Fragatas F110: Gabinete espanhol aprova financiamento de €1,6 bilhão
Acordo com a Navantia para o desenvolvimento de fragatas F110
O Conselho de Ministros autorizou o Ministério da Indústria, Comércio e Turismo a assinar um acordo com a entidade Navantia S.A., para o programa de desenvolvimento das fragatas F110. O montante, constituído por empréstimos com juros zero, sem requisitos de garantia, eleva-se a um máximo de 1,638 bilhão de euros em 7 anos (de 2019 a 2025).
O projeto das fragatas F110 permitirá que a Navantia seja digitalizada por meio do programa Shipyard 4.0 e contribuirá para colocar a empresa como líder mundial no mercado de fragatas, dando continuidade ao compromisso tecnológico e industrial da Espanha nesse segmento.
A assinatura deste contrato garante a aquisição de cinco fragatas F110 pelo Ministério da Defesa da Navantia, empresa selecionada por suas capacidades e experiência na construção de navios de guerra de alta tecnologia.
O programa Fragata F110 envolve um alto conteúdo tecnológico e industrial do qual a Navantia se beneficia, bem como sua cadeia de suprimentos de fornecedores espanhóis de materiais, telecomunicações, sistemas de defesa, propulsão, etc.
O programa representa uma contribuição para o PIB espanhol de 590 milhões de euros por ano e um impacto de aproximadamente 7.000 empregos. Isso garantirá carga de trabalho para a Navantia por 10 anos.
As fragatas incorporarão tecnologia de ponta nas seguintes áreas: testes hidrodinâmicos do navio para reduzir o consumo e reduzir a detectabilidade, motorização híbrida com motor elétrico e turbina a gás, sistema de informações a bordo integrado (incluindo manutenção do navio), sistema de combate integrado, segurança cibernética, mastro integrado com sistemas VHF, radar, guerra eletrônica, comunicações, navegação, etc.
A Comissão Conjunta de Monitoramento e Controle de programas de tecnologia industrial relacionados à defesa foi designada para monitorar os termos do acordo.
FONTE: Governo Espanhol
Interessante a maneira de justificar, mostrar ganho de PIB, aumento de emprego, por quanto tempo.
Podíamos pensar em mostrar usando essa ótica.
Consegue apoio da população
A cabeça do brasileiro não é a cabeça do espanhol. Aqui investimento das forças armadas sempre vai ser inútil na maioria das cabeças dos brasileiros.
Isso porque o povo não sabe o que é feito com dezenas de bilhões de dólares, gastos nas forças,todos os anos, que não são para torna las fortes e atuantes,. Se souberem teríamos convulsões.
Concordo. As vezes eu acho que falta as nossas FA’s uma mentalidade de “chegar junto” a população, de mostrar que investir em armamentos e em projetos estratégicos é importante ao país no sentido de gerar postos de trabalho e que é benéfico a nossa industria e economia do país. O problema das nossas FA’s é que, de maneira geral, e com uma ou outra exceção, elas agem como um clube fechado e acham que não tem que prestar contas ao povo. Teve uma vez em que eu dei essa idéia, aqui na Trilogia, sobre uma maior aproximação das FA’s com… Read more »
Além disso falta uma ameaça hostil de algum país contra o Brasil,se aparecesse uma venefavela nos ameaçando ou até mesmo uma agressão contra um meio militar nosso,num estante ,muita gente que critica iria até levantar as mãos e até acender vela em agradecimento para Duque de Caxias,Almirante Tamandaré e Eduardo Gomes…
De acordo com o Sr. Wilber. Mentalidade atrasada de segmentos das Forças Armadas impedem qualquer modernização.
De fato, os 3 milicos que disseram isso são absolutamente estúpidos. Assino embaixo do que você escreveu, as FFAA são muito fechadas em si, só tem contato com a população em datas comemorativas ou em operações GLO.
Sou a favor de que a população pudesse investir em startups na área de Defesa, mas isso é um sonho.
