Projeto Arrowhead 140 da Babcock vence concorrência das fragatas Type 31 para a Royal Navy
O Babcock Team 31 foi selecionado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido (MOD) como o licitante preferido para entregar seus novos navios de guerra. Liderado pela empresa aeroespacial e de defesa Babcock, em parceria com o Thales Group, o programa de fragatas Type 31 oferecerá à Marinha Real cinco fragatas leves, a um custo médio de produção de 250 milhões de libras por navio. O primeiro está programado para ser lançado em 2023.
Os navios seguem o projeto Arrowhead 140 da Babcock, equilibrando a capacidade da missão global em águas azuis ou brancas, ambos a um custo acessível. O trabalho na frota de cinco navios começará imediatamente após a adjudicação do contrato formal ainda este ano financeiro, com um trabalho de projeto detalhado a ser iniciado agora e a fabricação iniciada em 2021 e concluída em 2027.
Entregue em paralelo à construção de oito fragatas multifuncionais Type 26, de 8 bilhões de libras, construída pela BAE Systems, a frota multifuncional da Arrowhead 140 de 1,25 bilhão de dólares oferecerá à Marinha Real uma classe de navio mais acessível, encarregada principalmente de operações de manutenção da paz e humanitárias. e capacidades de combate de baixa intensidade. Espera-se que algumas embarcações sejam desdobradas no Oriente Médio e Extremo Oriente, daí a necessidade de operação com tripulações reduzidas.
A Arrowhead 140 é maior que outras embarcações no mercado de fragatas de uso geral. Com quase 140 m de comprimento e uma boca de 20 m, esse design oferece estabilidade, oferecendo suporte a maior desempenho e operações seguras do conjunto de armas e sensores, operações de helicóptero e barcos, em todos os estados do mar.
Um elemento-chave do programa Type 31 é fornecer um design competitivo com preço, capacidade e flexibilidade para garantir pedidos de exportação, aproveitando a escolha da Marinha Real. A fragata foi projetada para minimizar os custos ao longo da vida útil e apresenta o sistema de gerenciamento de combate TACTICOS de arquitetura aberta, um sistema estabelecido, comprovado e exportável, desenvolvido e fornecido pela Thales para 24 marinhas e 182 navios em todo o mundo.
Enquanto os sistemas da Type 31 da Royal Navy serão otimizados para uso multiuso, o desgin, espaço, potência e combate da Arrowhead 140 foi projetado para realizar mais missões, incluindo defesa aérea aprimorada, guerra de superfície e antissubmarino.
“Impulsionada pela inovação e apoiado na experiência e no patrimônio, a Arrowhead 140 é um navio de guerra moderno que atenderá às ameaças marítimas de hoje e de amanhã”, disse Archie Bethel, CEO Babcock, acrescentando que “fornece uma plataforma flexível e adaptável que apresenta boa relação custo/benefício e apoia a Estratégia Nacional de Construção Naval do Reino Unido”.
Ele se baseia no conhecimento e na experiência desenvolvidos durante o programa modular de construção de porta-aviões Queen Elizabeth.
No auge, o programa maximizará uma força de trabalho de cerca de 1.250 funções altamente qualificadas em vários locais do Reino Unido, com cerca de 150 novas aprendizagens técnicas que provavelmente serão desenvolvidas. Espera-se que o trabalho suporte 1.250 funções adicionais na cadeia de suprimentos do Reino Unido.
Está empresa é de classe mundial, está presente no Brasil e pode nos ajudar muito.
Já tive a oportunidade de trabalhar na Babcock e tenho muito orgulho.
Espero um dia que possamos ter uma marinha de guerra.
Abraço
Bela escolha, um desenho comprovado com a adaptação para as necessidades da Royal Navy. Mas este custo de £250 milhões é só pra contrução mesmo…vários sistemas serão reaproveitados das Type 23 e outros serão comprados diretamente pelo MoD britânico. Mas é um belo navio.
Roberto,
Se faltarem 50 milhões de libras para o recheio ainda ficam com preços mais competitivos que as Tamandarés.
O conceito do navio é custo baixo. Incluindo os sistemas de gerenciamento que podem ser aplicados sem o pagamento de ToT.
Esta é a discussão lá…a previsão é gastar, pelo menos, mais uns £ 100 milhões de equipamentos…em valores de 2017….. E se a MB optasse por estes navios, com certeza não pagaríamos apenas os £350 milhões, seria bem mais….
Com esses 50 milhões de libras para o recheio, cada fragata vai custar 1 bilhão e 500 milhões de reais.
