ARM Reformador completa provas de mar no México
Caças F-5 participaram das provas do novo navio da Armada de México, versão da família Sigma 10514 de construção modular dividida entre a empresa holandesa DAMEN e estaleiro da Marinha Mexicana, classificado localmente como ‘patrulha oceânica de longo alcance’
A Marinha mexicana (Armada de México – ARM) divulgou nota, em 13 de dezembro, sobre o término das provas de aceitação no mar (SAT – Sea Acceptance Trials) de seu novo navio de patrulha oceânica de longo alcance (POLA – Patrulla Oceánica de Largo Alcance) ARM Reformador (POLA 101). As provas de mar foram realizadas entre 18 de novembro e 9 de dezembro, nas imediações das costas de Oaxaca e Guerrero, visando o aprontamento final para entrada em serviço ativo.
Após 3 anos desde o início de sua construção, o navio realizou provas de seus sistemas de propulsão, maquinaria, comunicações e sensores, contando com participação do pessoal do Estaleiro de Marinha Número 20 (Astillero de Marina Número 20) da empresa DAMEN e da tripulação do Reformador. As provas foram certificadas por uma comissão avaliadora e receptora da Secretaria da Marinha e uma empresa classificadora, que validou os protocolos de prova como parte do processo de entrega do navio.
Participação de caças F-5 da Força Aérea Mexicana – Durante as provas do sistema de armas, houve a participação de dois jatos de combate F-5 Tiger da Força Aérea Mexicana, aviões considerados adequados para os testes de detecção de alvos em voos supersônicos, assim como detecção e seguimento de objetivos múltiplos.
Missões e características do ARM Reformador – O navio deverá contribuir para preservar a soberania e independência, vigilância do entorno marítimo, treinamento e manutenção da ordem constituicional, operações multinacionais e de manutenção da paz, busca e salvamento de longo alcance para salvaguardar a vida humana no mar e ajuda humanitária.
O navio, segundo a Armada de México, tem comprimento de 107.14 metros, boca de 14.02 metros, deslocamento de 2.570 toneladas, velocidade máxima de 27 nós, com propulsão combinada diesel-elétrica e autonomia de 21 dias no mar. Sua construção foi iniciada em 2017, dividida em cinco módulos, dois deles fabricados pela empresa projetista e construtora DAMEN na Holanda e três no México, no “Astillero Número 20”. No total, foram empregadas 1.979.800 horas-homem no México e no exterior, gerando mais de 400 empregos diretos e mais de 2.000 indiretos.
Segundo o site Naval Today, o armamento do navio é composto de mísseis mar-mar Harpoon Block II, mísseis antiaéreos RAM de curto alcance em lançadores conteiráveis e de médio alcance ESSM em lançador vertical de 8 células Mk56. Para a defesa eletrônica, o sistema é o RIGEL, da Indra.
A Thales é responsável pelo fornecimento do sonar Captas-2, dos radares SMART-S Mk2 (busca aérea e de superfície), STIR 1.2 EO Mk2, e do sistema eletro-óptico de segurança Gatekeeper, o primeiro do tipo a ser exportado.
A intenção da Marinha Mexicana é adquirir até oito navios do tipo, porém apenas o ARM Reformador foi encomendado e construído até agora.
FOTOS (construção e lançamento): ARM e DAMEN
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2.500 toneladas
Custo entre U$ 380 e U$ 440 mi.
As nossas Fragatas Tamandaré, Meko A100 deslocarão 3.500 toneladas e custarão aproximadamente o mesmo.
Foi ou não foi uma boa escolha da MB?
Para mim, foi uma ótima escolha.
Resta saber sobre a escolha dos sensores e armamentos. Espero que fujam um pouco do tradicional e optem por armamentos de melhor custo/benefício, opções fora da caixa.
É, parece que sim.
Bem, minha corveta favorita é MEKO 150 agora.
As nossas CV’s serão estilo a Meko 200 com deslocamento de 2.800 a 3.000 ton. Dependendo das exigências da MB…
Quem conta um conto aumenta 1 ponto.
