 2000 t) poderão comportar radares fixos,… Read more »
Uma dica para o site:
Comparações entre forças armadas da América do sul.
Projeto e etc.
Naval, Forte e Aéreo.
Daria uma boa discussão.
OFF TÓPICO – FOI CRIADO DIA 16/08/2019 UM NOVO COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAS NAVAL E AERONAVAL
Uma dica esmiúça o orçamento do ministério de defesa e mostrar cada benefícios pago a militares e civis que presta serviço as forças armadas.
Daí poderíamos sugerir cortes visando a compra de meios de guerra.
Bom radar, mas acho difícil a MB trocar o Artisan 3d a essa altura do campeonato. Acho válido para futuras fragatas com capacidade anti-aérea melhor.
Esse o dilema dos projetos que se arrastam anos para se concretizar: a tecnologia anda mais rápido e o sistema escolhido fica obsoleto.
Perfeito e irretocável o seu comentário.
Aí fica a pergunta:
Qual que vai vir nas Tamandaré ?!
Artisan 3D ou TRS 3D ou 4D ?! ?♂️
A MB costuma “padronizar” seus equipamentos, pois até facilita na parte de aquisição de sobressalentes.
Bom dia Burgos. Pelo que li e entendi a marinha vai de Artisan 3D da nova versao nas tamandares.
Mais fácil padronizar o Atlântico com as novas fragatas leves do que o contrário. Não existe padronização com apenas uma unidade operativa.
é Burgos, acho que o Artisam é o que vai ir nas tamandaré. O tema de “padronizar” é importante mesmo ja que permite diminuir os custos operacionais e facilita a especialização e treinamento. Seria bom usar um tipo de radar em todos os barcos e seria melhor ainda se a MB que eles escolheram o radar mais avançado (TRS-4D).
Me parece que com 4 painéis fixos há uma zona morta na cobertura até que as ondas geradas se sobreponham.
Isto é: A partir de quantos metros tenho uma cobertura efetiva de 360 graus?
Não existe zona morta, a taxa de atualização desses componentes é de milissegundos. E são centenas deles, programados independentemente.
Grato pela resposta, também tinha essa dúvida .
Me permitam uma pergunta um pouco fora desse contexto … li varia vezes em épocas diferentes oferecimentos vindos da Coreia do Sul … que pelo que sei constroem ótimos navios e tem parcerias e preços bem interessantes … a marinha e ou o BR tem algum problema com os sul coreanos???
Que eu saiba, nenhum problema. Já chegaram a discutir colaboração na área naval.
https://www.naval.com.br/blog/2017/09/21/brasil-e-coreia-do-sul-buscam-colaboracao-naval/
O que precisa é oferecerem propostas às concorrências abertas. No programa da classe Tamandaré, por exemplo, apesar de terem se interessado no início, os sul-coreanos não formaram consórcio para oferecer proposta.
Me desculpem, mas uma matéria só de blá-blá-blá chato e inútil. Gosto de dados objetivos: qual o alcance? Quantos alvos simultâneos consegue acompanhar? Antigamente esses dados eram fornecidos, hoje as empresas só ficam de matérias embromation. Afe…
Alguém saberia explicitar a diferença dos radares 3D p/ os radares 4D? em uma pesquisa achei que a dimensão extra se refere ao “tempo” mas não sei exatamente como isso difere a tecnologia ou o processamento do radar em sí, ou é meramente uma questão nomenclatural do fabricante?
Puro marketing. Creio que colocam esse nome para confundir mesmo. Nesse caso, claro.
grato! é o que pareceu mesmo.