Mais competitivos que as Tamandarés?
Esse preço só quem paga são os países Arabes.
É tão caro que o Reino Unido fará somente 5 unidades.
Tenho para mim, desde que conheci este projeto Arrowhead 140 que este poderia ser o navio do tamanho(e custo) ideal para a MB. Agora que foi chancelada para(e pela) RN acho que elea pode vir sim. A Type 26 ainda que com todas as sua qualidades, é de custo proibitivo para o Brasil(infelizmente). Poderíamos ter um excelente combo na forma de até 2 Type 26+6/8 Arrowhead 140 ao longo da próxima década.
É Baita navio , quem sabe não os tenhamos na MB daqui uns 30 anos quando forem descomissionados rsrsrsrsrsrsrsrs
Pois é… Mesmo que parte do custo seja amortizado com o uso de sistemas provenientes das Type-23, é um navio relativamente barato. . Imaginem se a MB tivesse adotado esse projeto, no tocante a reconstrução do núcleo do poder naval. Poderiam estar discutindo a construção de uma versão “barata”, voltada a Emprego Geral e sem grande teor de caros armamentos. Poderia ser algo como o proposto para as CCT, só que em um casco MUITO SUPERIOR, de quase 6.000t e com a intenção de introduzir os conhecimentos de fabricação da forma mais econômica e depois escalonar nos seguintes lotes, adicionando… Read more »
Concordo Bardini. Durante as ofertas eu falei várias vezes sobre esse navio. Se enquadra no mesmo custo das Fragatas Tamandaré, porém em um navio bem maior com 5.700 toneladas. Em minha opinião, seria uma melhor opção, eu escolheria uma versão mais capaz em termos de sensores, para atuar com mais eficiência em missões Aaw e Asw logo de cara, porém deixaria de fora os Armamentos mais caros para essas missões. Ou seja, escolheria um radar de longo alcance, um sonar rebocado top, etc. Mas o navio viria SEM os mísseis antiaéreos de Longo alcance, sem os ASROC, sem mísseis de… Read more »
Minha linha de pensamento segue três frentes: . A primeira é a de que precisamos fazer número de forma urgente. O caminho mais rápido e RACIONAL, seria comprar o projeto de um Navio Patrulha Oceânico e colocar nele uma versão em escala do mesmo sistema de combate que seria empregado nas Fragatas maiores, para já ir treinando pessoal. Seria uma espécie de “Navio Escola” para os novos sistemas que fariam parte do futuro da Marinha, já que esses navios tem prazo de construção menor e demandam estaleiros menos capacitados para fabricação. Queima alguma grana nesse projeto, visando suportar alguns danos… Read more »
Eles deviam era fazer mais dessas! muito bom o custo benefício pelo tamanho e peso.
RN de vossa majestade, taí um país que num futuro ataque de uma coalizão ao Brazil certamente estará envolvido, como por isso no fundo é a melhor de todas as perguntas.
Estranho essa sua afirmativa. Até porque na recente crise fabricada pelo dueto Macron/Bolsonaro, o Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido falou abertamente que o que o Macron estava fazendo era para consumo político interno, devido à pressão de produtores com a bem provável concorrência com produtos Brasileiros, efetivamente saindo em Defesa do Brasil. E também em tempos não tão distantes, o mesmo Reino Unido declarou que apoiaria o pleito à um assento permanente para o Brasil no conselho de segurança da ONU (o que eu considero uma burrada e que provavelmente hoje em dia não o fariam mais). Além… Read more »
É o que eles querem que pensemos, e a julgar pelos dislikes a estratégia deles é muito boa. Não se esqueça que de início a Inglaterra estava afinada com Macron, só depois que o caldo começou a engrossar muito o teve uma grande hostilização do Brasil em vários lugares do mundo é que eles tiraram o pé, pois poderia isso ter efeito contrário nos abrindo o olho.
Eu penso justo o contrário…a depender do caminho que está sendo percorrido pela RN daqui uns 10 anos eles não terão condições de projetar poder contra uma média potência.
Co-a-li-zão !
Um navio desse seria bem factível para as necessidades brasileiras.