400 empregos diretos. Aqui disseram 3 mil reduzidos para 2 mil.
2000 empregos indiretos. Sei. Conta de sentimento.
A intenção é montar 8. Pelo jeito vai montar uma e ver como é a operação.
Os custos são estimados. Quanto custam só no contrato que ninguém mostra. Como aqui.
A corveta mexicana tem equipamentos/armamentos superiores.
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ESSM, Harpoon, Captas-2, RAM e por aí vai…
Bardini, eu nao “manjo” muito do assunto, mas a configuracao das tamandares ja foram definidas?
Amigo vc esta equivocado… Observe direito as características das Tamandarés e vc verá logo de cara que as novas CV da MB são superiores… sistema de lançamento vertical já derruba sua tese… E radar Artisan 3D também… Fora as outras características de armamentos e automação… Mas se não tiver preguiça… Leia e busque infirmações !
Acho que você não sabe do que está falando. . “sistema de lançamento vertical já derruba sua tese” . O POLA mexicano tem VLS MK56 de 8 células e terá um míssil superior ao Sea Ceptor em alcance, que é o ESSM. . “E radar Artisan 3D também” . POLA tem um Smart S MK2, que é um radar 3D de porte médio que faz o mesmo que a Artisan que ninguém usa e conta com uma cadeia logística estabelecida a anos, by Thales e com dezenas de radares vendidos. . “Fora as outras características de armamentos e automação” .… Read more »
O Sea Ceptor tem a versão E com 50km de alcance, ou seja, a mesma dos ESSM, só que com radar ativo, coisa que os ESSM não tem!
O CAMM-ER é maior e ainda está em desenvolvimento. Não me consta que a MB tenha intenção de adquirir este míssil. O que se sabe é que o míssil seria o CAMM normal.
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O ESSM Block II tem radar ativo e já entrou em produção, sendo que começará a ser introduzido nos navios da US Navy já no ano que vem.
CAMM ER já é uma realidade, será usado pelas 3 forças da Itália e tb pelas forças Inglesas, alcance em torno de 45/50km e com capacidade de lidar com um ataque de saturação. O lançador do CAAM ER é o mesmo do CAAM convencional, então a instalação de um o de outro míssil depende só de uma decisão do operador. ESSM bk 2 são apenas 8 unidades na POLA, isso é muito pouco, seu alcance de 50km estará sempre limitado pelo horizonte radar, ou seja, algo em torno de 20 km, então, na realidade de uso, terá um alcance similar… Read more »
Ninguém usa ARTISAN? Pensei que as T 23 e os porta aviões Ingleses usassem ! Fora o Atlântico do Brasil.
Está ruim para vc hoje!
Quem no mundo além da RN comprou esse radar, por livre e espontânea decisão?
Ninguém.
O resto do mundo não tem a obrigação do MOD UK, que assinou os termos de desenvolvimento desse radar para a RN com a BAE e agora tem que bancar essa joça.
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Existe coisa melhor no mercado para comprar e a realidade é que assim como os mexicanos, outras nações optaram por algo que não seja um Artisan. Até os Chilenos, que poderiam usar o mesmo pacote RN de modernização das suas Type-23, optaram por outro fornecedor.
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Thales = Omnisys;
BAE = cricricri…
Artisan é joça??? kkkkkk só vc mesmo Bardini, e o Brasil optou livremente pelo Artisan.
BittitB, o armamento é sim superior, ao menos baseado nas atuais informações divulgadas sobre a Classe Tamandaré, O ESSM (Mk56) também é de lançamento vertical. Em ralação aos sensores creio que fiquem no mesmo patamar. Talvez a diferença maior seja o sonar rebocado Thales Captas-2 da Classe Reformador.
Bardini, captas 2 ou captas 4 é só comprar e instalar nas Tamandarés, isso não se exclui.
ESSM tem capacidade de saturação? e quantos ESSM estão disponíveis, só 8?
