Treinamento organizado pelos Estados Unidos teve como objetivo incrementar a interoperabilidade entre as Forças Armadas Brasileiras e estrangeiras

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, entre os dias 19 e 30 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), da 60ª edição da Operação UNITAS (UNITAS LX/2019). O exercício marítimo multinacional, organizado pelos Estados Unidos, teve como objetivo incrementar a interoperabilidade entre as Forças Armadas Brasileiras e estrangeiras, além de estreitar os laços de cooperação e amizade. O treinamento ocorre desde 1959 e há 11 anos é realizado no formato anfíbio.

A participação da FAB no exercício foi coordenada pela Ala 12 e contou com a atuação de três esquadrões que compõem a Aviação de Patrulha: Orungan (1º/7º GAV), Phoenix (2º/7º GAV) e Netuno (3º/7º GAV). Na atividade, foi possível realizar o emprego conjunto de meios aéreos e navais em um teatro de operação marítima.

O 1º/7º GAV, utilizando a aeronave P-3AM Orion, foi responsável por realizar as ações de antissubmarino. Dessa forma, o avião tinha o objetivo de proteger os meios navais das ações ofensivas do submarino BNS TUPI, da Marinha do Brasil, que figurava como inimigo no exercício e ameaçava o deslocamento da Força Naval.

A guerra antissubmarino se utiliza de vários sensores para detectar e neutralizar os submarinos. A maioria das táticas dessa ação de Força Aérea consiste basicamente em “escutar” alguma movimentação inimiga abaixo da linha d’água, utilizando-se de sonoboias (boias com receptores acústicos) que são lançadas no mar.

Esses equipamentos podem ser ouvidos e processados pela aeronave durante o voo e podem fornecer a direção e a distância de algum ruído detectado. Após isso, são tomadas diversas atitudes para processar esse ruído e, caso seja confirmado que o mesmo está relacionado ao ruído do submarino inimigo, o próximo passo é neutralizá-lo antes que algum ataque seja despendido contra a Força Naval.

Os esquadrões Phoenix e Netuno, com os aviões P-95BM Bandeirulha, foram responsáveis por realizar as ações de Patrulha Marítima e Controle Aéreo Avançado. Elas consistem em detectar um alvo de superfície empregando os sensores a bordo e repassar as informações para um navio ou uma aeronave, que executará alguma medida de engajamento contra esse alvo.

Além disso, utilizando-se uma das funcionalidades do radar de bordo do P-95, foi possível produzir a base de dados que fizeram parte do planejamento dos meios na fase anfíbia (UNITAS AMPHIBIOUS), que contemplou uma simulação de ajuda humanitária na Ilha da Marambaia. A UNITAS 2019 contou com a participação de unidades navais, aeronavais, aéreas e de Fuzileiros Navais. Estavam presentes, além do Brasil, meios e delegações da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, EUA, México, Panamá, Paraguai, Peru e Reino Unido.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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