Boa análise, a MB deve fechar o acordo das tamandares agora em dezembro, já poderia fazer um relatório com as informações para construção de 4 unidades, 8 unidades e 12 unidades de embarcações.
“Interessante a maneira de justificar, mostrar ganho de PIB, aumento de emprego, por quanto tempo.
Podíamos pensar em mostrar usando essa ótica.
Consegue apoio da população”
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A MB faz isso, mas tanto você como os outros 99,99% da população, não ficam sabendo.
Então ela não está fazendo direito.
Bardini, com todo respeito. Ela não faz direito então..só tem divulgação de festa, jantar frescuras comemorativas para o clubinho restrito delas. E notas contra a reforma.
Em primeiro lugar tenta unir, mostrar em números o ganho em PIB, ganho em patentes , ganho em royalties de patente, emprego gerado diretamente e indiretamente.
Tua resposta rápida sem argumentos mostra que a tão criticada arrogância das FA vive em ti.
Lembrando militares estão para servir o governo do Brasil que está para servir a população
Ahhh, vá se catar… . Essa propaganda do Governo Espanhol a respeito da Classe F-110 trouxe todos os dados que tu quer saber da MB? . Quantas apresentações das FFAA tu já assistiu na Câmara, já que fala como cidadão interessado no assunto??? . Lá as forças levam um resumão bem digestível, que vem sendo divulgado para políticos e sociedade TODOS os anos. As 3 Forças vão lá mostrar o que estão fazendo, o que querem fazer, dizendo sempre que cada Real investido em defesa retorna quase x Reais, quantos empregos diretos e indiretos tal programa gera e etc… .… Read more »
Bardini poste exemplos concretos se ficou dodói paciência, se é funcionário público que acha que tá fazendo favor ao trabalhar, mostra que de fato o que sempre achei todo serviço público merece ser privatizado.
Olhar na camara as FA tem obrigação de prestar contas não é favor é obrigação
Essa política de “desenvolvimento próprio ou TOT” me parecem balela na América do Sul. Se gasta o que não se tem, se beneficia às mesmas empresas de sempre (normalmente envolvidas em algum escândalo de corrupção) demora “séculos”, e depois se perde a capacidade de construção. Este tipo de aquisição de meios, só é viável em países cujas Fa’s estão no estado da Arte ou próximas disso. No caso do nosso continente, apenas Canadá e EEUU podem se dar esse luxo. O resto constrói navios de pequenos a médios ou, sacrifica o resto da força pra construir um determinado produto. Assim… Read more »
Olá Glasquis. Acho que existem outros complicadores. Eu e o Esteves estávamos discutindo pontos relacionados a essa questão. O primeiro problema é o projeto do navio. Um escritório que tenha um histórico de evolução em um tipo de navio (fragata, submarino, corveta…) tem a chance de implementar sucessivas melhorias a cada nova classe que seja lançada. Coisas como novos materiais, layout, facilitadores para a construção, etc. Uma marinha até pode começar sua própria classe, mas a chance de alguns erros é muito grande (acho que isso aconteceu com as corvetas). Quanto às técnicas de construção, acho que o problema nem… Read more »
Acho que vc já deu uma viajada. (com todo respeito) O problema está em que o Brasil, cada vez que vai reequipar uma força com algum médio de grande monta (Caças, Submarinos, Fragatas, corvetas, etc.) gasta uma fortuna comprando ditos médios com TOT e capacidade de construir localmente mas sem pensar num pequeno detalhe. Pra todo construtor sobreviver , precisa ter compradores. Assim, mantem uma doutrina de construção. No Brasil se vendeu quantas Fragas, quantas corvetas ou quantos submarinos? Y pior, cada vez que precisam renovar a frota, se faz o mesmo. Compras com TOT pra vender pra ninguém e… Read more »
Quer um pequeno exemplo? A MB, décadas atras, decidiu que os subs seriam alemães. Pagamos o ToT, construimos algumas unidades. Décadas depois, a mesma MB decidiu que os próximos subs seriam franceses, principalmente por causa do nosso sub nuclear. Lá vamos nós pagar de novo ToT pra construir submarino francês aqui. Mas e o que foi gasto lááá atrás com o ToT dos subs alemães? E o conhecimento? Vai se perder pra dar lugar aos subs franceses? Será que não houve ninguem no almirantado, já naquela época, pra pensar “vamos escolher o francês agora, porque temos um projeto de sub… Read more »
Tem o AMX, a Barroso, as Niterói, e por aí vai.
