VÍDEO: I Simpósio de História Marítima
O I Simpósio de História Marítima tem o objetivo de promover uma História Marítima e discutir suas perspectivas no campo historiográfico brasileiro.
O evento está sendo realizado nos dias 2 e 3 de outubro no IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro), na cidade do Rio de Janeiro.
As palestras ocorrem no período vespertino e a conferência de abertura foi feita pelo historiador Luiz Felipe de Alencastro, das instituições Université de Paris-Sorbonne e EESP-FGV, conhecido principalmente pelos seus trabalhos sobre a evolução do sistema econômico do Atlântico ao longo dos séculos.
Entre os palestrantes das duas mesas redondas está um nome familiar aos frequentadores do site Poder Naval: Fernando Ribas De Martini, mais conhecido aqui pelo apelido “Nunão”. Profissional de comunicação social há três décadas e membro do corpo editorial da trilogia Forças de Defesa entre 2008 e 2016, com centenas de matérias publicadas nos três sites e na revista, também é historiador militar, com mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo. Atualmente, finaliza doutorado em História Econômica pela mesma instituição.
Recomendo à todos. O nível das palestras foi excelente. Acho que muitos vão compreender muito do que se fala aqui sobre transferência de tecnologia, sobre a necessidade de continuidade nos projetos, escala de produção, sobre uma política de Estado clara, de longo prazo para a definição de objetivos estratégicos para as três forças, e nesse caso específico, a Marinha e por aí vai. Obrigado Nunão pelo aviso do simpósio e parabéns pela palestra e pelas pesquisas e pela simpatia. Precisando de alguma coisa aqui do Rio, pode entrar em contato sem problema. Aliás, apenas quando possível (sei que falta de… Read more »
Valeu pela presença e prazer em conhecê-lo, Leandro!
Estou finalizando agora o artigo relacionado ao mesmo tema da palestra, para a próxima edição da Navigator, e quando a revista sair colocarei os links aqui. Então o conteúdo que ficou de fora da palestra será devidamente coberto.
Abs!
Opa! Beleza Nunão! Vou aguardar! 🙂
Muito bom pelo pouco que pude ouvir antes do vídeo ficar indisponível, mas, não entendi
o que o narrador quis dizer nos primeiros minutos sobre “tríplice/três” ser uma influência da marinha japonesa no processo de aquisição de novos meios ???
Dalton, Nessa parte específica da apresentação do Ludolf, que precedeu a minha, de fato faltou que ele explicasse esse detalhe. Mas a gente tem que correr um pouco alguns pontos – e nesse ele correu um pouco – pra explicar melhor outros, então esse ficou mais difícil de entender. Creio que ele tenha se referido ao Julio de Noronha ter se inspirado no programa naval 6+6 do Japão, do final do sec XIX, em que o objetivo era ter 6 encouraçados e 6 cruzadores blindados. No caso brasileiro, o programa Noronha seria uma variação reduzida dessa ideia japonesa, formando um… Read more »
Também fiquei com essa impressão. Salvo engano foi o que acarretou nos navios da classe Kongo para a IJN.
A classe Kongo é de um programa posterior. O Mikasa sim é de o representante deste programa do final do sec XIX.(Não sabia da influência do programa japonês no programa brasileiro).
Wilson,
Essa é uma possibilidade levantada pelo historiador João Roberto Martins Filho, autor do ótimo livro “A Marinha brasileirana era dos encouraçados, 1895-1910: tecnologia, forças armadas e política”‘ de 2010. Martins Filhos foi orientador do palestrante Ludolf Waldmann, cuja fala precedeu a minha no evento.
As mençãos a essa coincidência do programa 6 + 6 de 1895, do almirante japonês Yamamoto Gambei, e a do programa 3 + 3 do almirante brasileiro Julio de Noronha estão nas páginas 68 e 75 do livro, que eu recomendo. É da editora FGV, que tem um site de vendas.
Outro livro que recomendo e trata do programa naval brasileiro da época, da mesma editora, é “Rio Branco: grande estratégia e o pode naval”, de João Alsina Junior, de 2015.
desculpem os erros de digitação. Estou usando um tablet meio velho enquanto o celular carrega.