Pois e …..parabens a Royal Navy ..venceu sem sobra de duvidas o melhor projeto .. e sob o teto estabelecido 250 mi libras (+-420 mi euros ) ..uma verdadeira fragata (a desculpa do momento é o preço … acha q sonar de casco e radar fora os sistemas q integram o navio seriam reaproveitados das Type 023 ? ..so mais uma desculpa esfarrapada ..a realidade .. no maximo vão integrar/reaproveitar alguns sistemas de armas como ”Sea/vls” e os Phalanx CIWS se eu n me engano a Projeto Arrowhead 140 tem como base a Classe Iver Huitfeldt q diziam por aki… Read more »
Bruno, 250 mi de libras equivale hoje a 280 mi de Euros ou 307 mi de Dólares Americanos.
ai vou chorar mais ainda heheheheeh… mas e revoltante ..em como rasgamos dinheiro e como nos falta visão ”militar pragmatica” …com 4 bi de doletas resolveríamos o problema das MB em termos de escolta .. so imaginar 12 dessas
falo desse ”projeto/classe ” desde o prosuper … ”absalon/Iver/A-140”… triste
Pois é, e imaginar que a reforma da previdência militar vai economizar 90 bilhões de Reais em 10 anos, mas 80 bilhões vão ser gastos com aumentos de remunerações dos militares.
Se esses 80 bilhões fossem gastos com equipamentos, equivaleriam a 20 bilhões de dólares em 10 anos.
Mas cada país com suas prioridades…
A prioridade no Brasil e manter o status quo das organizações em benefício próprio. Corporativismo na veia em todas as organizações e poderes.
eu mesmo aqui falei da Huitfeldt me disseram que era ruim, mas tem grande sistema antiaéreo.
Parece ser um ótimo projeto, e deste peso garante a estabilidade.
Espero que num futuro não muito distante o Brasil posso ter algumas destas.
Espero que a type 31 e não tenha a mesma fragilidade de estanqueidade da Huitfeldt. Curiosamente assimétrica a posição dos stacks (acompanhando a posição dos motores), apesar da grande boca. O espelho de popa lembra o de navios mercantes, dada a curvatura do casco. Mas pra quê aquelas redes de proteção no topo do bordo externo do fosso da aparelhagem de amarração na popa(rollers, mooring bits)? 😀
Tem fotinho do lado obscuro do bote?
O casco segue o padrão OTAN no tocante a segurança CBRN, shock e proteção de áreas vitais. A parte mais civil está relacionada aos processos de fabricação, layout interno de algumas áreas, geração e propulsão, logo, não seria um bom meio ASW por exemplo, como a Type-26 que é projetada para ser absolutamente silenciosa e tals…
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Alex, acredito que está falando da rede de segurança em volta do perímetro do helipad. É equipamento de segurança comum, mas devido ao design da localização das ferragens de atracação, elas também acabam cercadas pela rede.
Obrigado, Leandro. Eu sei que é obrigatório; mas alguém pode cair do convoo no fosso, deveria haver proteção no limite entre estes espaços…
Alex, acho bem possível que pode haver proteção ali sim, mas que não tenha sido incluída na maquete. Se eu tivesse que dar um chute, eu diria que poderia ser algo semelhante ao que vemos ao redor dos elevadores de aviões em navios-aeródromo. Durante flight ops, ela recolhe para não servir de obstáculo, mesmo que pequeno às operações aéreas, mas quando flighs ops secured, imagino que ela seja erguida. Enfim, devaneios pessoais acerca do assunto.
Confundi a Huidfeldt dinamarquesa com a Fritjof Jansen norueguesa. Freud explica… Desculpem.
Barco construído sem muitas requisições combate, vai mostrar bandeira pelo mundo, barato, armado e com pouca tripulação( aqui náo gostam disto, veja NR tripulantes das corvetonas ) Ingleses estão fazendo mix entre quantidade e qualidade, ate ressaltaram que vai reforçar vendas para outros paises.
Dá pra cancelar as Tamandaré e encomendar umas 6 dessa? Alô ministério da defesa Bota o ministro Paulo Guedes pra comprar os equipamentos!
E a Indústria naval britânica vem de pouco a pouco se re-consolidando, ja tem a Type 26 que ja ganhou concorrências a fora e já é favoritas em muitas outras.
Fragata Leve de 5800 toneladas????
e vão ser mais baratas que nossas MEKO
Leander era uma fragata de estilo mais clássico, pequena e estreita.
Para o PROSUPER estaria de bom tamanho ?
Prosuper morreu na gaveta.