Agora, quem compraria um Scorpene feito no Brasil se pode comprar direto do fabricante? A própria Suécia está sofrendo pra vender Gripen, imagina o Brasil, então, eu tenho observado que, tecnologia militar não se aprende, se desenvolve. Não adianta comprar com TOT se não tiver um mercado garantido. Outras marinhas da região vendem mis do que a MB e gastam muito menos.
Pagar por TOT, e depois não vender nada não dá mesmo e o contribuinte pagar por esse exagero.
Sem comprador não adianta…compra de prateleira mesmo.
Rodrigo, É bem por aí. Primeiro se deve equipar a força pra manter doutrinas e capacidades de dissuasão, logo se pensa em mercado interno, mão de obra, balança comercial etc. Mesmo por que esses assuntos são responsabilidade de outros ministérios e não do MINDEF. As FAs devem fornecer dissuasão. O resto poderá vir caso nesse mostre viável mas, até lá, se deve zelar pela manutenção da força. Forças de outros países na região, vendem serviços e produtos militares sem comprometer suas capacidades. Caso de Colômbia, Chile e Peru. Tal vez, agora o México também consiga fornecer pois caba de construir… Read more »
Ishi,e nósssssssss…………………………..
Nem quero comentar.
As Meko vão chegar aqui, quando o mundo acabar em 2035.
Segundo as profecias.
Bonitona
Espero que sejam bons navios, não só bonitos, ultimamente a Navantia é a rainha dos navios Bambi, bonitinhos mas ordinários…
Notei que os projetos europeus, em especial, estão todos colocando estas pirâmides do Egito aí na frente do navio, para acomodar radares, sensores e etc… é meio que um lugar comum de estilo para diminuir detecção por inimigos?
A altura das torres- aconteceu tambem com o Pattugliatore Polivalente d’Altura da MM- é questionamento frequente, talvez por isso a matéria sobre a curvatura da Terra e seu impacto no alcance do radar naval .
Mastro integrado, diferente das F-100 é uma fragata multimissão pelo equipamento, não vejo sonar arrastado somente de casco, se os lançadores forem realmente os Sylver poderiam ser entre os A-30/43/50 ou 70 (mais provavel o A-50), as 4 versões disponiveis, nesse caso acredito que os misseis poderiam ser os Aster 15 / 30. Noto uma mudança em relação às suas fragatas anteriores, com mais equipamentos europeus em detrimento dos norte americanos.