Legal esses eu não conhecia, o que eu conheço relacionado ao programa brasileiro é uma matéria da Warship International de 1988 que apresenta todos os projetos de encouraçados oferecidos ao Brasil pelos ingleses entre 1904-1914.
https://stefsap.wordpress.com/2016/12/13/the-brazilian-dreadnoughts-1904-1914/
Na época eu estava tentando montar uma árvore tecnológica
brasileira para o jogo World of Warshpis.
Espero que tenha conseguido. Eu gosto do jogo, mas infelizmente no momento relegado à versão ‘blitz.’ Ofereceram o HMS Agincourt como ‘doce’ para os jogadores Brasileiros, mas não o adquiri ainda.
Infelizmente não foi possível.
Apenas o ramo dos DD tem um representante para o tier 10, mas falta designs adequados para os tiers 3, 4, 5 e 9, no caso dos cruzadores não existe nenhum projeto ou mesmo especificação para um navio superior ao Tamandaré, e por fim os encouraçados vão até o tier 8 podendo ter duas linhas até esse nível.
Quanto anunciaram a nação Panamericana, disponibilizei o meu trabalho para a elaboração da arvore Panamericana, principalmente com informações sobre os encouraçados brasileiros.(com a adição dos submarinos no jogo dá até para pensar em colocar o A-11 Minas Gerais).
Eu fiquei sabendo dos submarinos e até cheguei a ver uns vídeos de gameplay no test server.
Infelizmente estou fora do jogo tem alguns anos por motivos técnicos (PC não é prioridade no orçamento no momento) e nem sabia da criação da nação panamericana! Acredito que muita coisa deve ter mudado, mas umas semanas atrás loguei no computador de um amigo e meus navios ainda estão lá hehehehe
EXCEPCIONAL! Grato por compartilhar!
Tenho esse. Excelente.
Obrigado Nunão, provavelmente é o que você escreveu, uma variação do programa de 6 unidades para o Japão, que não ficou muito claro até por conta de ter sido implementado em duas etapas a primeira com 2 unidades e a segunda com 4 unidades sendo o “Mikasa” lembrado mais abaixo pelo Wilson fazendo parte desse segundo grupo e que pela importância histórica me fez adquirir um modelo na escala 1/1250 muitos anos atrás.
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Posteriormente os japoneses vieram à adotar o 8 + 8 que provavelmente confundiu o Leandro já que este plano envolveu a classe Kongo citada por ele.
Eu entendi que o programa só veio à frutos mais tarde já por volta de meados à final da primeira década do século XX, e que não havia sido o mesmo programa do Mikasa.
Então aprendi algo novo hoje hehehehe
A crítica feita na época pelo Alte. Alexandrino ao programa do Alte. Noronha é que o armamento dos encouraçados planejados já estava defasado (snme, era 10in), e que os cruzadores blindados tiveram participação menor em Tsushima e que o grosso da tarefa foi executado pela ponta de lança da linha – os encouraçados Mikasa, Shikishima, Fuji. e Asahi. Parecia uma crítica pertinente, em que pese a presepada do Alexandrino nas audiências no Congresso, bem documentada no relatório de 1915 (eu mesmo caí no papo dele…). Essa conclusão foi de certa forma enganosa, pois a maior parte dos tiros que atingiram… Read more »
Essa falta de precisão, que você bem apontou se devia aos péssimos controles de tiro disponíveis na época. Eles não acompanharam o aumento do alcance dos canhões e uma das soluções apontadas na época era padronizar o armamento em um único calibre. Estranhamente após Tsushima, a conclusão de muitas marinhas foi de que os disparos de grande calibre que acertavam o alvo eram os que definiam o resultado da batalha e não o dilúvio de fogo dos canhões de médio e pequeno calibre, além de terem que melhorar os controles de tiro. Por isso o Dreadnought era armado apenas com… Read more »
Me inscrevi, mas tava atolado de trabalho e não pude comparecer. Too bad…