Harpoon com 120 km de alcance não é a melhor escolha para guerra anti superfície!
Captas-2 necessita de espaço próprio, pois até onde eu sei, não tem solução em container. Não é “plug and play”. Teriam que comprar o sistema da ATLAS ou da Leonardo por exemplo, para ter um VDS nas Tamandarés. Você pode identificar facilmente a porta do VDS na última imagem da matéria. Captas-4 convencional nem cabe em um navio desse porte, nem nas Tamandarés. . 8 ESSM cobrindo até 50km+ e para defesa mais próxima contam com 21 misseis RAM Block II. O que passar ainda teria de lidar com um canhão 57mm. É uma capacidade defensiva ligeiramente superior ao cobertor… Read more »
Bardini, Pelo que eu já li sobre o sistema captas, ele é modular, tem em contêiner e pode ser integrado em qualquer navio de guerra acima de 1500 toneladas, com poucas adaptações as Tamandarés podem ter esse sistema. “Recursos do sistema: Para plataformas> 1500T Operado a partir de um único console dedicado ou dos consoles multifuncionais CMS Um único guincho para rebocar o corpo rebocado de transmissão e a matriz de recebimento para manuseio rápido e seguro Funções de aviso de segurança inferior Técnicas sofisticadas de processamento para desempenho máximo de sonares ativos e passivos Design modular para facilitar a… Read more »
“Pelo que eu já li sobre o sistema captas, ele é modular, tem em contêiner e pode ser integrado em qualquer navio de guerra acima de 1500 toneladas, com poucas adaptações as Tamandarés podem ter esse sistema.” . Nunca vi a Thales vender um CAPTAS-2 dentro de um container. Não tenho tempo pra procurar por um cliente desse sistema. Talvez o CAPTAS -1 caiba dentro de um conteiner, pois é bem menor… O fato é que, até o que se sabe, a MB NÃO COMPROU UM VDS ou sequer um TAS. Esse é o mundo real. Isso é o que… Read more »
“Nunca vi a Thales vender um CAPTAS-2 dentro de um container. Não tenho tempo pra procurar por um cliente desse sistema. Talvez o CAPTAS -1 caiba dentro de um conteiner, pois é bem menor… O fato é que, até o que se sabe, a MB NÃO COMPROU UM VDS ou sequer um TAS. Esse é o mundo real. Isso é o que importa, o que existe e o que será feito.” Vc não se deu ao trabalho de ler no link da própria Tales, o que mostra que vc não tem nível para criticar, somente quer desfazer de nossa Marinha.… Read more »
Ouvi dizer que o que encarece o navio é o armamento. E parece que o barco mexicano está armado até os dentes.
Depois, em se tratando de Brasil, a probabilidade dos custos corresponderem às estimativas é quase 0. Eu não me surpreenderia se se cada fragata saísse por mais de 500 milhões
Olá Colegas. Coisas para se pensar durante o recesso de fim de ano. 1) A fabricação de navios para a marinha do México envolve estaleiro nacional. 2) os equipamentos sofisticados são importados. 3) há pelo menos algum nível de nacionalização, mesmo que restrito à fabricação do casco e de parte das instalações. 4) F5 forever.
É verdade. Forever anos 1930.
Pensei que os F-5 mexicanos já estivessem aposentados e espetados em frente as mansões dos barões do tráfico mexicano…
e a força aérea do Mexico ainda existe? Eles falaram em retirar o F-5 do serviço sem comprar novos caças, igual fez a nova zelandia com seus A-4.
A Meko é melhor. Brasil fez a melhor escolha e os recursos já foram aprovados no orçamento de 2020.
Não esqueçam que a Damen estava na concorrência pelas Tamandaré, foi avaliada e perdeu.
Outro dia fui no parque da Água Branca e andando de carro passei em frente a um prédio com instalações da Thyssenkrupp aqui em São Paulo, não sei se tem a ver com as Tamandaré. Mas já estão por aqui.