Vai assinar no final do ano. Previsto. Pode assinar e pode não assinar. Até lá surgirão comparativos com outros meios de outros estaleiros (chineses principalmente). PDF, PP, Excel. Mostrando que a MB, ao longo do tempo principalmente, pagará mais caro pela Tamandaré. Daqui há 4 ou 6 anos, se o contrato avançar, estaremos falando sobre a segunda Tamandaré. 2019 já existem novas opções de escoltas. 2025 haverá mais. Entrantes chineses, coreanos, turcos, europeus do Norte X ingleses, ítalo/franceses e alemães. Sistemas abertos como o Google. Construções mais simples. O objetivo do navio é engajar e dispensar os mísseis. Estar preparado… Read more »
Sou fã da Classe Absalon dinamarquesa, que originou essa Type 31e.
Um navio grande, altamente flexível, com um armamento relativamente reduzido mas adequado ao nosso cenário estratégico. Um excelente navio para missões como a do Líbano e para grandes deslocamentos no Atlântico Sul.
Fragata leve com todo esse deslocamento?!?!?!
Por falar em concorrência de navios, um meio off-topic, alguma novidade sobre as Tamandarés depois da confusão que o sindicato de Pernambuco causou com o pedido de suspensão do certame?
Confusão iniciada pela própria MB, ao rasgar o edital e selecionar um navio que não existe; ao menos na forma pretendida.
Pra que então edital, concorrência, short list, etc, etc, etc…
Maurício, o edital não previa adquirir navio existente, previa que o projeto poderia ser diferente, melhorado, desde que fosse Baseado em projetos de navios existentes. Apenas para reduzir o risco de se criar algo totalmente novo SEM a experiência de uma classe PARECIDA anterior. A Thyssenkrup já entregou navios Meko 100 de menor tonelagem que o nosso, porém também já entregou navios Meko 200 com tonelagem ligeiramente MAIOR que o nosso. Portanto a empresa “provou” para a MB que possui capacidade para oferecer o navio Meko A100 com BAIXO risco. O resto é má interpretação do edital ou choro dos… Read more »
LH, tu lei edital? Ele e claro:
“O navio deverá estar plenamente operacional”.
Tu conhece alguma Melo 100 vlcom 3500 tons???
Não, não e mesmo. Quem botou o bode na sala foi a MB, agora aguenta o tranco e deixa de fazer concorrência com dois pesos e várias medidas.
Adiciona na lista a SIGMA 10514 com 2600 tons,
Gowind 3000 de 3200 tons (nenhum navio dessa versão foi construído),
E a própria CCT da Marinha.
Mas tirando a CCT todas as demais tem versões menores plenamente operacionais e por serem modulares e permitirem ampliação de tamanho, o critério foi atendido. É esta a interpretação que tenho sobre o que ocorreu na disputa.
Pelo visto mais barato que nossas MEKO e que tem mais espaço para evoluir e se manter no Mar, uma pena, O Brasil poderia ter comprado junto do UK e mandar certas partes nacionais para serem in tegradas no estaleiro da fabricante.
Prezados. O navio é muito bonito, etc. e tal… E francamente, vejo-o como uma plataforma interessante. Mas… Mas temos que pensar para muito além de valores de aquisição ( que, em se tratando de navios com “recheio” completamente novo, estará muito além do que foi divulgado na matéria ), e ir para custos operacionais. Será que um navio como esse, de 6000 toneladas, custaria o mesmo que uma ‘Tamandaré’ ao longo de seus tantos anos operando pelo nosso País…? É mais combustível, mais suprimentos, poderia ter maior tripulação ( muito embora o projeto britânico preveja o mínimo de 100 tripulantes… Read more »
Olá, bem o preço é bom, mas se agente fosse comprar sem a tal transferência de tecnologia e sendo construídas na Alemanha acho que nossas Meko seria um preço parecido… claro que a tonelagem é bem maior e parece ser um otmo meio, mas não se enganem, se for pra ser barato só compra de prateleira msm, se form pra fazer aqui sai o dobro. considerando que as Tamandaré esta sendo um parto, vamos deixar elas e mais pra frente vê o custo beneficio de comprar outra coisa.
Não existe magia na industria naval. De duas uma: ou existem custos muito maiores que foram lançados por fora na contabilidade, pois serão contratados diretamente pelo governo, ou esse navio é projeto mercante disfarçado de militar. É uma conta simples, se você achar um carro com preço 50% abaixo da tabela FIPE, corre que é cilada, tem peça faltando ou problema sobrando. E os europeus recentemente tem feito diversos projetos mercantes disfarçados de militares. São navios que na primeira pancada afundam igual barco de papel. Eles (europeus) podem assumir o risco de terem esses navios para tarefas secundarias, pois estão… Read more »