VÍDEO: Operação Dragão IX – Marinha do Brasil, 1974
Documentário preservado no Arquivo Nacional da casa civil da Presidência da República mostra a Operação Dragão IX – realizada no ano de 1974 – ocorrida na região de Ilhéus na Bahia com todos os meios aeronavais e anfíbios da época em pleno funcionamento.
Um registro que vale a pena ver, pois poucos da nova geração tiveram o prazer de assistir e participar de uma operação dessa magnitude.
O vídeo mostra os preparativos para a operação anfíbia, o deslocamento dos navios de guerra até o objetivo e o desembarque para a conquista da cabeça de praia.
Entre os inúmeros detalhes interessantes do vídeo estão o Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, com seus aviões P-16 Tracker e helicópteros SH-3D Sea King, o NDCC Duque de Caxias e os veículos EE-11 Uturu do Corpo de Fuzileiros Navais, recém chegados na época.
Legal. Lembro da de 1988, na frente de minha casa, fileiras de Blindados (acho que tinha Urutú ou Cascavel e tbm M-113), deu pra ficar uns 10 minutos na janela olhando a fila sem acabar de tão grande que era. lembro de uns jatos passando tbm, devia ser xavante ja que o AMX ainda não havia sido entregue.
Material excelente, proporcionado pela trilogia, que permite comparar a evolução da doutrina operacional dos desembarques anfíbios, daquela época com a de hoje. Com certeza, o advento dos drones permite fazer um melhor reconhecimento do terreno de desembarque, este só uma das inúmeras inovações, passados 25 anos da produção do vídeo.
45 anos se passaram, amigo.
João, Grato pela correção.
excelente material
Bons tempos que ainda tínhamos uma marinha de guerra, hoje é só sombra do que era.
Pois é, também me pergunto como nos anos 70 pra 80, no auge das crises econômicas a MB esteve em seu auge.
Guerra fria ,tudo era mais barato de comprar sem falar da ajuda financeira do bloco ocidental além de grande quantidade de sobressalentes de peças para as embarcações doadas depois da SGM e também a memória viva dos perrengues da guerra da lagosta e da batalha do Atlântico.
Bom, amigo. Naquela época o “boom” tecnológico não era tão grande como hoje em dia, então os meios eram mais baratos e podiam operar por mais tempo.
Visitei o Duque de Caxias no pier da Praça Mauá em 1975 com meu pai. eu tinha 8 anos !
Lá por 9:30 do vídeo usaram parte da trilha sonora de ‘Where Eagles Dare’ 😀
O album é dos anos 80, estranho
Estou falando do filme com Richard Burton e Clint Eastwood.
https://www.youtube.com/watch?v=8XKGhG0W0LQ
Fiz uma comissão no Duque de Caxias-G26. Quinze dias. Rio-Itajaí-Santos-Rio. Uma Aspirantex para Aspirantes do Quadro Complementar.
As ações dos mergulhadores são muito legais. Parece filme de 007.
Assisti à duas demonstrações de desembarque do CFN lá na Ilha do Governador. Tudo feito às claras e em números reduzidos, apenas para efeito de demonstrações. A infiltração dos mergulhadores foi bem legal. Para os olhos dos desatentos os mergulhadores surgiram como que do nada. Para os mais atentos, alguns poucos acharam estranho um arbusto de vegetação que boiava, mas ia na direção contrária à da maré hehehehe. De qualquer forma, isso tudo seria feito à noite e mostrou para ilustrar como os mergulhadores utilizam o ambiente à seu favor.
1) resgate da história
2) Observar que a parte do CFN na época não estava distante do que havia de melhor no mundo.
3) material muito melhor que o que a MB produz hoje pra divulgação.
4) Mudaram tecnologias e equipamentos mas o cerne desta doutrina continua exatamente igual.
Sim, sim. Digamos que nós tínhamos uma marinha no mesmo nível da francesa, por exemplo. E é incrível também a produção do vídeo, uma produção profissional. Atualmemte a MB produz muito pouco material informativo.
Realmente, hoje filmam mais pessoas comentando sobre a operação do que a operação em si, vale ressaltar também a diferença de estratégia no desembarque.
Nem perto Kommander…em 1974, os franceses já haviam comissionado dois submarinos de propulsão nuclear “estratégicos”e desenvolvido para eles seus próprios mísseis com ogivas atômicas, além de possuírem cerca de 20 outros convencionais todos enquanto a marinha brasileira recém havia recebido o “Humaitá”, único submarino moderno.
.
Além dos 2 NAes da classe “Clemenceau” muito superiores ao “Minas Gerais”,
a marinha francesa contava com mais que o dobro de combatentes de superfície e mais novos também enquanto a marinha brasileira tinha o
velho cruzador “Tamandaré” e 14 antigos contratorpedeiros de procedência americana da II Guerra.
.
Me empolguei e acabei me precipitando, então. Bela resposta, Dalton.
Na verdade os EUA acabaram criaram o conceito “Assalto para Além do Horizonte” onde os navios anfíbios permanecem afastados da costa e tropas e equipamentos são levados à praia através de embarcações hovercrafts e helicópteros ao menos em um primeiro estágio.
.
Lembrando que o conceito Over-The-Horizon Amphibious Operations se baseia no fato de que além das 25 milhas de distância da praia, as forças anfíbias ficam fora do alcance visual e do radar, por causa da curvatura da Terra (que os terraplanistas negam).
kkkkkkkk, sempre os terraplanistas e o buraco tropical no meio da Antartica? Os netos de Hitler moram lá até hj kkkkkk.