É da divisão de elevadores.
Sim eu sei, tem estação de metrô em São Paulo que usa material desse fabricante. Sei que trabalham com isso, linha amarela as escadas rolantes são Thyssenkrupp.
Pois é, essa semana fui prestar um serviço no estaleiro Wilson Sons no Guarujá, achei estranho pois tinha dois carros da empresa Thyssenkrupp e um da empresa Embraer, achei estranho, detalhe com certeza não era do setor de elevadores.
Informação interessantíssima. Obrigado por compartilhar. Tenho algum contato com a EMBRAER (S.J.dos Campos ), vou ver se descubro alguma coisa.
Desde 1945 no Brasil.
Aco, produtos de aço inoxidável, tecnologias automotivas, tecnologias de plantas,
sistemas de elevadores, sistemas marinhos, construção naval, serviços.
A capitalização. Para a assinatura do contrato. Quanto vai de fato custar, só o futuro dirá.
Gigantes.
https://youtu.be/bUiBC8c1h4M
Navio de Patrulha Oceânica? Fragata Leve ou corveta, isso sim! O Reformador esta mais armado que as Tamandaré. 29 misseis anti aéreos (8 largo alcance, 21 curto alcance), 1 canhão 57mm e 1 de 25 mm, 6 metralhadoras 12.7, 8 Harpoon B ii, 6 MK 54). Os sistemas eletrônicos são dos melhores para esse tipo de navio. A autonomia é pequena 20 dias. O México tem um litoral complicado no Caribe e no Pacifico, devem usar o canal do Panama com frequencia.
Os navios até que são ligeiros a nível de deslocamento, nesse sentido podem até chamar lhe de patrulhao (excessivamente armado), sempre seria mais correcto que chamar de fragata.
Isso é uma discusão de longa data. Um navio de Marinha de Guerra não se classifica por sua tonelagem, mas pelas operações que consegue desempenhar, entretanto a tonelagem também é consequencia indireta de sua capacidade operacional e do conforto da sua tripulação. Com a diminuição do tamanho dos sistemas eletro-eletrônicos mais modernos, a tonelagem pode ser pequena, o que não diminui a tonelagem é a capacidade de combustivel e a sua autonomia, no caso 20 dias o que é muito pouco para navegar pelos mares do mundo sem se reabastecer de generos e combustivel, no entanto com seu armamento e… Read more »
Cada célula Mk56 suporta apenas um ESSM ou 4 ?
Acho estranho apenas 8 misseis, acredito serem 32, com 4 por cada uma das 8 células.
Aparentemente apenas dois ESSMs para cada célula, mesmo assim, o México
não teria condições de alocar 32 mísseis para uso em apenas um navio.
Conforme se informa na rede a respeito do ARM reformador, teriamos o seguinte. . Tem capacidade par 8 Harpoon em 2 quadruplos MK 141 misile launcher. http://www.seaforces.org/wpnsys/SURFACE/Mk-141-missile-launcher.htm . Tem capacidade para 8 RIM-162 em lançadores MK 56k, 1 lançador que pode ser dimensionado para 2 a 16 misseis, mais do que isso seriam necessarios mais lançadores MK 56. “Each MK 56 system can be configured to accept from two to 16 ESSMs, depending upon the ship’s requirement.” http://www.alternatewars.com/BBOW/Weapons/Mk56_VLS.pdf . Tem capacidade para 21 misseis RIM 116 RAM II (anti-aéreos e anti misseis), em lançador MK 31 de 21 células. “Up… Read more »
Apenas oito novos navios de combate e sob interrogação de real vontade.
O México é outro gigante adormecido, que não dá o rela valor as suas forças armadas, isso para um país enorme, turbulento tanto social quanto natural( sujeito a furações e terremotos) e seus vizinhos idem em ambos os casos.
salve o México
Bem armadas, e projeto mais moderno que as nossas NaPO, provavelmente mais tripulantes.Manutenção deve ser mais cara.
Mas seria uma belezinha para a MB