“diferente das F-100 é uma fragata multimissão pelo equipamento” . Os navios da classe “Álvaro de Bazan” são multimissão. . “não vejo sonar arrastado somente de casco” . Pelo que lembro, esses navios vão contar com VDS. Na imagem da matéria, cita-se o ATAS, que é um VDS da Leonardo. . “se os lançadores forem realmente os Sylver poderiam ser entre os A-30/43/50 ou 70 (mais provavel o A-50) as 4 versões disponiveis, nesse caso acredito que os misseis poderiam ser os Aster 15 / 30” . Na imagem, citam 2×8 módulos Strike Lenght, ou seja, será Mk-41. E não… Read more »
Caro Bardini, escrevo algumas observações para sua apreciação, abraço. “Os navios da classe “Álvaro de Bazan” são multimissão.” As F-100 foram projetadas tendo como função principal a defesa aérea, por isso o grande número de misseis A A. . “Pelo que lembro, esses navios vão contar com VDS. Na imagem da matéria, cita-se o ATAS, que é um VDS da Leonardo.” . Se contarem com o ATAS que não consta na figura do site então terão radar rebocado, obrigado pela informação. https://www.leonardocompany.com/en/press-release-detail/-/detail/leonardo-sonar-euronaval-2016 . “Na imagem, citam 2×8 módulos Strike Lenght, ou seja, será Mk-41. E não tem motivo pra ser… Read more »
Olá Colegas. A existência de um grupo industrial forte (Navantia, DCNS, BAE, Ficantiere…) geralmente recebe as encomendas de seus governos. A ideia de uma licitação internacional parece ter como foco o projeto do que a escolha de um estaleiro em si. O estaleiro poderia até ser um coreano ou chinês. A construção de um navio de guerra demanda algo em torno de 4,5 milhões de homem-hora (ver “Estimating the Cost of Naval Ships”, 2012), a maior parte empregada no estaleiro. Isso significa que uma expressiva parte dos recursos são usados em salários do pessoal em torno do estaleiro, o que… Read more »
Mestre, Deixa ver se entendo. Espanhol compra de espanhol, franceses na França, alemães na Alemanha. Ok. Lá não tinha esse negócio de Mercosul. Não tinha. Agora italianos juntam-se com franceses. Mas não entram na Espanha. Ok. O foco de uma licitação internacional é construir um projeto nativo. Assim como os fenícios montavam navios modulares há 3 mil anos. Assim como não fizemos com a CCT. O estaleiro pode ser qualquer um. Mas precisa estar no país que faz a encomenda. Como a Ficantieri nos EUA. Ok. E como, se assinarmos, faremos com o Consórcio Águas Azuis. Modelo eterno da indústria… Read more »
Olá Esteves. Fiquei sem entender o que o Mercosul ajuda ou atrapalha… acho que difícil comparar montadoras e estaleiros porque de um lado tem um produto produzido em massa para vender milhares de unidades por ano; agora um navio de guerra é bem diferente. A experiência da corvetas da MB deixa claro a importância do histórico de projeto. Portanto, considerando a complexidade e o custo de um navio de guerra, o mais adequado é contratar um grupo que já tenha essa experiência. Isso minimiza a possibilidade de problemas. A fabricação dos SBR mostram que é possível implementar técnicas inovadoras de… Read more »
Nas F-100 sao 4 x 8 vls, total de 32 lançadores, nessas F-110 serão apenas 2 x 8 vls, total de 16 lançadores.
Belissímo projeto, atual e no estado da arte,…. parece. Pena que não colocaram o “bom e velho” 40 mm. que muitos ainda acham necessário. Devem vir aprender com o projeto das Tamandarés. Ou não, como dizem por aí.
Vi que tem 2 canhões de 30mm.
Programa de desenvolvimento + 5 fragatas + financiamento com juros zero = 7 mil empregos. 1.6 bilhões de euros. 7 anos.
Aqui disseram 3 mil empregos. 1.8 bilhões de euros. 4 corvetas. Sem meta.
5 fragatas farão da Navantia a líder mundial? E a Naviris, joint venture entre o Naval Group e Fincantieri? E os coreanos? Chineses?
Inveja santa…
os espanhois são cientes de suas obrigações para a OTAN e a importancia de se manter atualizados militarmente:ja passaram por uma guerra civil ,viram o apocalipse que foi a SGM acontecer bem ao lado e junto com o resto da europa ocidental viveram o temor de uma invasão sovietica que poderia se expandir para uma guerra nuclear total alem disso sabem que para manter uma industria de defesa ativa e inovadora e nescessario investimento constante na aquisição e desenvolvimento de sistemas de armas com o maximo de nacionalização possivel
Belíssimo Navio. Bem que o Brasil poderia fazer uma classe de Destróier baseado na F-110. Igual fez a Austrália a Classe Hobart baseado na F-100.
A negociação para a aquisição desses navios demorou quanto tempo?