Mas a grande maioria das marinhas inclusive a nossa por conta da limitação de meios ainda continua treinando e operando com esta mesma doutrina de 1970. Apenas alguns meios mudaram. E nada ha de errado com esta concepção. E foi mais ou menos isso atras na unitas apenas com outro conceito de exercicio.
Há muitos casos Colombelli onde o modo tradicional se aplica,
em praias não contestadas ou pouco contestadas, cujas ameaças foram eliminadas ou para desembarque de pessoal e equipamento para ajuda humanitária, então se pode dizer que há dois métodos
para se desembarcar em uma praia e antes do surgimento do “hovercraft” e do maior emprego de aeronaves como grandes helicópteros e do MV-22 só havia uma opção.
Mas a forma mais recente é coisa só de cachorro grande.
Mas e se o desembarque tiver que ser em uma praia dentro de um reduto urbano como o litoral carioca por exemplo que existe grande concentração de quartéis e etc, o “hovercraft” se aplica ou a forma de assalto seria a tradicional ?
Colombelli bem lembrado os Russos por exemplo usam esse modo tradicional em exercícios no cáucaso.
Over the horizon* desculpe.
André…o hovercraft tem duas vantagens sobre as embarcações de carga : a alta velocidade que também permite que ele retorne ao navio base rapidamente em busca de mais carga e o fato de que ele pode desembarcar sua carga em locais de acesso impossível para outras embarcações e mesmo navios maiores capazes de fazer uma abicagem só poderão faze-lo em determinadas tipos de praias. . Porém o hovercraft não exclui as demais embarcações que podem transportar até mais mais carga, por exemplo, um hovercraft não é ideal para transportar tropas, sendo necessário a instalação de um módulo com ar condicionado… Read more »
Pois É !!
Ilhéus (Bahia).
Nos Anos 70 e 80, a MB navegava em Qualquer Canto
do Oceano Atlântico !!
Meu Pai é FN (RR), já realizou Vários Desembarques em
Rio Grande, São Sebastião, Ilhéus, Recife, Santa Catarina…
Hoje os Navios já Saem no Piloto Automático pra Itaoca (ES.)
Ótima matéria!
É estranho ver como mudou a estratégia de tomada de cabeça de praia, hoje temos um total de mais ou menos 49 Clanfs e se 10 vão para uma operação desse porte é muito, e o comportamento da infantaria quando chega em terra é como se o terreno já estivesse tomado. O assalto anfíbio mostrado no vídeo no passado é uma demonstração pura e bonita de se ver de uma tomada de cabeça de praia. Verdadeiros pontas de lança ADSUMUS!
Participei de três Dragão, 88, 89 e 90. Duas em Itaoca e uma na Penha – SC. Na de 89 fui o Oficial de Ligação Aérea (OLA) da ForDbq.
Prezado Rinaldo, parabéns pela experiência! abs
Make Brazil Great Again
Make Brasil Have A Real Navy Again
Para mim a marinha brasileira é “hors concours”, gosto dela com ou sem navios , mas, não sei de um período tão memorável ou que tenha durado muito a ponto de querer que ela volte a ser uma coisa que não foi. . Em 1910 vieram os encouraçados Minas Gerais e São Paulo, mas, eles se tornaram obsoletos rapidamente, foram mal mantidos e apenas o “Minas” recebeu uma considerável modernização na década de 1930. . O início da II Guerra encontrou a marinha brasileira em posição inferior à marinha argentina com seus 3 modernos cruzadores e contratorpedeiros igualmente modernos enquanto… Read more »
Perfeito, Admiral Dalton!
Meu Pai tem Várias Estórias de DRAGÃO !!
Ele ficou Vários Anos no Antigo GA (Batalhão de Artilharia).
Teve um Ano que o Oficial (R2) encarregado da Alimentação Errou na Bússola e no Mapa !!
Largou a Tropa sem Café da Manhã !!
Voltou pro QG !!
Tomou Uma Cadeia e Voltou com a Baixa Assinada !!
As vezes eu me pergunto se diante nosso cenario continental e ao mesmo tempo oceanico com interesses apenas em ilhas proximas, se não seria uma opção mais barata e pragmatica ou ainda complementar, prover algum conceito de hidroplanadores de desembarque. Os americanos provem assalto alem do Horizonte com hovercrafts e helis pesados…. Os Russos experimentaram os Ekranoplanos….rapidos como um avião, mas alto custo…. Qualquer desembarque oceanico por embarcação pura ou anfibia é lenta demais….10km /hora é uma eternidade…. Na WWII usaram planadores….muitos se acidentaram, mas hoje em dia….sei lá…uns deles rebocados e que possam pousar e abicar nas praias seriam… Read more »
Magnífico registro histórico, importante para mostrar a importância da continuidade e a razão de existir das Forças Armadas, da Marinha do Brasil e do seu Corpo de Fuzileiros Navais!!!
Adsumus!!!
Bravo Zulu – BZ !!!
Eu estava lá, participei, tinha 20 anos, foi um exercício bem realizado, memorável.
Eu servia no (A11) Porta avião Minas Gerais, Nau Capitânia, infelizmente terminou seus dias no cemitério de navios, como sucata, na baia de Allang na China.
É de fundamental importância esses exercícios, cujo objetivo e importância é preservar a soberania nacional e nos defender caso necessário seja.
Bravo Zulu.
Participei dela pelo bth Riachuelo a bordo do velho Minas Gerais e do golfo 22