VÍDEO: US Navy lança Naval Strike Missile de um LCS em exercício SINKEX
A US Navy testou seu mais recente míssil antinavio em um exercício em Guam, anunciou o serviço na terça-feira.
O Littoral Combat Ship (LCS) USS Gabrielle Giffords (LCS-10) disparou um Naval Strike Missile (NSM) no ex-USS Ford (FFG-54) como parte de um exercício SINKEX conjunto com a Marinha da República de Singapura a cerca de 170 milhas náuticas do território dos EUA na segunda-feira.
O Exercício Pacific Griffin foi o primeiro tiro em SINKEX para a Marinha dos EUA após um contrato de US$ 14,8 milhões em 2018 com as empresas Raytheon-Kongsberg para o primeiro lote de mísseis para as duas classes de LCS.
A adição de um míssil anti-superfície além do horizonte para o LCS é um grande impulso de letalidade para ambas as versões dos navios que foram otimizadas para ameaças de superfície menores – como pequenas embarcações de ataque rápido, disseram autoridades ao USNI News.
“Isso muda o jogo para o LCS: eles ainda têm sua missão, sua missão focada e todas as coisas que farão no mundo das guerras de superfície e na guerra antissubmarino e contramedidas contra minas”, disse contra-almirante Casey Moton, oficial do programa para combatentes não tripulados e pequenos, ao USNI News no início deste ano.
“Agora, todos os LCS existentes não podem ser ignorados.”
O comandante das forças navais de superfície vice-almirante Richard Brown disse ao USNI News que o míssil a bordo do LCS complicaria a maneira como os adversários terão de lidar com a Marinha dos EUA.
“Eles realmente tinham que descobrir onde estava o porta-aviões, agora em conjunto com tudo o que estamos fazendo, não apenas no LCS, mas os cruzadores e destróieres, qualquer adversário em potencial precisa se preocupar com a localização de todos os navios por causa do problema do alcance dos sistemas de armas que estamos colocando neles”, disse.
O NSM está em serviço com a Marinha Real Norueguesa desde 2012. O míssil subsônico tem um alcance de cerca de 100 milhas náuticas e custa um pouco menos que um míssil de cruzeiro Raytheon Tomahawk Block IV (cerca de US$ 868.000 em 2018).
O Giffords é o primeiro LCS a ser desdobrado com a arma; no entanto, o serviço testou o NSM do LCS antes do desdobramento deste ano.
O míssil do Giffords não foi a única arma disparada contra a antiga fragata USS Ford da classe “Oliver Hazard Perry”.
“Juntamente com o USS Gabrielle Giffords, várias outras unidades participaram do SINKEX, incluindo mísseis lançados de aeronaves de patrulha marítima dos esquadrões de patrulha VP-1, VP-5 e VP-47; bombas lançadas por bombardeiros B-52 do 69º Esquadrão Expedicionário da Força Aérea dos EUA; e mísseis Harpoon superfície-superfície lançados das fragatas furtivas multifuncionais da República de Singapura RSS Formidable (FFS 68) e RSS Intrepid (FFS 69)”, diz um comunicado da Marinha.
FONTE: USNI News
Cadê o resultado final?
Parece com o terceiro teste do míssil Mansup.
Vai saber se a valente FFG só afundou mesmo porque lhes deixaram abertas as escotilhas das anteparas… Acho que navio de guerra bom só afunda em ação quando tem a quilha partida por torpedo…
O “Eilat” israelense e o “Sheffield” britânico são dois exemplos de navios que
foram vitimados por mísseis quando em ação, além do mais é necessário
testar outros tipos de armas por mais que se prefira o bom torpedo 🙂
Caros Colegas. Lembrei da discussão tempos atrás sobre a fumaça expelida pelo motor nacional instalado no Exocet. Parece que este míssil em o mesmo comportamento… primeiro a fumaça vermelha da queima dos nitratos durante o lançamento, depois o rastro de fumaça branca…
Esse míssil agrega tudo de melhor que um míssil antinavio pode oferecer. Só é superado pelo LRASM e pelo Tomahawk Block V. Vejamos algumas características: Pode ser lançado de terra, navio, submarino, avião e helicóptero. Pode atingir alvos em alto mar , atracados ou alvos em terra É altamente furtivo, com baixa assinatura radar e térmica Tem um sistema de orientação baseado em imagem IR de duas bandas com capacidade de aquisição automática de alvos e de selecionar o ponto de impacto no alvo É completamente integrado ao conceito NWC sendo dotado de um sistema de datalink bidirecional Tem alcance… Read more »
Bosco, seria ele compatível com nossos Submarinos da Classe Riachuelo? Se sim, a MB deveria ir atrás desse míssil ontem!!!
Notável o combustível empregado que não deixa aquela esteira de fumaça branca de alguns misseis mais antigos. Isso reduz a rastreabilidade do lançador que fica menos sujeito ao fogo de contrabateria.
Oi Luiz eu acho que no início ele deixa sim…
Oi Tom… Se fosse apostar diria que é incompatível com os SBR. Seria talvez o caso para as Tamandaré,, mas por melhor que seja, eu teria alguma dificuldade para justificar a substituição dos Exocet e desenvolvimento do mansub em troca desde novo míssil importado
Tomcat,
A bem da verdade a versão lançada por submarino ainda não está concluída, mas tudo indica que tal versão será compatível com tubos de torpedos de 533 mm. Ou seja, em tese, sim, o NSM versão “submarina” poderá ser lançado da classe Riachuelo.
Agora, se você me perguntar que eu acho isso necessário, eu diria que não. Podemos nos virar com a versão submarina do Exocet que já existe e já deve estar prevista no sistema de combate do submarino.
Valeu Bosco.
Não sacaneia o menino, Bosco. Vai lançar de submarino um míssil com motor que aspira ar pra queima?
Tomcat, a MB deveria ir atrás desse míssil para ontem sim, mas não por causa da versão lançada por submarino, mas pela lançada pelos Seahawk!
Já está integrada aos vetores e seria um divisor de águas nas capacidades anti-navio da MB. Além do alcance OTH do NSM, muito superior aos Exocet e Mansup que operamos hoje, soma-se o alcance do helicóptero e seu radar. Como as Tamandaré poderão operar com os Seahawk, elas teriam uma capacidade invejável neste quesito. Isso sem contar o Atlântico.
O nosso Exocet não serve mais pra nada em um conflito real, não tem um RCS baixo pros dias de hoje, ogiva pequena e so conta com sensores ativos.
Essa obsessão por independência tecnologia com medo dos embargos si nos levará à obsolescência tecnologia.
Augusto,
Não é bem assim não. Radares ativos ainda têm muito chão pra trilhar. Só de curiosidade , russos e chineses não têm nenhum míssil antinavio que não seja guiado por eles. Mísseis supersônicos antinavios e seeker IR não combinam muito bem.
Mas ele tem outras vantagens como a velocidade.
Caro Augusto. Acho que o problema é bem mais complicado que medo de embargos. Acho que antes de tudo, é um problema de comércio exterior. Sendo importado, tem que ser pago com divisas. O que é nacional é pago em reais. Outro problema é acesso à manutenção, revisão e sobressalentes. É mais caro e demorado manter um contrato de manutenção com uma empresa estrangeira do que com uma empresa brasileira. Tem o problema do “puxadinho”, que a gente já se acostumou a ver na aquisição de excedentes dos EUA. A venda do material só ocorre com a contratação de outra… Read more »
Uma compra de mísseis externos não ira afetar a balança comercial brasileira, seria insignificante no todo, sem contar que as empresas estrangeiras ja tem um supply chain muito mais desenvolvido, ou seja, esse problema de logística seria maior com um míssil nacional, sem contar que a comprar de um míssil estrangeiro economizaria dinheiro que seria investido em outras aéreas, quanto a manutenção a mesma poderia ser feita aqui, geralmente as empresas estrangeiras quando vendem equipamentos montão unidades no pais para apoiar o uso do equipamento, até mesmo um contrato de compensação poderia estar embutido na comprar do míssil para reduzir… Read more »
Letalidade distribuída é isso aí. Que bom que deu pra adaptar o modesto LCS ao novo cenário de ameaça e competição, e ainda não ouvir as chorumelas sobre canhões…
Alex,
Acho que logo logo veremos esses mísseis em alguns navios LPD e LSD dentro do conceito “letalidade distribuída”.
O que seria notável, já que não são combatentes e não se espera que trilhem harms ways. Já li em algum lugar que até navios de apoio logístico vão ter que se virar em caso de conflito. De toda forma…
Anfibios tem trilhado o “harms way” tanto que normalmente há um “ARG” no Oriente Médio e normalmente o “LPD” destaca-se do grupo operando sozinho para que uma área maior possa ser coberta afinal a US Navy tem missões demais e navios de menos e está se testando um novo conceito de unir um “LPD” a um “Arleigh Burke” ,
Onde eu encontraria mais informações sobre esse conceito Burke+SanAntonio? Atualmente, não tem ARG no Oriente Médio (apenas ali nas cercanias das Filipinas), o que não significa que não possam ir pra lá eventualmente. Minha opinião é de que a América não quer treta com ninguém. Nem as promessas Russas de nuclearizar Bolívia e Cuba (sem contar o que já faz na Venezuela, e sem levarem conta a penetração nem tão discreta da China nestas bandas) acenderam alguma luz vermelha no governo Trump, metido em problemas domésticos consideráveis (intimações disparadas a esmo…). Outra opinião é a de que a arquitetura de… Read more »
Tente o link abaixo Alex, talvez seja útil. . https://news.usni.org/2019/01/03/navy-tests-littoral-combat-group-concept-that-pairs-ddg-lpd-in-south-america-deployment . Quanto ao “ARG” que você observou, ele está retornando a costa oeste e aproveitou a ocasião para um exercício com o USS Ronald Reagan, mas, o “ARG” substituto ainda não está pronto assim como não está pronto o “CSG” que irá substituir o que encontra-se hoje no “OM”, ou seja, mesmo com essa crise com o Irã, haverá uma diminuição significativa de meios na região ao menos por um tempo. . Em caso de necessidade, manutenções de rotina podem ser adiadas e treinamentos acelerados, mas, não há nenhuma necessidade… Read more »
Grato pelo link, mestre Dalton.
“Já li em algum lugar que até navios de apoio logístico vão ter que se virar em caso de conflito”
Essa é a vantagem de sistemas defensivos autônomo como o Phalanx e o SeaRAM. Basicamente é só ter um lugar pra instalar, um cabo de energia elétrica , um conduíte e um console de controle.
Bosco, como você provavelmente sabe, durante a guerra fria os navios logísticos da US Navy contavam com sistemas defensivos
como o “Phalanx” por exemplo, mas, com o fim da guerra fria os navios foram transferidos para o “MSC” e hoje embarcam apenas metralhadoras .50 além de armas menores que já provaram sua utilidade contra “piratas”.
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Há previsão de fato para em caso de necessidade sistemas de defesa de ponto voltarem a ser embarcados, mas, isso poderá nunca acontecer e será no fim das contas melhor do que nada.
It float it fight. Mas PDMS é pouco pra alvos premiados… Garantem que podem botar lançadores (e a suite eletronica necessária, nem que seja apenas um link de capacidade de engajamento cooperativo remoto, suponho) em qualquer navio com espaço no deque… Vão colocar esses lançadores nos grandes EFPs, que vão estar sempre muito próximos de hot points.
Ops, não são EFPs mas ESDs e ESBs…
Está se buscando novas funções para os “EPFs” também, como guerra de minas.
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Quanto aos “ESDs” aparentemente se ficará com os 2 já incorporados , enquanto há espaço para mais “ESBs”, 2 já incorporados, um que deverá ser entregue ainda esse mês e outros 3 já em construção ou contratados.
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Um dos “ESBs” justamente o baseado no Golfo Pérsico teve seu prefixo alterado de USNS para USS por conta de que certas missões exigem um navio de guerra tripulado por pessoal da marinha, mas, ainda não se sabe os demais terão seus prefixos alterados.
Agora só falta instalar lançadores de ESSM no convés
Interessante, um míssil que parece apostar suas fichas na descrição, certamente é um característica que ajuda a cumprir a missão sem depender de um perfil de voo baixo por todo o trajeto, logo deve possuir um alcance maior.
Isso sim é tecnologia. Ē tem retardado aplaudindo a Coreia do Norte.
O navio lançador transforma-se em alvo fácil -parado- para fazer o lançamento. É preciso faze-lo parar para o lançamento?
PQ pára, então?